O novo Ash.

Ash olha um tanto estranhamente para Paul, que jamais demostrara interesse em batalhar com ele e que sempre achou que não valia a pena gastar seu tempo com Ash.

Ash:- bem, e por que eu iria aceitar? -pergunta tentando entender aquela situação.

Paul:- quero saber se afinal, toda essa história de treino valeu a pena.

Ash explodiu por dentro, ele não iria permitir que ninguém duvidasse do quanto ele deu duro, mas ele não treinou seus Pokémons somente, mas também se treinou. Impondo a se mesmo, desafios físicos e psicológicos, tentando melhorar os seus pontos falhos que já lhe custaram batalhas.

Se acalmando Ash seriamente diz:- certo, eu aceito - disse simplesmente deixando seus amigos congelados.

Brock:- mas não é do feitio do Ash deixar passa livre uma coisa dessas...

Misty o completa:- ...seria possível?...

Em seguida Dawn:- ...que ele tenha amadurecido tanto assim?

Para os amigos de Ash, a vida não mudou muito desde suas respectivas jornadas com o garoto, ficando com as mesmas personalidades. May, Dawn e Íris continuavam a partir em jornadas. Misty estava gerenciando outra sede do agora honorável “Parque Aquático Cerulean”, um ponto de lazer molhado para toda a família, o que não impedia que ela esbravejasse em cima dos funcionários desleixados. Brock recentemente terminou o último ano de estudo do curso de tratador de pokémons, mas ainda gostava de viajar com os colegas. Max atolava o seu professor de perguntas sobre Pokémon e como era uma jornada de verdade. Tracey era agora responsável de fazer as viagens das quais o professor Carvalho não podia viajar e já tinha suas próprias teses. Cílan estava conciliando dois cursos, o de culinária e de letras, talvez ele fosse fazer um livro de receitas poéticas, ou fazer poesia com comida (huehue). Fora isso Gary ainda pesquisava e dava dicas ao Tracey de como prosseguir com o cuidado das novas espécies cuidadas pelo professor.

Ou seja, com todos não mudando absolutamente nada, a mudança, em especial a de Ash fora surpreendente.

Ash:- escolha os termos.

Paul finalmente conseguiu ter uma faísca de respeito pelo novo Ash, ele talvez pudesse lhe surpreender:- será uma partida de um contra um, sem limite de tempo.

Ash:- certo, eu aceito.

Ash:- qual Pokémon ira usar? - perguntou, com seu tom calmo (que passará a ser bem costumeiro).

Paul, sem pensar muito logo diz:- Torterra.

Ash ri baixo e olha fixamente para Paul:- e eu, escolho Pikachu.

Paul de repente, se irrita com Ash, não era possível alegar que teve um duro treinamento de um ano, e fazer uma escolha tão tola logo após sair dele.

Os amigos, apesar de estarem menos surpresos, também não entenderam muito bem a decisão.

Misty:- Meu Deus, o Ash não mudou nada! Ele continua com a cabeça dura de que o Pikachu é o Pokémon certo pra qualquer situação!

Brock:- bem, realmente, o tipo pesa bastante, mas o Ash e o Pikachu devem ter alguns truques.

Max:- mas será que eles são o bastante?

May: calma pessoal deve haver algum motivo pro Ash ter escolhido o Pikachu. - falou assumindo sem querer, o papel de defensora de Ash.

Para o local da partida, Ash pergunta a mãe se eles poderiam usar o terreno de trás da casa, que mesmo concordando avisa:- Tudo bem, só tomem cuidado com as minhas flores. Brock, como sempre, assume o papel de juiz da batalha e depois de confirmar os termos de batalha, ele declara a partida como iniciada:

Paul começa, ordenando:- Torterra, ataque prensa!

A gigantesca tartaruga da terra parte em direção do pequeno rato, que espera imóvel as ordens de seu mestre.

Ash:- Pikachu, evasiva! O pequeno praticamente se tele transporta para traz do Torterra, rendendo um belo “nossa!” dos que assistiam a batalha.

Ash continua:- cauda de ferro!- o belo golpe atinge a tartaruga de costas, causando um bom dano nela.

Paul: isso não foi nada Torterra, prossiga com a rajada de sementes! O grandalhão envia uma saraivada de sementes poderosas ao Pikachu.

Ash:- agilidade e investida trovão, juntos! O pequeno enquanto desvia das sementes, avança rapidamente começando a faiscar.

POW!

O grandão recebe o impacto por inteiro, fazendo-o tombar para o lado com a imensa força do ataque.

Paul começa a ficar tenso, para ele, era inimaginável que o pequeno Pikachu chegasse ao ponto de tombar seu Torterra enorme. Mas ele era o Paul, um dos adversários mais desafiadores de Ash, não seria tão fácil...

Paul:- levante Torterra, e use a planta furiosa!- Torterra bate as imensas patas no chão, fazendo surgir grandes e extensas vinhas com espinhos!

Apesar da rapidez do tipo elétrico, a área do ataque de Torterra era muito grande, e atingiu o ratinho.

Todos da plateia abafaram uma exclamação pelo fato do rápido Pokémon ter sido atingido, preocupação não compartilhada por Ash.

Ash:- Pikachu como vão as coisas ai?

O rapidinho se levanta rapidamente, sem sinais aparentes de dano e ainda sorrindo para Ash afirmativamente, como que dizendo: “estou bem, e as ordens?”.

Ash:- bem, prosseguir com o ataque rápido!

Pikachu parte em disparada, atingindo o Torterra que aparentava ter uma vagareza enorme, comparado ao ratinho, sendo novamente atingido.

Paul:- força Torterra, use a esfera de energia!

Ash:- pule Pikachu!- o pequeno pula para se desviar do ataque baixo.

Mas o tempo de recarga da esfera de Torterra era bem rápido...

Paul:- Prossiga!

Três esferas em sequencia foram atiradas da boca da tartaruga da terra.

Ash, surpreendentemente, respondeu prontamente:- defesa aérea!

Essa fora uma das muitas táticas das quais Ash treinará especificamente com Pikachu.

O pequeno, enquanto no ar, girava para frente em seu eixo, com a cauda de ferro pronta ele parou e desabilitou os ataques no ar!

Paul ficou pasmo...

Ash:- e finalize com o choque do trovão amigão!

Paul achou graça da situação. Paul (pensando):- “mesmo danificado, um ataque tipo elétrico continua sendo sem efeito algum sobre um tipo grama, ainda por cima forte como...”- Paul é interrompido, ao ver o “seu” Torterra cair perante o Pikachu de “Ash”! Ainda dava para se ver o estático presente na grama das costas do Torterra.

Paul:- mas como? ...

Ash lhe responde, estendendo a mão para trocar um aperto de mão com Paul:- nada mais que treino. – falou sorrindo do jeito de sempre.

Paul olha bem no fundo dos olhos de Ash, sem ver nenhum sinal de vanglória, nem de zombaria de sua derrota, ele dá um sorriso de leve, dizendo: certo, nada mais que treino, e então os dois foram para fora do quintal de Délia Ketchum, ela não perdoaria uma flor sequer sua pisada.