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P.S: Antes que eu me esqueça, Sasuke saiu de Konoha no mesmo dia que Sakura, só que a noite...
Pov’s Sasuke.
A luz incomodou meus olhos, o que me fez virar para o outro lado, para longe do aconchego do corpo de Sakura, mas eu ainda estava acabado de sono e queria dormir, peguei no sono novamente. Não sei quanto tempo eu dormi, mas senti falta daquele pequeno corpo próximo a mim, estiquei o braço a procura de Sakura na cama, mas não a encontrei. Franzi a testa e me virei rapidamente, a cama estava vazia e o quarto também.
Sentei-me, dando um sorriso em seguida ao me lembrar do que aconteceu na noite anterior, meu Kami como eu amo aquela garota! Espreguicei-me olhando ao redor, nossas roupas ainda estavam espalhadas pelo chão do quarto, parece que ela deixou como um lembrete pra mim. Nunca tinha dormido com ninguém antes, eu sempre ia embora logo depois sem nem me despedir e a sensação do corpo de Sakura próximo o meu a noite toda foi ótimo!
Onde será que Sakura estava? Não me lembro dela falando que iria trabalhar hoje, mas como ela estava em casa ontem é provável que ela esteja lá. Olhei no relógio, era quase meio-dia, eu dormi demais. Mas pelo horário seria perto do horário de almoço da Sakura.
Fui até o banheiro dela e tomei um banho rápido, vesti a mesma roupa que eu estava usando ontem. Primeiro eu desci, só pra constatar que a casa estava mesmo vazia. Subi novamente e saí pela janela do quarto mesmo em direção ao hospital. Assim que cheguei lá segui até a recepcionista, claro que como sempre despertei muitos olhares que prontamente os ignorei – odeio hospitais, mas o que eu não faço por Sakura? – parei no balcão e perguntei por ela, a mesma me disse que Sakura não tinha aparecido lá hoje, o que eu estranhei na hora. Perguntei por Ino e ela também não tinha dado as caras por lá hoje. Somente meneei a cabeça a recepcionista e sai de lá.
Tsunade teria a resposta, afinal ninguém some assim do nada não é? Segui até a sala da Hokage, como sempre eu passei direto e não me pronunciei, bati na porta e ela murmurou um entre, eu entrei sério como sempre, olhei ao redor e só pra constatar que ela estava só. Tsunade pareceu surpresa ao me ver ali, mas nada disse.
— O que foi Sasuke? — ela disse perguntando já que eu não me pronunciei.
— A Haruno — eu disse frio, não queria que ela soubesse que eu estava apreensivo — Onde ela está?
Ela desviou o olhar e deu um suspiro — Eu não sei.
A olhei uma última vez e saí da sala. Segui até a casa da Hyuuga e a mesma disse que não sabia onde Sakura estava, fui até a floricultura Hana não sabia de Sakura nem de Ino, fui a vários lugares atrás daquelas duas e nada. Encontrei com o Dobe e ele me disse que de manhã tinha visto Ino e Sakura conversando e que as mesmas usavam seus trajes Jounin. Dei um suspiro irritado. Tsunade mentiu para mim! Já era final de tarde, eu fiquei o dia inteiro procurando por ela e Tsunade sabia onde ela estava o tempo todo e mesmo assim me fez ficar zanzando que nem um idiota por aí!
Voltei para a sala da Tsunade, só bati porque ela ainda era a Hokage e eu precisava seguir para onde Sakura estava, eu precisava conversar com ela! Tsunade murmurou um entre e dessa vez parecia saber que era eu.
— Você vai me dizer onde a Sakura está ou tá difícil? — eu perguntei irritado.
— Sakura saiu em uma “missão” — ela disse fazendo aspas com as mãos — com Ino.
— Para onde? — eu precisava ir até ela e falar com ela. Se ela fugiu é porque ela não acredita em mim e eu sinto como se eu fosse perdê-la definitivamente dessa vez.
— Porque você quer saber Sasuke? — Tsunade perguntou sem demonstrar emoções.
— Porque eu quero conversar com ela urgentemente e se não for logo... — eu parei de falar, não queria terminar e dizer que poderia perde-la — Me diz pra onde elas foram, elas foram sozinhas e correm o risco de serem atacadas novamente — Tsunade vacilou o olhar por um instante e eu encontrei um argumento forte que ela não poderia ir contra — Eu só quero trazê-las em segurança...
Tsunade deu um suspiro — O.K, elas foram a Suna — ela disse desviando o olhar — Se quiser já pode ir, você sabe se cuidar...
Saí da sala de Tsunade sem dizer mais nada. Segui para minha casa, tomei um banho rápido e coloquei meu traje Jounin, prendi Kusanagi no meu cinto e arrumei minha mochila a uma velocidade absurda, deixei um recado a Itachi avisando aonde ia. Logo já saia pelos portões da Vila em busca da minha Rosada fujona.
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Pov’s Ino.
Eu andava na direção à casa do Gaara muito irritada, por onde eu e Sakura passávamos chamávamos atenção, não sei se por sermos de Konoha, pelo cabelo de Sakura ou se pela minha cara de raiva. Onde já se viu aquela Naomi dizer e fazer aquelas coisas? E toda aquela intimidade para ele... Onde está o respeito? Ele é alguém muito importante, não é qualquer um que pode se dirigir intimamente a ele! Sakura andava ao meu lado e vez ou outra dava uma risadinha, acho que deveria ser por causa das minhas reações, mas eu estava muito irritada para ligar pra ela agora.
— Ino-chan, dá para você se acalmar? — ela disse depois de uma risadinha — Você viu que Gaara-kun a repreendeu e a colocou no lugar dela, ele também disse a ela que vocês são namorados — ela deu grande ênfase a palavra — Não precisa ficar assim Porca!
— Mas Saky, você viu o que ela fez? O que ela falou? — eu estou realmente irritada — Onde já se viu. E toda aquela intimidade? — as pessoas ao nosso redor nos olhavam curiosas — Ai, mais que ódio! — eu chutei uma pedrinha.
Continuamos caminhando, a casa de Gaara já era visível e conforme mais perto eu chegava mais ansiosa eu ficava, afinal em poucas horas estaríamos juntos novamente. Paramos em frente à porta da casa do Kazekage e batemos na porta. Sakura se escorou na parede ao lado da porta.
Uma senhora abriu a porta e olhou para mim e depois para a Sakura — Olá?
— Olá — eu disse dando um sorriso — A Temari-san está?
— Está sim — ela disse dando espaço — Entrem, ela não pode ficar andando tanto — e nós seguimos para a sala, onde estavam Kankuro, Temari com uma barriga imensa e Shikamaru sentado ao lado dela no sofá — Temari-san, você tem visitas.
— Visitas? — ela disse se virando na direção da entrada da porta da sala quando nos viu deu um pulo — MENINAS!!! — escandalosa como sempre... Ela veio até nós e nos abraçou apertado e ao mesmo tempo — Que saudades... Pensei que meu bebê fosse nascer e vocês não viriam me ver...
— Também estava com saudades de você Temari — Sakura murmurou ao meu lado — Mas não querendo te deixar chateada, os motivos de Ino são outros — e deu um sorriso pervertido.
— Mentira! — eu murmurei envergonhada — Eu também queria te ver Tema-chan, ate perguntei de você pro Shikamaru...
— É verdade Temari, a problemática perguntou por você quando eu fui a Konoha — Shikamaru murmurou lá do sofá — Agora, vem se sentar de novo — ele disse dando um suspiro cansado — depois fica reclamando de dor nas costas...
— Tá bom seu chato — ela voltou para o sofá e nós nos aproximamos mais.
— Olá — Sakura e eu murmuramos juntas nos sentando no sofá de dois lugares.
— Olá — Kankuro murmurou me analisando — Cara, eu não sabia que você tinha ficado mais linda ainda desde a última vez que eu te vi — eu corei pelas palavras dele e fiquei sem jeito, escutei Sakura segurar o riso — Gaara tem muita sorte de ter você... — e ele emburrou a cara.
— Kankuro — Temari chamou a atenção dele — Lembra o que Gaara disse né? — ele engoliu em seco e eu quis saber, mas resolvi deixar pra lá — Bom meninas o que trás vocês aqui?
— Ino queria ver o Gaara — Sakura respondeu por mim — Afinal fazem seis meses que eles não se veem e eu só vim a acompanhando mesmo — e deu um sorriso — Também estávamos curiosas por sua gravidez, afinal você é a primeira de nós a ficar grávida...
— É muito estressante — Temari disse passando a mão na barriga redondinha — Meu humor tá pior do que antes e eu estou imensa...
— É natural Tema-chan — Sakura disse dando um sorriso — Quando ele ou ela nascer você verá que será uma emoção sem igual que tudo o que você passou até aquele momento não significará nada — Sakura sorriu novamente — Claro, isso são as mães que eu faço os partos que falam...
— Verdade Tema-chan — eu disse chamando a atenção dela pra mim — As mães ficam tão radiantes que eu não sei explicar que momento mágico é esse, eu acho que só passando mesmo.
Passamos o resto da tarde colocando o papo em dia, paparicando Temari e enchendo o saco de Shikamaru, Kankuro estava arrumando a marionete que tinha quebrado em um dos treinos. Almoçamos lá e Gaara não pode vir, muito serviço. Temari me levou até um dos quartos de hospedes e Sakura ao outro, nós duas tomamos banho e colocamos as roupas que tínhamos deixados no quarto de Temari por precaução, eu usava um vestido longo e azul, já Sakura usava uma bermuda jeans e uma regata vermelha.
No final da tarde, Sakura saiu dizendo que precisava pensar... E eu sei o nome desse pensamento dela, só quero que ela veja os pros e contras. Quem sabe Sasuke não está falando a verdade e ama mesmo? Acho que ela não tem nada a perder...
Já estava escuro quando começamos a jantar, Temari e Shikamaru conversavam um assunto deles e Kankuro só observava igual a mim, Sakura sumiu e não sei nem que horas ela volta, Gaara ainda estava no escritório dele... Deve voltar logo, ou não. Eu subi para o quarto que eu iria dormir, eu ainda estava cansada, noite mal dormida. Sentei-me na cama e fiquei observando o quarto. Ele era bem simples, contava somente com uma cama de solteiro, um criado mudo e um pequeno guarda roupa, tinha uma porta de acesso a um pequeno banheiro e só.
Quando fui verdadeiramente deitar, escutei batidas na porta e logo a mesma se abrindo, uma cabeleira ruiva pareceu no meu campo de visão e eu sorri.
— Bem-vindo! — eu disse assim que ele fechou a porta.
— Obrigado — ele respondeu dando um sorriso de canto — Porque você está nesse quarto? — ele andou e se sentou ao meu lado — Te procurei no meu e não te vi lá...
— Hm, Temari me colocou aqui, porque não sabia se eu podia ficar lá — eu disse dando um sorriso sem graça — E nem eu, então... — deixei a frase morrer.
— Vem — ele disse pegando na minha mão e me puxando para fora do quarto — Você vai dormir comigo — ele disse abrindo a porta do quarto dele que eu nunca soube qual era, eu nunca tinha entrado aqui. O quarto era grande, com uma cama de casal, um criado mudo de cada lado da cama, uma escrivaninha cheia de papeis e um guarda roupa, também tinha uma porta para um banheiro — Sinto falta de você quando vou dormir — ele corou um pouco — Afinal você sabe que eu tenho problemas pra dormir...
— É eu sei Gaara-kun — disse dando um sorriso — Mas você já comeu? — ele acenou negativamente — Por quê?
— Sem fome — ele responde somente. Sentei-me na cama e vi Gaara ir até o banheiro — Já volto.
Eu estava usando uma camisola que Temari me emprestou, ela era um pouco folgada em mim, parecia um blusão, me deitei na cama e fiquei olhando para o teto, eu estava com sono. Não percebi quando Gaara saiu do banho, só quando ele já estava sentando ao meu lado vestindo somente uma calça moletom.
— Senti muitas saudades Gaara-kun — eu disse enquanto me levantava e me sentava no colo dele, uma perna de cada lado de sua cintura e dava um leve selinho — Muitas mesmo — e o beijei com todo o desejo e saudade que eu tinha. Gaara logo retribuía o mesmo, ele acariciava minhas costas e me puxava mais para ele. Eu sabia que ele queria tanto quanto eu, afinal só tínhamos feito amor uma vez e a mais de seis meses.
Quando dei por mim Gaara já estava por cima de mim, levantando meu blusão para acariciar minha pele, eu somente me deixava levar sem nenhuma resistência, afinal eu queria e muito Gaara novamente. Eu acariciava os cabelos e as costas dele, o beijo começava a ficar mais quente e eu o queria logo. Gaara me acariciava de uma forma que eu me perguntava como conseguia ser tão carinhoso. Ele se ajeitou melhor entre minhas pernas e eu pude sentir toda sua excitação de encontro a minha intimidade, soltei um gemido entre o beijo.
— Eu também Ino — Gaara disse assim que nos afastamos descendo os beijos pelo meu pescoço e dando um jeito de tirar a calça moletom dele. Ele levantou meu blusão o retirando por completo e eu estava somente de calcinha e ele de cueca — Pode apostar que eu senti muita falta de você — e me beijou novamente. Nossas peles de encontro uma com a outra, de certa forma me excitava mais. Eu estava quente por causa da roupa que usava e ele estava com a pele um pouco úmida ainda, o que nos causava uma reação gostosa, nossas peles em contato, o quente no frio. Gaara novamente parou de me beijar e desceu os beijos na direção do meu seio, passando pelo meu pescoço no caminho, ele passou a estimular um com a língua e o outro com o dedo, mas não ficou muito tempo me estimulando ali, acho que ele estava com tanta pressa quanto eu.
Logo o senti retirar minha calcinha não tão calmo assim e o vi retirando a cueca também, quando vi a ereção dele corei, mas um dia me acostumaria, Gaara se posicionou entre minhas pernas e me olhava nos olhos enquanto me penetrava lentamente. Se eu não fosse à primeira de Gaara diria que ele era muito experiente nisso, nem parece que ele não sabia ao certo o que se fazer a seis meses atrás.
— Ah, Ino — ele disse me abraçando e começando a se movimentar, não sei por que, mas isso para mim soou tão sexy, tão único. Ele me penetrava de forma rápida, forte e fundo e eu tentava me controlar para não gemer alto, odeio que os outros fiquem falando de mim e eu não sou escandalosa... Eu acariciava os cabelos de Gaara e suas costas, passava as unhas por sua extensão, mas nada que marcasse sua pele pálida, somente algo para excitá-lo mais, ele me dava beijos no pescoço, pequenas mordidas no ombro e alguns selinhos, até que decidiu me beijar de verdade.
Os movimentos passaram a ficar mais ritmados e eu já não pensava tão claramente assim, mas sabia que logo teríamos nossa liberação, Gaara aumentou mais a velocidade, ambos gemíamos coisas incoerentes e baixas. Não demorou muito e logo eu atingi meu clímax, com Gaara logo depois de mim. Ele soltou seu peso sobre mim, nossas respirações descompassadas se mesclavam entre si, eu estava verdadeiramente feliz. Por sem querer deixei um bocejo escapar e Gaara ouviu.
— Está com sono? — eu assenti, ele saiu de cima de mim se deitando ao meu lado e me puxando próximo a ele — Pode dormir — ele nos cobriu.
— E você? — eu perguntei sonolenta.
— Se eu senti sono eu durmo — ele me deu um selinho — Boa noite — eu murmurei um boa noite e logo apaguei. Feliz por estar com o meu ruivo.
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Pov’s Sakura.
Fiquei com as meninas conversando, mas não conseguia me distrair o necessário para esquecer Sasuke. As palavras dele ficavam ecoando em minha mente “Eu te amo Shitashi...” como assim? Porque ficar me chamando de querida, sendo que sempre me desprezou? Deixei esses devaneios um pouco de lado.
— Ino — eu chamei a atenção dela para mim, depois de termos tomado banho e trocado de roupa ficamos conversando com Temari, as duas se davam bem — Eu vou dar uma voltinha, mais tarde eu volto — eu disse me levantando.
— Sabe aonde vai pelo menos? — ela perguntou curiosa, coisa que nunca muda.
— Olhar o pôr do sol — eu disse seguindo para a porta e saindo em seguida.
As ruas de Suna eram diferentes das de Konoha, não só na aparência como também no movimento. Konoha é mais agitada, parece até mais viva. As pessoas também são mais hospitaleiras, aqui parece que todos são mais fechados, mais sérios e dão até medo de uma aproximação.
Eu estava andando para a parte mais ao longe do vilarejo, um lugar alto e que de lá era possível ver o pôr do sol. Subi sem dificuldade nenhuma e me sentei com as pernas dobradas (perna de índio) e fiquei olhando para o horizonte. Agora sim eu permiti minha mente liberar os pensamentos que a tanto custo eu estava os mantendo trancados.
Como Sasuke diz essas coisas para mim? Será que ele não respeita meus sentimentos por ele? Mesmo que dizendo que não o amo – o que é mentira – ele poderia ao menos levar em consideração o sentimento que eu disse um dia sentir por ele. Tudo bem que por um momento, mais precisamente algumas horas, eu me permiti acreditar que ele realmente me amava e que realmente me queria para sempre.
Claro que no fundo eu estava errando feio, mas fazer o que? Eu amo aquele ser arrogante e frio, tanto que chega a doer e me sufocar. Tentar esquecer-me dele foi um erro, continuar o amando foi um erro, então porque eu não vejo dessa forma? Porque eu vejo como algo puro e sublime esse sentimento? Algo que nem mesmo a pior das dores conseguiu eliminar? Eu estava perdida, simplesmente perdida e sem saber o que fazer por amar Uchiha Sasuke.
O sol começa a se pôr ao horizonte e eu fiquei observando. O som do vento, dos animais se afastando ao longe, a pequena brisa que balançava meus cabelos, me acalmava e eu deixava de pensar em tudo que me irritava. O sol já não passava mais do que uma pontinha ao horizonte e as estrelas já me agraciavam com sua presença. Pequenas, cintilantes e lindas. Ouvi som de passos se aproximando rápido demais, o que me retirou da calmaria, mas eu não sentia perigo. Deve ser Ino me procurando, ela sabe que eu amo ficar aqui.
— Sakura — eu ouvi aquela voz fria me chamando e eu arregalei os olhos, só pode ser um devaneio da minha mente. Ele não pode realmente estar aqui. Ouvi mais passos, e eu estava tentando a todo custo ler o chakra da pessoa atrás de mim, mas nada. Eu não sentia nada, resolvi ignorar meu devaneio, vai que ele some — Irritante, não me ignore...
Eu virei à cabeça, o olhando por cima do ombro e realmente constatei que Uchiha Sasuke estava ali. Ele usava seus trajes Jounin e estava sério, só podia ter feito algo muito ruim a Kami, porque o causador dos meus problemas acabou de chegar até mim, sendo que eu fugi dele. Dei um suspiro e voltei a olhar para o horizonte, não estava escuro afinal a Lua já iluminava tudo. Sasuke se sentou ao meu lado e ficou olhando para onde eu olhava.
— É bonita a vista daqui — ele murmurou ao meu lado e eu somente assenti — Vai me dizer por que fugiu? — e me olhou.
— Eu não fugi de ninguém, só acompanhei minha amiga até aqui — Disse dando de ombros — Porque veio até aqui?
— Queria saber por que você veio para tão longe depois da noite linda que tivemos — ele disse olhando pra frente então não me viu corar. Mas eu me irritei, não queria ele vindo atrás de mim.
— Veio por quê? — eu perguntei irritada — Não sabia que ficava correndo atrás das mulheres que passa a noite — eu disse sem olhar pra ele — Muito bonito para seu lado galã.
Sasuke segurou meu rosto me fazendo olhar pra ele, seu olhar era frio, zangado e magoado — Você não é qualquer uma Sakura — ele disse olhando em meus olhos — E muito menos um caso de uma noite — eu me soltei de sua mão e voltei a olhar pra frente, não queria escutar as palavras dele, eu sabia que ia ceder. Vi Sasuke se levantando e me assustando em seguida, ele me ergueu no colo.
— EI! — eu disse irritada — O que você está fazendo? — ele me ignorou e continuou andando até uma grande pedra que tinha próximo de nós, ele se sentou apoiando nela e me sentou entre suas pernas, encostando minhas costas em seu peito.
— Eu te disse que te amo Sakura, te disse que a queria para mim assim como eu seria seu — ele falava com o queixo apoiado em meu ombro, eu somente olhava para frente — Eu me declarei para você enquanto estava no hospital, mesmo sendo difícil para eu falar, eu fiz um esforço e sei que se lembra de cada palavra — ele me deu um beijo no ombro — Porque você não acredita em mim?
— Porque Sasuke? — eu disse triste, afinal eu quero matar tudo isso dentro de mim e ele quer trazer tudo de volta — Você quer saber o porquê de eu não acreditar... — dei um sorriso magoado — Será que porque eu me declarei a você e você me deixou naquele banco frio a noite inteira desacordada, será que porque enquanto você estava insano, você tentou me matar, duas vezes ainda — eu estava dando vazão a minha dor e enfim dizendo tudo aquilo que eu queria a ele — Nada disso importou para mim, eu só queria o seu bem e te trazer de volta para enfim te dar meu amor e o que você fez? No primeiro dia que foi solto passou a noite com uma qualquer — meu coração apertou, eu não queria me lembrar daquela dor novamente.
“E eu que sempre te amei, que sempre deixei claro para você que estaria ali para o que der e vier, o que eu recebi em troca? — dei um sorriso irônico — Nada além de ignorância, dor e sofrimento, mas mesmo assim eu segui em frente Sasuke, confesso que mesmo após tudo isso eu ainda te amo, mas eu me dei valor sabe. Parei de ser aquela garota infantil que só ficava “Sasuke-kun” pra lá e pra cá, me tornei forte e deixei de depender dos outros, me esforcei para ser o que sou hoje e o amor que eu sinto por você, continua aqui sim, da mesma forma que era anos atrás, só que agora eu cansei de tentar algo que não é mais pra mim...”.
Sentia a mão de Sasuke apertando fortemente minha cintura, sei que fui dura com ele, mas ele não sabe nem metade da dor que me causou, ou sabe e faz que não sabe. O senti me abraçando mais forte e mais próximo a ele, como uma criança que segura a um brinquedo precioso demais para ser perdido ou quebrado. Ele roçava o nariz na pele do meu ombro, e estava de olhos fechados – sabia por que eu estava olhando para ele.
— Sakura, você não sabe o quanto eu me arrependi de ter feito tudo isso que eu fiz a você... — ele me acariciava na barriga, acho que era um carinho inconsciente — Eu quando parti, já te amava e você não sabe o quão perto de voltar aquele dia eu fiquei, mas a minha vingança era meu maior objetivo e se eu te levasse não sabia o que poderia acontecer, preferia você longe e viva, do que você comigo e morta — ele abriu os olhos e me fitava de certa forma magoado e irritado.
“Depois enquanto eu estava insano, ver você me fez ficar em dúvida do que eu era realmente e essa minha confusão enxergou você como um devaneio meu, até mesmo como uma possível ameaça, já que você é a única que me traz para a luz, se não fosse o Dobe... — ele deixou a frase morrer — Eu queria muito ir até você quando saí da prisão, mas o Dobe e o Kakashi não me deixaram ir, foi burrada ter passado a noite com aquela garota, mas eu queria te fazer ciúmes e ver se você voltava para mim como antes — ele deu um sorriso em escárnio — como sabe não foi isso o que aconteceu”.
“A única que eu sempre quis foi você Haruno, sempre te quis. Eu te amo Sakura, acredita em mim... Tudo o que eu te peço é uma chance pra te provar esse amor — ele me deu um beijo na bochecha que me pegou desprevenida, afinal eu estava pensando em suas palavras — Eu sei que você me ama Shitashi e quer tentar tanto quanto eu... Só uma chance a primeira pisada na bola que eu der, você pode me deixar, até me dar uma surra antes — ele deu um sorriso de canto — Só isso que eu te peço Sakura”.
Será que era certo fazer isso? Não soube de Sasuke com mais ninguém durante esses meses, até Karin ele estava ignorando. Trabalhar num hospital tem suas vantagens, ficamos sabendo até do que não queremos. Enquanto estávamos juntos, eu senti que Sasuke me ama, pela forma como ele me beijava, me abraçava, nos seus carinhos. E como ele mesmo disse se ele pisar na bola posso dar um Shannaro na cara dele.
— Tudo bem Sasuke-kun — eu disse por fim, ele estava tenso atrás de mim. Quando eu disse aquelas palavras eu o senti relaxar e me abraçar mais apertado — Mas se eu sonhar que você chegou perto de alguma garota com segundas intenções, você vai apanhar tanto... — deixei a frase morrer.
— Nunca faria isso com você Sakura, eu te amo — ouvir aquelas palavras, me deixava nas nuvens. Claro que eu ainda estava insegura, mas eu iria dar uma chance a nós — Você é minha namorada, ouviu Sakura? — tantas palavras lindas, mas no pedido já afirma... Bem um Uchiha mesmo...
— O.K — eu disse dando um sorriso — Mas já está tarde Sasuke, tenho que voltar para a casa do Gaara-kun, estou hospedada lá...
— Hm — Sasuke disse se levantando depois de mim e passamos a andar, quando já estávamos no reto ele segurou na minha mão e me puxou pra outra direção.
— Sasuke, eu estou hospedada do outro lado — ele nada disse e continuou me puxando, logo entravamos numa POUSADA e Sasuke abriu a porta de um quarto — Quando arranjou esse quarto?
— Não posso sair andando por aí com Kusanagi — ele disse fechando a porta e a trancando — Ela chama muita atenção — e deu de ombros — Ah, você não vai embora, você vai dormir aqui comigo...
— Mas... — ele me interrompeu.
— Mas nada — ele me estendeu uma camiseta azul escura com o símbolo do clã atrás — Se vista, vamos dormir estou cansado — e começou a se trocar. Tão mandão! Eu fiquei o olhando se trocar, mas aproveitei que ele ainda estava de costas e coloquei rapidamente a camiseta, tirei minha bermuda. Joguei a bermuda, a regata e o sutiã em cima da cadeira que tinha ali.
Corri para o banheiro e usei meu dedo como escova – quem nunca? – para escovar os dentes, já que minha mochila tinha ficado na casa do Gaara e Sasuke não me deixaria ir até lá. Quando saí Sasuke que entrou no banheiro, me deitei na cama de casal de costas para a porta do banheiro e me cobri. Eu estava envergonhada. Sasuke saiu do banheiro e apagou a luz, o quarto ficou escuro. O senti se deitando ao meu lado e se aconchegando a mim.
— Boa noite Shitashi — ele disse me dando um beijo na parte de trás da cabeça.
— Boa noite Sasuke-kun — e logo adormeci.
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Pov’s Hinata.
Já era por volta do meio-dia, no período da manhã eu tinha ido até a casa de Neji terminar de ler alguns pergaminhos que tínhamos pegado com meu pai, já precisávamos devolver. Também tinha Tenten que de uns tempos pra cá estava se sentindo mal, há uma semana ela está estranha, vamos esperar pra ver né. É a primeira vez que estou saindo do distrito desde ontem, aquele beijo do Naruto não saí da minha cabeça e eu tenho medo do que ele pode me causar...
Eu sabia que estava cedendo a ele e sabia também que se ele investisse um pouco mais eu iria dar uma chance a ele, ao contrário de Sakura eu sempre acreditei que Naruto me amasse pelo menos um pouco, sei que é a mais pura besteira, mas é aquela coisa de a esperança é a ultima que morre.
Também tem o fato de Naruto não ter estado com mais ninguém desde minha saída do hospital, todas as paredes de Konoha tem ouvidos e o mais novo aspirante de Hokage estaria entre as conversa alheias, mesmo que eu não quisesse saber. A verdade nada mais é que, Tsunade já passou a treinar o Naruto há exatamente dois meses para em breve ele assumir o lugar dela. Então porque eu não posso pensar que ele realmente me ama? Porque não acreditar nas palavras dele e enfim me dar uma chance de ser feliz com aquele que amo?
Eu sei por que, por receio de tudo não passar de um joguinho e de no fim ser somente usada e descartada. Eu caminhava na direção do hospital precisava falar com as meninas. Cheguei à recepção e ela estava cheia de gente, fui disfarçadamente até Aya sem chamar atenção para mim.
— Aya? — eu disse baixinho chamando a atenção dela, ela me olhou e sorriu — Sakura e Ino ainda estão no horário de almoço?
— Desculpe Hyuuga-sama, mas as duas não vieram hoje — ela disse assinando um papel a sua frente — Tsunade-sama, mandou um aviso a Shizune-san, de que ambas seguiram para Suna e voltam dentro de alguns dias.
As cabritas saíram sem me falar nada? Ah, seu eu não mato elas... — Obrigada Aya — e saí do hospital. Essas duas vão ter que me explicar direitinho tudo isso. Onde já se viu saírem e me deixarem sozinha? Eu estava com fome, queria aquelas duas para almoçar comigo enquanto eu contava o que tinha acontecido comigo, mas não, estou sozinha pobre abandonada no mundo. Tá parei de drama. Estava bem contente – se é que podemos dizer assim – de não ter encontrado o Naruto por aí ainda.
Caminhava sem um rumo certo pelas ruas de Konoha e quando dei por mim já estava em frente ao Ichiraku. Bom que mal tem é um lugar público mesmo, dei de ombros e me sentei no balcão mesmo. Ichiraku logo veio anotar meu pedido e eu já me colocava a esperar.
Nem esperei muito tempo, logo eu já estava comendo. Quando eu estava quase terminando ouvi aquela voz me chamando, até me assustei dando um leve pulo. Naruto estava me gritando. Ele correu e parou ao meu lado, minha “alegria” se foi ao vê-lo.
— Eu estava te procurando — ele disse dando um sorriso.
— Hm — eu murmurei dando de ombros.
— Eu preciso falar com você Hina-chan — ele disse me olhando sério. Eu franzi a testa em confusão, mas antes de falar qualquer coisa.
— NARUTO-KUN!!! — Aquela voz irritante estava gritando próxima a nós. Logo Shion aparece em nosso campo de visão, Naruto estava bem irritado — Eu estava te procurando amor — e deu um sorriso para ele, ela me olhou de rabo de olho e fechou a cara — O que faz aqui ceguinha?
— Mais respeito com a Hinata, Shion — Naruto disse a olhando em advertência e eu o ignorei.
— Almoçando oxigenada — eu disse dando de ombros — Me chama de cega, mas acho que a cega aqui é você — e dei um sorriso de canto.
— Ora, como ousa falar assim comigo? — ela disse irritada. Naruto a olhava sério — Vamos Naruto-kun, deixa essa idiota aí.
— Não — Naruto disse muito sério, esse Naruto nem parece o mesmo sorridente de segundos atrás, ele está extremamente sério — Eu vou falar com a Hinata e você Shion pare de ofendê-la, eu já disse — ele a olhava friamente e ela o olhava magoada.
— Porque está me tratando assim Naruto? — ela perguntou manhosa e eu revirei os olhos, acho que vou embora — Há meses você não me procura, não quer mais ficar comigo? — ela perguntava o olhando triste.
— Shion sempre te disse que não tínhamos nada sério, que você era só um casinho — ele deu de ombros — Acontece que eu cansei dessa vida e quero alguém digna para se tornar a esposa do Hokage — e tornou a dar de ombros.
— E eu não sou digna? — ela perguntou sem olhar para ele, parecia que ia chorar, quanto show... Virei-me para o Ichiraku e paguei o que eu consumi, me levantando em seguida, ela pareceu se lembrar de minha existência e me levantou o olhar, me encarando irritada — É por causa dessa vadia que você está fazendo isso comigo não é Naruto-kun? — ela apontava o dedo no peito dele — Ela está fazendo sua cabeça contra mim não é? Mas não acredite nela, ela é uma cobra que só faz soltar seu veneno por aí...
Naruto segurou as mãos dela e a olhava muito irritado e estava muito frio, parecia o Sasuke aqui e não o Naruto — Calada — ele disse com uma voz tão cortante que até eu me espantei.
— Sabe Shion, eu não abri minha boca em momento algum para falar de você — eu disse andando para a rua, mais próximos a eles — Eu nem me lembro de sua podre existência, tenho mais o que fazer a ficar competindo com outras e descobrir em qual cama passar a noite — dei um sorriso irônico — Você mesma cava sua cova perante ele, eu não perco meu tempo dando razão a pessoas como você, que necessitam a todo instante de atenção — dei de ombros — Não quero atrapalhar o casal, já vou — e voltei a andar.
— Hinata, eu não esqueci que quero falar com você — Naruto disse ainda sério, mas não tanto quanto se dirigia a Shion — Eu quero falar com você...
— Porque você quer falar com essa vadia Nar... — ela foi interrompida.
— Shion eu estou me segurando para não avançar em você agora mesmo — Naruto disse se afastando dela e se aproximando de mim — Já te disse não temos nada, eu nunca gostei de você e você foi somente uma diversão — ele disse parando ao meu lado — Nunca te dei esperanças...
Shion tinha os olhos arregalados e eu não sabia o que fazer, só queria ir embora — É tudo por culpa dela não é? — ela disse apontando o dedo em minha direção — Você disse que me amava!
— Não, eu nunca disse — Naruto disse ao meu lado a olhando como se ela já tivesse lhe causado problemas demais — Você que sempre disse que tivemos algo e eu sempre disse que nunca tínhamos, está na hora de você crescer Shion e parar com isso — ele segurou em minha mão e começou a me puxar — E você, vamos conversar — ele disse pra mim.
— Eu não tenho nada para falar com você Naruto — eu disse séria também, essa situação está me deixando tensa. Mal dei alguns passos, senti meu braço ser puxado com tudo e Shion tentou me acertar, mas Naruto impediu — Você está louca? — eu perguntei muito irritada.
— É tudo culpa sua! — ela disse apontando o dedo para mim.
— Nunca mais tente encostar um dedo na mulher que eu amo — Naruto a olhava com os olhos de modo Sennin e Shion estava assustada — Ou eu esqueço até o sentimento de amizade que eu tenho para com você — ele soltou o braço de Shion e a mesma nada disse — Vamos Hinata — e saiu me puxando novamente.
Segui Naruto até o campo de treinamento do time sete. Agora é saber o que ele quer falar, e eu estava realmente apreensiva pelo o que estava por vir...