Alma Gêmea: Destinados

Tempo estimado de leitura: 2 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 15

    Aviso

    Perdão por toda essa demora de postagem dos capítulos, o fim de ano foi terrível e eu realmente precisava por as ideias em ordem.

    Espero que continuem acompanhando a fanfic!

    Abraços.

    O homem que à segundos estava praticamente morto agora estava deitado na maca ao meu lado, ali, respirando. Meu coração havia se acalmado um pouco, até que ele abriu os olhos e eu me inclinei para vê-lo – aqueles belos olhos azuis pareciam penetrar a minha alma.

    Eu sorri, feliz por ele estar vivo.

    Ele bateu as pálpebras algumas vezes e mexeu os lábios.

    - Quem é você? - ele disse, e de um modo estranho aquela pergunta abalou um pouco minha alegria, me dando a impressão de que haveria uma longa luta pela frente.

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    Cap. 15 

    Apesar de toda a minha insistência em não precisar ficar no hospital, Guilherme me obrigou a ficar em observação, caso contrário ele iria telefonar pros meus pais. Tive que acatar.

    Ele parecia extremamente preocupado pelo fato de eu não lembrar-me quem seria o homem que estava comigo a horas atrás, mas não entendi o porquê e ele nem quis me explicar.

    O importante é que Guilherme me deixaria vê-lo de novo. E eu contava os segundos para isso.

    - Doutor, o paciente já acordou e já pode ser efetuada a visita. – disse Laura ao pôr o rosto na sala de observação.

    Tirei um pulo da cadeira, e quando já ia me direcionando à porta Guilherme me agarrou pelo braço e me beijou. Afastei-me instintivamente.

    - Você está bem? – ele me olhou, confuso.

    - Sim, hum... me desculpe, eu só estou um pouco...

    - Tudo bem, está bem. Só tenha cuidado com aquele cara, ok? Gostaria de ir com você, mas tenho uma cirurgia de emergência agora. Mesmo assim, Laura ficará ao seu lado para evitar qualquer reação... indevida. – ele disse, pigarreando antes de dizer a última palavra.

    Mas eu mal ouvi. A ideia de ver novamente aquele homem de olhos azuis mexia comigo profundamente. E antes mesmo que a sensação de culpa invadisse minhas veias, saí da sala e deixei Guilherme para trás.

                                                                                        ¨*¨

    - Perdoe-me por ter dito que não sabia quem você era. – disse David assim que cheguei, no qual descobri seu nome pela ficha de hospital. – E a propósito, a senhora está bem?

    - Estou obrigada. Mas... como você sabe quem eu sou?

    - Hum... a senhora não se lembra? - ele me olhou de um jeito estranho, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

    - Não, me desculpe. Seu rosto não me é estranho, mas...

    - Tudo bem. O que a gente passou ontem realmente parece ter sido algo sério. Bem, você salvou minha vida. Duas vezes contando com essa. - ele sorriu de lado, e foi quando vi que era o sorriso mais lindo que já havia visto. - Espero receber alta logo, antes que eu me torne uma parte desse hospital.

    - Tem razão, não se preocupe. - ri de volta. - Logo logo você vai estar em casa.

    Deixei David e fui pra casa. Não me importava o quanto Guilherme ia brigar comigo por ter ido embora sem avisá-lo, mas eu precisava urgentemente tentar organizar a minha cabeça.

    2 semanas depois --------------------------------------------------------------------

    7h da manhã. Era domingo, mas mesmo assim alguém batia fervorosamente em minha porta. Levantei da cama ainda sonolenta, e sem reparar muito bem no meu pijama abri a porta de supetão.

    - Espero que tenha dormido bem essa noite. Porque não atendeu minhas ligações? - perguntou Guilherme, rindo da minha cara de sono e meus prováveis cabelos desgrenhados.

    - Desculpe. Ontem eu praticamente desmaiei. - disse, fechando a porta e conduzindo-o à sala. - Como estão as coisas no hospital?

    - Bem, mas não vim falar de trabalho com você. - Ele sorriu e tocou minha aliança com o dedo indicador – Vim te buscar pra que a gente resolva algumas coisas do casamento. A organizadora me ligou e pediu que a encontrássemos hoje.

    Oh Deus. Se existia alguma coisa da qual eu não estaria a fim de fazer hoje era resolver detalhes do casamento. Na verdade, eu nem sei se queria mais... Ah, droga.

    - Não dava pra a gente... falar disso depois? - disse, quase me contorcendo de culpa.

    - Porque? Ela já está nos esperando há tanto tempo...

    - Sabe, não seria melhor se a gente... esperasse um pouco mais?

    - Esperar? Esperar o quê? Não acha que já nos aconteceu coisa demais pra a gente esperar?!

    - Por isso, quem sabe não é um aviso?

    E quando percebi, já havia dito. Enquanto tentava engolir minhas próprias palavras, percebi Guilherme ficar branco e boquiaberto.

    - Ouça, não foi isso que eu quis dizer...

    - Como é que é? Primeiro você pede para esperar, depois diz que todos esses acidentes que têm conspirado contra nós estão sendo um aviso para não casarmos?! O que você está querendo dizer afinal?!

    Respirei fundo. Em parte por não querer respondê-lo com a mesma grosseria que me falava, em parte porque eu mal tinha algo para responder.

     - Guilherme, por favor... - mas antes mesmo que eu pudesse pensar em algo, ele havia virado as costas e batido a porta com força.


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