Capítulo 7-Uma nova descoberta no mapa.
Todos ficaram assustados com a ideia de sobreviver e acho que não acreditavam que a ajuda existia realmente, mas foi o que me veio à cabeça naquele momento, a única coisa que saberia que os ia acalmar...
-Vamos lá começar a exploração. - incentivou o Matt esfregando as mãos uma na outra.
Meio receosos, o resto do grupo acompanhou-me a mim e ao Matt para fora da cozinha.
Caminhamos um bocado pelo corredor largo sem ligarmos a nada que nos rodeava. Apenas olhávamos para a frente, devido ao choque, e estávamos calados. As nossas respirações eram pesadas e podia ver, pelo canto do meu olho, que, para além de chocados, eles também estavam com medo.
Parei a meio do caminho e olhei em volta.
Havia umas quatro lâmpadas a iluminar aquele piso. Havia pouca mobília e as paredes estavam pintadas de branco sujo e, algumas delas, tinham manchas escuras e até alguns arranhões.
Estava num sítio onde conseguia ver praticamente o piso todo e, para além de ter vários compartimentos, havia outra coisa interessante naquele piso.
-Porque as janelas estão pintadas de preto? - perguntou a Malya ao aproximar-se de uma janela.
De certeza que estávamos num local isolado para não nos ouvirem a gritar por isso...
-Para não termos a noção do tempo. - respondi tentando abrir uma janela, porém esta estava trancada.
-Porquê? Qual o objetivo disso? - questionou a Emma meia nervosa.
-Para nos deixar sem orientação, para ficarmos malucos. - afirmou o Rick.
Eu concordei com a cabeça.
Ouvimos um som oco e alto e olhamos todos à volta para tentarmos achar a origem daquele barulho.
O Frank estava ao pé de uma cadeira que jazia no chão.
-Não partiu... - respondeu chocado o homem. - Nem se quer rachou.
Não estava admirada... de certeza que eram à prova de bala para não termos nenhum ponto de fuga, a não ser a porta principal como saída.
-Pessoa... - chamou o Tavis.
Percorri o local onde estávamos à procura do Tavis e, quando o encontrei, reparei que ele tinha uma expressão confusa na cara e os seus olhos azuis estavam fixos nalguma coisa.
Segui o seu olhar e fui de encontro a uma porta enorme. Ela era completamente castanha e, em vez de só ter uma fechadura como uma porta normal, não. Esta porta tinha quinze fechaduras iguais.
-Vamos. - disse olhando uma última vez para a porta. - Vamos descobrir a casa.
Ao nosso lado estava outro compartimento virado de frente para a cozinha.
Ganhei coragem e entrei, seguida pelos outros.
Esta divisão era grande com pouca iluminação. As paredes eram brancas e, em algumas, havia pequenos azulejos azuis. Uma mesa de metal estava posta no centro daquela sala, ao seu lado, um carrinho com utensílios médicos todos cobertos de sangue. No chão à volta da mesa, assim com em cima dela, eram visíveis várias poças e salpicos de sangue seco.
Estremeci quando percebi onde estávamos.
Uma sala de operações...? Será que em tempos morou aqui um cirurgião? Não me parece... isto é novo demais...
Num canto da sala estava uma cadeira parecida àquelas que há no dentista, mas esta era de metal.
Olhei à minha volta mas não havia mais nada naquela sala.
-Estou cansada. - confessou a Emma.
-Senta-te na cadeira, então. - sugeriu o Rick.
Ela olhou para trás de si e encaminhou-se para a cadeira.
-Mac? - chamou-me a pequena Emily puxando-me a camisola.
-Diz, pequenina. - debrucei-me ao é dela e sorri-lhe.
-Tenho xixi.
-O quê? Mas... agora? - perguntei meia atrapalhada e ela acenou a cabeça afirmativamente.
Agarrei-lhe na mão e sorri-lhe.
-Anda, vamos procurar a casa de banho. - ela sorriu-me docemente. - Vamos? - perguntei ao grupo e ele começou a dirigir-se para a porta de saída até que um grito de dor e desespero ecoou por aquele compartimento frio e húmido.
Continua...