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(Anahí Jhully)
O Ladrão de Galinhas: Antigamente os bandidos eram condenados à pena de morte. Por isto muito deles eram enforcados em praça pública. Uma vez um homem foi pego em flagrante roubando galinhas de um fazendeiro muito rico com o objetivo de levar a carne para sustentar seus sete filhos. Desta maneira ele foi condenado à forca. Quando chegou o julgamento de sua morte, dois guardas tiraram o ladrão da cadeia e o acompanharam até o caminho da execução. No meio da estrada o condenado achou uma imagem de uma mulher branca, com roupas azuis e com uma corda partida em suas mãos. Desta maneira ladrão ajoelhou–se diante desta estátua e orou: - Nossa Senhora, perdoe – me! - Pois estou arrependido! - Eu só queria uma galinha para sustentar meus filhos, pois não consegui emprego! Então um dos soldados gritou: - Cale a boca e continue andando! - Se quiser pode levar a imagem junto com você! - Mas continue caminhando! Deste jeito o condenado carregou a estátua com ele. Porém na hora em que o algoz colocou o pescoço do ladrão na corda, ela partiu–se misteriosamente. Mas o torturador não se deu por vencido e colocou uma outra corda no pescoço do condenado que partiu–se, novamente, sem motivo nenhum. Assim um dos padres presentes exclamou: - Soltem este homem! - Pois se o enforcamento não deu certo significa que ele é inocente ou arrependeu–se com sinceridade! Desta forma o sacerdote arrumou um emprego para o ex-condenado. Alguns anos depois o ex–ladrão de galinhas construiu a Igreja de Nossa Senhora dos Enforcados, que ficava no caminho dos condenados e onde alguns deles podiam parar para rezar antes de morrerem. O Falso Assassino: Alguns anos depois na mesma cidade, um forasteiro chamado Milton estabeleceu–se numa vila perto de uma floresta escura. Naquele tempo surgiu o boato de que este homem era um assassino foragido da justiça. Seis meses depois Clara, uma pequena menina, foi encontrada violentada e morta na floresta perto da casa de Milton. A população ficou revoltada com o crime e invadiu a casa do forasteiro sem ter provas. Antes de o homem ser linchado, as autoridades chegaram, prenderam o suspeito e o condenaram à forca. No caminho para a execução, Milton parou em frente à Igreja de Nossa Senhora dos Enforcados e fez a seguinte prece: - Não fui eu quem matou aquela criança! - Por favor, Nossa Senhora, faça com que a menina saia do caixão e diga quem foi o seu verdadeiro assassino. No momento em que colocaram a corda no pescoço de Milton. Uma voz infantil interrompeu a cerimônia: - Pare! - Por favor, não enforquem este homem! O povo olhou para trás e todos viram que era Clara que saiu do seu caixão. Desta forma, a garota continuou: - O verdadeiro assassino é o Zé das Couves! Ao falar isto, a menina caiu morta. Logo Milton não foi executado, porém colocaram Zé das Couves em seu lugar.