Todos Gostam Dela

Tempo estimado de leitura: 51 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Linguagem Imprópria

        LUCY

        "Eu vou sair com o...Gray?" penso descrente.

        Estou andando pelos corredores vazios, já que eu e a professora Aries ficamos conversando dobre a peça, de repente alguém me puxa e me prensa na parede. Arregalo os olhos levemente surpresa.

        - Você é tão... linda. - diz Loke passando a mão delicadamente em minha bochecha. - Parece até uma fada.

        - Hum... obrigada. - digo, mas calma do que deveria estar.

        Loke não responde, apenas coloca suas mãos em minha cintura e aproxima seus lábios dos meus, mas não faço absolutamente nada para impedi-lo.

        Cara, eu definitivamente sou uma vadia.

        Ele então me beija, por um instante fico sem reação, mas o sabor suave de sua boca logo me convence. Quando abraço seu pescoço e fico na ponta dos pés para aprofundar o beijo, o ruivo me levanta e abraço seu tronco com minhas pernas. 

        Não demora e nos soltamos, coloco delicadamente meus pés no chão e o encaro, Loke estava ofegante e me olhava com um sorriso de canto.

        - Você não é do tipo que depois disso vai se apaixonar por mim, né? - pergunta ele, como se esperasse pelo pior.

        Solto uma leve risada.

        - Claro que não, isso foi só uma ficada. - respondo jogando o cabelo distraidamente por cima do ombro.

        Ele sorri.

        - Bom saber, que sabe nós não fazemos isso de novo? - sugere ele enquanto observa eu me aproximar.

        - Que sabe. - sussurro em seu ouvido fazendo-o tremer dos pés a cabeça, então viro-me bruscamente e vou embora, a procura de meu armário.

        LOKE

        - Merda. - xingo quando Lucy vai embora, dou um soco forte, amassando a porta de um armário qualquer. - Eu estou me apaixonando por você? - digo baixinho, colocando as costas na parede de armários e escorregando até cair sentado no chão. - Sua idiota, você está fazendo eu me lembrar de como é ruim estar apaixonado. - resmungo baixinho, com a cabeça escondida nas mãos.

        LUCY

        - Caramba, ele beija bem... - comento para mim mesma, em voz alta.

        - Quem beija bem? - pergunta alguém atrás de mim.

        Viro-me devagar.

        Gray.

        - O personagem do meu seriado favorito. - digo, com a voz mais firme do que o esperado.

        - E quem seria? - pergunta ele com um brilho de interesse nos olhos.

        - Damon. - respondo, falando o nome do primeiro personagem que me vem a cabeça.

        - Salvatore? - pergunta ele erguendo uma sobrancelha surpresa.

        Encaro-o com cara de tacho, eu nunca havia conhecido ninguém que também gostasse dessa série.

        - Não me diga que você... - sussurro com os olhos muito arregalados.

        - É claro que eu gosto. - respondo empinando o nariz e me fitando com os olhos brilhando em divertimento, então se aproxima e me fala em tom confidencial. - Eu sou Delena, mas não fala para ninguém, porque isso é meio gay.

        Meus olhos brilham instantaneamente, então me jogo no colo do moreno e ele me pega no ar, rindo.

        - Gostou de ir para o meu colo agora? - pergunta ele sorrindo para mim.

        Coro violentamente.

        - Talvez eu admita que você é bem confortável. - digo encarando o chão de vergonha.

        - E talvez eu admita que você é a garota mais linda que eu já vi na minha vida. - responde ele, olho-o surpresa, mas ele desvia o olhar envergonhado.

        Não resistindo, jogo meus braços em seu pescoço e o abraço com força.

        - Que fofo! Você com vergonha é muito fofo! - grito.

        - Respirar... - sussurra ele com dificuldade, solto-o sem tirar meus braços de seu pescoço, ele sorri sem jeito.

        Ficamos nos encarando, Gray aproxima-se seu rosto cada vez mais, mas quando ele está a ponto de me beijar, seu celular toca. Ele me larga suavemente no chão, suspira pesadamente, olha quem está ligando e atende com uma cara de tédio.    

        - Que é? - pergunta grosseiramente, ergo uma sobrancelha e ele me lança um sorriso cansado.

        GRAY

        - Você ta ocupado? - pergunta Natsu com a voz mais séria que o normal.

        - Sim, estou acompanhado inclusive. - respondo piscando para Lucy, que da um leve sorriso de canto, mostrando um pouco seus dentes perfeitos.

        Essa garota é tão linda.

        - Quem está aí com você? 

        - Lucy. - respondo preguiçosamente.

        Ouço o ameba rosa xingar, surpreendentemente irritado.

        - Vem pra cá agora, to na minha casa. - diz ele, mas sinto que ele estava com dificuldade para se controlar.

        Desligo o celular com as sobrancelhas franzidas, então olho para Lucy, que me olhava com curiosidade.

        - O Natsu quer falar comigo. - digo. - Ele parecia muito nervoso, será que aconteceu alguma coisa?

        - Como se fosse muito difícil ele ficar nervoso. - comenta Lucy revirando dramaticamente os olhos, fazendo-me rir.

        Observo-a pegar sua bolsa e me olhar.

        - Onde você mora, Lucy? - pergunto sem querer, então sinto minhas bochechas esquentarem.

        - Do lado da casa do Natsu. - responde ela igualmente corada.

        - Então vem comigo que eu te dou uma carona. - digo, já a pegando no colo de novo e a levando para o estacionamento, sem dar oportunidade para ela negar.

        LUCY

        - Não precisava me carregar. - resmungo entrando no lindo carro de Gray, um Porsche branco. - Eu ia aceitar.

        - Claro, claro. - diz ele dando a partida e fazendo uma manobra para ir embora. - Mas eu não iria correr o risco.    

        Dou uma leve risada.

        - Não se preocupe, você pode me dar carona o quanto quiser durante essa semana. - digo.

        - Por que durante essa semana? - pergunta ele me olhando de canto, sem tirar de fato a atenção da estrada.

        - Porque semana que vem meus filhotes vão chegar. - digo feliz.

        - Filhotes? - ele ergue uma sobrancelha.

        - Você vai ver. - digo, mas ele apenas assente contrariado.

        Gray para na frente da minha nova casa, mas quando faço menção de sair, ele segura minha mão, sem me machucar e me olha nos olhos.

        - Então está confirmado, amanhã virei te buscar para ir no cinema. - diz ele.

        Assinto com um sorriso no rosto, então Gray se aproxima devagar e me da um beijo na bochecha.

        - Tchau, Lucy. - diz ele. - Até amanhã.

        - Tchau, Gray.

        Entro em casa e vou direto para o meu quarto, Tio Julian não estava em casa, ele passaria umas semanas fora, para resolver negócios.

        Deito-me na cama e encaro o teto.

        - Sou a maior vadia de todas. - digo em voz alta. - Hoje eu tirei a roupa do Natsu, beijei o Loke e aceitei sair com o Gray. Mas eu não tenho nada com nenhum deles, posso fazer o que eu quiser, certo? - pergunto para mim mesma.

        Suspiro pesadamente e vou encher a banheira, precisava relaxar.

        GRAY

        Aperto a campainha da casa de Natsu, ele me atende com uma cara de poucos amigos, não diz nada, só me da passagem para entrar. Vou direto para o quarto dele

        - O que aconteceu? - pergunto jogando-me preguiçosamente em sua grande cama de casal.

        Natsu não responde, apenas tranca a porta do quarto e senta no sofá do quarto, então coloca a cabeça entre as mãos e sussurra:

        - Se você não fosse meu amigo, eu te mataria aqui e agora.

        - O que foi que eu fiz? - pergunto surpreso.

        - Você chamou a Lucy para sair. - responde ele, seus olhos com um brilho estranho.

        Sorrio maliciosamente.

        - Sim, você devia ficar feliz por mim. - digo. - Eu gosto da Lucy, sinto como se a conhecesse a séculos.

        - Eu te entendo, cara. - responde o rosado encarando-me. - Mas ela não gosta de você.

        - Eu sei disso, idiota. - respondo friamente.

        - Sabe? - pergunta Natsu surpreso.

        - Claro, ela conheceu a gente hoje, mas sei que ela também dente como se nos conhecesse a muito tempo. - respondo dando de ombros. - Mas eu gosto dela, aquela loira realmente mexeu comigo de um jeito que nenhuma outra fez. - completo, sentindo em cada célula de meu corpo o quanto aquelas palavras eram verdadeiras.

        Será que eu estou me apaixonando pela Lucy? Que rápido...

        - Mas mudando de assunto, o que você queria comigo? - pergunto, disfarçando a estranha sensação de estar apaixonado que eu acabo de perceber.

        Natsu abaixa a cabeça.

        - Não quero discutir com você, então esqueça. - sussurra ele mais para si mesmo do que para mim.

        Olho-o com preocupação. Nunca vi Natsu perturbado daquele jeito, como se ele estivesse profundamente incomodado com alguma coisa.

        Como se tivesse lutando consigo mesmo.

        Levanto-me e vou embora.

        NATSU

        Então Gray sente a mesma coisa que eu mesmo.

        Mas que grande merda.

        Lucy, Lucy...

        Por que é tão fácil se apaixonar por você?

                                                CONTINUA...


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!