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Pov’s Sesshoumaru
Estamos andando há algum tempo... Andando, não porque Inu-yasha e aquele youkai gato correm, mas para mim essa velocidade é muito baixa. Eu queria ir o mais rápido possível. Inu-yasha estava me encarando há algum tempo e eu resolvi ignorá-lo, mas ele continuou, o que me incomodou um pouco, e por esse motivo resolvo perguntar.
– O que foi Inu-yasha? – digo sério e indiferente – Você nunca viu seu meio irmão não?
– Eu só quero saber por que você está vindo conosco! – disse ele alterando a voz com visível preocupação – A Kagome não é nada sua, então porque você quer salvá-la? – disse ele com uma voz acusadora e havia medo também. – Você e Kagome tem alguma coisa? – ele disse com dor em sua voz e em seus olhos medo pela resposta.
Olho para Inu-yasha de maneira fria. Como ele ousa dizer isso a este Sesshoumaru? Como ele ousa continuar fazendo minha Kagome sofrer dizendo coisas sem sentido? Insinuando que se preocupa com ela, que por algum momento ele a ama? Ele já fez a escolha dele, e eu a minha. Vou conquistar Kagome, custe o que custar, ela é uma fêmea incrível, nunca tinha visto outra fêmea assim, ainda mais humana, decidida, forte e que acima de tudo, mesmo com medo, enfrenta seus inimigos, sejam eles quem for para proteger as pessoas que ama e a ela mesma. Kagome não merece sofrer assim, mas não mesmo!
– Se tenho ou não algo com Kagome – digo frio e indiferente – Isso não lhe interessa! Isso é algo somente relacionado a nós dois... Estou indo junto porque estou com as coisas de Kagome – mostro a ele tudo, o arco e flechas, a espada e aquele treco amarelo – ela está em desvantagem contra o Naraku! E você tem que proteger essa daí, entre ela e Kagome, você a escolherá! Deixando Kagome desprotegida...
Sou tirado dessa discussão banal quando sinto um cheiro no ar, é leve, mas reconheço, é o cheiro de Naraku tenho que ir logo, Kagome pode estar em perigo! Corro para a direção leste, Inu-yasha e os outros me seguiam, mas estavam se perguntando o que esta acontecendo, mas foram sem perguntar nada. Não aguento mais, tenho que ir à frente!
–Inu-yasha – disse sério e muito impaciente – siga por este caminho ate sentir o cheiro do Naraku, esta fraco, mas acho que até mesmo você é capaz de encontrá-lo.
– Mas e você Sesshoumaru? – perguntou-me Inu-yasha – O que você vai fazer?
– Não é obvio seu idiota? – disse me irritando – Eu vou à frente. Kagome pode estar em perigo. – dizendo isso aumentei a velocidade sem dar chance de Inu-yasha falar algo.
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Um pouco mais a frente vejo um castelo muito grande, mas esta abandonado, sei que deve haver uma barreira, mas como estou conseguindo ver o castelo ela deve estar muito fraca, Naraku esta preocupado com outra coisa já que se esqueceu da barreira, encubro meu cheiro e presença e adentro a barreira, quando passo por ela sinto um aroma familiar de Sakuras e sangue, muito sangue. E é de Kagome! Não consigo mais me segurar, avanço em direção ao castelo rapidamente e o cheiro de Kagome vai ficando mais forte e o de Naraku também, ambos os cheiros se misturando e percebo que ambos estão no mesmo local.
Entro no castelo, ando por um corredor e o ultimo cômodo tem a porta encostada, me aproximo devagar e olho pela fresta da porta e o que eu vejo me faz parar onde estou. Naraku está em uma ponta do cômodo e Kagome na outra, pelo o que este Sesshoumaru vê, ela já esta fugindo dele há algum tempo, Kagome ainda esta tentando fugir de Naraku e ele esta avançando em direção a ela.
– kukukukuku Kagome – disse Naraku chamando minha atenção para a conversa – não adianta você fugir. – Naraku mede Kagome, ele esta olhando para ela eu sinto cheiro de excitação vindo dele - Mas não se preocupe antes de absorvê-la eu vou te dar prazer. - ele lhe lança um olhar malicioso - Eu vou transar com você.
– EU NÃO VOU FAZER NADA DISSO!!! - gritava Kagome nitidamente desesperada, ela estava fraca eu podia ver – você não vai fazer nada disso comigo! – ela tenta correr, mas não consegue.
Naraku se aproxima de Kagome e lhe esbofeteia a cara fazendo Kagome cair próximo à porta, “ela esta tão fraca” eu penso - Cala a sua boca humana ordinária – disse Naraku irritado - Eu vou transar com você e você vai gostar!
Não consegui mais me segurar, quem ele pensa que é? Batendo em minha Kagome e ainda dizendo que quer transar com ela, a desejando desse jeito imundo! Kagome pertence a este Sesshoumaru e não vou deixar ninguém encostar nela a não ser eu! Só eu posso dar prazer a ela, só eu posso tocá-la, desejá-la, amá-la!
Minha ira era tamanha que comecei a me transformar, meus olhos assumiram uma coloração de vermelho sangue, meus caninos saltaram em meus lábios me ferindo e minhas garras ficaram muito pontudas fechei as mãos em punhos, o que feriu minhas mãos, mas não me importo, eu estou cego pelo ódio! Quero matar esse Naraku que está infligindo dor e desespero a minha Kagome.
Entro no cômodo e Naraku fica surpreso em me ver, Kagome esta de costas para mim e não sabe o porquê de Naraku estar com essa expressão, quando ela se vira e me vê fica aliviada, mas percebo que ela está muito cansada e muito ferida, Naraku se afasta de Kagome ao perceber minha aura assassina.
– kukukuku Sesshoumaru – disse Naraku me olhando ainda surpreso - vejo que veio participar da fest... – Naraku não conseguiu terminar, pois enfiei minhas garras em sua cara. Ele percebeu o perigo e se envolveu em uma barreira, e eu me coloquei entre ele e Kagome, se ele ainda quisesse ela teria que passar por mim, mas como Naraku estava muito fraco decidiu somente fugir em sua massa de miasma. Controlo-me e volto ao normal, Kagome me olha e sei que ela esta cansada, mas ela me abre um sorriso. Aproximo-me de Kagome que continua caída no chão e vejo que ela está feliz em me ver.
– Como você me achou? – perguntou Kagome confusa e com cara de choro – e como você sabia que eu estava aqui?
Agachei-me perto dela, mas não resisti ao impulso e a abracei, “eu quase a perdi” – Depois que eu te deixei na clareira eu voltei onde havia deixado Rin e Jaken. Rin me convenceu a ir atrás de você novamente, você mexeu com meu orgulho, este Sesshoumaru não nega, mas na verdade eu não queria ir embora, só fui porque queria te dar um tempo para pensar em minha proposta, por isso te deixei, mas no fundo eu não queria ir. – disse sério me afastando um pouco para fitá-la – Mas quando estava voltando para a clareira onde tinha deixado você e senti o cheiro de Kagura com seu sangue, não sei. – disse olhando naqueles lindos olhos azuis – Quando Kagura contou a este Sesshoumaru o que havia acontecido com você – continuava a fitar aqueles lindos olhos azuis que agora estavam felizes, não tinham mais medo - este Sesshoumaru queria vir o mais rápido possível, mas antes de vir este Sesshoumaru foi ate a Sango e ao seu menino - dei um leve sorriso - e os avisei. Eles estão vindo para cá também.
– Obrigada – disse Kagome visivelmente emocionada– Obrigada por ter vindo! – dizendo isso ela me abraçou e eu pude sentir cheiro de lagrimas, eu a abracei de volta tudo o que eu mais queria era reconfortá-la. Ela se afastou para me fitar e quando fez isso seus olhos ainda com lagrimas e seu cheiro me mostravam que ela me desejava. Sou tirado de meus devaneios quando sinto o cheiro de Inu-yasha próximo.
– Kagome – eu disse, mas também queria tanto quanto ela– Inu-yasha está se aproximando. Vamos sair daqui? – dizendo isso me levantei e dei a mão a ela, ela levantou, mas suas pernas vacilaram e ela caiu ajoelhada, agachei-me novamente e olhei em seus olhos – Vou te pegar no colo tudo bem? – ela da um aceno positivo e eu a pego.
Estamos saindo do castelo, Kagome esta aninhada em meus braços, ela se ajeita mais neles e como eu gosto dela neles, gosto de Kagome assim, próxima a mim, seu cheiro de Sakuras fica mais forte com ela tão próxima o que me faz ficar mais feliz. Ela está de olhos fechados, mas sei que ela está acordada. Dou-lhe leve beijo na testa e ela abre os olhos. Nesse instante Inu-yasha chega com os outros logo atrás dele. Como estou de costas para Inu-yasha, ele não viu meu gesto de carinho para Kagome, viro-me e ele a vê em meus braços.
– Kagome! – disse ele colocando a morta viva no chão contra a vontade dela. – Como você esta? – ele se aproxima e faz menção de tirá-la de meus braços, mas eu não deixo e ela também me pede isso com seus olhos – Pode me dar ela Sesshoumaru! – disse ele irritado e percebo em seus olhos que ele a queria em seus braços.
– Tudo bem Inu-yasha – disse Kagome com a voz um pouco fraca – Não me importo de ficar aqui - ela lhe lança um olhar frio - alem do mais sua namorada não vai gostar nada, nada de você com outra no colo. Você esta incomodado comigo aqui Sesshoumaru? – dizendo isso ela olha para mim – se estiver eu posso sair...
– Claro que não me importo Kagome – disse sério e ela sabe que estou falando a verdade – Você acha que se este Sesshoumaru estivesse incomodado, estaria com você em meus braços ainda? – ela olha para mim e sorri – Então Inu-yasha pode continuar... – digo com uma expressão indiferente.
Inu-yasha me fuzila com os olhos, mas não diz nada. Sabia que se dissesse algo Kagome ia revidar e aquela morta viva também ia reclamar. Shippou pula no colo de Kagome, chorando, sinto cheiro de lágrimas e sei que ela também esta chorando...
– Mamãe! – gritou Shippou que logo ficou envergonhado – Quer dizer Kagome... Como você esta?
– Tudo bem meu pequeno... Pode me chamar de mamãe, você sabe muito bem disso – dizendo isso ela abre aquele sorriso que eu gosto de ver em seus lábios e afaga os cabelos do pequeno youkai – E eu... Com toda certeza já estive melhor... Mas nada que uns dias na minha era não resolvam...
Inu-yasha a fita de maneira como se fosse reclamar, mas nada disse, não depois do olhar que Kagome lhe dá, ele se dá por vencido, mas não antes de dizer algo que irrita Kagome - Tudo bem Kagome, você pode ir para a sua era - disse Inu-yasha sem fitá-la nos olhos, na verdade ele estava olhando para os meus braços – mas antes o que aconteceu? Porque você esta tão ferida? – e ainda olhando para meus braços – E porque você não quer sair do colo dele?
– Inu-yasha – disse Kagome séria e visivelmente irritada - eu não pedi permissão, eu disse que EU VOU para a minha era. – ela o encara de maneira tão fria, que ate eu me abalei com aquele olhar – E não te interessa o porquê de querer ficar aqui!
– KAGOME!!! – gritou Sango chorando e visivelmente alegre pela amiga estar bem – Que bom que Sesshoumaru conseguiu te salvar!
Após dizer isso Kagome primeiro me pede para colocá-la no chão, mas quando eu a coloco e me afasto ela vacila novamente e cai ajoelhada, Inu-yasha a olha de maneira compreensiva “Então é por isso que ela estava nos braços dele, mas ela também poderia estar em meus braços!”. Sesshoumaru se aproxima novamente e diz: - Kagome você esta bem? - ela o olha e balança a cabeça em afirmativa. Sesshoumaru a levanta e a segura em pé de costas para ele, a abraçando pela cintura, Inu-yasha fica visivelmente irritado “ele nem disfarça” eu pensava comigo mesmo.
Kagome abre os braços e abraça Sango, a posição do abraço é um pouco desconfortável para ambas, pois meus braços estão na barriga de Sango e Sango não consegue se aproximar mais por receio de minha reação, faço menção de soltar Kagome e me afastar um pouco, mas quando eu faço isso ela segura minha mão, percebo que ela não quer que eu saia e que também não conseguirá manter-se em pé sozinha, após ela acalmar sua amiga ela volta para meus braços e novamente Inu-yasha fica irritado, mas Kagome o ignora.
Kagome começa a contar o que aconteceu com ela, contou o que Kagura disse e o que ela fez, contou sobre a luta e disse também que saiu tão ferida assim porque tinha usado sua energia em Kikyou e não teve tempo de descansar. E que por esse motivo ela havia ficado tão machucada. – Eu desmaiei – continuou Kagome – no momento em que Kanna disse que Sesshoumaru estava se aproximando – ela olha para mim – pelo visto ele não chegou a tempo. – E após isso contou o que Naraku tentou fazer a ela, tive que me controlar para não abraça-la aqui mesmo e dizer que ela é só minha e de mais ninguém, que iria protegê-la não importa o que aconteça. Mas o idiota do Inu-yasha não se controlou e começou a gritar:
– QUEM ELE PENSA QUE É PARA TENTAR FAZER ISSO COM VOCÊ??? – Inu-yasha estava descontrolado pelo ódio – Como ele ousa ao menos tocá-la? E insinuar essas coisas?
Kagome que está em meu colo se tenciona e grita para Inu-yasha: - E PORQUE VOCÊ SE IMPORTA? - ela disse visivelmente irada - Você não pode falar nada!!! E eu não sou nada sua!!! Só sua amiga, finge que se importa e não ta nem ai! Ele só fez tudo isso porque eu estava fraca por sua culpa e de sua namorada!! Se Sesshoumaru – ela passa a mão em meu peito inconscientemente, imperceptível para os outros, mas não para mim, o que me deixa mais feliz ainda – não chega a tempo, ele teria me estuprado e depois me absorvido!!!
Inu-yasha se cala, sabia que Kagome estava certa. Se Kikyou não houvesse afrontado Kagome, ela não teria usado seus poderes e quando Kagura a atacasse ela conseguiria se defender. Inu-yasha é tirado de seus devaneios quando Kagome se pronuncia.
– Eu estou cansada e quero dormir – disse ela e eu inconsciente mente a aconcheguei mais em meus braços – Mas na minha era. Já esta começando a anoitecer...
– Tudo bem Kagome – disse Inu-yasha fazendo menção de novamente tirá-la de meus braços – eu te levo.
– Inu-yasha se não se importa – disse Kagome olhando para ele como se ele tivesse algo contagioso – prefiro que Sesshoumaru me leve, ele é mais rápido e não quero atrapalhar na viagem e muito menos no seu relacionamento com Kikyou... – ela olha diretamente para a morta viva - Ela pode não gostar de você se afastando comigo... – ela me fita e se dirigi a mim - Você se importa Sesshoumaru de me levar para o vilarejo da vovó Kaede? Eu queria passar essa noite lá na minha era, como você é mais rápido...
– Claro Kagome, eu te levo. – eu disse. – eu não me importo - olhei dentro daqueles lindos olhos azuis que me fitavam esperançosos - e outra Rin esta naquela direção.
Kagome desce de meu colo, mas ainda não consegue manter-se em pé sozinha de tão fraca então ela se escora em mim, me usando como apoio, se despede de Shippou o enchendo de beijos, abraçou Sango novamente e depois o monge, Inu-yasha ela só disse um tchau de longe e eu pude perceber que ele não gostou nada de ser eu a levar Kagome para o poço, mas nem me importo, ele que foi um idiota! Pego Kagome novamente em meus braços e ela se ajeita neles, ela se encaixa perfeitamente em meu corpo, como se tivesse nascido para mim. E a deixo dormir um pouco enquanto a levo para o vilarejo.
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Aproximo-me do poço e decido acordar Kagome, ela dormiu o caminho todo e eu vim bem mais devagar, uma para aproveitar ela comigo um tempo e outra para ela descansar um pouco. Esta uma noite linda, a lua brilha deixando tudo claro e o céu tem tantas estrelas. Ela fica linda a luz da lua...
– Kagome - digo suavemente – chegamos.
Ela abre os olhos lentamente, olha em volta e reconhece onde estamos, olha para mim e sorri. A coloco no chão gentilmente, ela já esta mais firme agora. Só nesse momento eu vejo como ela esta ferida, seus braços e pernas estão arranhados, seu abdômen tem uma ferida horrível e suas roupas no local estão toda suja de sangue, mas o sangue já esta seco. Mas o que mais me irrita são os ferimentos no rosto, como Kagura pode ferir esse rosto tão lindo? - passo a mão em seu rosto inconscientemente.
– Bom então Sesshoumaru – disse ela me fitando envergonhada - muito obrigada, de verdade, não quero mais ficar perto de Inu-yasha e você me ajudou bastante. Você salvou minha vida! – ela desvia o olhar ainda mais envergonhada e corando um pouco. - E desculpa por ter fugido de você, não é bem fugir, eu só não quero me enganar com você... – ela disse num sussurro – como me enganei com Inu-yasha.
Não resisto e a abraço gentilmente, pois ela esta muito ferida – Kagome, este Sesshoumaru não é como ele – disse me afastando um pouco – desculpe, tenho que para com isso... – Sou pego de surpresa quando Kagome fica na ponta dos pés e me da um selinho.
Ela continua assim em meus lábios ate que ela decide intensificar o beijo - ate porque eu ainda estava surpreso - pedindo passagem para a sua língua, e eu concedo. Nossas línguas travam aquela dança lenta e de repente se intensifica, ela passa as mãos pela minha nuca dando pequenos arranhões e eu a abraço mais junto do meu corpo acariciando-lhe as costas, o beijo continua mais alguns instantes e nos separamos por falta de ar. Dou um leve beijo em sua testa, ela se afasta e sorri para mim.
– É melhor eu ir – disse ela sentando-se a beira do poço e eu entreguei as coisas dela que ainda estavam comigo – até qualquer dia.
Dizendo isso ela pulou no poço me deixando ainda com as sensações daquele beijo.