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Sesshoumaru me olha de forma carinhosa, e eu olho para ele com cara de incrédula. Não acredito no que estou ouvindo, porque ele quer me levar com ele? EU NÃO VOU!!!! Ele quer brincar com meus sentimentos!!! Ele só quer me usar, ele só pode estar pensando que eu sou essas fêmeas que estão à disposição dele o tempo todo, mas ele esta muito enganado! E pensando nisso porque ele transou comigo novamente? Mas o que! Isso não é hora de pensar nisso. Sesshoumaru ainda me encarava, resolvi deixar esses pensamentos de lado e seguir em frente, começando me dirigindo a ele.
– Sesshoumaru, agradeço a sua oferta, mas – olho diretamente em seus lindos olhos cor de âmbar, quase me perdendo neles, mas não posso, não dessa vez – eu não vou com você! Eu sei me virar sozinha! – disse elevando minha voz – Porque ninguém confia na minha capacidade? Eu sei me cuidar, você sabe disso. E porque você acha que iria com você?
Sesshoumaru me olha com certo ressentimento - Você tem certeza disso Kagome? – Sesshoumaru disse de certa forma chateado – esse é o seu desejo?
Sesshoumaru me encara e vejo em seus olhos dor e tristeza, eu sei que estou pegando pesado com ele, ele só quer me ajudar e não quer que eu fique sozinha, correndo perigo – tudo bem que estou forte agora, mas mesmo assim. Ele se preocupa comigo, a maneira dele - mas eu preciso desse tempo para por os pensamentos em ordem, ele me confunde muito. Sesshoumaru nada disse, eu acho que o magoei.
– Olha Sesshoumaru – disse desviando o olhar, não podia mais encara ele, estou muito envergonhada, ele não tem nada a ver com isso, com minha insegurança – Me desculpe, eu estou irritada e acabei descontando em você... –Passo as mãos no rosto e massageio a minha testa - Isso não tem nada haver com você, e sim comigo... Nem sei por que se importa comigo... – Sesshoumaru me olhou uma ultima vez e foi embora sem dizer nada, mas não antes de eu perceber um olhar magoado e sei que mexi no orgulho dele. Sei que as intenções dele eram as melhores, mas não vou me deixar levar por ele! Eu vou provar que sei me virar!
Eu me sentei à sombra de uma árvore, percebi que o machucado em meu ombro se abriu novamente, Sesshoumaru fez um ferimento muito profundo e como eu não paro quieta um instante, a ferida não melhora completamente. Como lutei com Kikyou ele se abriu novamente, estava ardendo e sangrando um pouco, mas nada que eu não pudesse aguentar. Eu preciso descansar, usei meus poderes muitas vezes seguidas nesse meio tempo, sem descansar completamente, noites mal dormidas e lutas constantes não ajudam muito, tem também o stress emocional que eu estou passando, meu sensei me alertou que ainda era muito cedo para eu sair por ai usando meus poderes sem restrição...
Ate porque eu ainda era principiante, ele só me deu a direção e eu escolho o caminho, mas ainda tenho muito o que aprimorar, como o cansaço que eu sempre fico, sim eu sei é uma coisa básica para nós sacerdotisas é a resistência espiritual, mas eu acabei focando na física com uso de instrumentos e não na física após utilizar a espiritual, o que consome grande parte de energia do meu corpo. Decido descansar um pouco e novamente comecei a pensar no que aconteceu.
Eu acho que foi melhor dessa forma, assim eu não me engano com Sesshoumaru. Não queria deixar ele com raiva nem magoado, muito menos mexer no orgulho dele, o que eu tenho certeza que foi o caso, mas eu não posso me apaixonar por ele. Ele só tem amor próprio e amar uma humana, é ate engraçado de se pensar, ate porque ele odeia os humanos.
Decido deixar isso para lá, pois estou muito cansada, a luta com Kikyou gastou muito da minha energia, preciso arranjar um lugar para descansar, mas ainda está de dia, para ser mais precisa inicio de tarde, e agora para onde eu vou? E meu menino como será que ele vai ficar? Preciso voltar a minha era e trazer mais doces para ele. Fico observando as nuvens no céu, o céu dessa era é muito limpo e não tem poluição, mas eu prefiro a noite, as estrelas daqui são tão brilhantes, eu queria que as estrelas da minha era também fossem assim, mas o que mais me surpreende é a lua, mas muitas das vezes quando a estou observando meus pensamentos me levam até ele, aquele youkai de olhar frio e solitário. Sou tirada de meus devaneios quando sinto uma presença se aproximando muito rápido. Viro-me e vejo Kagura.
– Olá Kagome! – disse Kagura calmamente – era você mesmo que eu queria! – ela olha em volta a procura de algo ou alguém - E cadê o Inu-yasha?
– Olá Kagura, a cada dia que passa você fica cada vez mais feia! – disse com ironia, mas uma luta com ela agora é um problema, fraca e cansada como eu estou – e não sei de Inu-yasha.
– Ora, ora, vejo que foi trocada de vez por Kikyou – disse Kagura irritada “como ela ousa falar assim comigo? Mas também agora vou pegar no ponto fraco dela” - mas isso não importa, meu assunto era com você mesmo!
– Comigo? – eu disse incrédula e desentendida – Não me lembro de ter assuntos com você. – a olhei de maneira desafiadora - E o que seria esse assunto?
– Ora minha cara, Naraku esse é o assunto – disse Kagura com desdem - Agora fique quietinha porque o Naraku te quer viva.
Olho para Kagura a tempo de ela lançar as laminas de vento de seu leque e desvio, eu sei que estou muito encrencada ate porque eu ainda não consegui me recuperar, minha energia esta muito fraca, pelo cansaço repetitivo de meu corpo “culpa de Inu-yasha que reclama quando paramos para descansar!”. Vou ter que usar Joyeuse e as flechas, mas minha energia espiritual só da para as flechas “Mas que Droga!”. E agora eu preciso me defender. Desvio das laminas e saco Joyeuse, corro em direção a Kagura, ela se assusta e não tem tempo de reagir, enfio Joyeuse em seu ombro e ela urra de dor!
Mas não antes de ela perceber meu ferimento no ombro o atacando novamente, agora eu que senti dor, mas não demonstrei. Ela pega Joyeuse de minha mão a retira de seu ombro e joga para longe.
– Ora garota – diz Kagura com uma expressão de dor – você vai me pagar por ter me ferido dessa forma! – após dizer isso ela me ataca novamente com as laminas, como eu estou muito próxima a ela, as laminas de vento me acertam em cheio, uma das laminas abre a lateral do meu abdômen com um corte profundo, as outras pegaram nas pernas, nos braços e no rosto todas de raspão, agora fui eu quem urrou de dor! Recomponho-me pego o arco e flecha e miro.
– Agora você vai ver – disse séria, mas sabia que estava muito encrencada.
Minha energia espiritual estava fraca porque meu corpo está cansado e agora ferido. Miro a flecha e atiro, mas a flecha está lenta, Kagura consegue se esquivar e me ataca novamente, consigo me desviar, mas é questão de tempo ate ela me alcançar. Corro em direção à floresta, eu preciso vir por trás dela, porque Joyeuse foi jogada por ela para longe e para pegar a espada teria que passar por ela.
Uso um pouco da minha energia para encobrir meu cheiro e presença, como a floresta é densa e ela não está mais me sentindo pensa que eu fugi, Kagura da uns passos à frente e eu dou a volta por trás, quando ia pegar a Joyeuse ela se vira e me vê. Atacou novamente e fui pega em cheio, era tanta dor que eu quase desmaiei, mas não posso me dar por vencida, ela se aproximou de mim, me levantou pelos cabelos e quando ela fez isso eu dei um tapa na cara dela e sorri, mas já estava muito cansada, não ia conseguir muita coisa, e um pensamento passa por minha mente “como me arrependo de não ter ido com Sesshoumaru”, mas agora não é hora de me arrepender e nem de pensar nele.
– Ora Kagome – disse Kagura séria e com um olhar frio – vejo que ainda tem energia – dizendo isso ela me lança pelos cabelos em uma árvore próxima, com o impacto bato a cabeça e minha visão fica turva. Kagura se aproxima novamente e me levanta pelos cabelos novamente, ela me tira do chão e quando faz isso meu sangue escorre por seu braço e roupas, estou tão fraca que não tenho como reagir – Vamos ver por quanto tempo você ainda fica acordada. Só não te mato garota por que Naraku te quer viva. – dizendo isso ela me aproxima de seu rosto e passa as unhas em meu rosto, tirando sangue.
Irônico, já não basta eu estar pingando sangue e ela ainda me arranha, tirando mais sangue ainda. Meu abdômen esta ardendo e sangrando muito, minha roupa está ensopada de sangue e meu corpo não quer mais reagir, mas eu preciso. Naraku com toda certeza quer me absorver para usar meus olhos e não posso deixar isso acontecer, minha mente viaja e penso em Shippou e em Sesshoumaru, como eu queria vê-los pelo menos mais uma vez, ver o sorriso e aqueles lindos olhos verdes alegres em me ver, me chamando de mamãe.
E aqueles lindos olhos cor de âmbar me fitando e me desejando, criando sensações maravilhosas. Sou tirada de meu devaneio por Kagura. Kagura está suja de sangue, mas do meu sangue, o sangue dela só esta na região do ombro. Estou começando a perder a consciência, mas não posso, eu tenho que enfrentar Kagura. Quando ia tentar reagir uma voz calma e vazia se pronuncia próxima a nos duas.
– Kagura – disse Kanna e lhe mostrou o espelho – Sesshoumaru está vindo para cá.
– Mas que droga! – dizendo isso, Kagura pega uma pena de seu cabelo e se dirige a Kanna – leve ela até Naraku - Kagura olha para mim irritada - ela está quase inconsciente e não vai te atacar, eu vou atrasar Sesshoumaru.
Kanna somente olha para Kagura e da um leve aceno de cabeça positivamente. Kagura transforma a pena e coloca Kagome em cima da pena, Kanna sobe e Kagura manda a pena com as duas para cima. Kagome a está altura já estava desmaiada. Kagome desmaiou no momento em que ouviu que Sesshoumaru se aproximava e ficou feliz, mas não conseguiu se manter acordada para ver que ele não conseguiu salvá-la, que ele não tinha chegado a tempo.
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Após algum tempo Sesshoumaru volta para a clareira onde havia deixado Kagome, mas já sabia que havia acontecido... Uma luta entre Kagome e Kagura, podia sentir o cheiro do sangue de Kagome por toda a clareira e principalmente em Kagura. Sesshoumaru sente um aperto no coração “porque eu não insisti em leva-la comigo? Deixei meu orgulho falar mais alto”. Sesshoumaru passa os olhos pela clareira, mas só vê Kagura, e em um canto viu as coisas de Kagome jogadas, sua coisa amarela estranha, o arco e as flechas e a espada dela também um pouco mais afastada. Mas uma pergunta se fazia insistente em sua mente “Onde estava Kagome?”.
– Ora, ora Sesshoumaru – disse Kagura – O que você veio fazer aqui? Pensou que era o Naraku? Isso não é porque você sabe distinguir os cheiros então o que pode ser? – Kagura o olhou melhor e disse – Veio atrás da humana?