Amando um amigo

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Quando descobri o que sentia

    Heterossexualidade

    AMANDO UM AMIGO

    1.QUANDO DESCOBRI O QUE SENTIA

    Ele esteve comigo desde sempre, quando digo sempre, é sempre mesmo! Por incrível que pareça nascemos no mesmo dia, e somos vizinhos. Quando éramos crianças pequenas, nossas mães nos levavam juntos ao parquinho, e brincávamos, ríamos, chorávamos, fazíamos tudo juntos. Meu nome é Kagome Higorashi, tenho 15 anos, curso a oitava série, agora vai começar a saga que eu quero tanto contar:

    ?AMANDO UM AMIGO?.

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    Eu estava fazendo um trabalho de história com meu amigo de infância, e estávamos no meu quarto. Ele havia pulado de sua janela para a minha, pois nossos quartos eram praticamente encostados, existindo apenas uma árvore os separando. Inuyasha é seu nome.

    - Kagome... - ele sussurrou atrás de mim, eu estava concentrada nos livros, levei um susto.

    - Ah.. você? Achei que não viria mais... - indaguei.

    - Estava ocupado, mas vim como prometi! - ele respondeu.

    - Fazendo o quê ? - perguntei curiosa.

    - Conversando com alguém... - ele respondeu um pouco corado.

    - Alguém? - perguntei com uma pulga atrás da orelha.

    - É... - ele respondeu ainda sem jeito.

    - Posso saber quem? - aquele jogo de diálogos estava me irritando, o que custava a ele dizer o nome da pessoa?

    - Pode... - ele respondeu, e se sentou na beraida da cama.

    - Quem? - perguntei, virando me para ele, que parecia não querer olhar para meus olhos, como se estivesse escondendo algo.

    - Kikyou.... - ele respondeu num sussurro de voz.

    Ele sabia de que eu não gostava dessa garota por um motivo que nem eu sabia na época: Essa garota foi a primeira por quem ele se apaixonou. Quando tinha seus 8 anos, eu nem ligava , mas quando tínhamos 12 anos ele acabou ficando com ela numa festa de aniversário. Mesmo sabendo que aquilo era normal, eu fiquei triste quando soube por uma amiga. Eu decidi, então, ficar um tempo longe dele. No começo ele não entendeu meu sumiço, eu apenas disse que estava cheia de provas, e que tinha de estudar. Não daria para dar atenção para ele. Inuyasha acreditou, é claro, assim eu acho, talvez ele sabia que era por causa do ocorrido. Mas, com o tempo, percebi que ele não falava mais com ela, então voltamos a conversar de novo, e nossa amizade ficou mais forte do que nunca.

    - Ahh, quem é essa? - perguntei fazendo de indiferente, não sabia porque, mas meus olhos queriam lacrimejar, mas eu segurei o choro que estava preso na garganta naquele momento.

    - Uma garota que fiquei há um tempo atrás...Eu achei que você sabia. Eu tinha até lhe contando, depois daquele tempo que não nos falávamos mais, lembra? - Ele perguntou com um semblante confuso e sem graça, ele não queria me magoar, mas fizemos um pacto de nunca esconder nada um do outro.

    - Ah, lembrei! - respondi com um sorriso amarelo, que ele acabou suspeitando, ele era meu melhor amigo. Ele me conhecia até de olhos fechados, não tinha como negar suas suposições.

    - O que foi Kagome? - ele perguntou agora preocupado, percebendo meu estado lastimável.

    - Ah, nada, só estou...Sei lá, desanimada...- respondi desviando o olhar.

    - Eu achei que você iria chorar...- ele disse, e ele acertou na mosca, eu estava prestes a chorar como uma garota boba.

    - É impressão sua Inu-ni-chan...- respondi com jeito que usava quando crianças, dizíamos que éramos irmãos do coração.

    - Faz tempo que você não me chama de irmão...- ele responde com um sorriso sincero.

    - É neh! - falei mostrando a língua, e nosso clima pesado havia terminado.

    - Deixe me ver o que você já fez, quero fazer alguma coisa, odeio deixar você fazer praticamente o trabalho todo... - ele disse indo até a escravinha onde eu estava, olhando minhas anotações.

    - Olha que eu fiz isso uma vez, quando você ficou doente, fiquei tão preocupada...- respondi, lembrando do acontecido, me lembro que fiquei tão triste, achava que ele iria morrer. E não queria perdê-lo. Desde aquela época, percebi que não viveria sem ele, pois nascemos juntos, literalmente.

    - Você até chorou... e disse para não se preocupar que tudo daria certo... e você sorriu para mim, e me abraçou, senti que naquele momento era a criança mais feliz.. - ele respondeu me abraçando por trás.

    Antes eu não me sentia assim, mas quando ele fez isso senti meu rosto pegar fogo, como se uma carga elétrica passasse pelo meu corpo, nunca havia sentido antes. Nossos abraços eram tão normais para mim, mas desde aquele dia vi que havia algo errado. Percebi que ele também percebeu algo errado, porque ele se soltou de mim, e se virou de costa, percebi que ele também estava envergonhado. Ficamos em silencio, em um momento constrangedor.

    - Vamos continuar... - eu disse depois de uns minutos. Ele se virou para mim, e o momento constrangedor havia terminado.

    Editado e Postado por Mal_com_U


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