Desculpem a demora! Mas aqui está mais um cap, espero que gostem ^^
Capítulo 6-Temos que sobreviver.
O pânico era geral. Todos os que tinham presenciado aquela cena estavam em estado de medo.
Eles andavam de um lado para o outro a dar razão às palavras da falecida Agatha. Ninguém, naquele preciso momento, estava a pensar com a cabeça. Todos eles estavam a ser deixados que as emoções tomassem conta deles.
Estava sentada numa das cadeiras, com a perna cruzada e com as mãos em cima da mesa a batucar, tentando pensar. Há minha frente, sentado noutra cadeira, estava o Matt (a única pessoa civilizada entre nós) a olhar-me atentamente.
Eles estavam todos a falar. A voz deles soava mais alto na minha cabeça que a minha própria voz e isso impedia-me de pensar.
Levantei-me já irritada com aquela agitação toda e gritei o mais alto possível para se calarem.
Eles ficaram todos a olhar para mim, inquietos e confusos.
-Não vale a pena estarmos aqui a falar sobre o que vai acontecer se ficarmos nesta casa! Vocês precisam de se calar e começar a pensar! - falava olhando para todos nos olhos.
O grupo já estava todo reunido e agora estava calado e a escutar-me.
-Eu conheço o louco que nos pôs aqui dentro. Conheço o seu trabalho e a forma de agir e, garanto-vos que, existe sempre uma chance de sobreviver-nos.
-Se o conheces, porque não o prendeste? - perguntou o Rick.
-Eu conheço-o como assassino e não como pessoa... - ouviu-se um murmúrio no resto das vítimas. - Ouçam, eu não vos vou mentir... Só existe uma probabilidade de cerca 5,3% de sobrevivência.
Foi o caos.
O grupo voltou a ficar inquieto e em pânico e, por mais que tentasse, eu não conseguia fazer a minha voz ouvir-se.
O Matt bateu forte na mesa fazendo com que todos se calassem e depois levantou-se.
-Podem ouvi-la? Ela é a única pessoa aqui dentro que conhece o tipo que nos prendeu. Ela sabe mais dele do que divulgam na imprensa e eu acredito que se há alguém capaz de nos tirar daqui de dentro é ela. Por isso parem, ouçam-na até ao fim e, se tiverem dúvidas, perguntem-lhe civilizadamente.
Voltou a sentar-se e olhou para mim com um sorriso na cara. Sorri-lhe de volta e voltei a encarar o resto do grupo.
-Nós chamamos a este homem “O assassino do Saw” porque, inicialmente, os seus crimes eram iguais aos dos filmes do Saw. Há quase dois anos ele criou o seu próprio método: grupos grandes presos em algum sítio com várias provas para cumprirem. Ele já fez 57 vítimas e só 3 é que escaparam. Ele é inteligente, já faz isto à 5 anos e ainda não foi apanhado. Ele é impiedoso, mas deixa sempre uma chance de sobrevivermos.
Eles ficaram todos calados por momentos assimilar tudo o que eu dissera e depois veio o alvoroço das perguntas.
-Diz, Mike. - pedi para ele falar, de modo a que os restantes se calassem.
-O que sugeres que façamos?
O resto do grupo concordou com a pergunta e eu olhei para o Matt. Este sorriu e levantou-se.
-Para começar vamos investigar a casa, juntos. - informei olhando para eles. - Deve haver nela alguma coisa que nos diga como sair daqui...
-E depois? - perguntou a pequena Emily.
-Tudo depende do que encontrarmos. - respondi receosa.
-E se não haver nada? E se não encontramos nada? - questionou nervoso o Carl.
-Nesse casa, até a ajuda chegar, temos que sobreviver.
Continua...