A faxina está feita

Eu nunca pensei que admitiria isso nem mesmo à mim mesma, mas essa é uma verdade inevitável. Eu fui gradativamente destruída, profundamente machucada e intensamente ferrada, em todos os sentidos. E tudo isso graças à você, meu querido destruidor de corações, sendo que eu jurei que nunca seria uma vítima de pessoas da sua laia. Bem, bem, dessa vez você teve sorte. Fui muito descuidada; pela primeira vez ouvi o coração ao invés do cérebro. E olha no que deu, uma grande e aterralhadora merda. Ah, desculpe-me o palavreado (sei que você não se importa, mas eu não gosto dessas coisas), porém a maior merda que eu fiz, meu querido destruidor de corações, foi pensar que poderia te consertar. Ora, eu devia saber que você não tinha conserto. Afinal, nada que não quer ser consertado pode ter tal feito, quanto menos por uma pessoa que não faz diferença nenhuma na sua vida. É isso que eu fui para você, certo? Uma nada, uma zero-ninguém. Você nunca me levou a sério e nem sequer pensou em tentar ser uma pessoa melhor por mim. Mas eu, a idiota, nunca enxerguei isso. Nunca, até agora.  Porque agora eu enxergo tudo.  Não mudarei meus conceitos por sua causa; eu ainda acredito em histórias de amor. Mas também acredito que existe uma linha tênue que as diferencia de estupidez. Já se fazem 10 meses, afinal. Minha mente está mais clara, eu deixei o tempo apagar tudo para mim. Graças ao tempo eu não sinto mais sua falta. E nem sei mais se já senti sua falta de verdade. Esse é o meu último texto e meus últimos pensamento sobre você, meu querido, porque agora a faxina finalmente foi feita. Eu estou limpa.