Er... primeira fic nesse site, se bem que eu já posto essa fic em outro site de fanfic...
Bem, ta ai, aproveitem ^.^
Aos poucos fui abrindo os olhos, me sentia meio tonto ainda, não sei exatamente onde estou, com dificuldade, me sentei na cama onde estava e olhei ao redor.
O quarto estava meio escuro mas dava pra perceber que era totalmente branco e havia varias máquinas ao meu redor e um tubo de soro conectado no meu braço.
Um hospital?!
Eu estava em um hospital?! Mas, por que?!
Será que eu tinha sido atropelado ou algo do gênero?!
Tentei me lembrar do porque eu estava lá, mas no mesmo segundo, uma dor lasciva me atingiu na minha cabeça.
Grunhi de dor e levei a minha mão a cabeça.
Uma faixa?! Eu estava com a cabeça enfaixada, isso quer dizer que eu tinha sido atingido na cabeça, não é?!
Meu corpo todo doía e eu sentia como se estivesse esquecido algo.
Mesmo com essa dor insuportável, tentei me lembrar de algo, eu estava assustado e temia pelo que tinha acontecido.
Mas a minha surpresa não foi com o que aconteceu, até porque eu não me lembrava, o que realmente me assustou foi que eu não consegui lembrar de nada.
"Meu nome."
"Minha família."
"Minhas memórias."
"Minha vida."
"Nada, eu não me lembrava de absolutamente nada."
Tudo que eu via era um borrão negro e uma lacuna no espaço de tempo do meu passado.
Era tudo estranho e aterrorizante, não lembrar de nada foi terrível, era solitário.
[...]
? E então, Natsu-san, como se sente hoje? ? perguntou o homem de jaleco branco para mim ? Já conseguiu lembrar de algo?
Eu estava almoçando no meu quarto, fazia quase um mês que eu estava naquele hospital, fiz vários tratamentos para os meus machucados e estava fazendo terapia para recuperar a minha memória, coisa que ainda não havia surtido efeito algum.
? Bem, doutor, ainda não lembro de nada, nem mesmo sei se meu nome é mesmo Natsu Dragneel como você diz ? disse encarando o meu prato, simplesmente não conseguia lembrar de nada e isso certamente me deprimida.
? Ora, Natsu, confie em mim, eu sou um médico, não mentiria sobre a identidade de um paciente ? sorriu acolhedor pra mim ? Pode até não parecer mas eu me importo com os meu pacientes, especialmente com você.
Estalei a língua irritado, ele sempre dizia a mesma coisa, sempre o mesmo, aquele homem, ele sempre dizia que me conhecia antes do acidente, ele disse que era um grande amigo do meu pai e essas coisa, ele se chamava Gildarts, um velho, ruivo, chato e mulherengo, que me tratava como se eu fosse uma criança, e isso me irritava, principalmente porque ele falava como se realmente me conhecesse mas ainda assim eu não me lembrava dele.
? Se você se importa comigo, poderia me contar o que aconteceu no acidente ? eu disse fazendo um pouco de birra.
Aquele velho suspirou e deu um peteleco na minha testa.
? Ora, Natsu, você sabe muito bem que eu não posso dizer nada ? imitou uma voz irritada.
Eu não disse mais nada, deixei o garfo cair no prato e empurrei pra frente.
? Perdi a fome ? disse e o velhote me olhou um pouco triste.
Ele começou a fazer a bateria de exames, quando terminou que já ia saindo da sala, ele me olhou por cima dos ombros e continuava com aquele olhar meio triste.
? Sabe, Natsu, antes do acidente, você era tão diferente, tão mais animado, eu... espero que volte a ser como era antes ? ele disse e saiu do quarto.
Meu corpo estava um pouco pesado, então deitei na cama olhando pela janela.
? Como eu posso voltar a ser o que não lembro...? ? perguntei pra mim mesmo, mas eu não tinha uma resposta.
Ninguém me contava nada, nem sobre o acidente ou sobre a minha vida, eu ainda não sei quem são minha família, o que eu fazia, quem era meus amigos nem nada. Gildarts disse para todos as enfermeiras que não podia falar nada, que isso podia acarretar em uma sobrecarga no meu cérebro pelo excesso de informações.
Ninguém vinha me visitar também, nem familiar ou conhecidos, apesar de que eu nunca os reconheceria, é bem solitário isso na verdade.
As únicas coisas que sei é o meu suposto nome, Natsu Dragneel, e que tinha alguém comigo no dia do acidente, uma mulher cuja o nome era Lucy, pelo que sei, ela esta neste mesmo hospital, porém em coma, mas pelo que sei, Gildarts disse que eu não deveria saber dela também, na verdade, só sei dela por um descuido dele no dia em que eu acordei, ele mencionou que Lucy estava bem e viva só que estava em coma e foi nesse dia que ele soube que eu não me lembrava de nada, porque lhe perguntei quem era essa mulher.
O velhote disse que se eu quisesse saber de algo de mim mesmo, eu teria que lembrar sozinho sem ajuda de ninguém.
Eu até tentava me lembrar no começo, forçar as memórias a voltarem, mas minha cabeça sempre doía quando tentava então desisti, se eu esqueci, talvez seja porque o meu eu daquele tempo não queria mais se lembrar de nada.
Suspirei desanimado, talvez eu tivesse uma vida feliz, quem sabe, né, só me sinto um pouco culpado pela garota que estava comigo, se eu fosse o causador do acidente, significava que eu era o responsável pelo estado dela, e, bem, eu queria ao menos lembrar dessa tal de Lucy, acho que me sentiria melhor se eu soubesse.
Fechei os olhos e tentei imaginar como era essa tal de Lucy mas nenhuma fisionomia vinha em minha mente. No fim, decidi dormir um pouco pra aliviar o nervosismo e a tensão, e acabei emergindo num sono sem sonhos, afinal, eu ainda não tinha com o que sonhar.
[...]
Comecei a acordar bem desposto e descansado, quando abri os olhos e olhei pela janela, já estava escuro, as luzes estava apagadas e o quarto era iluminado pela fina e fraca luz da lua.
Quando me virei na cama, uma figura esbelta estava em pé parada na minha frente.
Uma mulher loira de olhos chocolates que sorria largamente para a mim.
Me sentei na cama e continuei a encara-la.
? Quem é você? ? perguntei e a mulher loira fechou os olhos continuando a sorrir.
? Você me conhece, Natsu, só não lembra ? ela disse com a voz aveludada e gentil.
A mulher caminhou até mim e ficou na minha frente, ela levantou a mão pra tocar o meu rosto mais eu recuei, mesmo ela dizendo que eu a conhecia, eu não lembrava e pelo que sei, ninguém era permitido entrar no meu quarto a não ser o meu medico e as enfermeiras.
? Natsu, por favor, deixe eu toca-lo ? clamou ela, olhei-a nos olhos e parecia que de algum jeito ela estava sofrendo, no mesmo momento eu senti que ela falava a verdade e assenti lhe dando permissão.
Ela aproximou os dedos finos da minha bochecha, e tocou levemente, uma formicação começou a surgir aonde ela tocava e uma boa sensação passava pelo meu corpo, aquele toque era tão gentil e ao mesmo tempo familiar.
"Quem será esta garota que me toca com tanta ternura e carinho...?"
? Viu só, não foi nada assustador ? sorriu de novo e me abraçou, o calor que ela passava pra mim foi aconchegante que me fez retribuir ao abraço, eu afundei o rosto no ombro dela e inspirei o doce aroma dos fios dourados, o aroma, o toque, ela, era tão familiar.
? Me diga, por favor, quem é você? ? perguntei de novo mas dessa vez um pouco mais desesperado e a apertei mais no abraço.
? Ah, Natsu, eu queria poder te falar, mas não posso ? disse ela e eu pude notar o tom sentido que ela expressava ? Mas, ainda tem uma coisa que eu posso fazer ? exclamou, nos separou do abraço e me olhou diretamente nos olhos ? Deixe que eu te mostre um sonho.
Toda a insegurança que eu tinha daquela garota sumiu no momento que ela me disse aquelas palavras, mesmo sendo sem sentido, era carregadas de sentimentos, ela reconfortante.
[Próximo capitulo]
Capítulo 02: Sob a verdade, uma ilusão.
[? Eu posso te ajudar a entender, mas não posso te consolar, pode ser que você lembre de coisas que o "você" do ontem nunca queria lembrar, ver coisa que o "você" do agora não queria ver e passa por coisas que o "você" do amanhã não queria passar.]