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Bom resolvi ser boazinha kkkk
Aqui está mais um... Esse é o último por hoje...
E lá estava eu, cara a cara com o homem que, mesmo nestas circunstâncias ainda mexia comigo e com meu coração, mas eu não vou fraquejar, ele me deve muitas explicações e eu vou conseguir todas as respostas de que preciso, para decidir se confio nele mesmo ou não. Provavelmente não sairei desta vivo, mas, o que posso fazer com minha impulsividade?
- Então, vamos começar. – falei puxando uma cadeira para sentar.
- Pergunte o que quiser.
- Qual seu nome? E sua idade?
- Você me conhece por Kai mas, esse é meu apelido, não sei porque, mas é. Meu nome verdadeiro é Jongin, na minha forma humana eu teria 21 anos, mas, isso foi a muito tempo. O que você vê aqui é apenas o meu corpo, sem alma, como se fosse uma casca ou algo do gênero. Desde 1876 que eu não sou mais eu.
- o que você quer dizer com isso?
- Pelo que percebo você não acredita em vampiros, certo?
- É claro que não, isso é só uma lenda que os pais contam para que os filhos vão dormir cedo, e não ande pelas ruas sozinhos. Nada disso é real.
- Pois eu tenho uma novidade meu caro, isso é muito real, caso contrário eu não existiria, vou te contar toda minha história, resumida claro, pois iria demorar muito contar a história de quase 150 anos detalhadamente.
Tudo começou quando eu estava com vinte e um anos, eu estava voltando para casa da universidade, quando de repente me deparo com a minha rua totalmente escura, provavelmente as luzes nos postes estavam queimadas. Continuei andando um tanto quanto apreensivo por estar sozinho. Escutei alguns barulhos atrás de mim, me virei mas não tinha nada, vi vultos a minha frente, estava morrendo de medo, comecei a andar mais apressadamente, faltava pouco para chegar em casa, eu só tinha que ultrapassar mais um pouco daquela rua, mas, novamente vejo vultos me rondando, comecei a correr o mais rápido que eu pude, mas, em um momento quando olhei pra trás e não vi ninguém acabei esbarrando no meu perseguidor. Ele me agarrou pelo pescoço me sufocando e me suspendendo do chão, me levou então para uma viela escura que tinha ali, e foi ali o meu fim como ser humano e meu começo como monstro.
Eu antes também não acreditava nessas coisas de vampiros, mas, o que estava acontecendo comigo naquela hora não poderia ser um sonho, a dor que eu senti no momento em que ele me mordeu, eu podia sentir o sangue sendo sugado de meu corpo, saindo de minhas veias, meu coração estava muito acelerado, mas, em um momento a dor passou e eu por incrível que pareça comecei a sentir prazer com aquilo, eu gemia, mesmo que sem querer. E por fim, um escuro me tomou, e antes de desmaiar só pude ouvir uma coisa que ele falou. “Agora você é um de nós”. Depois disso dormi ali mesmo, não tinha forças pra me levantar muito menos sair correndo.
Acordei depois de um longo tempo, ainda era noite, eu fui para casa, correndo e me espantando pela velocidade em que eu estava, mas provavelmente era só a adrenalina do medo de que aquele homem ainda esteja me observando, entrei apressadamente, batendo a porta atrás de mim.
- Meu filho, onde você estava - minha mãe vinha em minha direção em prantos – seu pai e eu estávamos tão preocupados, você sumiu por três dias. Onde você estava?
- O que? Não, eu fiquei fora só por algumas horas... Não foi?
- Não.
- Ah droga, eu estou morrendo de fome.
- Tudo bem, mocinho, vamos preparar algo pra você, enquanto nos conta o que deu na sua cabeça para sumir desse jeito, imagina como estávamos preocupados?
Meus pais estavam me enchendo de perguntas, mas, quanto mais eu falava que não sabia, eles não acreditavam. Eu também não podia contar a história real, o que eu ia dizer? Ah, mãe, pai, está tudo bem eu só fui atacado por um vampiro?
Eles me prepararam um sanduíche, mas quanto mais eu comia mais me sentia enjoado, eu não estava conseguindo engolir aquilo, sai correndo da cozinha porque estava prestes a vomitar, “o que está acontecendo comigo?” Eu me perguntava. Quando desci novamente vi expressões preocupadas nos rostos de meus pais, minha mãe estava arrumando a mesa, e de repente um cheiro adocicado chegou até mim, e de repente eu vi, era o cheiro do sangue da minha mãe, ela havia se cortado com a faca. Nesse momento eu comecei a escutar e sentir tudo mais ampliado, sentia o cheiro do sangue e do suor deles, conseguia ouvir, as veias bombeandosangue para todas as partes do corpo, e conseguia ouvir o coração de cada um deles batendo acelerado.
Naquela época eu não sabia o porquê eu estava sentindo uma vontade e atacar minha mãe, parecia que o sangue dela estava me atraindo, por isso, eu sai correndo dali, deixando-os mais uma vez sozinhos e preocupados comigo. Cheguei ao centro da cidade e fui direto a um bar, eu precisava beber, entrei e enquanto eu estava lá com minha garrafa de cerveja na mão um homem sentou do meu lado, o mesmo homem que me atacou. Assim que o reconheci fui pra cima dele, querendo saber o que ele havia feito comigo e foi quando ele me explicou tudo. Me levou pra um lugar mais reservado onde me entregou uma bolsa de sangue, me mandando bebê-la, dizendo que assim me sentiria melhor.
Fiz o que ele me mandou e nossa, a sensação era incrível, o sangue descia tão calmamente por minha garganta, saciando assim minha enorme fome, até gemi com aquilo, eu estava extasiado, tamanho era o prazer que eu sentia naquele momento, assim que terminei de beber tudo, continuei de olhos fechados por um tempo, assim que abri-os novamente o homem disse que iria me ajudar, é meio louco eu sei, eu confiar e aceitar a ajuda justamente do homem que me condenou a essa vida.
Depois disso, fui até perto da minha casa, para ver como tudo estava indo, e depois nunca mais fui, nem vi ninguém da minha família por medo de não me controlar perto deles. Passei mais ou menos um ano treinando com o homem que depois descobri que se chamava Jin, não sei se esse era seu nome original, mas, isso pouco importa. Ele me ensinou a como não matar as pessoas, como me controlar, eu tinha que beber sangue essa era uma regra, mas, eu não queria ser um assassino.
Depois de aprender o bastante fui embora, comecei a viajar o mundo, e aqui estou eu, agora contando tudo pra você.
E então? O que pensa em fazer agora?
- Não sei, minha cabeça ainda está muito confusa, são muitas coisas de uma vez só.
- Eu sei, mas, pensa, se eu fosse mesmo um assassino você não acha que eu já teria te matado? Desde a primeira vez que eu te vi só Deus sabe o quanto eu desejo provar o seu sangue, mas, estou me controlando ao máximo.
- E você quer que eu simplesmente esqueça que você matou aquele homem?
- Ele ia te matar? Eu só estava te defendendo.
- Hum, mesmo assim é muita coisa. – pisquei os olhos e quando os abri de novo ele estava na minha frente, gelei na hora.
- Ei, não precisa ter medo de mim. - ele falou acariciando minha bochecha, e se abaixando para me dar um beijo, que eu recusei juntando todas as forças em mim contidas. – eu sei que você me quer, consigo enxergar isso no seu olhar, o seu amor por mim é bem maior que esse medo que você está sentindo. – ele pegou meu queixo e minha cabeça para que eu pudesse olha-lo, e logo em seguida me beijou.
Ele tinha razão, eu não conseguia me controlar perto dele, e logo estava retribuindo seu beijo completamente entregue a paixão que queimava por todo meu corpo. Me agarrei em seu pescoço com uma mão e com a outra puxei seus cabelos, ele me fez enroscar minhas pernas em sua cintura me levando assim para a cama.
E aqui estou eu, entregue ao homem, que eu acabo de descobrir que é um vampiro, e que ao invés de correr o máximo que posso para escapar dele estou prestes a ter uma longa transa feroz e apaixonada como nós dois adoramos.