Hey leitores! Essa é a minha primeira fanfic no universo de Naruto. Só pra constar, ainda não li os últimos mangás então, pode ser que a história não coincida com a original no futuro dos personagens, mas acredito que é isso que deixa as coisas divertidas! Bom, é isso, espero que gostem!
- A HISTÓRIA PODE CONTER SPOILERS!!!
Há muitos anos, nos primórdios do mundo shinobi, viveu Kaguya, aquela que comeu o fruto proibido da árvore divina, recebendo chakra. Ela se tornou um ser tão poderoso quanto qualquer outro humano que já pisou sobre a terra. Seu poder era inigualável e, sozinha, Kaguya acabou com uma guerra que durava gerações. Os homens passaram a idolatrá-la, reverenciando-a como a Deusa Coelho.
Anos depois, Kaguya deu à luz a dois filhos: Hagoromo e Hamura. Ambas as crianças herdaram sua imensa capacidade de chakra, causando um ódio mortal em Kaguya, pois, como detentora original do fruto proibido, somente ela poderia ter chakra.
O ódio de Kaguya floresceu e a mesma prendeu toda a humanidade no Jutsu do Pesadelo Infinito, onde passou a ser temida como um demônio. Esta era de trevas durou anos até que seus filhos lutassem juntos para selá-la junto com o juubi.
Os dias de ódio de Kaguya chegavam ao fim e uma nova tinha seu início.
A era do Sábio dos Seis Caminhos.
Seu filho mais velho, Hagoromo, tornou-se extremamente poderoso ao selar o juubi dentro de si mesmo, tornando-se seu jinchuuriki. Agora conhecido como Sábio dos Seis Caminhos, Hagoromo ensinou o ninshu para os homens como uma forma de espalhar a paz. Começa aí uma longa era dominada por shinobis.
Hamura observou enquanto seu irmão espalhava o conhecimento do ninshu como uma forma de criar a tão sonhada paz, porém, sabia que o homem não podia viver sem guerra. Hamura sentia que em breve esse conhecimento se tornaria algo ruim. E, com essa certeza implantada em seu coração frio, Hamura partiu sem ao menos se despedir de Hagoromo. Vagou por terras em todo mundo. Treinou e aperfeiçoou suas habilidades do Byakugan, jutsu ocular que herdou de sua mãe. Com a visão extremamente apurada do Byakugan, Hamura conseguia ver o fluxo de chakra em outras pessoas, mas não estava satisfeito com isso. Mesmo dominando completamente a técnica do Punho Gentil e outras habilidades do Byakugan, ele sentia que faltava algo. Ele queria mais.
Com o passar dos anos, Hamura viu que aquele pressentimento ruim com relação ao nishu ensinado por Hagoromo aos homens se tornara realidade, pois o ser humano com sua infinita sede de sangue criou os três princípios shinobis: O ninjutsu, taijutsu e genjutsu.
A guerra havia voltado ao mundo.
Hamura desprezou o irmão por cometer tamanho erro ao ensinar o ninshu aos homens. O desprezo evoluiu para ódio. Hamura sentia uma intensa necessidade de pegar de volta todo chakra que estava com a humanidade, mas nada podia fazer além de olhar o fluxo de chakra com o byakugan. Quanto mais o tempo passava, maior se tornava o ódio de Hamura, principalmente depois de ver a paz ser tirada do mundo com o início de uma grande batalha travada por seus sobrinhos, Ashura e Indra, filhos do Sábio dos Seis Caminhos. E foi nessa mesma era que Hamura se tornou ainda mais poderoso. Depois de passar anos comprimindo chakra para aumentar o poder só byakugan, um novo jutsu ocular havia sido criado. Uma linhagem avançada perigosa e que precisava ser mantida em segredo.
Era o Raeghar. Um jutsu ocular diferente do sharingan, rinnegan e do byakugan. O raeghar tinha a capacidade de não apenas enxergar o chakra, ele também podia absorvê-lo e manipulá-lo como quisesse. Hamura se tornou ainda mais forte. Agora possuía uma linhagem avançada que ninguém mais no mundo possuía, porém sabia que não podia deixar os incríveis poderes do Raeghar se perderem. Hamura criou um clã secretamente e teve filhos, que herdaram a misteriosa linhagem avançada.
Surgia aí um clã condenado a viver nas sombras para esconder suas habilidades. Um clã poderoso destinado à morte. Um clã condenado à desonra.
O Clã Kirigazure. Descendentes diretos de Kaguya, Hagoromo e Hamura, os primeiros seres a carregar o chakra.
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TEMPOS ATUAIS...
Dois anos após o fim da Quarta Grande Guerra Ninja.
Vila Oculta da Areia.
O brilho alaranjado do pôr do sol entrava pela grande janela da sala do Kazekage da areia. Gaara terminava de assinar vários papéis atrasados de acordos com outras vilas. Depois da grande guerra a paz vencera no final. A vila estava em paz. Diversos acordos de paz foram enviados entre as vilas, temendo que uma nova guerra se iniciasse. Gaara parou de ler a pilha de papéis sobre a sua mesa e caminhou até a varanda de sua sala para assistir os últimos minutos do pôr do sol.
A luz alaranjada banhava a vila, entrando em contraste com a areia. Era uma bela vista, da qual Gaara jamais queria esquecer. Depois de muita luta, de erros e arrependimentos, finalmente conseguiu ser aceito por todos e hoje era o kazegake.
Seu coração estava alegre e cheio... mas não completamente. Agora tinha amigos e uma vila para proteger. Durante a luta com seu pai, Gaara descobriu que sua mãe sempre o amou e aquilo preencheu um espaço imenso que havia em seu coração. Mas, depois de a guerra acabar, ele percebeu que faltava alguma coisa para preencher por completo seu coração frágil. Foi distraído de seus devaneios por uma leve batida da porta.
— Gaara? — Era Kankuro. O irmão mais velho do Kazekage entrou na sala trazendo mais um papel. Sem a maquiagem que usava para lutar, Kankuro mostrava uma expressão preocupada.
— O que foi? Parece que aconteceu alguma coisa.
— É, aconteceu. — Ele entregou a folha ao irmão mais novo — Isso é uma mensagem de Konoha.
Gaara franziu o cenho. Uma mensagem de Konoha era rara. Depois da guerra, as vilas tiveram que ajudar umas a outras para se reconstruir e Konoha foi a mais destruída devido ao ataque do Pain, membro da Akatsuki. O kazekage pegou o papel e leu rapidamente.
- Entendo...
- O que? O que diz aí, Gaara? – Disse Kankuro, sobressaltado.
- Parece que a paz que desfrutávamos acabou. Kankuro chame Temari e reúna um time de chunnins para uma missão. Os jounins devem ficar para proteger a vila. Nós vamos para Konoha.
- O que...? Você vai, Gaara? Mas, você é o Kazekage! Não pode sair da vila!
- Sim, eu posso. Eles são nossos amigos e eu vou ajuda-los. – Gaara deu a sentença e Kankuro nada pode fazer além de aceitar.
O Kazekage voltou para a varanda. Agora já era noite e o céu de Suna estava impecavelmente limpo. Suspirou e voltou a olhar para a vila. A guerra havia terminado havia poucos anos e Gaara sabia que não podia sair de uma hora para outra, mas algo dentro de si dizia que precisava ir ajudar seus amigos.
O kazekage não fazia ideia do quanto àquela missão mudaria sua vida.