Olá pessoa lindas! Essa é minha primeira fic nesse site, eu atoou no SS e no Nyah! e agora estarei nesse
Eu ainda Lembro. Aquela noite clara
Estava eu, sentada com os olhos fixados no caderno, fazendo minha lição e casa, como de costume. Sinto um cheiro forte de queimado vindo diretamente da cozinha, mas decido ignorar, achando que era meu pai que havia queimado alguma coisa, já que ele nunca fora bom em culinária.
Segundos se passaram e o cheiro de queimado ficava ainda cada vez mais forte, tampando minha respiração, levantei-me imediatamente e fui até a pequena janela que havia em meu quarto, escorei-me nela e olhei para fora de meu quarto, podia ver uma fumaça preta sair da cozinha, meu coração pulsou e eu corri desajeitada dali até o local.
Chegando à cozinha, eu vi que ela estava infestada de fogo, o desespero subiu em minha mente e eu só conseguia pensar em meu pai, o chamei várias e várias vezes, correndo pela casa, quanto mais tempo passava, mais eu morria lentamente.
Exausta, sem conseguir respirar direito, caí sobre o chão da sala, eu não conseguia encontrar o meu pai, será que ele fugiu e me deixou ali? Impossível.
Fechei meus olhos como se tudo estivesse acabado, arruinado, terminado. Mas não estava, enquanto meus olhos se fechavam lentamente, vi dois homens altos entrarem no local e me tirarem dali, graças a Deus, eu estou salva, mas e o meu pai? Meus olhos estavam tão pesados, que não demorei a fechá-los.
Acordei em um lugar totalmente diferente, ele era inteiramente branco e se ouvia alguns “Be pee, Be pee”, logo tirei as conclusões que eu estava em um hospital.
Uma enfermeira de seios fartos adentrou o local, fitando uma pequena prancheta que levava consigo, debaixo de seus braços havia uma caixa queimada e que parecia velha.
- Senhorita Jenny, certo? – Perguntou.
- Sim.
- Você repousou durante cinco dias seguidos, agora está liberada para ir, mas antes, tenho uma péssima notícia para lhe dar. – Ela fez uma pausa longa, que me deu arrepios. – Seu pai está morto.
Eu não posso, eu não consigo, eu não vou, eu não devo. Acreditar. Lágrimas escorregam em meu rosto, o único que eu havia, ele prometeu nunca me deixar. Nunca. O choro alto começou, percorrendo por todo o corredor, quem quer que passasse por ele iria ouvir.
- Sinto muito. – Falou tremula.
Acho que ela deve lidar com isso todos os dias, deve ser difícil trabalhar em uma área como essa, dizer para as pessoas que aquele parente querido seu se foi, ela com certeza é uma heroína.
- Mas, tenho algo que ele deixou para você. – Ela me entregou a caixa velha e eu a abri.
Havia uma carta sobre um pequeno diário, logo a peguei e abri:
“Filha, seu aniversário está perto e eu não tenho muito que lhe oferecer, como sabe, eu fui demitido do meu emprego, pois achavam que eu estava roubando. Mentira. Você Sabe que eu nunca faria isso, mas aqui lhe ofereço, esse diário, escreva tudo que acontece na sua vida como se fosse a última coisa que deva fazer, mas quem sabe não seja? A vida é dura e ingrata, quando se tem felicidade ela destrói, mas saiba que quem te ama sempre vai estar com você, não importa onde ou quando. A vida é bela, mesmo com todas as falhas, viva como se fosse seu último dia, pois já não se sabe o dia de amanhã.
“Feliz aniversário, eu te amo, seu pai.”
Assim que eu terminei de ler tudo o que eu mais fazia era chorar, parece que ele previu sua morte.
- O corpo dele estava em qual parte da casa? – Perguntei, tentando me recompor.
- Estava no porão, enforcado.
Enforcado? Impossível, mesmo aquilo tudo que ele passou ele nunca se mataria, isso não está certo.
- Estão me chamando, eu irei ali e já volto.
Assim que ela deu as costas e saiu, meu choro voltou a tomar conta, isso não está certo, eu preciso saber o que aconteceu, papai... Papai... Por quê?
Por que te deixas-me?