A Última Casa

  • Finalizada
  • Kon1
  • Capitulos 1
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O que é real?

    Mutilação, Violência

    Mesmo autor do poema de horror: "A Queda do Quarto de Marie". Publicado nesse mesmo site.

    31 de outubro, um dia especial, era noite de Halloween e que Trevor jamais esqueceria...

    Delegacia de Wooden Floor. Chovia muito, era de noite, todas as crianças já estavam fantasiadas. Era quase meia-noite, quase dia primeiro de novembro. E Trevor chegou há pouco tempo na delegacia pediu para que o trancasse, o garoto de dezesseis anos estava surtado. Não demorou muito e alguns caras do departamento policial estavam sabendo do ocorrido. O detetive que acabara de chegar, chamado Connors, queria falar com o garoto, trazia doces. Os guardas autorizaram a entrada do mesmo.

    Connors entrou na sala, tentou se aproximar do jovem, mas este se afastou. Então ele mostrou o saco de doces. Foi nessa hora que Trevor surtou, ele bateu na sacola, derrubando as guloseimas. O detetive achou estranho o comportamento dele.

    Detetive Connors: - Então Trevor, pode me dizer que reação foi essa?

    O jovem não respondeu e olhou para o detetive com muito medo.

    Trevor: - O velho da última casa da rua.

    Detetive Connors: - Desculpe Trevor, que “velho da última casa da rua”?

    Trevor: - Não... Ele não vai vir! Ele não pode me encontrar! Ele não vai me pegar!

    Detetive Connors: - Eu te prometo que enquanto eu estiver aqui, ele jamais vai te achar.

    Trevor olha para o detetive, parece confiar um pouco nele, fica encostado na parede, sentado no chão.

    Trevor: - Era mais ou menos umas oito horas da noite, dessa noite. Eu estava fantasiado e meus dois amigos também, Daniel e Bryan, estávamos prontos para pedir doces. Passamos por todas as casas do bairro, ficamos felizes com a quantidade de doces que havíamos ganhado. Então fomos para o fim da rua, para dividir os mesmos.

    Trevor para de falar, e fica paralisado.

    Detetive Connors: - Quer alguma coisa, Trevor? Um copo de água?

    O jovem não respondeu.

    Detetive Connors: - Trevor? Pode continuar, por favor?

    Trevor olhou para o detetive.

    Trevor: - Assim que acabamos de dividir os doces, vimos uma casa toda enfeitada. A casa que estava abandonada agora estava toda iluminada na frente. Perguntamo-nos se alguém havia comprado a casa. Foi aí que decidimos chegar mais perto. Eu fiquei com um pouco de medo de continuar, aí decidimos tirar na sorte e Daniel acabou perdendo. Então, ele teve que ir pedir doces naquela casa. Ficamos um pouco longe e escondidos, observando a cena.

    Ele bateu na porta, não vimos quem apareceu para atender. Mandou-o entrar, Daniel recusou no início, mas o alguém misterioso o puxou para dentro. Esperamos por muito tempo e nada de Daniel voltar, quase vinte minutos haviam se passado. Eu olhei pra Bryan e decidimos ir lá ver o que se passava. Olhamos as janelas, todas estavam bem trancadas e fechadas, ficamos escondidos próximos a uma cerca. O alguém misterioso saiu da casa para jogar o “lixo” fora. Era um velho, ele usava uma roupa de enfermeiro e tinha uma face muito estranha, parecia um morto-vivo.

    O homem foi ainda mais distante, indo para o final da rua. Foi aí que vimos uma chance, uma chance de entrar na casa e ver onde Daniel estava. Entramos, a casa tinha muitos quadros nas paredes e um primeiro andar. Decidimos começar pelo andar de baixo; havia uma mesa farta, cheia de variedade de pratos. Continuamos a busca e fomos surpreendidos pelo velho.

    - Garotos, o que fazem aqui? Não podem entrar na casa dos outros assim sem permissão. Mas tenho alguns doces que provavelmente vocês vão gostar. – Falou o velho.

    Nós ficamos parados, não sabíamos o que fazer, o velho era assustador. Ele se aproximou de nós, sorrio e nos levou pra cozinha. Ele nos convidou para comer, eu recusei, mas ele fez questão e disse que não ia demorar muito, nos forçou a sentar. Bryan colocou pouca coisa no prato, mas à medida que foi comendo , repetia cada vez mais. O velho sorria e fez um sinal para que eu começasse a comer também.

    - Desculpe, mas preciso ir ao banheiro, onde fica? – Perguntei.

    - Eu levo você. – Disse ele.

    - Podia pegar mais desses bolinhos para mim? – Perguntou Bryan, enquanto levantava o prato vazio.

    - Claro. O banheiro fica na primeira porta do corredor à direita. – Falou o velho enquanto se dirigia para a cozinha para pegar mais bolinhos.

    Eu fui à direção que ele falou, mas vi um doce no degrau das escadas. Curioso, eu subi para ver aonde isso iam levar, as escadas eram velhas, faziam um pouco de barulho. Uma porta entreaberta levava a um quarto. Empurrei-a sem força e a mesma abriu. Lá, deitado numa mesa estava Daniel, desacordado. Tentei reanima-lo, mas ele não acordou. Rapidamente percebi que alguém subia as escadas pelo barulho que elas faziam. Escondi-me dentro de um guarda-roupa. Em seguida, o velho apareceu.

    - Por quê? Você é louco? – Disse Daniel assustado para o velho.

    O velho pegou um facão e começou a cortar a barriga de Daniel e depois o pescoço. A cena era forte, eu fiquei com muito medo, suava muito. Depois o velho saiu com alguns pedaços de carne e órgãos do meu amigo. Eu saí do guarda-roupa, olhei para meu amigo, quase vomitei, eu estava em choque. Resolvi descer as escadas e voltar para a cozinha, onde estavam todos.

    - Demorou um pouco, não? – Disse Bryan.

    - Vamos embora! – Eu gritei.

    - Onde está Daniel? O que aconteceu com ele? – Perguntou Bryan.

    - Ele morreu, o velho matou. – Respondi.

    - O que?

    Nessa hora, o velho deu uma facada por trás de Bryan, atravessou seu peito. Eu corri daquele lugar, corri com todas as minhas forças. E vim parar aqui, não vi ninguém me seguindo.

    Detetive Connors: - Isso é tudo?

    Trevor: - Sim.

    Detetive Connors: - Tenho uma coisa pra contar pra você. Fomos à casa que você falou e ela permanece fechada e sem ninguém.

    Trevor: - Mas...

    Detetive Connors: - Ninguém mora lá. Ninguém vive lá durante anos.

    Trevor: - Tem um velho assassino. Ele tem um facão. E matou meus amigos!

    Detetive Connors: - Você tinha um facão.

    Trevor: - O que?

    Detetive Connors: - O facão está com suas digitais.

    Trevor: - Isso não é possível!

    Detetive Connors: - Escute como foi a história de acordo com todos os fatos que conseguimos juntar... Você estava com seus dois amigos, acabavam de voltar com três sacolas cheias de coisas roubadas. Queriam dividir a grana e os objetos. Teve uma confusão. Decidiram entrar em uma casa abandonada para resolver as coisas. Você queria todo o dinheiro, sendo assim, chamou Daniel para o quarto de cima da casa e ali, o matou. Depois desceu e matou seu amigo Bryan e veio aqui se entregar, não sei por que você fez isso. Foi um crime brutal, mas você simplesmente poderia ter pego o dinheiro e ido embora.

    O detetive chama um dos policiais e mostra a sacola com as coisas roubadas.

    Trevor: - Eu não fiz isso!

    Detetive Connors: - Desculpe Trevor, mas não tem nenhum velho. Não tem ninguém naquela casa, você matou seus dois amigos.

     Trevor se desespera, não poderia ser verdade. O detetive o segurou pelo braço, ele se debateu. Alguns policiais chegaram para segurar ele. Trevor foi levado para a viatura da polícia. Ele entra no carro.

    Policial da viatura: - O que você faz aqui, garoto? Eles não acreditaram em você? Como é fácil enganar os humanos, não acha?

    O policial vira o rosto e ele era o velho que Trevor havia falado.

    Trevor não chegou a ser julgado, a viatura que o conduzia até a prisão acabou perdendo o controle e batendo numa árvore, nenhum corpo foi encontrado. O caso foi encerrado, Trevor foi acusado dos crimes. Os policiais nunca conseguiram encontrar a vítima que foi roubada pelo trio. Alguns crimes bizarros aconteceram depois, e muitas das pessoas tinham a convicção de que não fizeram tais coisas, que os verdadeiros fatos haviam sido alterados e que eles eram inocentes. E o mais incrível, todos eles afirmaram ter visto um velho, e que esse velho era quem praticava os crimes. Será verdade ou tudo imaginação?

    Mas e você, viu alguma coisa estranha por aí ultimamente? Não? Então olhe para trás...


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