The Murder House.

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Éramos treze, agora somos doze...

    Mutilação, Violência

    Muita descrição, desculpem por estar enfadonho, mas não sabia outra maneira de descrever as personagens... :c

    Bem, boa leitura ;)

    Capítulo 5-Éramos treze, agora somos doze...

    Comecei a andar sempre em frente com o Matt atrás de mim.

    O facto da luz do “nosso” quarto ser fraca e a de cá de fora ser bastante intensa, dificultou bastante a nossa estadia fora do quarto.

    Ao fim de segundos, já sentados no chão de madeira, pudemos ver o que nos rodeava, infelizmente.

    Havia mais 11 pessoas naquela casa. Todas cheias de sangue, feridas e com o olhar de terror presente nas suas faces. Eram 5 jovens: 2 raparigas e 3 rapazes; 3 homens, 2 mulheres e 1 criança nova.

    Estávamos a olhar uns para os outros. Todos desconfiados, todos receosos.

    A criança era baixa, magra, cabelo castanho encaracolado e uns belos olhos azuis. O seu vestido branco estava tingido a vermelho e eram visíveis inúmeros arranhões nos seus braços, pernas e cara.

    Uma das jovens era alta, magra, cabelo loiro liso com um véu de noiva e olhos azuis. Ela olhava para todos os lados com medo de tudo e com o sangue na sua cintura a escorrer lentamente, pintando a sua barriga morena de vermelha.

    A outra jovem era igualmente magra, porém era baixa, cabelo castanho curto e liso e olhos castanhos. Estava toda suada e eram visíveis umas gotas de sangue a sairem do seu pescoço.

    Um dos jovens era alto e, embora seja magro, notava-se que estava em boa forma. Era loiro com olhos azuis e um uniforme laranja com os números 37040 escritos no seu macacão. Um recluso, teno a certeza.

    Outro dos jovens era igualmente alto e em boa forme, porém era ruivo e de olhos verdes claros.

    O outro rapaz era baixo, magro, ruivo e de olhos azuis. Usava uns óculos retangulares e uma camisola da universidade de Las Vegas.

    Um homem alto, magro, com cabelo castanho com brancas e olhos castanhos, andava de um lado para o outro nervoso.

    Uma mulher baixa, magra, loira e de olhos verdes tentava acalmar uma outra mulher baixa, forte, morena e olhos cor de avelã.

    Havia outra mulher sentada. Era baixa e forte. O cabelo era branco e os olhos negros.

    -Quem são vocês? - perguntou um homem alto, magro, cabelo negro e olhos castanhos.

    Ninguém falou de novo e, tanto eu como o Matt, sentimos uma necessidade de criar laços com as outras vítimas.

    Levantei-me e encarei-os. Para mim eles eram todos iguais mas, na realidade, eles eram todos diferentes.

    -Estão à espera do quê? - falou a voz fria e cruel do doido que nos tinha preso ali. - Vocês precisam de se conhecer. Ou se apresentam a bem ou o fazem a mal.

    Olhamos todos uns para os outros a tentar perceber o significado daquela última frase. Mas, não querendo arriscar muito, decidi apresentar-me.

    -Sou a Mac Watson. Tenho 20 anos e sou CSI aqui, em Las Vegas.

    Fez-se silêncios.

    AS pessoas olhavam para mim, desconfiadas, e a pensar se deveriam fazer o mesmo que eu.

    A criança agarrava a mão da jovem baixa e magra e olhava com medo para mim.

    -Eu sou o Matthew Parks. Sou médico cirugião em Nova Iorque e tenho 30 anos.

    Ignorei completamente o Matt e fiquei a olhar diretamente nos olhos auis da criança- Ela retribuía-me o olhar com medo e sem se aperceber muito bem o que se estava a passar.

    -Como te chamas, querida? - questionei chegando-me ao pé dela.

    -Emily Cole.

    -E quantos anos tens?

    -10.

    Fiquei em choque. Uma menina de 10 anos presa ali? Porquê? O que ela fez de mal?

    -Sou a Malya Joson. Tenho 24 anos e estou desempregada. - disse a jovem que agarrava a mão pequena e branca da Emily.

    -Somos mesmo obrigados a dizer isto tudo? - perguntou o homem que fez questão de saber quem éramos.

    Ignorei-o.

    -E tu? - perguntei ao recluso. - Porque foste preso?

    Ele sorriu e limpou as mãos ao seu fato laranja.

    -Chamo-me Tavis e tenho 27 anos. É tudo o que precisas de saber.

    A outra jovem de véu deu um passo em frente e encarou o chão.

    -Chamo-me Emma Montgomery, tenho 22 anos e ia-me casar este fim-de-semana, e... - ela começou a chorar e o jovem baixo e ruivo foi consolá-la.

    -Como te chamas? - perguntou-lhe o Matt.

    -Carl Ruddy. Sou universitário cá e tenho 21 anos.

    -Bem, já que estão todos a fazê-lo... - falou o outro rapaz ruivo em boa forma. - SOu o Mikey Casey, tenho 29 anos e sou bombeiro.

    A mulher de cabelo branco leantou-se.

    -Chamo-me Susan Smith, tenho 48 anos e sou juíza em Nova Iorque.

    -Sou o Frank Henson. Tenho 45 anos. Sou piloto de aviões. - falou o homem com brancas, sempre a andar de um lado para o outro.

    A rapariga que tentava acalmar a outra mulher encarou o Matt.

    -Sou a Elizabeth Vains, florista e tenho 31 anos.

    -Agatha Pirce... Dentista.. 42 anos... - tentou falar entre soluços a mulher que a Elizabeth tentava acalmar.

    Ficamos todos a olhar para o homem alto, magro, cabelo negro, à espera que ele se paresentasse e, ao fim de uns tempos em silêncio, ele falou.

    -Chamo-me Rick Kirson, tenho 34 anos e sou advogado em Washington DC.

    Fizemos silêncio e eu estava a pensar no que deveríamos fazer agora.

    Olhei em volta.

    Um corredor interminável esperava por nós. As paredes eram metade de madeira escura e a outra metade era bege, já com a tinta a desgastar-se. O corredor era largo e, de cada lado, havia 3 portas negras de e ao fundo pude ver uma escadaria gasta que dava para subir e descer.

    -Subimos ou descemos? - questionei-os, apontando para as escadas.

    -Descemos. - sugeriu o Tavis e assim o fizemos.

    Aqueles que estavam sentados, levantaram-se. Aqueles que hesitavam, ficaram confiantes e, sempre a medo, o grupo avançou até às escadas.

    Desciamos as escadas lentamente, com medo do ue nos podia esperar lá em baixo. Os degraus rangiam à medida que nos aproximavamos do final e, depois de descermos uma algumas escadas, chegamos ao piso de baixo.

    O espaço era enorme e bastante vazio e, tudo o que havia lá, estava cheio de pó e parecia antigo, como se aquela casa tivesse sido abandonada.

    Olhamos para os lados.

    Do nosso lado esquerdo havia uma divisão e do nosso lado esquerdo uma porta com o sinal “SAIDA” escrito em cima.

    Acho que o que aconteceu depois era inevitável.

    A maior parte do grupo correu para a “saída”, mesmo sabendo que esta estaria fechada. Frustados, eles começaram a gritar, a pedir ajuda, embora nada disso fosse resultar.

    Decidi, então, entar no compartimento ao meu lado.

    A luz de lá era intensa e brilhante. Percebi de imediato que divisão era aquela: prateleiras e móveis estavam espalhados pela divisão; um fogão velho estava ao lado de um frigorífico; as paredes eram brancas e estavam cheias de sujidade; no centro da cozinha havia uma pequena mesa e 4 cadeiras à sua volta, tudo feito de madeira.

    -Vai ver se temos comida. - pedi a quem me ouvisse e, logo de imediato, o Carl e o Frank foram revistar as prateleira e os móveis.

    -Nada aqui. - confessou o Carl.

    -Aqui temos comida para um dia. - sugeriu o Frank ao fechar a porta do frigorífico.

    -Não teos água. - informou o MAtt, abrindo e fechando a torneira.

    Suspirei.

    Estávamos feitos.

    -Vamos morrer! - bufou a Agatha. - Todos nós! Aqui! Vamos morrer!

    Olhei para ela.

    A Agatha termia por todos os lados, o suor frio escorria-lhe pela face e os seus olhos stavam arregalados, provavelmente a imaginal os piores cenários possíveis.

    -Agatha, ouça-me. - pedi educadamente. - Ninguém vai morrer. Não se eu consegui impedir.

    -Mentirosa! - ela levou a mão à cabeça e aí reparei que ela segurava um revólver.

    -Agatha... onde foi arranjar isso?

    -Isto está aqui por alguma razão. - respondeu ela olhando para o chão, fazendo com que aqueles que estavam ao pé dela se afastassem.

    -Agatha, responda-me. Onde arranjou isso?

    -Estava pedurada à porta do quarto. Havia uma em cada porta.

    -Muito bem, mas agora peço-lhe... Pouse o revólver.

    -Vamos morrer nesta casa.

    -Nós não vamos morrer aqui.

    -Mentirosa! - ela gritou já com as lágrimas a caírem.

    -Preciso que confie em mim. Pouse a arma e vamos descobrir como sair daqui vivos.

    -Vamos morrer na mesma, certo?

    Queria gritar “Pare!” mas já não ia a tempo.

    Quando acabou de falar a Agatha, sem pensar duas vezes, premiu o gatilho e caíu de imediato no chão com um buraco na sua cabeça a escorrer sangue.

    Éramos 13, agora somos 12...

    Continua...


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