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Tá aqui mais um cap, espero que gostem...
Acordo com um vento muito gelado vindo no meu rosto, olhos pros lados e tudo a minha volta passava rapidamente, como quando estamos em um carro em uma certa velocidade de as coisas do lado de fora passam como um flash.
Olho para cima e tudo que vejo é Kai, ele está com uma expressão séria, mas, espera, o que ele está fazendo aqui? Isso deve ser algum delírio, a última coisa que me lembro é que bati o carro contra uma árvore, e do nada Kai está aqui comigo nos braços, e numa velocidade tão sobre-humana? Com certeza isso é uma alucinação, ainda estou no meu carro nesse momento, sonhando com isso. É. Com esse pensamento desmaio de novo.
Acordo mais uma vez, olho ao meu redor e percebo que estou no hospital, tinha uma enfermeira perto de mim, e quando ela toca na minha cabeça sinto uma dor forte e um ardor tremendo, toco onde ela havia encostado e quando olho para meus dedos eles estavam com sangue.
- Calma senhor, está tudo bem agora, o senhor vai ficar bem, foi uma grande sorte a sua o seu amigo ter visto seu acidente e ter vindo rapidamente com o senhor para cá. O senhor levou uma bela de uma pancada na cabeça, estávamos esperando que o senhor acordasse pois vamos ter que fazer alguns exames, para nos certificarmos de que o senhor já está bem.
Ela viu que eu estava num estado de choque e ficou um tanto quanto preocupada.
- O senhor sabe qual é o seu nome?
- Sei sim.
- Então diga, tenho que me certificar que o senhor não perdeu sua memória.
- Meu nome é Kyungsoo, mas todos me chamam de D.O.
- Hum... Muito bom, sabe o que aconteceu para ter que vir para cá?
- Sim, é claro. Eu sofri um acidente com meu carro, bati com ele em uma árvore.
- Tudo bem. Por enquanto é só, logo viremos pegá-lo pra fazer mais alguns exames.
- Espere, você disse que um amigo meu me trouxe. Quem é ele. Quer dizer, qual o nome.
Ela olha na ficha que tem nas mãos e logo depois fala, o nome que eu já suspeitava – ele se identificou com sendo Kai, senhor. Agora se me der licença.
Ela fala isso e sai, em direção a outros leitos. Quer dizer que o que eu vi antes não foi um sonho, ele me trouxe mesmo pra cá, mas, se tudo foi real, como é possível que ele estivesse com aquela velocidade sobre-humana?
Fiquei dois dias inteiros no hospital, fazendo exames e em observação. Quando finalmente me liberaram para voltar pra casa, tive uma grande surpresa ao ver Kai lá me esperando, com um sorriso doce no rosto.
Fui em sua direção, ainda estava mancando um pouco, mas nada grave. Ele me abraçou, eu ainda estava meio assustado com tudo.
- É bom te ver inteiro. – falou bagunçando meu cabelo.
- Pois é, é bom estar inteiro.
- Vamos?
- Claro.
Me viro e agradeço as enfermeiras e aos médicos de cuidaram tão bem de mim durante esses dois dias, e então saio do hospital com o Kai. Já estava noite, a lua estava alta e brilhando, iluminando assim nosso caminho até seu carro. Enquanto caminhávamos em silencio eu fiquei pensando, em todas as vezes que eu vejo o Kai, está de noite. Nunca o vi à luz do sol.
- Chegamos, aqui está meu carro, agora entre com cuidado e coloque o cinto.
- Ok.
Entrei e coloquei o cinto como ele havia pedido, mas, minha mente ainda estava cheia de dúvidas.
- Como você me salvou? – perguntei assim que ele entrou no carro.
- Eu tive a sorte de estar por perto.
- Porque você estava numa velocidade tão acima do normal, enquanto corria comigo nos braços?
- Eu estava na velocidade normal.
- Não estava não. Eu olhei ao redor, as coisas estava passando rápido demais.
- Ah, não sei o que você viu, mas eu estava normal. Provavelmente você viu as coisas borradas por causa de sua pancada na cabeça, devia estar tonto.
- É, pode ser.
- Porque todas essas perguntas de repente?
- Por nada, é que eu estava curioso. Só isso.
- Hum, tudo bem então. Mais alguma coisa que queira saber?
- Tem música? – nós rimos.
- É claro que tem. Olha aí no porta-luvas, deve ter alguns cd’s por aí.
Comecei a procurar e mal acreditei quando vi, ele tem o gosto musical igual ao meu, tem rock, como Guns N’ Roses, Metálica, e outras bandas, e tem o nosso maravilhoso pop coreano, como SHINee, Super Junior, entre outros. Eu estava abismado com isso, as minhas bandas preferidas estavam ali.
Resolvi colocar Super Junior, e começou Mamacita, a música nova deles. Fiquei descontrolado, confesso. Eu sempre quis ter uma banda, era um dos meus sonhos, além de trabalhar com livros, eu até tentei entrar numa banda quando era mais novo, mas, depois acabei desistindo.
- Chegamos.
- Já?
- Sim.
- Mas, onde estamos?
- A garagem da minha casa, eu vou ficar cuidando de você, até que esteja totalmente recuperado.
Assim que ele disse isso eu congelei, o homem causador do meu “acidente” – sim, porque se não fosse eu estar pensando nele o tempo todo não teria me acidentado – está dizendo que vai ficar cuidando de mim? Merda. Isso não pode estar acontecendo.
- Na-não precisa, eu posso me virar bem, já estou bem melhor.
- Sinto muito, mas foi o médico que disse que você não pode ficar sozinho, antes de estar totalmente recuperado, então eu me voluntariei para cuidar de você durante esse tempo, e é isso que eu vou fazer, enquanto vocês estava no hospital eu fui ao seu trabalho, levando um atestado que o médico me deu para que você tire uma folga para ajudar na sua melhora.
- Você o quê?
- Isso mesmo que você ouviu.
- Tomei a liberdade também de ir na sua casa para pegar as coisas que você vai precisar, então nem precisamos ir lá.
- Você invadiu a minha casa?
- Não é invasão quando se tem as chaves.
- Olha seu...
- Não adiante fazer birra, me xingar ou fazer coisas desse tipo. Você fica aqui na minha casa e ponto final.
Aish, já vi que vamos ter muitos problemas daqui pra frente, quem ele pensa que é? Pra ficar mandando em mim? Ele...
Fui interrompido de meus pensamentos quando ele me coloca em suas costas. Ah, droga, esse cheiro dele é inebriante, me faz ficar calmo demais, quando minha vontade é extravasar, gritar, bater nele.
Com certeza, muitas coisas vão acontecer nesse tempo que ficaremos juntos, só não sei ainda se serão coisas boas ou ruins, mas sei de uma coisa, eu finalmente vou descobrir o que acontece comigo quando ele está por perto.