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Oii, cheguei, espero que estejam gostando... Bom, aqui está mais um capítulo, espero que gostem!!
Estava no meu trabalho, agora já sem a ressaca, e bem disposto, Sulli passa na minha frente, ela é bem bonita, na verdade, ela é linda.
Sulli e eu crescemos juntos, nossas famílias eram muito próximas e claro nós também.
Eu já havia escutado que ela gostava de mim, mas nunca dei muita bola pra isso. Mas devido á os acontecimentos atuais, ela me parece uma boa pessoa, para eu me envolver, eu gosto dela e ela gosta de mim, então, o que nos impede?
- Oi Sulli.
- Oi D.O – desde criança que me colocaram esse apelido e até os dias atuais, ele ainda está presente – tudo bem com você?
- Tudo sim, e você?
- Estou bem, mas, e a festa? Você foi?
- Fui. Foi muito boa por sinal, mas, uma pena que não te vi – falei num tom provocador – você estava com que fantasia?
- Bom, eu fui de mulher gato – ela falou envergonhada, provavelmente notando meu flerte.
- Ah, devia estar linda, mais do que já é.
- Para, assim você me deixa envergonhada.
- Não tem com que se envergonhar. Só estou falando a verdade.
- Ah, b-bom, ok, é, e-eu tenho que voltar ao trabalho. Depois conversamos mais.
- Ok, estou ansioso.
Ela saiu andando a passos largos, provavelmente envergonhada com todas as minhas cantadas. Isso só significa uma coisa, que o que me disseram sobre ela estar gostando de mim é verdade. Essa é minha chance de esquecer esses pensamentos sujos e impróprios que tenho com o Kai, e de quebra ganhar uma namorada linda, simpática e muito fofa.
O dia se passou rápido, e quando estávamos largando que vi a Sulli saindo da biblioteca, para seguir por essas ruas sozinha para ir para casa, eu sai correndo atrás dela.
- Sulli, espera! – gritei – deixa que eu te levo em casa.
- Não precisa, minha casa é aqui perto.
- Eu sei, mas, posso pelo menos te acompanhar?
Vendo que eu não desistiria, ela concordou.
Seguimos por um tempo em silêncio, e quando chegamos à porta de sua casa ela se despediu, com um cumprimento um tanto quanto formal, devido ao nosso nível de amizade.
- Ei espera – segurei em seu braço – eu quero falar uma coisa.
- O-oque?
- É que, eu fiquei sabendo que você está gostando de mim – ao ouvir isso seu rosto ficou muito vermelho.
- Quem disse isso?
- Não importa, mas, eu queria dizer que eu também gosto de você, muito mesmo.
- Ei, não fique fazendo esse tipo de brinca...
Antes que ela terminasse de falar eu roubei um beijo dela, deixando-a sem reação. Pouco tempo depois ela se afastou.
- Porque você fez isso?
- Não sei. Eu...
- Saia daqui, por favor, vá embora, não sei quem inventou isso de que gosto de você, desse jeito, mas, não é nada do que você está pensando, você confundiu tudo. Eu gosto de você apenas como uma amigo, não, amigo não, como um irmão. Eu sempre te considerei um irmão mais velho. Como você pode pensar essas coisas de mim? – Assim que falou isso ela entrou em casa correndo, e pude perceber que estava chorando.
Eu também fiquei me sentindo mal, por ter feito isso com ela, por ter pensado em usá-la para esquecer o Kai. Mas, isso não era tudo. Estava irritado com algo maior ainda.
O beijo que dei nela não surtiu o mínimo efeito em mim, pelo menos não foi nada comparado com o efeito que o beijo que dei em Kai surtiu. O que é isso? Como o beijo de outro homem surti mais efeito em mim do que o beijo de uma mulher? O que tem de errado comigo? Será que eu sou... Não, não pode ser, eu não posso ser gay, ou posso?
Comecei a correr e a chorar, de volta à biblioteca onde eu havia deixado meu carro estacionado. Entro no carro apressado, queria ficar sozinho, longe de tudo e de todos, precisava pensar, me acalmar e pensar com mais clareza em tudo isso que está acontecendo comigo. Começo a dirigir. A rua cheia de neve, não estava me ajudando em nada a dirigir com calma, a nevasca estava tampando minha visão até que quando eu ligo o farol, aparece um homem parado no meio da rua. Ao fazer um desvio bruto, acabo batendo em uma árvore, bati com a cabeça com toda força no volante e depois disso ficou tudo escuro. Será que vou morrer?