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Tempo estimado de leitura: 4 horas
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Olá... Aqui está mais um capítulo, espero que gostem..
:3
Logo depois de acordar daquele sonho louco, me levantei e fui beber um pouco de água, eu estava ofegante, tentei manter distante de minha memória aquelas cenas sórdidas. Após engolir num único gole todo o conteúdo do meu copo, volto para o quarto e entro no banheiro para tomar mais um banho, já que eu estava imundo.
Tomei um banho rápido e suficiente, e tentei dormir de novo, já que ainda era três horas da madrugada e eu teria que acordar cedo para trabalhar, após me remexer por no mínimo meia hora na cama, consegui pegar no sono, desta vez não tive mais sonhos, mas por algum motivo, em alguns momentos acordei com a sensação de estar sendo observado, abria os olhos mas fechava de novo, o sono era mais forte que minha vontade de investigar.
Acordei com os raios de sol atravessando a janela de meu quarto – que era de vidro – e batendo no meu rosto, me incomodando. Olhei para o relógio e quase tive um susto, estava quase atrasado, faltavam trinta minutos para estar no trabalho.
Me levantei com pressa, quase caindo ao enganchar meu pé nos lençóis, peguei minha escova de dentes e a pasta e fui escovando meus dentes enquanto tirava a roupa para tomar banho, terminei de escovar os dentes e entrei no chuveiro, não tinha tempo para banheira agora, senti a água gelada cair na minha pele e não pude conter um arrepio, me apressei em terminar e fui pro quarto de roupão, vesti rapidamente minhas roupas, calças cinzas, com uma camiseta xadrez vermelha e preta e um moletom azul marinho por cima (foto do resultado nas notas finais).
Saí apressado, faltavam apenas dez minutos, para chegar ao meu trabalho, pego alguma coisa na geladeira pra ir comendo no caminho. Trabalho como bibliotecário, é bem legal, escolhi esse emprego por amar muito livros desde criança, e minhas histórias preferidas sempre foram sobre o sobrenatural, vampiros, lobisomens, magia, entre outros. Eu queria me empenhar em um trabalho que relacionasse livros, eu até escrevo, mas não tenho coragem de procurar alguma editora para tentar publicar, então escolhi ser bibliotecário.
Enquanto saía de casa, pude perceber que a casa do meu novo vizinho estava toda fechada, tanto janelas quanto portas, provavelmente ele está dormindo ou trabalhando. Mas porque eu estou me importado? Ah, deixa pra lá.
Cheguei na biblioteca e fui direto para o meu posto, antes que meu chefe me repreendesse pelo meu atraso, fiquei o dia todo aqui, lendo e ajudando as pessoas com suas dúvidas e pedidos de livros para levar. O dia todo foi nesse ritmo, o que muitas pessoas iam achar ruim pra mim foi ótimo...
Quando estava voltando pra casa, vi meu vizinho saindo de casa, onde será que ele estava indo? Bom como não tenho nada a ver com a vida dele, só o que fiz foi entrar em casa, e me preparar para uma festa a fantasia que uma colega de trabalho havia me chamado há mais ou menos uma semana, me vesti de Harry Potter, quando terminei de me arrumar fui até a garagem e peguei meu carro, um Kia K3 vermelho.
Entrei e já sai pela rua em direção ao endereço que me deram, ao chegar lá comecei a perambular procurando meus amigos, mas, não consegui encontrar ninguém, esbarrei em alguém e quando ergui a cabeça pra me desculpar, quase não acreditei no que eu vi...
Era meu vizinho, e pelo que pude perceber estava fantasiado de vampiro, tinha até o detalhe bem realista de sangue em seus lábios. Ele deu um sorriso de canto de boca para mim.
- Desculpe, por esbarrar em você, eu não estava prestando atenção ao caminho. – Disse ele à mim.
- Tudo bem, a culpa também foi minha, eu também não estava prestando atenção em quem estava na minha frente, estou procurando meus amigos.
- Ah, ei eu te conheço, não?
Oh droga, ele me viu ontem... – Bom, não pessoalmente, sou seu vizinho, você está morando na casa de frente à minha.
- Hum. Acho que te vi ontem, quando estava me mudando.
Nem precisava de um espelho pra saber que eu estava totalmente corado. – Bom me desculpe, se te incomodei ao observar, é que é bem incomum as pessoas, se mudarem de noite. Por espionar eu peço desculpas. – fiz uma reverencia a ele, em forma de respeito.
- Está tudo bem, eu sei que é estranho mesmo, mas, eu tenho essa mania, sou bem noturno, não gosto muito da luz do dia, sol e essas coisas, prefiro sempre a noite. Você quer ir ao bar, pra sentar e conversar? É que eu gostei de você e se vamos ser vizinhos temos que aprender a conviver certo?
- Ah, claro, vamos? – dei passagem à ele.
- Mas em que você trabalha?
- Sou bibliotecário, e você?
- No momento não estou trabalhando em nada. Como acabei de me mudar ainda vou procurar emprego.
- Ah, entendo.
Continuamos conversando e bebendo por um longo tempo, rimos muito no decorrer deste diálogo, ele tinha muitas histórias, eu ainda não tinha muitas já que nesta minha vida nunca tive oportunidade de viajar. Quando olhamos ao nosso redor a festa já estava quase no fim, só havia algumas pessoas lá, já eram mais ou menos uma hora da manhã, decidimos voltar para casa, como estávamos muito bêbados, bom, eu era que estava mais, o Kai, acabei descobrindo no nome dele finalmente, nem estava, parecia que nem tinha bebido tanto.
Saímos da casa e resolvemos pegar um taxi, deixando assim nossos carros lá mesmo, levando só nossas chaves. Quando conseguimos um, ele me pôs pra dentro e entrou depois, chegamos rapidamente na nossa rua já que não era tão distante do local da festa, quando chegamos, ele me pediu as chaves de minha casa para abrir a porta e eu logo as entreguei depois de procurar um pouco nos bolsos, ele me levou pra dentro para que eu não congelasse por culpa da noite gélida que estava.
Ao entrarmos mostrei o caminho para o quarto e ele prontamente me levou, agora em suas costas, pois era difícil de me fazer subir as escadas no estado em que eu me encontrava.
Eu estava encantado com seu cheiro, um aroma doce e ao mesmo tempo forte, um cheiro tipicamente pessoal, não sei explicar, estava tão bem recostado em suas costas que não queria me separar dele nunca mais.