The Murder House.

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Alguma parte de mim...

    Mutilação, Violência

    Um bocado comprido de mais e parado, sorry mas tenho de conservar a ação, né? u.u

    Desculpem lá se tiver erros :s

    Hope you like ;)

    Capítulo 4-Alguma parte de mim...

    A sala estava silenciosa, nem um único barulho se ouvia. O Matthew ainda estava em estado de choque, a pensar no que se tinha passado e eu apenas andava de um lado para o outro a pensar em como sair dali.

    O Matthew ainda estava fraco. Estava sentado no colchão, a tremer e com os olhos arregalados a observarem a porta negra do quarto.

    Cansei-me de estar de pé a olhar para quatro paredes verdes e decidi sentar-me. Nada podia fazer. Agora tudo dependia dele e anós... a nós só nos restava esperar.

    -Como sabias? - perguntou-me o MAtthew, pondo fim ao silêncio que reinava entre nós.

    -É o meu dever saber. - respondi ao fim de um tempo calada.

    -Como assim? - ele levantou-se e sentou-se ao meu lado.

    -Sou, como é que hei de dizer... Uma detetive cientista.

    -Como é que é?!

    -CSI! ou uma CSI! Não é óbvio?

    -Nem por isso! - refilou ele cruzando os braços.

    Revirei os olhos e levei os joelhos ao peito, pondo os meus braços em volta das pernas. Continuava a pensar em como poderíamos sair dali, VIVOS! Bem, o meu cérebro ainda não parou de pensar a partir do momento em que a luz se acendeu.

    -O que aconteceu? - perguntou-me delicadamente o jovem médico.

    -Estou a pensar. - disse mordendo a unha do polegar direito.

    -Não é isso... - ele agarrou no meu braço direito e apontou para um lenço preto com um padrão branco no meu pulso. - É isto!

    -Ah... isso... - sorri tristemente e encarei o lenço. - Sabes, também tenho um relógio que uso no outro pulso e, bem... eles meio que representam as duas vidas que podia ter salvo e não consegui.

    Ele encarou-me estava claro na sua cara que queria saber o que aquilo significava e não ia descansar enquanto não o sabia.

    Respirei fundo e falei olhando o teto verde escuro.

    -O lenço representa a minha prima. Ela era depressiva e usava-o para esconder os cortes... Numa noite ela ligou-me mas eu não lhe pude antender e... quando saí do trabalho... descobri que ela... tinha-se suicidado... Já foi há oito anos...

    Voltei a respirar fundo e contive as lágrimas.

    -O relógio era do meu ex-namorado. Ele estudava aqui, na universidade de Las Vegas, e numa tarde, ele quis passear comigo mas eu preferi ficar sozinha em casa! - neste momento já estava revoltada comigo mesma e lutava contra a vontade de chorar. - O meu ex ficou em casa dele a estudar e foi morto por um assaltante que tinha entrado na casa. Já lá vão dois anos...

    Fez-se um silêncio entre nós. Um silêncio assombroso e que não ia embora!

    Não conseguia encarar o Matthew e a vontade de chorar era maior a cada segundo que passava.

    -Tu disseste que eras CSI, mas tu só tens uns dezoitos anos! - voltou a refilar o Matthew, tentando “animar” o ambiente.

    -Vinte na realidade. - sorri.

    Obrigada Matthew.

    -Como é possível?

    -Sendo!

    Ele olhou indignada para mim.

    -Sou sobredutada, dãããh!

    -Tu não és nada do que aparentas ser.

    -Olá! Mac Watson, prazer! - disse-lhe sarcasticamente estendendo-lhe a mão.

    -MAtt Parks, como está? - sorriu apertando-me a mão.

    -Maravilhosa! Acabei de ir ao cabeleireiro, e você?

    -Melhor era impossível! Tive agora no spa e fizeram-me uma ótima massagem aos pulsos e tornozelos.

    Voltou a reinar um silêncio constrangedor entre nós, mas no final soltamos uma pequena gargalhada.

    -Não nos deveríamos estar a rir. - confessou o Matt e logo paramos.

    -Temos de sair daqui!

    -Mas como?

    Fiquei calada.

    Os meus olhos fugiam pela sala ao tentar captar tudo o que havia lá )embora pouca coisa) e tentar descobrir algo que nos possa tirar dali. Mas foi naquele momento que a televisão se voltou a ligar.

    Eu e o Matt sentámo-nos rapidamente à frente dela e colámos o olhar no pequeno ecrã.

    Os meus olhos tentavam perceber o que havia no ecrã, porém era tudo negro e só uma pequena luz no fundo do cenário mostrava uma parte de uma cadeira de madeira.

    Ouvimos alguém a tossir e depois a voz falou:

    -Aos sobreviventes, os meus parabéns. Conseguiram passar de nível, mas tenho de vos avisar: o jogo não acaba aqui. Quando acabarem de ver isto poderão abrir a porta e continuar o jogo.

    Eu sabia que ainda havia mais.

    -Não pensem que são os únicos nesta casa. - continuou a voz. - Pois não o são. Esta casa está cheia de segredos e, cabe a vós descobrirem-nos a todos para conseguirem sair daqui. Nesta casa nada é bem o que parece. Que continue o jogo.

    A televisão voltou a desligar-se e eu olhei de imediato para o Matt.

    Levantámo-nos e fomos para a porta. Coloquei a mão na maçaneta e, a medo e muito receosa, rodei-a.

    Ouviu-se um som e depois puxei a porta para mim e esta abriu-se.

    Continua...


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