Um bocado comprido de mais e parado, sorry mas tenho de conservar a ação, né? u.u
Desculpem lá se tiver erros :s
Hope you like ;)
Capítulo 4-Alguma parte de mim...
A sala estava silenciosa, nem um único barulho se ouvia. O Matthew ainda estava em estado de choque, a pensar no que se tinha passado e eu apenas andava de um lado para o outro a pensar em como sair dali.
O Matthew ainda estava fraco. Estava sentado no colchão, a tremer e com os olhos arregalados a observarem a porta negra do quarto.
Cansei-me de estar de pé a olhar para quatro paredes verdes e decidi sentar-me. Nada podia fazer. Agora tudo dependia dele e anós... a nós só nos restava esperar.
-Como sabias? - perguntou-me o MAtthew, pondo fim ao silêncio que reinava entre nós.
-É o meu dever saber. - respondi ao fim de um tempo calada.
-Como assim? - ele levantou-se e sentou-se ao meu lado.
-Sou, como é que hei de dizer... Uma detetive cientista.
-Como é que é?!
-CSI! ou uma CSI! Não é óbvio?
-Nem por isso! - refilou ele cruzando os braços.
Revirei os olhos e levei os joelhos ao peito, pondo os meus braços em volta das pernas. Continuava a pensar em como poderíamos sair dali, VIVOS! Bem, o meu cérebro ainda não parou de pensar a partir do momento em que a luz se acendeu.
-O que aconteceu? - perguntou-me delicadamente o jovem médico.
-Estou a pensar. - disse mordendo a unha do polegar direito.
-Não é isso... - ele agarrou no meu braço direito e apontou para um lenço preto com um padrão branco no meu pulso. - É isto!
-Ah... isso... - sorri tristemente e encarei o lenço. - Sabes, também tenho um relógio que uso no outro pulso e, bem... eles meio que representam as duas vidas que podia ter salvo e não consegui.
Ele encarou-me estava claro na sua cara que queria saber o que aquilo significava e não ia descansar enquanto não o sabia.
Respirei fundo e falei olhando o teto verde escuro.
-O lenço representa a minha prima. Ela era depressiva e usava-o para esconder os cortes... Numa noite ela ligou-me mas eu não lhe pude antender e... quando saí do trabalho... descobri que ela... tinha-se suicidado... Já foi há oito anos...
Voltei a respirar fundo e contive as lágrimas.
-O relógio era do meu ex-namorado. Ele estudava aqui, na universidade de Las Vegas, e numa tarde, ele quis passear comigo mas eu preferi ficar sozinha em casa! - neste momento já estava revoltada comigo mesma e lutava contra a vontade de chorar. - O meu ex ficou em casa dele a estudar e foi morto por um assaltante que tinha entrado na casa. Já lá vão dois anos...
Fez-se um silêncio entre nós. Um silêncio assombroso e que não ia embora!
Não conseguia encarar o Matthew e a vontade de chorar era maior a cada segundo que passava.
-Tu disseste que eras CSI, mas tu só tens uns dezoitos anos! - voltou a refilar o Matthew, tentando “animar” o ambiente.
-Vinte na realidade. - sorri.
Obrigada Matthew.
-Como é possível?
-Sendo!
Ele olhou indignada para mim.
-Sou sobredutada, dãããh!
-Tu não és nada do que aparentas ser.
-Olá! Mac Watson, prazer! - disse-lhe sarcasticamente estendendo-lhe a mão.
-MAtt Parks, como está? - sorriu apertando-me a mão.
-Maravilhosa! Acabei de ir ao cabeleireiro, e você?
-Melhor era impossível! Tive agora no spa e fizeram-me uma ótima massagem aos pulsos e tornozelos.
Voltou a reinar um silêncio constrangedor entre nós, mas no final soltamos uma pequena gargalhada.
-Não nos deveríamos estar a rir. - confessou o Matt e logo paramos.
-Temos de sair daqui!
-Mas como?
Fiquei calada.
Os meus olhos fugiam pela sala ao tentar captar tudo o que havia lá )embora pouca coisa) e tentar descobrir algo que nos possa tirar dali. Mas foi naquele momento que a televisão se voltou a ligar.
Eu e o Matt sentámo-nos rapidamente à frente dela e colámos o olhar no pequeno ecrã.
Os meus olhos tentavam perceber o que havia no ecrã, porém era tudo negro e só uma pequena luz no fundo do cenário mostrava uma parte de uma cadeira de madeira.
Ouvimos alguém a tossir e depois a voz falou:
-Aos sobreviventes, os meus parabéns. Conseguiram passar de nível, mas tenho de vos avisar: o jogo não acaba aqui. Quando acabarem de ver isto poderão abrir a porta e continuar o jogo.
Eu sabia que ainda havia mais.
-Não pensem que são os únicos nesta casa. - continuou a voz. - Pois não o são. Esta casa está cheia de segredos e, cabe a vós descobrirem-nos a todos para conseguirem sair daqui. Nesta casa nada é bem o que parece. Que continue o jogo.
A televisão voltou a desligar-se e eu olhei de imediato para o Matt.
Levantámo-nos e fomos para a porta. Coloquei a mão na maçaneta e, a medo e muito receosa, rodei-a.
Ouviu-se um som e depois puxei a porta para mim e esta abriu-se.
Continua...