O engraçadinho

  • Finalizada
  • Vanessabr
  • Capitulos 1
  • Gêneros Comédia

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

    l
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo único

    Os personagens de Death Note não me pertencem, mas sim a Takeshi Obata e Tsugumi Ohba.

    Terceira fanfic da série "Ta me estranhando, é?!", que já tem uma fanfic de Dragon Ball Z e uma de Gintama. Tentativa de comédia rápida de "tirar sarro" das imagens yaoi que vemos espalhadas pela internet afora. Vamos ver se consegui...

    Só para você, leitor(a), se situar: a história se passa no período em que Light e Misa perdem as memórias relacionadas ao Death Note e o jovem Yagami começa a ajudar L na investigação da Yotsuba.

    O engraçadinho

    QG do ?Caso Kira?. Mais um dia de investigações em sua rotina ?normal?, se bem que não é tão comum um homem algemado a outro. Mas isso se fazia necessário devido às suspeitas que L ainda possuía em relação à Light Yagami, mesmo após o confinamento pelo qual o filho de Soichiro Yagami passara.

    Ali estavam também os demais remanescentes da força-tarefa encarregada de levar adiante um caso tão complicado de se resolver. Tudo teria seu transcurso ?normal?, se não fosse por um incidente...

    - BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ...!!! ? o berro vinha de um dos quartos do prédio.

    - O que foi isso? ? perguntou o superintendente de polícia Soichiro Yagami.

    - É a Misa-Misa! ? Touta Matsuda se levantou abruptamente da cadeira.

    - O que é que aconteceu com essa maluca? ? Light perguntou mais a si mesmo do que aos outros.

    - É bom averiguar. ? L disse e saiu correndo, esquecendo-se de que estava acorrentado a Light.

    - Ô! Calma aí, Ryuuzaki!! ? o jovem Yagami protestou enquanto tentava acompanhar o detetive na corrida.

    Quando L e todos os integrantes da força-tarefa chegaram ao apartamento de Misa Amane, encontraram a loirinha aos prantos, caída de joelhos no meio da sala. E não chorava pouco, não... Eram literalmente duas cascatas de lágrimas que saíam de seus olhos.

    - Misa-Misa, o que foi? ? Matsuda mostrou-se preocupado.

    Ela não conseguia responder, apenas soluçava e olhava para Light e L de uma forma estranha.

    - A possibilidade de existir algum problema é de 93 por cento. ? L deduziu, coçando o queixo. ? Ela não é de chorar à toa, mesmo quando você dá ?gelo? nela, Light.

    - É. Tenho que concordar com você, Ryuuzaki.

    - Afinal, o que ta acontecendo aqui? ? Soichiro perguntou, começando a ficar impaciente.

    - Light... ? Misa balbuciou. ? Por quê...? Por que você fez isso comigo...?

    - Do que está falando, Misa? ? o jovem de cabelo castanho questionou.

    A modelo loira simplesmente chorou mais alto, de tal forma que os demais tiveram que tapar os ouvidos com as mãos.

    - PARA COM ISSO, MISA!!

    Ao ouvir o berro dado por Light, ela imediatamente parou, enquanto os outros destaparam os ouvidos, aliviados. O jovem Yagami respirou fundo, para recuperar a calma. Mas foi Matsuda quem começou a conversa:

    - Misa-Misa, qual é o problema?

    - O Light... E o Ryuuzaki... ? ela tentava dizer ainda em choque com sabe-se lá o quê.

    - O que têm eles?

    Misa tentou engolir o choro e apontou para o monitor do computador que estava usando.

    - Agora sinto que a probabilidade de haver algum problema acaba de subir para 99,9 por cento... ? L afirmou.

    Matsuda se aproximou do computador e deu um clique no mouse.

    - Ah, Misa. Qual é o problema no computador? Não precisava fazer esse escândalo tod... Hã? Que é isso? ? o policial arregalou os olhos.

    - O que houve, Matsuda? Algum vírus, ou hacker?

    - N-Não, chefe...! ? o rapaz estava extremamente embaraçado. ? Não é isso...!

    Soichiro Yagami se aproximou e ficou paralisado com o que viu. Em seguida, olhou para o filho e para L, aterrorizado.

    - O que houve, pai?

    - Você e Ryuuzaki... Venham aqui.

    Como um estava algemado ao outro, não tinha jeito... Aonde um ia, o outro ia atrás.

    - Ryuuzaki ? Soichiro estava ainda mais sério do que de costume. ? Essas algemas são realmente necessárias?

    - Sim. ? o detetive respondeu com sua típica calma. ? Ainda há um por cento de possibilidade de Light ser o Kira.

    - Ai, ai... ? Light bufou. ? Quantas vezes eu tenho que dizer que não sou o Kira? Você viu que tudo o que aconteceu prova o contrário no que se refere a mim!

    - Certo, certo... ? o superintendente Yagami os interrompeu. ? Entendi. Só quero que me expliquem o que é isto aqui! ? apontou uma imagem no monitor.

    -... ? os dois algemados ficaram sem fala, enquanto Misa abria o berreiro novamente.

    - Misa-Misa... ? Matsuda tentou acalmá-la. ? Para um pouquinho... Isso não vai levar a nada...

    - O que é isso? ? Light perguntou, totalmente atônito.

    - É a mesma pergunta que eu faço, Light... ? seu pai disse.

    - Não...! ? Misa choramingou. ? Light, diga que isso não é verdade...! Diga que não é verdade que você está de caso com o Ryuuzaki!

    - Ta me estranhando, é?! ? o ?namorado? de Misa protestou. ? Isso é alguma brincadeira de muito mau gosto!

    - Zero por cento de possibilidade de eu ter um envolvimento amoroso com o Light. ? L replicou tranquilamente. ? Eu jamais faria isso. Mas, ao que tudo indica, algum hacker deve ter invadido o sistema e feito essa brincadeira de mau gosto.

    - Ah, se eu pego esse hacker engraçadinho...

    -... Você o mataria? ? L dirigiu um olhar suspeito para o outro jovem.

    - Eu já disse que eu não sou o Kira, Ryuuzaki! ? o Yagami novamente protestou. ? Não dá pra tirar essa idéia maluca da sua cabeça, pelo menos por alguns minutos?

    - Tudo bem, vou parar de falar nisso... Por enquanto. Vamos nos concentrar em descobrir quem invadiu o nosso sistema. Caso contrário, isso pode representar perigo para as nossas investigações do caso Kira.

    - Então, quer dizer que o Light me ama? ? Misa perguntou com os olhos brilhando e logo se grudando no rapaz.

    - Calma aí, Misa! ? Light disse já aborrecido.

    *

    - Obrigado, Watari. ? L agradeceu pelo pedaço deliciosamente irresistível de bolo que recebera.

    - Por que você ta tão tranqüilo, Ryuuzaki? Isso não te afeta?

    - De certa forma, sim, Matsuda. Mas apenas por um momento. Eu acabei me assustando mais com o berreiro da Misa do que com a imagem em si. Como eu disse antes, existe a possibilidade de um hacker ter invadido o sistema e feito isso. Aliás, seja quem for, fez uma montagem quase perfeita, a não ser por uns defeitos mínimos.

    - É mesmo, Ryuuzaki. ? Light concordou. ? Agora que podemos ver a imagem com mais calma, dá pra perceber que é uma montagem.

    O chefe Yagami suspirou aliviado, ao saber que seu filho não possuía nenhum envolvimento com L, fora a inconveniente algema, que, pelo menos, possuía uma corrente longa. Enquanto isso, Misa continuava grudada no braço de Light. Ela conseguia ser bem mais grudenta do que um chiclete.

    - Ô Misa ? Light tentava se livrar da loirinha. ? Dá pra me dar espaço, por favor?

    - Ta bom, Light! ? ela o obedeceu.

    - Eu ainda quero pegar esse engraçadinho de jeito... ? o jovem murmurou.

    - Probabilidade de 20% de você ser o Kira, Light.

    - EU NÃO SOU O KIRA!!

    Agora Light Yagami saía do sério. Levantou-se da cadeira, puxou a corrente da algema, trazendo L para perto dele. Assim que L chegou perto, desferiu-lhe um forte soco no rosto, jogando o detetive longe e, por conseqüência, fazendo-o ir junto. L reagiu, acertando-lhe um poderoso chute em seu rosto. Misa e os policiais da força-tarefa assistiam impressionados à briga entre os dois rapazes.

    No entanto, Matsuda resolveu interferir na briga, entrando no meio:

    - Parem já com isso! Vocês estão parecendo duas crianças brigando por um brinq--

    Mas o pobre policial tomou um soco de cada lado do rosto dos dois jovens e caiu pra trás. Assim, a briga parou.

    - MATSUDA!! ? os dois exclamaram juntos e foram acudir.

    Aizawa já tinha tirado o jovem da ?linha de tiro? entre o jovem Yagami e o detetive de cabelo bagunçado. Watari imediatamente se encarregou de providenciar uma bolsa de gelo para Matsuda, assim que os ânimos se acalmaram.

    Ou quase.

    - O que é isso? ? Soichiro começou a falar. ? Que briga ridícula e infantil é essa? Depois vocês se dizem adultos!

    Os dois rapazes algemados ficaram sem graça.

    - Vamos procurar pelo engraçadinho que aprontou essa com vocês. ? Aizawa interveio. ? Depois que resolvermos isso, voltamos ao Caso Kira.

    Todos concordaram com a sugestão do policial mais sensato da equipe, que suspirou aliviado. Não sabia como ainda não havia pirado com aqueles dois se atracando toda hora por causa do Caso Kira.

    *

    - Muito bem ? L enfiava mais um pedaço de bolo de morango na boca. ? Famof frofurar o fuveito fe fez ifo.

    - Ryuuzaki, tenha modos. ? Light o repreendeu. ? Não entendi nada do que você disse com a boca cheia.

    O detetive engoliu o bolo e bebeu mais um gole de chá.

    - Ah, desculpe. Como eu disse, vamos procurar o sujeito que fez isso. Caso contrário, as informações sobre o Caso Kira estarão comprometidas, se vazarem. Só temos que encontrar a fonte que deu origem àquela imagem.

    - O que significa que devemos verificar o sistema daqui do prédio, antes de qualquer coisa, não é isso?

    - Exato, Light.

    Investigador e investigado começaram a teclar freneticamente no computador, à procura da raiz do problema. Não demorou muito para que o som das teclas parasse.

    - Encontramos!! ? os dois exclamaram ao mesmo tempo.

    - Onde? Onde? ? Matsuda já estava ansioso.

    - Aqui mesmo no prédio! ? L respondeu e saiu correndo, praticamente arrastando Light junto.

    - Ryuuzaki, espera aí! ? o jovem Yagami protestou.

    Os dois acorrentados seguiram rumo ao suposto local de onde partira a tal imagem. Logo atrás dele, vinham Misa, Matsuda, Soichiro e Aizawa. O grupo se deteve diante de uma porta, de onde se ouviam risinhos abafados.

    - Ei, você, abre aí! ? Light disse.

    O risinho logo parou.

    - Poderia fazer a gentileza de abrir a porta? ? L insistiu.

    Nada. Nenhum som provinha do outro lado da porta.

    - Ei! ? Misa disse. ? Abre aí! Não escutou que é pra abrir?

    Silêncio total. Nem sinal de vida ali.

    - Não escutou o que a gente disse? ? ela insistiu. ? Abre a porta!

    Nada outra vez. A Amane já ia chutar a porta. Quem ousaria transformar seu namorado em um gay? Fosse lá quem fosse, iria se ver com ela! Iria se ver com Misa Amane. Mas...

    - Não precisa disso, Misa-Misa. ? Matsuda disse, girando a maçaneta da porta. ? A porta ta destrancada.

    A loirinha ficou toda sem graça. Nem tinha se lembrado de verificar se a porta estava trancada ou não.

    Cuidadosamente, a porta foi aberta e o grupo entrou de fininho. Eles haviam se adentrado em um local escuro, onde a única coisa que iluminava ali era o monitor de um computador. E os risinhos voltaram a ser audíveis.

    Watari, que chegou por último, acendeu a luz. A pessoa em frente ao computador era uma garota de trança e grandes óculos de grau. Uma típica nerd, até bonitinha.

    Segundos de silêncio se seguiram, até serem interrompidos por Matsuda:

    - Q-Quem é ela...? ? apontou para a jovem.

    - Shiori, a faxineira. ? L respondeu.

    - E por que você fez essa loucura com o MEU Light e o Ryuuzaki? ? Misa tentava se conter pra não voar pra cima da outra garota.

    Os olhos de Shiori brilharam:

    - Ai... É porque eu acho os dois tão fofos, então resolvi colocar juntos os garotos mais fofos do mundo!

    - Como é que é?? ? a loirinha logo foi pra cima de Shiori. ? Como ousa difamar o meu namorado?

    Matsuda logo a segurou pelos braços, para que ela não cometesse alguma loucura.

    - Me solta, Matsu! Me solta, que eu quero pegar essa quatro-olhos!!

    - Fica calma, Misa-Misa!

    - Me desculpa ? Shiori pediu com expressão de arrependimento. ? Eu não sabia que o bonitinho aí era o seu namorado! Por favor, me desculpa... Eu apago as imagens e faço ?Yaoi? com outras fotos...

    - Você sabia que, com essa sua ?travessura?, a segurança das informações sobre o Caso Kira foi posta em risco?

    - Não, Sr. Ryuuzaki. Não sabia. Sinto muito.

    Assim, o caso do ?engraçadinho? foi solucionado, mas ninguém imaginava que a jovem faxineira seria a culpada. Ela não foi demitida, mas ficou longe de qualquer computador enquanto estivesse ali no QG.

    Os demais se sentiram aliviados, especialmente L e Light. Este agora sofria porque Misa não queria mais se desgrudar nem mesmo por meio segundo.

    ?Malditas algemas...?, ele pensou. Se não fosse por elas, não teria ocorrido tamanho mal-entendido. Mal esperava a hora de ficar sem elas, por isso estava empenhado em pegar o suposto Kira.

    Estava louco pra acabar com essa situação constrangedora.

    *

    Enquanto isso, no lar Wammy...

    - QUEM FOI O IDIOTA QUE FEZ ISSO? AH, SE EU PEGO O SUJEITO...!

    Um adolescente loiro estava possesso, pronto para destruir o computador. O motivo? Uma imagem comprometedora dele com um garoto albino.

    - Arrebentar o computador não vai adiantar nada, Mello. ? uma voz disse ao loiro. ? Temos que descobrir a raiz do problema.

    - Dá um tempo, Near! ? Mello exclamou. ? Esse negócio de descobrir a raiz do problema demora demais! Até lá, minha reputação vai ser arruinada!!

    - Não vai ser, não. ? o garoto albino respondeu. ? Porque já desconfio de alguém.

    - AH, NÃO DIGA QUE FOI O MATT? AH, SE EU PEGO AQUELE CABELO DE FOGO...

    Assim, o impulsivo Mello saiu à caça do ruivo a fim de tirar satisfações. Enquanto isso, Near continuava a olhar para o seu novo caça de brinquedo com seu olhar investigativo, verificando se não viera com defeito.

    - Humm... ? ele cacheava tranquilamente o cabelo. ? O que L faria numa situação dessas?

    ***Editado e aprovado por Ivelee***


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