A Besta da Noite

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Lembranças e Força - A Derrota do Inimigo

    Álcool, Mutilação

    Lembranças e Força – A Derrota do Inimigo

    Enquanto os sobreviventes mais fortes do clã Mizuki e Satoru estavam a caminho.

    Kitsune estava em apuros, o inimigo havia pego Tsuki, e por mais que usasse todos os seus jutsu, todos, o inimigo repelia. Para um clone, ele era muito forte.

    -Kitsune-kun... Me ajude... –Pedia Tsuki, sendo sufocada pelo braço do inimigo.

    “-Droga, nenhum dos meus ataques funciona contra ele.” – Invocando mais uma vez a espada, Kitsune tenta acerta o inimigo, mas foi em vão, pois foi lançado a metros de distancia.

    -KITSUNE... – Era o grito de Tsuki, era tão frágil sua voz, assim como ela, era tão delicada. Era agonizante ouvi-la pedir por socorro e não poder fazer nada.

     -me desculpe Tsuki... Me desculpe... –Kitsune não se via capaz de fazer mais nada para salvá-la.

    “-KITSUNE...” - Aquela voz, era familiar, já ouviu em algum lugar.

    Flash Back On:

    Era noite, a lua estava cheia e o céu se encontrava sem estrelas. A vila estava calma, quando de repente surge uma explosão. Kitsune que havia completado recentemente cinco anos, acorda assustado e corre em direção ao quarto de seus pais, mas ambos não se encontravam lá.

    Descendo as escadas rapidamente, a pequena criança corre por toda a casa, mas nada de encontrar seus pais. Ao sair na frente de casa, Kitsune vê uma intensa fumaça, vinha da torre do Hoshikaze.

    -mamãe... – Os olhos da criança encheram-se de lágrimas, e correndo com todas as forças em direção a torre kaze, foi segurado por alguém. Sem nem se quer olhar para quem o segurava, Kitsune se esperneava e gritava. –ME LARGA... MINHA MÃE ESTÁ LÁ... ME LARGA. – Se esperneava, queria ver sua mãe, queria certificar-se de que ela estava bem.

    -KITSUNE. – O garoto para de se espernear, ao perceber que quem o segurava, era seu pai... Os olhos pretos de seu pai, lhe acalmou, e num gesto de profunda triste, ele o abraçou. –Acalme-se filho... Dará tudo certo. – Passando a mão nos poucos cabelos loiro do filho, o homem o abraça fortemente, sabendo que nada daria certo dali para frente e entrando em casa, o pai de Kitsune o coloca em seu quarto, logo em seguida corre até o quarto do casal e pega seus pergaminhos.

    Kitsune sentindo profundo medo corre até o pai, que estava se preparando para sair, e o abraçando começa a chorar. Em um gesto carinhoso seu pai o abraça e deposita um beijo em sua testa.

    -Kitsune, seja forte... Proteja aqueles que são importantes para você... Proteja todos, sei que não deseja ser Hoshikaze, mas proteja todos da vila...

    Kitsune ouviu muito bem o que seu pai lhe dizia, mas não entendia, aquilo parecia uma despedida. Kitsune estava preocupado com seus pais, queria eles perto, queria abraçar sua mãe e sentir o cheiro de seu cabelo longo, e sua voz tão angelical, que conquistava qualquer um.

    -papai... Eu quero a mamãe. – Pediu a criança, se soltando dos braços do pai e o olhando, com lágrimas pingando no chão.

    Seu pai semicerrou os punhos, e segurou as lágrimas, sabia que sua esposa não voltaria, e doeu muito ver que sua família seria desfeita naquela noite.

    -Kitsune... Sua mãe mandou lhe dizer... – O homem mais velho soluçava, e logo lágrimas começaram a descer. – Que te ama muito... E mandou você ser forte... Sempre... Pois sempre estará com você. – Se levantando e vendo que seu filho colocara a mão no coração e foi dando passos para trás, ele se aproximou quando viu o filho desmaiar... Era dor demais para uma criança suportar. Dor demais que seu filho iria carregar.

    Vendo que a equipe de ANBUS havia chegado, deixou seu filho sobre o cuidado deles e foi até o centro da batalha, onde sua esposa se esforçava para proteger todos, principalmente seu filho.

    Flash Back Off.

    Com um olhar determinado, Kitsune arrasta a mão pela terra em direção a sua espada... E desaparece no ar, aparecendo no local onde o inimigo estava com Tsuki...

    -você ainda está vivo? Que saco... Todos vocês do clã Tamotsu vivem com essa determinação de merda. – Dizia o homem, terminando de amarrar Tsuki, que se encontrava desmaiada.

    Kitsune não disse nada, apenas olhava para seu inimigo, com chamas de determinação no olhar.

    -acha mesmo que pode me derrotar com uma espada ridícula como essa? –Provocava o inimigo cada vez mais.

    A espada Tomoyuki Hiamashita, sempre fora uma espada comum aos olhos de muitos. Ninguém realmente sabia a origem dela, sabia quem a invocara pela primeira vez, mas sua origem era desconhecida por muitos, apenas os herdeiros do clã Tamotsu sabiam sua verdadeira origem, somente eles tinham capacidade de invocá-la, para isso o sangue do clã Tamotsu precisava correr em suas veias, precisava ser o filho do líder do clã.

    Da espada surgiu fogo... Fogo? Sim, fogo. Aquele era o maior nível de chakra que um Tamotsu poderia alcançar – ao menos na idade de Kitsune. Não era fogo comum, era o fogo que emitia da única espada do reino das raposas de fogo. Após o acordo ser selado, o Tamotsu tem direito de usar o elemento Katon.

    -Katon: Fantasuma Shurikensu dasu Sonburasu. – Lançando sua Tomoyuki para o alto, e com ágeis movimentos de mãos, começou a cair shurikens do céu, mas não eram shurikens normais, elas iam se multiplicando cada vez mais e vinham acompanhadas com rajadas de fogo. Realmente para um jovem como Kitsune, aquele era um jutsu muito forte, forte o suficiente para sugar dele uma quantia muito grande de chakra.

    Tentando usar uma barreira o inimigo se defende, mas pelas quantias exageradas que vinham do céu como se fossem meteoros, a barreira logo foi desfeita o atingindo em cheio. Logo uma poeira cobre todo o inimigo, e sorrindo vitorioso Kitsune cai sentado, e ofegante. Não sentia seus braços e nem suas mãos, aquele era o pequeno sacrifício por usar aquele jutsu.

    Kitsune olhava sorridente rumo ao seu inimigo, mas assim que a poeira abaixou, Kitsune avistou seu inimigo intacto, seu sorriso naquele instante havia sumido, se seu inimigo o atacasse naquele momento, seria o seu fim, pois não conseguia se defender. O inimigo a frente começa a rir, e logo olha para Kitsune, e bate palmas.

    -isso foi incrível, eu estava começando a pensar que você não servia para nada, mas eu estava enganado, você realmente tem as habilidades da terceira Hoshikaze, não é para menos que você seja o primogênito dela.

    -JÁ MANDEI NÃO FALAR DELA NA MINHA FRENTE. –Kitsune se levanta no impulso, mesmo não sentindo braços e nem mãos, defenderia a honra de sua mãe, não deixaria qualquer um pronunciar o nome dela em vão.

    Sorrindo, seu adversário corre na direção de Kitsune, e tudo que o mesmo poderia fazer era desviar de seus ataques lembrando-se de todas as vezes que seu pai havia lhe ensinado como desviar de ataques inimigos, também se lembrava do sorriso sereno de sua mãe, chamando ambos para jantarem, e das vezes que cuidava dos seus ferimentos.

    Por mais que se lembre de todos os ensinamentos ninjas de seu pai, sempre o inimigo encontra um jeito de nos atingir, e foi o que aconteceu, o ninja a frente de Kitsune havia dado um soco em seu estômago e por isso Kitsune foi jogado contra uma árvore, e tentando se soltar percebeu que kunais o prendia na árvore e por isso não conseguia se soltar. Será que aquele era seu fim? Será que não alcançaria seu sonho? Ao menos se encontraria com seus pais, e isso seria realmente um dos melhores sonhos que qualquer adolescente gostaria de ter, de está ao lado de sua família.

    O inimigo parou na frente de Kitsune, em uma distancia razoável e pelos movimentos ágeis de mãos, usaria algum jutsu, o que determinaria o fim de Kitsune.

    -Doragao de Raiosu Konsumidoru. – Soprando forte, de sua boca saiu raios, que logo se transformaram em um dragão, e com rapidez se aproximava de Kitsune. Aquele será mesmo seu fim?

    Foi o que Kitsune se perguntou, mas para sua surpresa, surgiu uma barreira de ferro na sua frente, aquele era o elemento Satetsu (ferro), muito conhecido no país do Urso, pois o único clã capaz de usar essa técnica era o clã Satoru.

    Em uma distância razoável, Ookami estava com ambas ás mãos no chão, para que assim a barreira surgisse mais rápido e não se desmancha-se no primeiro impacto. Logo Kitsune avista Ookami, que estava ofegante, e notou que o jutsu havia se desfeito e olhando para o membro da organização, viu seu sensei com uma kunai em mãos e o inimigo desapareceu, devido ele ser um clone e o verdadeiro inimigo está no ombro de seu sensei. E olhando mais ao seu redor, viu Tora desamarrando Tsuki, e reparou o quão belo era o cabelo de sua companheira de equipe, nunca a virá de cabelo solto, e realmente não fazia idéia de que o cabelo dela era tão longo assim.

    -pessoal?! –Kitsune suspirou aliviado naquele momento, realmente seu sensei tinha razão, jamais podemos prossegui sem alguém para nos dá apoio. Todos sorriram para Kitsune, que retribuiu o sorriso, e recebendo ajuda de seu companheiro, Tora se aproxima.

    -Kitsune, você se esforçou muito... Deixe-me ajudá-lo. –O que? Aquilo era incrível, pela primeira vez Kitsune viu Tora ser tão delicada e gentil com alguém, qual o problema dela, ela por acaso era bipolar?

    Ajudando Kitsune, Tora sorri.

    -Pronto Kitsune... Pode movimentar os braços e as mãos agora. –Disse sorrindo.

    Mexendo os braços e ás mãos, Kitsune sorri, aquela foi a primeira vez que usou aquele jutsu em alguém e não fazia idéia de que o efeito seria tão grande assim, talvez pelo fato dele ter que concentrar todas as áreas de chakra de seu corpo, para que o jutsu não falhasse. Mas agora estava tudo bem, finalmente pode suspirar aliviado.

    -arigatou Tora-Chan... Está de cabelo solto, já disse que fica muito linda assim?

    Tora cora, e sorri sem graça, mal conseguiu agradecê-lo pelo elogio. Enquanto Ookami observava os dois, e mais ainda a reação de Tora, pela primeira vez há viu corar por algo. Mas é como muitos dizem; sempre a uma primeira vez para tudo.


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