A Besta da Noite

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 5

    O Selo Desfeito

    Álcool, Mutilação

    O Selo Desfeito

    -você tá mesmo preparada para enfrentar esse homem, Tora? –Perguntou Ookami, se posicionando para a batalha.

    -para começo de conversa são clones, e sim, estou mais do que preparada.

    Olhando-a no canto do olho, Ookami pensa.

    “-determinada como sempre.”

    Quando de repente surgi uma chuva de shurikens... Tora fica sem reação, e Ookami lança seu pergaminho no alto, invocando suas marionetes de lobo. E com um jutsu, as marionetes ficam gigantes, protegendo ambos.

    -você está bem? –Perguntou Ookami, ofegante.

    -ha... Hai... Arigatou. –Ela estava paralisada, olhando para as marionetes.

    -não é de se admirar que você seja um Satoru. –Disse o clone, mas não apareceu em nenhum momento. –mas, estou desconfiado de que você seja mesmo a portadora da besta.

    -como?

    -isso mesmo, muito fraca para ser uma portadora, em vez dele está te protegendo, era você que deveria está protegendo ele... Tem mesmo certeza de que é a portado da besta?

    Fechando os punhos, e olhando para o homem que se materializou na sua frente, Tora diz:

    -baka... Eu sou a portadora da Densetsu.

    -será? Todos os portadores da besta eram fortes o suficiente para superar o Hoshikaze... Mas, você, não, não acredito que seja você a portadora.

    -farei com que engula essas palavras.

    -do que ele está falando Tora, quem é Densetsu?

    -CALA A BOCA OOKAMI... EU FALEI PARA VOCÊ FICAR FORA DISSO.

    -VOCÊ É UMA COMPLETA IDIOTA, PRESTA ATENÇÃO, SEM A MINHA AJUDA VOCÊ IRÁ MORRER, VOCÊ NÃO É PÁREO PARA ELE SOZINHA.

    Tora olhava enraivecida para Ookami, que também lançou o mesmo olhar para a jovem Mizuki.

    -acham mesmo que ficar discutindo em uma hora como essa, ajudará em alguma coisa? – Ecoou a voz pela floresta mais uma vez, fazendo com que o sangue de Tora fervesse em suas veias. Mais uma vez ele havia desaparecido.

    “Tora, mantenha a calma”

    -me dê o seu poder Densetsu.

    “farei isso”

    -como eu disse antes... Farei com que engula essas palavras. – A voz de Tora havia sido alterada, parecia que alguém falava por ela.

    Seus cabelos por sua vez, se desfez do coque, mostrando a beleza dos longos cabelos negros que quase se arrastavam no chão, mas por algum motivo seu cabelo se encontrava flutuando no ar. Seus olhos que antes mantinham uma tonalidade verde, um tanto quanto hipnotizantes, haviam mudado para a coloração preta. Presas surgem em sua boca, unhas naquele instante se tornaram enormes garras de felino e logo a jovem Mizuki é envolvida por uma manta lilás que mantinham bolhas estourando por todos os lados, por mais que aquilo fosse perturbador, o chakra era algo agradável e bem diferente daquele que a cercava quando mais nova.

    -o que é isso? –Ookami tampava os olhos, por causa da forte ventania que ali surgira.

    -contemple jovem rapaz, esse é o primeiro chakra liberado pela besta da noite. –Surgiu a voz mais uma vez.

    “-isso é incrível...Então, durante todo esse tempo...Não pode ser... Ela é a temível besta que ronda a nossa vila” –Ookami estava paralisado, olhando a transformação de Tora chegar ao fim.

    Quando a transformação para, Tora olha para o inimigo a frente, que mantinha um sorriso maligno para ela.

    -finalmente, poderei me divertir um pouco. – Disse satisfeito por ver a transformação acabar. – mas sei que esse não é o seu poder máximo... Seu chakra ainda é muito amigável, quero lutar com a temível besta. A que tirou a vida de Jun’Ichi Haruo conhecido como o líder do clã Jun’Ichi, e também a mesma besta que tirou a vida de Mizuki Moriko...

    Naquele instante Ookami sentiu um vento muito forte e cortante e usando um de seus jutsu criou uma barreira, mas foi desfeita com facilidade, o que para ele era terrível, afinal de contas o vento era cortante, não era um vento comum era um vento criado pela Besta.

    Num piscar de olhos Ookami perdeu Tora de vista, e quando deu por si, Tora estava segurando o inimigo pelo pescoço.

    -nunca mais abra essa sua boca imunda para falar dos meus pais. – Era mesmo aquela Tora que conhecia? Perguntava-se Ookami paralisado, não pelo medo mais por não saber o que fazer.

    Naquele momento o vento parou e o silêncio reinou no meio da floresta... Tora olhava seu inimigo com pleno ódio, enquanto Ookami apenas observava os dois, sem poder fazer nada.

    Pois Tora já era capaz de cuidar dele.

    Com um olhar maligno para cima do homem, surge na mão direita de Tora uma luz fraca. E para surpresa de todos, Tora estava com o coração do inimigo em mãos.

    Ookami estava paralisado. Nem viu quando ela enfiou a mão no peito do homem, apenas piscou e viu Tora com o coração em mãos. O clone logo se desfez e o coração havia sumido.

    Ookami vomitava tudo que tomou no café. Aquela cena era cruel, por mais que fosse um clone, e por mais que fosse o inimigo. Vindo de alguém como a Tora, poderia se esperar de tudo, de tudo, menos aquilo.

    -Ookami, não seja covarde, precisamos encontrar Kitsune e Tsuki. – O manto de chakra estava se desfazendo, e Tora voltando ao normal. As garras se desfizeram, as presas sumiram, seus cabelos negros tocavam o chão, o que chamou atenção do jovem Satoru.

    Tora saiu na frente, deixando Ookami ainda sentado e paralisado no chão.

    “-Aquela não era ela... Como é possível?” – se levantando com dificuldade, Ookami consegue acompanhar Tora, que ainda olhava o caminho à frente, mas não deixou de pedir a Ookami, um simples favor.

    -Ookami, faça-me um favor... –Ookami lhe dá toda a atenção. –Não conte a ninguém o que você viu, te recompensarei com o que quiser depois, apenas mantenha a boca fechada.

    Ookami volta a olhar para frente. E surgindo um sorriso em seus lábios, diz:

    -não se preocupe... O que vi ficara somente entre nós.

    Sorrindo agradecida, Tora e Ookami seguem o caminho que levava a Kitsune e Tsuki.


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