O filho do meu padrasto

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Cortes e filmes

    Álcool, Adultério, Drogas, Hentai, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Mais um cap. fresquinho ai para voces

    Por mais que eu não gostasse dela, aqui estou eu, batendo em sua porta. E juro que não sei como isso foi acontecer; Uma lembrança do que ocorreu hoje a tarde passou pela minha memória, e abro a porta, encontrando uma pessoa extremamente maltratada: os olhos fundos vermelhos e inexpressivos, o cabelo solto bagunçado, as olheiras roxas quase da cor de seus olhos, marcas de dedos em seus braços ensangüentados cheios de cortes, a expreção vazia e triste, e...

    Perai SANGUE? Olho bem para seus pulsos e vejo os cortes e ela segurando uma lamina enquanto a passava pelo seu braço.

    Num súbito corro ate La e arranco a lamina de sua mão, e a arrasto ate o banheiro onde abro a torneira e coloco seus braços debaixo da água, que fica vermelha conforme o sangue vai saindo.

    -Você esta bem? – Ouço sua voz e a olho, porém seu rosto continua inexpressivo.

    -To ótimo – Digo tentando esconder o fato que sangue me deixava com vontade de vomitar.

    - A mim você não engana- diz ela com um sorriso de canto – Não gosta de sangue – balanço a cabeça concordando- Enjoado? – Concordo novamente – Respire fundo pela boca, e tente não olhar. – Fecho a torneira e fico olhando fixamente para seu braço que agora estava com uma aparência bem melhor.

    - Não encoste naquela lamina novamente enquanto vou pegar o kit de primeiros socorros, Ouviu bem Gracielly! – Digo entre dentes.

    - Sim mamãe. - Ela me responde com Sarcasmo, mas assim que saio do quarto ouço um suspiro cheio de dor.

    Corro ate a cozinha e pego uma caixinha branca com um “+” vermelho na tampa e volto correndo ate o quarto, onde a torneira foi novamente aberta e ela esta esfregando a mão nos cortes, assim que ela me vê , fecha a torneira, e estende os braços, pra mim.

    Passo uma pomada pra não infeccionar, enrolo faixas em seus pulsos e colo fitas próprias para isso. Assim que acabo ela me diz:

    - Obrigado – Pelo seu olhar foi sincero.

    - Não há de que, mas me explica uma coisa, por que você se corta?

    Ela se senta na cama e pensa um pouco antes de me responder:

    - Por que eu sinto dor, esse e o único jeito de me distrair da vida

    - Nada mais te distrai? – Pergunto me lembrando do motivo de vir ate seu quarto.

    - O que esta sugerindo – Por um momento aquele olhar de insanidade desaparece, sendo substituída por algo próximo a alegria.

    - Que tal ver alguns filmes?

    Ela se levanta da cama num pulo e fala animadamente.

    - Eu escolho os filmes enquanto você faz a pipoca o.k.. – Diz ela já vasculhando aquela pilha de DVDs.

    - Só não escolhe um filme água com açúcar, cheio de mimimi.

    Ela da uma risada, e me mostra o que escolheu: os dois de filmes de jogos vorazes, e os dois de Percy Jackson.

    - O que você acha desses?

    - Se você tiver o Simpsons também não me incomodo. – Digo e ela da outra risada enquanto pega outro filme e me mostra. - Qual iremos ver primeiro.

    - Jogos vorazes claro, depois os Simpsons, depois Percy Jackson e os olimpianos. O que você ainda ta fazendo aqui? VAI LOGO – Ela berra apesar de eu já ta na cozinha.

    Faço pipoca, e levo uma garrafa de um litro de refrigerante lá pra sala, quando chego lá, levo um susto, a sala foi transformada em algo para ver filmes: as almofadas do sofá e da poltrona estão no chão, no tapete felpudo fazendo uma cama confortável, há um edredom grande lá, e as luzes desligadas e a e o fogo vindo da lareira deixa o lugar com ambiente convidador, quente e confortável, mas pra mim isso fica estranhamente romântico. A teve já esta ligada e no menu do filme. E ela esta sentada naquele monte de almofadas.

    Olho para ela, e percebo que ela mudou de roupa; esta usando uma calça de moletom larga, um par de meias coloridas, e uma camiseta visivelmente velha, seus cabelos antes bagunçados estavam agora numa trança simples.

    Coloco as comidas na nossa frente e me enrolo na coberta. Ela pega a bacia de pipoca e enfia um punhado na boca.

    - Não e só seu, gulosa – Digo fazendo-a rir.

    O filme finalmente prende nossa atenção fazendo que seus olhos quase vidrados, nem pisquem direito. Tenho que admitir o filme e ótimo. Porem quando meu braço roça levemente o seu, percebo que ela esta arrepiada. Seus braços estão super gelados, e ela esta tremendo.

    A abraço passando a coberta sobre seus ombros, sentindo aquela incrível maciez de sua pele, ela coloca a cabeça em meu ombro, e coloco a minha sobre a sua.

    Ate seu cabelo tem cheiro delicioso: de cereja. Minha fruta favorita.

    Ficamos assim por um tempo ate que ouço o barulho do elevador chegando. Ela me empurra e se afasta de mim, me sento no sofá, e continuo assistindo enquanto ignoro minha mãe, que entra esfuziante indo direto para seu quarto dizendo algo como “Vou viajar”

    Continuo com a atenção no filme ate que ela dessa com um monte de malas dizendo:

    - Vou viaja e volto depois de amanha, vou fazer um desfile em paris e não quero que o mate - diz mamãe olhando pra Grace – Nem ateie fogo, nem torture, nem jogue o La do terraço, nada que machuque, queime, faça algum mal. Entendeu querida?

    - Posso dar um tiro? – Pergunta ela, me fazendo a olhar descrente.

    - Isso se encaixa na categoria que eu disse.

    Mamãe se aproxima e beija sua bochecha e beija minha testa

    - Thau meus amores, a mamãe vai sentir falta de vocês dois e...

    Sua frase foi encoberta pela porta do elevador que se fechou.

    O filme continuava e eu ficava cada vez mais entediado, quando eu vi já estava brincando com a ponta da sua trança, fazendo cócegas em sua bochecha corada.

    Eu acho que dormi no sofá, por que as duas primeiras coisas que percebo são: 1º eu estou deitado no meu quarto, 2º já esta de manha


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