The Murder House.

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 3

    A Porta da esperança...

    Mutilação, Violência

    Como prometido, aqui está outro capítulo! Espero que gostem :s

    Tenham uma boa leitura!

    Capítulo 3-A porta da Esperança...

    Olhava para as chaves com o meu coração a bater forte e a minha cabeça a pensar rapidamente. Para mim elas eram todas iguais e ao mesmo tempo todas diferentes. Como era suposto descobrir a verdadeira?

    O Zak voltou a gemer de dor e eu encarei-o com receio e sem saber como o ajudar.

    Voltei a olhar para as chaves e, escondida no meio daquelas chaves velhas, ferrugentas e grandes, consegui ver uma pequena e brilhante chave. Bem, mal não pode fazer...

    Coloquei-me em ponta dos pés e pus a chave no cadeado. Rodei-a e, para o meu alívio, o cadeado abriu-se, atirando o corpo pesado do Zak para o chão. Assim que ele caiu, arrastou-se para o lado e conseguiu suspirar de alívio agarrado à sua ferida do braço.

    Estávamos todos salvos, por enquanto...

    As máquinas pararam de fazer barulho e agora a nossa respiração estava ofegante. Todos sabíamos que o perigo ainda não tinha passado.

    * * * * * *

    O tempo passou e as coisas continuavam iguais. O Zak andava de um lado para o outro, agarrado ao seu braço, a gritar palavrões sem sequer se preoucpar com o que se tinha passado. O Matthew estava fraco devido à perda de sangue, por isso estava deitado num colchão a descansar, enquanto eu tentava estancar o sangue com tiras de tecido da sua bata.

    -Chega! - berrou o Zak tavando o passo. - Vou sair daqui!

    -Se saires sem a autorização dele morres. - disse calmamente acabando de atar mais uma tira em volta do pulso do Matthew.

    -E se ficarmos aqui morremos na mesma!

    -Nós podemos sair daqui vivos. Apenas tens que esperar.

    -Eu ia morrendo ali enquanto esperava pelas chaves. Achas mesmo que vou voltar a esperar?!

    -Vais morrer.

    Sentei-me ao lado do MAtthew e encarei o Zak.

    Ele estava todo suado e com o braço cheio de sangue. Ele tinha a cara roxa de raiva e notava-se nos seus olhos um certo ódio.

    Comparado a ele, eu parecia estar de férias. Calma, com a respiração controlada e a concentração focada, já para não falar do facto de estar descalça e com o meu pijama vestido (uma t-shirt enorme do meu irmão, preta, com letras brancas a dizer “Take me drunk. I’m home” que impedia que se visse os meus calções cinzentos).

    -Se vou morrer se sair do quarto, o que queres que faça?

    -A sério? - perguntei aborrecida. - Apenas espera.

    Ele bufou de ódio e sentou-se noutro colchão a mandar vir comigo. Quero lá saber! Agora só estou preocupada com o matthew, mais nada.

    -Porque tu dizes que eu vou morrer se sair do quarto? - perguntou-me o Zak após minutos de silêncio.

    O Matthew já tinha recuperado e agora estava sentado ao meu lado enquanto eu lhe via os cortes.

    Sem olhar para o Zak e a manter a concetração nos pulsos do Matthew respondi meio num sussurro.

    -Ele só impõe três regras e, quam as quebrar, morre.

    -Como sabes disso? - perguntou meio enervado o motoqueiro.

    -Eu estudei-o e ainda o estudo.

    -Tretas! És só uma miúda! Nunca deveria ter-te dado ouvidos! Vou mas é sair daqui!

    Eu ia responder-lhe, tentar convence-lo a não fazer aquilo, porém era escusado. Ele já estava de pé, a caminhar decidido para a porta do quarto.

    Levantei-me e fui ter com ele.

    -Tu não podes quebrar as regras! - gritei com ele.

    -Tu não sabes nada!

    -Sei sim! Ele vai matar-te!

    -Todos acabamos por morrer um dia! Eu apenas escolho que quero viver mais um tempo.

    -Então pára! Se saires morres!

    -Estás a enganar-me!

    Ele colocou a mão na macaneta.

    Quando ele a girou, ouviu-se um som forte e rouco. Depois viu-se uma luz forte a sair da porta e, sem me aperceber, senti a minha cara a ser preenchida com um líquido quente. Ouviu-se o corpo do Zak a bater forte no chão e foi aí que me apercebi.

    Olhei para o chão e, no meio dos olhos castanhos do Zak, mesmo no meio da testa, estava um buraco que escorria sangue. Os seus olhos estavam abertos, a expressão do seu rosto era de medo e arrependimento e a sua cabeça estava aberta com o impacto do tiro.

    O Zak tinha morrido.

    Ele apenas tinha morrido por quebrar uma das três regras de ouro...

    Continua...


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