Um conto de fadas diferente.

  • Finalizada
  • Val Sensei
  • Capitulos 35
  • Gêneros Comédia

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    l
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Voltando.

    - Autora?

    - O que é Ariel, não vai mais contar história e vai deixar só para eu contar?

    - Não é isso. É que elas realmente se preocuparam comigo naquele dia.

    - Claro, elas são suas amigas.

    - Nossa, que bom. Pelo ao menos alguém se importa comigo.

    - É sim. Agora vai ou não vai continuar a história?

    - Vou sim, mas antes obrigado autora por observar a história.

    - De nada.

    *****

    Naquele mesmo dia eu caminhei alguns quilômetros, mas o sol estava quente e eu estava cansado, com fome, com sede e ainda teria que voltar para cidade a noite para ir à aula. No caminho encontrei um bar onde tinha uma placa assim: Precisa-se de um ajudante só hoje, trabalhar das treze às dezoito horas.

    ?É aqui que eu vou ganhar uns trocos...? Eu pensei adentrando o recinto.

    - Bom tarde senhor.

    - Bom tarde, o que você quer seu filhinho de papai? Meu bar não é para play boys não. _ disse o dono do bar.

    -Eu não sou play boy não moço, eu quero o emprego e também não sou filhinho de papai.

    - Meu jovem rapaz, está curtindo com a cara desse pobre dono de um pobre bar, não está?_ disse o dono do bar em tom de sarcasmo.

    - Não senhor, eu realmente preciso de dinheiro.

    - ESCULTA AQUI O GAROTO EU NÃO ESTOU PRA BRINCADEIRA, SAIA JÁ DO MEU BAR, SEU FILHIDO DE PAPAI.

    - Mas senhor eu...

    - AQUI NÃO TEM LUGAR PARA RICOS COMO VOCÊ.

    Eu saio cabisbaixo do bar, não sabia que aquele maldito uniforme ia me causar tantos problemas, além do mais não ia dar tempo de ir a pé para casa e depois voltar a pé já que eu estava sem nenhum tostão furado no bolso. O ultimo dinheiro que eu tinha eu gastei no ônibus. Depois daquela expulsão resolvi voltar para a cidade e esperar a aula do colégio estadual Maribel. Sentei-me no banco da praça após ter procurado por comida ou algo do tipo, um emprego rápido para arrumar dinheiro, mas por causa do uniforme da outra escola no caso o Colégio Rights Linths, eu não consegui nada. Finalmente deu á hora de voltar ao colégio estadual Maribel, chegando lá adentrei a sala e mais uma vez fui olhado como a pior das pessoas, na certa todos estavam pensando que eu era rico e tava ali só para esnobar eles. Respirei fundo e me sentei à carteira sem dizer uma palavra. Depois de alguns minutos a professora entrou e também começou a me olhar. Aquilo estava me deixando constrangido, primeiro o povo me olhava feio por ser pobre, agora estão me olhando feio por eu vestir uma roupa de um colégio onde só estuda quem tem dinheiro.

    Logo deu o sinal do recreio e mais uma fez eu fui para a biblioteca estudar, cheguei lá e vi que era uma biblioteca simples, mas valeu apena achei muitos livros bons para estudar. Eu fiquei ali até o recreio acabar, apesar de ver que a bibliotecária não parava de me olhar.

    Depois do recreio veio às demais aula e rapidamente elas terminaram. Ao sair da sala eu olhei em meus bolsos e não achei nenhum dinheiro para o ônibus, agora teria mesmo que ir a pé até em casa e não sei por que eu estava sentindo que ainda ia ter muitos problemas naquele dia. Respirei fundo e comecei a caminhar quando ouvi:

    - Ei seu reizinho, papai não vem te pegar não?_ disse um aluno.

    - Não.

    - Olha só o filhinho de papai ficou pobre de repente, será que o pai perdeu as ações.

    Eu só os olhei e comecei a caminhar.

    - Espere o que tem ai nessa mochila, hein? _ eles disse se aproximando.

    -Livros, cadernos, canetas, o que mais teria?_ eu respondi.

    - Me deixa ver._ disse um dos alunos.

    - Me deixe em paz, eu tenho que ir pra casa.

    - Me da logo essa mochila._ um deles disse e puxou a minha mochila com tanta força que ela rasgou.

    Naquele momento eu senti que eu realmente estava ferrado e aqueles caras me roubaram minhas canetas e livros, tudo da alta qualidade. Eu fui para casa só com o uniforme. Caminhei quase a noite toda. Eu fui chegar a casa já era de madrugada e isso por que eu saí dez e meia da noite.

    Chegando naquela mansão, assim que eu abri a porta, adivinha quem estava me esperando?É, ela mesmo a madrasta, a bruxa, a Cindy.

    - Onde o senhor esteve até essa hora?_ ela perguntou meio irritada.

    - Na cidade.

    - O que você estava fazendo lá e por que não foi à escola.

    - Eu perdi a bolsa por chegar atrasado e fui à cidade conseguir uma vaga no colégio estadual de lá.

    - Suponho que conseguiu._ disse ela em tom arrogante.

    - Sim, mas preciso apresentar a transferência. _ eu disse meio triste, pois algo me dizia que era pago.

    - É uma pena, por que naquele colégio e tudo pago e acho que você não terá dinheiro para pagar a sua transferência. _ disse ela com um leve sorriso nos lábios.

    - Se a senhora permitir que eu ainda trabalhe aqui eu mesmo pagarei.

    - Você continuará a trabalhar aqui, mas só terá comida e roupa de segunda mão, é claro. E se não estiver satisfeito, vire mendigo._ ela disse sorrindo.

    Eu vi que os garotos estavam escutando atrás da parede e percebi que a minha vida não era nenhum conto de fadas apesar de estar bem parecido com um. Eu estava começando a ver que a minha vida se transformou totalmente e para ficar mais parecida ainda com a da Cinderela faltava o baile e a fada madrinha e eu achar uma princesa, era o que faltava.

    - Então Ariel vai aceitar ou vai preferir mendigar nas ruas?_ ela perguntou.

    Eu já havia morado na rua antes e mendigado, aquela vida ali seria bem melhor então eu respondi:

    - Sim, mas não poderei mais estudar?_ eu perguntei meio triste.

    - Pensasse nisso antes de perder a bolsa do colégio Rights Linths.

    - Sim senhora, eu posso me retirar?

    - Claro que não você está com um dia de serviço atrasado pode começar.

    - Sim, madrasta. _ eu disse indo retirar o uniforme.

    Fui até meu quarto troquei de roupa e comecei a trabalhar no meio da madrugada, todos dormindo e eu trabalhando. Logo o dia amanheceu e eu preparava o café quando Ruan e Robert sentaram-se a mesa e disseram:

    - Bem feito, pobretão._ disse Ruan

    - É, você mereceu. _ disse Robert

    - Suas amiguinhas não vão poder te ajudar. _ disse a Cindy chegando à sala de estar onde eu estava servindo o café.

    - O que a Julia e a Luce tem haver com isso?_ eu perguntei.

    - Simples, eu fiquei sabendo que Luce ia te contratar caso você parasse de ir às aulas por causa do seu trabalho e sabendo que você poderia arrumar amiguinhas poderosas eu fiz um contrato e fiz seu pai assinar.

    - Que contrato é esse?_ eu já perguntei meio atordoado.

    - Simples você só pode trabalhar pra mim e mais ninguém._ ela riu.

    - Onde ele está? Eu quero ver?

    - Aqui._ disse Cindy me mostrando uma cópia.

    ?Esse contrato da total direito de Ariel ser o empregado de Cindy e fazer tudo para ela e seus filhos e mais ninguém, se esse contrato for quebrado o contratado terá que pagar um milhão de souters.?

    - O que? _ eu disse assustado.

    - É, só você pode quebrá-lo, isso se conseguir o dinheiro. _ ela disse rindo. Eu fiquei calado e ouvi Robert dizer:

    - É que vida você achou, hein? Uma vida de plebeu._ Ruan e Robert riam junto com a mãe.

    Cindy dispensou a última empregada que havia na casa deixando só o senhor Jones o jardineiro o restou ficou para eu fazer.

    - Muito bem Ariel, você sabe seu trabalho, eu vou sair e só volto na hora do almoço.

    - Sim, senhora.

    Ela saiu e eu tive que trabalhar mais, fui arrumar a casa, lavar, passar e cozinhar, lavar as louças do café da manhã, mas uma coisa eu não ia desistir, eu ia estudar nem se fosse sozinho.

    Ela chegou na hora do almoço e junto com os filhinhos da mamãe. Escutei o interfone e fui atender.

    - Quem é?_ eu disse ao fone do interfone.

    - O Ariel está?_ Julia.

    - Julia é você mesma?_ eu disse auto que a madrasta ouviu.

    - Despache ela.

    - Mas senhora ela é...

    - E você é o empregado, despache-a.

    - Está bem.

    - Ariel, saia aqui no portão, deixa-me ver você, meu amigo._ disse ela emocionada.

    - Lamento Julia, mas não posso eu tenho trabalho a fazer.

    - Ao menos, me diz se você está em outra escola.

    - Desculpa mesmo Julia, mas eu tenho que trabalhar._ eu disse e desliguei o interfone com a tristeza na voz.

    Olhei triste e deixei-os comerem e fui para cozinha comer com o senhor Jones.

    *******

    - Autora?

    - Fala Ariel.

    Conta-me como a Julia se sentiu naquele dia.

    - Claro, mas não precisa ficar triste com isso, muitas coisas boas ainda vai acontecer...

    - Não seja tão otimista. Agora me conta.

    - Está bem, mas só no próximo capitulo.

    - Malvada.

    Risos da autora.

    ***Editado e aprovado por Ivelee***


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!