The Murder House.

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 2

    A única chave...

    Mutilação, Violência

    Capítulo 2-A única chave

    Do nada, todas as máquinas começaram a fazer barulho e ouviu-se um pequeno solavanco. Estava a começar.

    Fiquei a pensar como poderia “encontrar a chave que está no seu braço”, que pedaço de vidro era aquele que a voz falara, e foi aí que senti uma coisa na minha mão esquerda.

    Baixei o olhar e consegui ver parte de um pedaço de vidro. Agarrava-o com pouca força, uma vez que o meu corpo ainda deveria estar sob o efeito da droga que me pôs inconsiente.

    Um forte puxão do meu cabelo conseguiu com que o meu corpo acordasse e se enchesse de adrenalina.

    Consegui ouvir o som de uma serra elétrica a aproximar-se lentamente de mim e percebi, finalmente, que tinha de agir rapidamente. Tinha de pensar depressa.

    Agarrei com força o pedaço de vidro e comecei a cortar o tecido da amarra esquerda.

    Confesso que era uma corrida contra o tempo, mas eu ia ganhar. Eu precisava de ganhar...

    A serra aproximava-se a cada segundo que passava, a máquina que prendia o meu cabelo puxava-o com força e conseguia sentir o meu cabelo a ser arrancado e a puxar a minha pele consigo.

    Queria gritar de dor, gritar de desespero, mas a mordaça na minha boca impedia-me de conseguir expressar-me devidamente. Tudo o que conseguia fazer, assim como os outros dois, era soltar leves gemidos de dor que em nada ajudavam a minha situação.

    Ouvi um gemido a ser soado mais alto que todos os outros e olhei para o meu lado esquerdo. O Zak tinha um olhar aterrador e o suor escorria-lhe pela cara abaixo enquanto uma lâmina se espetava lentamente no seu braço.

    Entrei em pânico e concentrei-me só em mim e em sair daquela máquina para depois entar ajudar os meus “companheiros de quarto”.

    Comecei a cortar com mais rapidez a amarra e, ao fim de mais uns segundos, consegui soltar o meu pulso esquerdo e fui logo soltar o meu outro braço.

    Vários gemidos de dor ocupavam aquela sala, (incluindo vários meus), o som das máquinas tornava-se avassalador e a morte aproximava-se a cada batida de coração feita.

    Já tinha conseguido libertar os braços, quando senti uma coisa líquida e quente a descer no meu pescoço. Coloquei de imediato as mãos na minha nuca. Sentia a carne do meu corpo e o sangue a sair da parte de trás do meu pescoço. Estremeci. a pele estava levantada e a máquina puxava cada vez com mais força o meu cabelo proporcionando-me uma dor imaginável.

    Ainda foi preciso pensar duas vezes naquilo que ia fazer. Ainda foi preciso ganhar coragem para o fazer. Tentei respirar fundo para o fazer, mas finalmente, fiz! Com as mãos a tremer e os olhos fechados, segurei no meu cabelo e depois cortei-o com a ajuda do vidro, separando-o daquela máquina.

    Quando pensava que o pior já tinha passado, lembrei-me que ainda havia uma serra elétrica desejosa de me cortar ao meio.

    Inclinei o meu corpo para a frente e fiquei assustada quando levantei o meu olhar para cima e vi, a descer do teto, uma grande e barulhente serra elétrica a aproximar-se mais rápido que segundos antes.

    Segundos se passaram e eu consegui, finalmente, libertar-me a tempo.

    Quando deixei o meu corpo cair no chão frio do quarto, a serra tinha chegado à cadeira, começando a dividí-la em dois. Tivera bastante sorte naquele momento.

    Porém não tive tempo de respirar de alívio.

    Olhei para os lados e vi no olhar daqueles dois homens desesperados que eu era a sua única esperança.

    Não conseguia reagir.

    A dor da minha nuca era enorme e o meu lado “sádico” voltou a despertar em mim... Ver a dor e o desespero nas caras deles deixava-me alegre e desejosa de ver mais. O sangue que escorria em ambos era viciante e delicioso de ver. Os gemidos de dor soltados por eles e o som das máquinas a trabalharem eram como uma linda melodia. Aquele quarto era uma paisagem simplesmente maravilhosa.

    Mas, felizmente, o som das correntes do Matthew fez-me acordar daquele transe “psicótico”.

    Corri em direção ao Zak e fiquei a olhar para as chaves. O facto de ser baixa não ajuda nada nestas situações!

    Percorri a sala com o meuolhar e fui para o outro lado.

    O Matthew estava em pleno sofrimento com os pulsos a escorrerem sangue e os pés atados com força. Estava lindo! Os olhos cinzentos dele estavam quase fechados de tama dor que sentia, mas era visivel o desespero e isso deixava-me com um belo e malicioso sorriso.

    Agarrei na jarra que estava em cima da mesa e ouvi um gemido de dor lançado pelo jovem médico.

    Olhei para ele e vi que agora até os seus tornozelos sangravam.

    Estava encurralada. Para salvar o Zak tinha que matar o Matthew. Para salvar o Matthew tinha de matar o Zak. O que fazer?!

    Olhei para dentro da jarra e vi um líquido incolor. Esranhei. Uma parte de mim sabia que não era água e a outra parte estava desejosa de saber o que aquilo era, por isso, verti um bocado daquele líquido para as correntes do Matthew e elas derreteram.

    Era ácido.

    Fiquei um bocado a pensar e por fim surgiu uma ideia.

    Tirei a mordaça da boca que já me incomodava à muito tempo e fiz sinal para o médico se aproximar de mim e ele, com receio, chegou-se ao pé de mim.

    Tentei explicar-lhe para manter a calma, mas sempre que ele me via aproximar com a jarra, entrava em pânico e afastava-se, o que fazia com que ele sofresse mais.

    Por fim ele chegou ao canto do quarto e não tinha por onde fugir. Os seus braços e pés estavam completamente vermelhos do sangue que ele tinha perdido e notava-se no seu olhar que ele estava fraco.

    Cheguei-me ao pé dele com a jarra nas minhas mãos e agachei-me junto dos seus pés.

    O gemido de dor do Zak fez com que eu me despachasse a fazer o meu “serviço”.

    Agarrei nos pés do Matthew e, com o máximo cuidado possivel, consegui queimar a corrente que estava envolvida nos seus pés sem os queimar.

    Depois dos pés foram as mãos e quando a corrente caiu no chão fazendo um barulho surdo, pude ver uma coisa interessante. Os pulsos do Matthew estavam cheios de cortes pequenos e profundos e, quando olhei pra as correntes que o prendiam, pude observar pequenas lâminas com sangue.

    Não tive tempo para completar aquela “obra prima” pois lembrei-me logo do Zak.

    Agarrei na mesa e corri com ela em direção ao Zak.

    Pus-me em cima dela e tirei as chaves. Eram várias, muitas mesmo, e tinha menos de meio minuto para saber qual a verdadeira, caso contrário era impossível soltar o Zak.

    Continua...


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