Águas Claras

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    Capítulo 1

    Índice / 30 anos atrás

    Álcool, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Sou o escritor da Historia " O Assassino de Valesco" está é uma nova historia que estou desenvolvendo, espero que gostem, pois ira misturar o meu gênero de escrita o Terror, com uma nova experiencia de escrita, o romance. Então é isto!

    Cidade pequena de interior nada acontecia de interessante, sempre as mesmas pessoas se cumprimentavam. As velhas senhoras sentadas naquelas praças com enormes arvores era o comum de ver no inicio das tardes quentes. As rotinas de uma cidade pequena era sempre as mesmices. Crianças corriam livremente nas calçadas enormes de pedra sem nenhuma preocupação. Serra Maior cidade conhecida por sua natureza esbelta e impecável, por seus lagos incríveis e límpidos de aguas claríssimas, era por este dom que a natureza concedeu a Serra Maior que ela fora conhecida estado a fora. Seu numero de habitantes era pequeno que por mais que fosse uma cidade velha, não passava dos seis mil. Parecia até mesmo um paraíso ao ponto de vista de quem pisava na grama esverdeada e impecável da cidadezinha, mas tudo mudou em uma noite que parecia normal para muitas pessoas. E a partir deste dia a cidade não fora mais conhecida por sua natureza e sim por terríveis acontecimentos. 

    ** 

    Dia 8 de Dezembro de 1984. 

    O céu sempre fora estrelado nos verões quentes, e não era diferente naquela noite de sexta-feira. Devido ao calor intenso os parques naturais de Serra Maior era o refugio de vários estudantes. Jovens que pulavam as janelas de suas casas para fugir as escondidas de seus pais, e fazer tudo que um adolescente gostaria de fazer. Beber, namorar e dar gargalhadas, este delito era o que Denise fora fazendo a tempos. Na badalada do relógio da catedral central, exatamente as 00:00 da madrugada, a garota colocava sua calça jeans justa e sua camisa branca decotada que não poderia usar na vista de seus pais e pulava a janela de sua casa ao encontro de seu namorado, mas este dia era diferente dos outros, pois a meia noite começava o seu aniversario de dezessete anos.  

    Como era de se esperar a garota estava ali em seu quarto, produzida e sorridente. Inclinando-se em sua janela saltara em uma fuga acelerada, pulando o seu portão e dando de encontro com seu namorado, um rapaz alto de jaqueta jeans e um topete espetado. Seu carro era o do ano, o típico popular do bairro, aquele garoto que todos os pais queriam longe de suas filhas. Mas Denise parecia adorar o perigo já estava com o rapaz a tempos. Com um doce beijo a garota fora recebida. 

     - Você está magnifica minha linda - O garoto a recebia abrindo a porta de seu carro esportivo, enquanto Denise adentrava e se colocava ao acento, respondendo com seus branquíssimos dentes amostra.  

     - Obrigada Caio, você está lindo também. - Mordendo o lábio ela o fitava dos pés a cabeça o seduzindo de uma forma única. Caio retorcia o pescoço em êxtase, parecia estar esperando este dia ansioso. 

     - E não ache que esqueci o seu aniversario Denise, preparei um lugar maravilhoso para nós dois.  

     - Não creio que é onde estou pensando ser. - O Rapaz sorria e não precisou nem mesmo responder, pois já estavam combinando passar a noite juntos.  

    O carro fora dado partido e juntos sumiram na escuridão da noite, deslizando nas ruas desertas da cidade. Naquela madrugada o silencio das ruas estava ao seu normal, cidade de interior pessoas normais dormiam cedo, por este motivo apenas o que se escutava em plena madrugada era o barulho de cigarras e corujas. Porem o carro de Caio fizera tanto barulho que acordou a vizinhança inteira chamando a atenção de algumas pessoas, mas os dois pareciam não ligar, estavam muito felizes para olhar ao seu redor, dando gargalhadas e beijos quentes os dois adolescentes entraram em uma ruazinha de terra, caminhando-se ao deserto lago Solevam. Solevam era um lago grande e extenso, famoso por sua agua cristalina e gelada, era rodeado de arvores grandes e altas. Pedras e muito muco era o que estabelecia uma paisagem de tirar o folego. Era normal encontrar pessoas a fim de nadar em Solevam, mas por preservação as autoridades proibiram qualquer um de entrar ao lago, mas isto não iria impedir os dois apaixonados.  

    Estacionando o carro próximo ao lago, os dois desciam do veiculo em abraços quentes. Pularam uma cerca de arames farpados que envolvia o lugar ignorando totalmente uma placa que dizia proibido ultrapassar. Do lado interior da cerca grandes arvores escondia um paraíso a luz das estrelas. Denise parecia não acreditar que o lugar fora tão lindo anoite. Parecia que tudo estava perfeito aos olhos claros da jovem aniversariante.  Correndo em meio as folhas secas caídas ao chão devido ao clima quente da cidade, Caio pulava nas costas da garota vindo a derruba-la ao chão, em carinhos e beijos o garoto passava os dedos suavemente sobre os lábios da garota, que parecia se contorcer de desejo. 

     - Aqui não Caio, vamos. - Empurrando o garoto a menina sorria alto de mais empolgada adentrava por detrás das arvores encontrando-se com o a margem gelada do lago. Retirando seu tênis e jogando longe ela retirava sua calça, enquanto Caio a observava de uma arvore com um olhar tremulo mordia o lábio e sorria para a amada. Denise parecia seduzir o garoto, apenas de calcinha agora retirava sua camisa branca e decotada, ficando apenas com suas roupas intimas. 

     - Irá ficar apenas olhando. - A menina despida dava de ombros e encaminhava-se até as águas claras do lago. Caio retirou sua camisa, sua calça e seus tênis e fora ao encontro de sua namorada que o esperava na margem. A água estava realmente gelada, mas isto não era desculpa, abraçando a menina pelas costas Caio a "encoxava" pressionando seu pênis nas nádegas de Denise que suspirava de excitação. A garota virava-se ao encontro dos lábios de Caio, que a recebeu com um ardente beijo molhado, suas línguas encontrava-se uma a outra, fazendo o corpo que agora gelado pela agua ficar em uma temperatura alta. Tocando com o dedo indicador no peito de Caio Denise parecia o seduzir e dar passos para trás entrando ainda mais nas aguas geladas. Retirava o sutiã e agora ficava apenas com a parte debaixo de sua roupa intima, já Caio retirava a única coisa que o tapava, ficando totalmente nu. 

     - Denise aonde vai, venha aqui. - Ele chamava a garota, que sorrindo mergulhava no lago. Submersa Denise nadava ate o encontro de seu namorado, e o agarrava o jogando para debaixo junto com ela. Brincavam dentro d'água fazendo a maior algazarra. Mão estavam ligando para nada, só queriam curtir, porem atrás das arvores um homem observava a diversão dos jovens.  

     - Vamos sair da agua, estou começando a tremer. - Denise saia do lago e corria até a margem, colocando sua camisa branca.  

     - Não coloque sua camisa meu amor, por que irei tira-la de qualquer jeito. - O garoto se gabava, enquanto saia nu da agua. Aquela noite parecia tão perfeita, as estrelas e a enorme lua brilhando refletia sobre a agua, fazendo uma paisagem exuberante surgir sobre os dois, que deitavam sobre a grama molhada das margens.  

    Entrelaçavam os dois corpos formando apenas um, a garota subia sobre o corpo do garoto que estremecia de desejo. Caio levava suas mãos até os seios de Denise apertando os dois em ritmos acelerados, a garota sussurrava gemidos quentes, retirando a calcinha da jovem, o garoto a apertava com seu pênis a ponto de a penetração ser atingida, mas antes mesmo disto acontecer Denise escutava algo se mexer em meio aos arbustos, pulando de cima de Caio assustada.  

     - O que foi amor? 

      - Escutei algo naquela direção, - ela apontava para os arbustos, colocando rapidamente sua camisa - não estou louca, vi algo.  

     - Não é nada, vamos volte para cá.  

     - Não, tenho certeza que vi algo, por favor Caio. - O rapaz revirava os olhos em um ar de desanimo, mas levantou para ver o que realmente estava acontecendo, colocando suas calças ele encaminhava-se até os arbustos.  

     - Não fora ai que escutei, foi mais para dentro dos arbustos Caio. - A menina parecia assustada, Caio então entrava nos arbustos e ia até as arvores a frente. Por incrível que parecia sentia um seu corpo arrepiar-se em uma sensação extremamente estranha, parecia que alguém o observava em meio aquele breu. Caminhou-se ate uma arvore grande e velha no centro do bosque, e quase caia de joelhos com o intenso susto que levara. Realmente o que Denise via não era coisa de sua imaginação, em sua frente um homem alto vestia um capuz negro que ia de sua cabeça ate seus pés, sua face não era vista devido ao capuz, em suas mãos luvas negras e apenas isto que Caio conseguiu ver ate que fora atingido na cabeça e desmaiou no mesmo instante. 

    Passou alguns minutos que Caio adentrava os arbustos, Denise colocou toda a sua roupa e preocupada andava até onde o namorado havia sumido. Aquela tensão a deixava mais assustada, Caio parecia ter desaparecido de vista, pois não se escutava mais sua voz. Denise tremia, mas não de frio e sim extremamente em pânico.  

     - Caio, onde está você? - Os arbustos começam a mexer-se, - seu ridículo, gosta mesmo de pregar peças não é? - Denise ria para o que sairá dos arbustos, mas congelou o sorriso quando o que saia de lá não era Caio e sim um homem estranho, vestido com o capuz negro que tapava sua face. Não conseguia nem mesmo mexer um musculo, o medo fez a travar. O homem dava passou ao seu encontro levando em uma das mãos uma gorda com um gancho pontiagudo na ponta da corda, começou a rodar aquele gancho e Denise gritava, gritava a ponto de explodir correndo para o lago tentando sair da mira do homem estranho.  

    Virou-se de costas para o homem e corria para o lago, tentou mergulhar, mas antes de sumir nas aguas geladas, a garota sentia uma enorme queimação em seu ombro. O gancho adentrava sua pele furando-a e puxando-a para fora da agua. Aquela agua cristalina e clara agora fora tingida com o sangue da menina que em berros tentava tirar o gancho de seu ombro.  

     - Me solte, meu Deus. - Quanto mais Denise se rebatia mais a navalha do gancho adentrava em sua pele, a dor era tremenda, era tamanha que tirou toda a força da menina vinda a quase desmaiar. Puxando a corda com violência, o homem retira da agua Denise que tremia e gritava gritos de dor e desespero. Seu corpo era puxado e arrastado formando traços ao chão, antes mesmo de ela conseguir dizer algo, levou um golpe na cabeça vindo a abrir um buraco em sua testa, fazendo-a desmaiar no exato momento. A noite que era para ser perfeita agora tinha um desfecho diferente. O homem encapuzado arrastava a garota desmaiada e fraca para dentro da floresta, e sumira como passe de magica.  

    *** 

    O sol ardia o rosto do garoto molhado pelo seu próprio sangue. Estava com o rosto em terra fofa, e sentia o gelado do ar em seu corpo, já era manhã e Caio acordava desorientado e fora de si. Assustado tentava levantar com uma forte dor de cabeça, percebia que seu sangue escorria sem parar em sua cabeça ferida e dolorida, no mesmo instante lembrava-se de tudo, lembrava do homem encapuzado que o golpeou, e principalmente lembrava de Denise. Correu ainda cambaleando até a margem do lago. Destruindo com as mãos os arbustos, a rapaz estava fora de si e assustado tentava encontrar Denise, mas encontrou, porem caiu de joelhos ao chão com o tremendo impacto que sentira ao ver Denise.  

    A garota boiava na margem do Lago Solevam que agora fora manchado com uma onda de sangue, Caio corria ao encontro da garota a virando para cima, mas seus olhos chamuscaram em lagrimas de pânico ao ver a namorada morta. Denise estava estripada, sua barriga estava aberta e seus órgãos parecia terem desaparecido de seu corpo, seus olhos e boca fora costurados, o sangue da menina manchará o corpo de Caio que desesperado puxava a menina para a margem sem saber o que fazer.  

    Denise fora a primeira vitima daquele homem que a policia procurou por tempos e tempos. Mais garotas começaram a aparecer mortas e todas com seus olhos e bocas costuradas, nenhuma pista era deixada no local, nem uma explicação era evidente para tentarem descobrir o porque de tanta crueldade, o psicopata das águas claras assim que fora conhecido nunca foi pego, e por mais de trinta anos este caso ficou congelado nas prateleiras da pequena cidade de Serra Maior.


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