Lucy Traidora? - Parte 1

  • Finalizada
  • Codinomek
  • Capitulos 12
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    Tentativa de Assassinato

    Lucy distrai-se olhando Natsu, algo dentro dela se agitava quando ela o observava dormindo daquele jeito, agarrado a suas coisas como se fosse ela própria quem ele estivesse abraçando... A velha Lucy lutava para despertar.

    Quase que inconcientemente, a loira ergue a mão e brinca com uma mecha do cabelo rosado do garoto, que se remexe, mas não a ponto de despertar, ela está com um leve sorriso brincando nos lábios.

    - Agora sei porque o Mestre me pediu para executar essa missão, você é fraco demais para me machucar, não é, Natsu? - pergunta ela baixinho, esquecendo-se que os sentidos de um Dragon Slayer eram mais aguçados que os de um humano qualquer.

    Natsu abre os olhos e a encara, ela congela.

    A principio ele acredita que está sonhando, até que quando sua mão se ergue para coçar a cabeça, ele esbarra acidentalmente com a mão dela, que está em seus cabelos. Natsu abre um largo sorriso e se senta, encarando Lucy sem acreditar.

    - Lucy! Você voltou! - exclama ele, mas quando vai abraçá-la ela se esquiva e se levanta, encarando-o com aqueles olhos frios que estavam começando a se tornar familiares.

    - Não me entenda mal, Salamander. - diz ela com os braços cruzados, encostada distraidamente na soleira da porta, observando cada movimento dele com o corpo retesado. - O que está fazendo na minha casa, afinal?

    A expressão do Dragon Slayer murcha e ele a olha com uma tristeza de mil anos.

    - Queria sentir você, seu cheiro. - responde ele olhando para as próprias mãos. - E você? O que faz aqui? Achei que estava morando na Grimoire Heart.

    - E estou, mas isso não quer dizer que esse apartamento deixou de ser meu. - diz ela rudemente.

    - Está ganhando tão bem assim para bancar dois apartamentos? - pergunta ele olhando-a.

    Lucy sorri docemente.

    - Danny está pagando para mim. -responde pronunciando o nome do garoto de olhos violetas como o de um santo.

    - Ah. - diz Natsu, tentando controlar as chamas em suas mãos, que respondiam a sua raiva interior.

    - Mas fico satisfeita que esteja aqui, Salamander. - comenta ela preguiçosamente, olhando para as unhas. - Assim me poupa o trabalho de ir atrás de você.

    Natsu a olha com uma alegria renovada. "Ela estava procurando por mim?" pensa com o coração inundando-se de esperança.

    - O que você quer comigo? - pergunta ele educadamente, tentando com dificuldade disfarçar sua ansiedade.

    - Fui encaminhada para uma missão muito especial, sabe. - comenta ela olhando pelo canto do olho. - E é impossível de executa-la sem sua ajuda, peço a sua colaboração.

    - Qualquer coisa. - responde ele de pronto, achando que se agradasse Lucy, talvez ela voltasse para a Fairy Tail. - E que missão seria essa, exatamente?

    - Fui designada para matar você. - conta ela sem rodeios, como se não fosse nada demais.

    Natsu cai da cama ajoelhado, completamente em choque. "É Zeref." pensa com desespero. "Lucy nunca me machucaria, Lucy não faria isso. POR QUÊ ISSO ESTÁ ACONTECENDO?" sua mente gritava enquanto o coração dele se quebrava, sem conseguir se forçar a acreditar que a culpa era toda de Zeref.

    - Vá em frente. - é tudo o que o garoto diz, fitando o chão.

    Lucy ergue uma sobrancelha intrigada, então ajeita a postura e se aproxima dele devagar.

    - Só isso? "Vá em frente."? Não vai dizer algo como: "Por quê você está fazendo isso, Lucy?" ou "Achei que fôssemos amigos."? Nada? Que decepção, assim fica chato. - diz ela com desaprovação.

    Natsu apenas a olha, tentando encontrar míseros resquícios da velha Lucy na garota que estava andando eu sua direção, com a intenção de matá-lo.

    Nada.

    Lucy não estava ali, apenas uma outra pessoa que usava seu rosto e sua voz. Uma casca sem alma.

    A maga celestial invocou Taurus, que quando estava prestes a dar o golpe que colocaria um fim na vida de Natsu, algo contece.

    Não, alguém acontece.

    Corrigindo, Loke acontece.

    O espirito de Leão aparece do nada e se posta na frente de Natsu, golpeando Taurus tão fortemente que este automaticamente volta para o mundo celestial.

    - Mas o que...? - pergunta Lucy abismada, olhando com fúria para Loke, que a encara igualmente irritado.

    - Você está parecendo Karen agora, sabia? - pergunta ele dando um passo em direção dela.

    - Não me compare a ela. - rosna a loira. - Ela era fraca, e eu não sou fraca.

    - Você tem uma alma fraca. - acusa o espirito.

    - E você é muito impertinente, sabia? É assim que trata sua Mestra? - cospe Lucy, olhando-o com desprezo.

    - Se isso for o certo a fazer, então sim. - retruca Loke, que está a apenas um passo de distância de sua dona.

    - Será que eu conseguiria vender sua chave por um bom preço? - pergunta ela sarcasticamente. - Ou será que eu deveria fazê-lo batalhar até a morte com Áries?

    Loke engole em seco, Lucy sorri ao perceber a vitória.

    - Não sei... - comenta ela. - Acho que vou perguntar para Danny o que ele acha...

    Quando a garota acaba de soltar seu veneno em cima do espirito, ela se volta para Natsu, e o olha com uma pontada de diversão no olhar.

    - Você está com sorte, Salamander. - diz ela. - Sabe, que la no fundo eu sabia que você me divertiria? Essa missão será mais divertida, me dará mais tempo para decidir como vou te matar. - completa em tom confidencial, Loke grunhi.

    - Nunca pensei que sentiria mais vontade de te matar do que senti de matar Karen. - comenta Loke, lançando um olhar solidário para Natsu e voltando para o mundo celestial.

    O Dragon Slayer não consegue aguentar o próprio sofrimento. "Lucy quer me matar... Loke teve que me salvar." pensa ele amuado, então um pensamento surpreendentemente valente surge em sua mente. "Se Lucy tentar me matar de novo, permitirei como permiti agora, pelo menos morrerei para deixá-la feliz. Nem que o motivo de felicidade dela seja a minha morte."

    E definitivamente, Lucy deixaria seu Mestre feliz.

    A morte de Salamander resolveria muitos problemas...

    CONTINUA...


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