Gintama!

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    Capítulos:

    Capítulo 43

    Pessoas tendem a sentir nostalgia em lugares nostálgicos

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Aqui está mais um capítulo da fic, espero que gostem.

    Nas montanhas, o quarto Yorozuya procurava pelo gato de um cliente, mas sem qualquer sucesso nas buscas.

    “Shiromi-chan! Apareça, por favor!” Gritava Mizuki tentando atrair o animal.

    "É inútil. Já procuramos pela maldita gata toda a manhã.” Suspirou Gintoki. “O meu corpo já não aguenta fazer tantos esforços. Preciso reabastecer os meus depósitos de açúcar.”

    “Então pare de gastar energia reclamando e procure pela gata.” Respondeu Shinpachi.

    “O Sadaharu ainda não conseguiu achar o rasto.” Falou Kagura montada no seu cachorro gigante e segurando uma coleira de gato. “Deve ser porque ontem choveu muito.”

    “Talvez se nos separarmos, tenhamos mais chances de a encontrar.” Propôs o samurai megane.

    “Não é uma boa ideia deixar a Mizuki sozinha por aqui.” Avisou o albino. “Ela tem o pior senso de direção que alguma vez vi.”

    “Entendo, então é melhor irmos em pares.”

    “Gin-chan, Shinpachi… A Mizuki-nee já desapareceu.” Afirmou o jovem Yato.

    “Eh?!” Exclamaram os dois espantados.

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    “Nossa, está mesmo difícil encontra-la.” Comentou Mizuki aventurando-se pelo bosque. “Não achas, Onii-chan? …Onii-chan?”

    Foi então que a samurai finalmente percebeu que se tinha perdido.

    “Onde está todo o mundo? Não acredito que eles se perderam tão facilmente.”

    Esqueçam o que eu disse, ela é uma idiota no que toca a este assunto.

    “Agora, além da gata, vou ter de os encontrar.” Murmurou ela continuando a andar. “Realmente não sei como o Onii-chan se aguentou durante tanto tempo sem mim.”

    Mizuki parou de andar por momentos e começou a olhar em volta.

    “Agora que vejo… Este lugar é muito parecido com aquele sítio.” Murmurou ela começando a sentir certa nostalgia.

    –-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

    Bem cedo de manhã, todos os alunos da escola de Yoshida Shouyou tinham sido reunidos frente a um bosque, porém em vez do seu habitual sensei, tinham uma espécie de substituto.

    “Olá a todos, o meu nome é Tokegawa Hideo e serei o vosso Sensei substituto para o vosso exame de sobrevivência de hoje.” Apresentou-se o Amanto relaxadamente.

    “O que aconteceu com o Shouyou-sensei?” Perguntou um garoto levantando o braço, enquanto os outros alunos murmuravam.

    “Nada. Ele é simplesmente demasiado gentil para um exame de sobrevivência.” Respondeu Tokegawa com um sorriso sádico, revelando os seus dentes afiados como navalhas, assustando alguns alunos. “Bem, vou começar a explicar. Primeiro formaremos grupos de 4 elementos a partir de sorteio. Depois de a ordem estar decidida, os grupos entraram no bosque com 15 minutos de intervalo entre eles. O objetivo será chegar a um altar que se encontra no final e trazer um dos pergaminhos que deixamos lá numerados com os números dos grupos, entenderam?”

    Depois de todos darem uma resposta positiva, retiravam de um saco de pano papéis numerados.

    “Parece que ficamos no mesmo grupo, Onii-chan!” Falou Mizuki animada.

    “Sim, e parece que somos logo os primeiros.” Comentou Gintoki olha para o seu papel com o número 1.

    “Eu e o Onii-chan sozinhos no meio do bosque. É como um sonho tornado realidade.” Murmurou Mizuki com os olhos brilhando e depois ficando completamente desiludida. “Só é uma pena este estorvo vir connosco.”

    “Não é estorvo, é Katsura.” Reclamou o próprio que também segurava um papel com o mesmo número. “Agora só falta o 4º membro. Pergunto-me quem será.”

    “Não pode ser…” Falou Takasugi deixando cair um papel numerado com o número 1. “Porque é que eu tive de ficar com os três mais esquisitos da turma?”

    “A quem é que estás a chamar de esquisito, baixote?” Indagou Gintoki irritado.

    “Eu ainda estou em fase de crescimento, aberração de permanente!” Reclamou Takasugi irritado.

    “E eu ainda estou em fase de alisamento!” Respondeu o albino.

    “Isso nem se quer existe!”

    Era quase possível ver faíscas entre os seus olhares, até que Mizuki se intrometeu, agarrando-se ao braço de Gintoki.

    “Vamos, Onii-chan. Temos de ir agora.” Falou ela animadamente.

    “E tu não devias passar o tempo todo agarrada a ele. Dessa forma não vais conseguir ser um samurai independente.” Afirmou Takasugi apontando para a garota de olhos verdes.

    “Eu e o Onii-chan ficaremos juntos para sempre! Nunca o vou deixar! E porque raio te estas a meter na nossa relação? Tens algum problema? Não me digas que… me queres fora do caminho para ficares com o Onii-chan só para ti. Mas espera, são os dois garotos, então…” Reclamou Mizuki irritada e depois ficando parada a processar, corando ao chegar a uma conclusão. “Acho que a minha mente se abriu para um monte de novas possibilidades.”

    “Por favor, volta a fechá-la!” Gritaram Gintoki e Takasugi irritados.

    “Não queria interromper, mas já está na hora de irmos.” Falou Katsura com uma gota de suor atrás da cabeça.

    “Sim, vamos para a aventura!” Anunciou Mizuki assumindo a liderança e marchando animadamente para o interior da floresta, enquanto os garotos a seguiam com um ânimo um pouco mais baixo.

    Continuaram assim durante um bom bocado, até que chegaram a uma bifurcação no caminho.

    “Agora por onde vamos?” Questionou Katsura com um ar pensativo.

    “O Tokegawa-sensei não distribuiu mapas?” Recordou Takasugi.

    “Sim. Se bem me lembro eu dei ao Gintoki para guardar.” Lembrou-se o futuro líder Jouishishi, foi então que os dois olharam em pânico para o albino que cutucava o nariz.

    “Ah sim.” Falou Gintoki percebendo. “Usei-o para assoar o nariz e depois joguei fora.”

    “O que diabos estavas a pensar, idiota!” Reclamaram Katsura e Takasugi.

    “Aquele era o nosso único mapa, agora não temos como voltar!” Repreendeu o futuro líder do Kiheitai.

    “Devias ter reciclado!” Falou Katsura seriamente.

    “Esse não é o problema!” Reclamou Takasugi para Katsura.

    “Não há razão para se preocuparem.” Disse Gintoki com o seu olhar de peixe morto pousando a mão no ombro de Mizuki, surpreendo a mesma. “Enquanto a tivermos, não haverá problema nenhum.”

    “Onii-chan.” Murmurou ela cheia de felicidade.

    “Agora, Mizuki, estou contando contigo! Qual achas que é o caminho correto?” Perguntou Gintoki lançando um olhar sério para a sua “irmã”. “Eu acredito em ti.”

    “Entendi, Onii-chan! Não te vou desapontar! Acho que o caminho correto é… Este!” Respondeu ela determinada apontando para o caminho da direita.

    “Entendi. Pessoal, o caminho certo é por aqui.” Falou Gintoki guiando os outros pelo caminho da esquerda.

    “O que vocês estão fazendo?” Perguntou ela confusa.

    “O teu senso de direção é tão mau que para achar o caminho correto só temos de seguir a direção oposta à tua.” Explicou o futuro Yorozuya.

    “Nesta tenho de concordar com o Gintoki. Há uns dias, perdeste-te no caminho para o banheiro.” Recordou Takasugi.

    “E qual é o problema? Isso não é assim tão estranho.” Reclamou Mizuki.

    “A porta do banheiro fica exatamente à frente da porta da sala de aula.” Explicou Katsura.

    “O meu senso de direção é assim tão ruim?” Murmurou ela deprimida.

    “Não te preocupes. Eu acredito em ti, Mizuki.” Falou Gintoki profundamente. “Acredito que poderás ser o nosso GPS inverso.”

    “Se o Onii-chan acredita em mim, então eu darei o meu melhor!” Afirmou Mizuki decidida.

    “O poder de persuasão do Gintoki sobre a Mizuki-chan contínua incrível.” Comentou Katsura fascinado.

    “Se continuar a passar mais tempo com estes 3 vou acabar enlouquecendo.” Pensou Takasugi de ânimo baixo.

    Então os 4 futuros samurais continuaram a sua caminhada pelo bosque durante algumas horas, até chegarem ao ponto de precisarem de descansar. Coisa que fizeram ao chegar a uma clareira.

    “Isto ainda deve durar o resto do dia, devemos começar a procurar por comida.” Aconselhou Takasugi observando o seu redor.

    “É melhor se dividirmos tarefas.” Falou Gintoki com um ar pensativo. “O Takasugi pode tratar da água, o Zura da comida, a Mizuki de guardar o acampamento e eu posso encarregar-me da parte de descansar.”

    “Tu vais trabalhar também!” Reclamou Takasugi batendo na cabeça do albino preguiçoso.

    “Zura janai, Katsura da. Mas concordo na parte de nos dividirmos.” Opinou Katsura cruzando os braços. “Gintoki, tu podes tratar da lenha.”

    “Ok, ok. Eu trato disso.” Respondeu Gintoki preguiçosamente.

    “Eh? Mas eu não quero ficar aqui sozinha.” Reclamou Mizuki.

    “Mizuki, eu confio em ti.” Falou Gintoki que um ar sério.

    “Podem contar comigo. Protegerei este lugar com a minha vida!” Declarou Mizuki determinada.

    “Ele… Ele tem-na não palma da mão!” Pensaram Katsura e Takasugi surpreendidos.

    Algum tempo depois, tanto Gintoki e Takasugi já tinham voltado com a lenha e a água. E agora esperavam por Katsura.

    “Ele não está demorando?” Questionou Takasugi preocupado. “Já passou tempo demais.”

    “Verdade, pergunto-me se ele terá sido atacado por um urso.” Comentou Gintoki cutucando o nariz.

    “Será que ele caiu de um penhasco e teve uma morte dolorosa?” Indagou Mizuki curiosa.

    “Vocês são mesmo amigos dele?” Inquiriu Takasugi com uma gota de suor atrás da cabeça.

    “Tenho a certeza que ele só se distraiu com algo durante o caminho.” Falou Gintoki despreocupadamente. “O Zura é mesmo assim.”

    “Zura janai, Katsura da!” Gritou ele surgindo dos arbustos e correndo sem parar. “Abram caminho!”

    “O que se passa?” Preguntou Takasugi alarmado.

    “Estou apenas brincando de pega-pega com o meu novo bichinho de estimação!” Respondeu ele sem parar de correr e passando por eles.

    “Bichinho de estimação?” Murmuraram os outros confusos.

    Foi então que surgiu do interior do bosque um javali que devia ter uns dois metros de altura, de pelo negro e olhos completamente vermelhos e sanguinários. Assustados, os outros começaram a correr na mesma direção que Katsura.

    “O que raio é aquela coisa?” Indagou Gintoki em pânico.

    “A-acho que é um javali.” Respondeu Takasugi apavorado.

    “Desde quando existem javalis assim?” Inquiriu o albino aumentando a velocidade.

    “Sei lá! Deve ser um dos animais que os Amanto trouxeram para o nosso planeta!” Supôs Takasugi também acelerando.

    “Droga, aquele monstro é persistente!” Reclamou Gintoki ao olhar para trás e vendo o gigantesco javali quase a alcança-los.

    “Não é monstro, é Elizabeth!” Corrigiu Katsura. “Encontrei-a no meio do bosque e tornámo-nos logo amigos. É fofa, não é?”

    “Zura, tenho a certeza que esta não será a primeira vez que te direi algo assim. Mas és um completo idiota!” Gritou Gintoki irritado.

    “Ei, onde está a Nakayama?” Indagou Takasugi notando a falta dela.

    “Ela deve-se ter perdido de novo.” Supôs Katsura preocupado.

    “Droga.” Murmurou Gintoki parando e dando meia-volta, correndo na direção contrária.

    “Idiota, o que estás fazendo?” Repreendeu Takasugi, mas o albino o ignorou por completo e continuou a correr em direção ao monstruoso javali.

    Quando o animal estava preste a atropela-lo, Gintoki consegui fazer uma rasteira arriscada e passar por baixo do javali, por muito pouco.

    O Amanto olhou para trás furioso, vendo Gintoki continuando a correr, preparava-se para o perseguir, quando foi atingido por uma pedra.

    “O que estás fazendo, Elizabeth? Ainda não terminámos o nosso pega-pega.” Informou Katsura, atirador da tal pedra. “Gintoki! Podes contar connosco para a manter afastada!”

    “Não acredito que vamos ter de ajudar aquele idiota de permanente.” Murmurou Takasugi também atirando uma pedra, irritando mais o javali.

    “Não podemos fazer nada. Ninguém o consegue impedir quando ele mete algo naquela cabeça dura dele.” Comentou Katsura jogando mais uma pedra, que finalmente fez com que o animal os voltasse a perseguir.

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    “Onde está todo o mundo?” Murmurou a pequena Mizuki assustada, no meio do bosque, quase começando a chorar.

    Foi então que começou a ouvir a vegetação a mexer-se como se algo se aproximasse e ficou ainda mais assustada.

    “Q-quem está aí?” Perguntou ela pegando num ramo como uma espada e colocando-se em guarda.

    “Sinceramente, não sei como te consegues perder tão facilmente.” Comentou Gintoki surgindo por entre a vegetação. “Parece que vou ter de prestar ainda mais atenção em ti.”

    “O-Onii-chan!” Gritou ela saltando e abraçando o seu “irmão”, soltando um rio de lágrimas, enquanto o apertava fortemente. “Por momentos pensei que nunca mais te veria.”

    “E-está tudo bem agora… Mas não consigo r-respirar.” Murmurou o albino sufocando com o abraço da garota.

    “Desculpa.” Falou ela largando-o e deixando-o respirar.

    “Vamos, temos de nos reencontrar com os outros.” Disse Gintoki segurando a mão da sua “irmã”.

    “Onii-chan… O-o que estás a fazer?” Perguntou ela nervosamente e corando.

    “Desta forma tenho a certeza de que não te perdes.” Explicou ele estranhando a reação dela.

    “O-oh! Entendo, é a-apenas isso!” Respondeu ela atrapalhada e ainda corada.

    “Saiam da frente! Abram caminho!” Gritaram Takasugi e Katsura surgindo do nada, com o gigantesco javali atrás deles.

    “O que aconteceu com o “podes contar connosco para mante-lo afastado” de antes?” Questionou Gintoki irritado começando a correr juntamente com Mizuki. “Façam o vosso trabalho direito!”

    “Como é que podíamos manter uma coisas destas ocupada? Sé mais realista!” Reclamou Takasugi.

    Então os 4 continuaram a fugir do animal Amanto durante mais algum tempo, sem Gintoki largar alguma vez a mão de Mizuki, fazendo com que a mesma se sentisse reconfortada e segura, mesmo estando naquele tipo de situação.

    Quando finalmente despistaram o monstruoso javali, conseguiram descansar um pouco na margem de uma ravina.

    “Safámo-nos por pouco.” Suspirou Katsura aliviado.

    “Isto foi tudo culpa tua!” Reclamaram os outros três.

    “E com isto perdemos todos os recursos que coletamos.” Falou Takasugi desanimado.

    “E já devemos ter-nos desviado demasiado do percurso para o altar.” Opinou Mizuki preocupada.

    “Então só temos de voltar a procurar mais e encontrar de novo o percurso.” Disse Gintoki levantando-se. “Vamos, a nossa situação não pode piorar muito.”

    Ao terminar a sua frase, o chão por baixou dele cedeu e o albino começou uma queda livre pelo desfiladeiro. Pelo menos era o que ele pensava, até perceber que alguém tinha agarrado o seu braço.

    “Não te preocupes, Onii-chan. Não te vou deixar cair!” Afirmou Mizuki firmemente, pendurada na ravina e com os pés sendo segurados por Katsura, que desviava o olhar envergonhadamente, provavelmente para não ver a calcinha da sua amiga.

    “Assim, vocês também vão cair, idiotas!” Reclamou Gintoki.

    “Não importa, não te vou deixar cair.” Respondeu Mizuki decidida.

    “Vocês dois são muito pesados.” Murmurou Katsura fazendo bastante esforço.

    Então, Katsura também começou a escorregar e quando estava prestes a cair, Takasugi agarrou os seus pés.

    “Droga! Passando um dia com vocês, passei por mais problemas de uma vez só do que na minha vida toda!” Reclamou o rapaz puxando todos de uma vez.

    “Obrigado, fico devendo-vos uma.” Agradeceu Gintoki. “Pensei mesmo que ia morrer.

    “Não temos tempo para relaxar. Agora temos de encontrar o caminho para o tal altar.” Falou Takasugi enquanto tentava recuperar o folgo.

    “Sim, é melhor irmos agora. Já é bem tarde.” Reparou Mizuki.

    Os 4 futuros samurais continuaram então o seu caminho, mas não durante muito tempo, pois além de cansados, estavam famintos.

    “Não consigo andar mais, alguém me de soba…” Implorou Katsura sem forças.

    “Idiota, é impossível encontrar algo assim no bosque.” Reclamou Takasugi também esgotado.

    “Mas é que hoje me apetece comer soba.” Respondeu Katsura seriamente.

    “Já chega. Desisto de tentar argumentar com este cara.” Decidiu Takasugi já com uma veia a pulsar na testa.

    “Açúcar… Alguém me dê açúcar…” Murmurava Gintoki de rastos. “Farei qualquer coisa por açúcar… qualquer coisa…”

    “Não ligo para o que seja, só me dêem algo para comer!” Reclamou Mizuki já irritada. “Eu não sou o tipo de garota que faz dietas extremas!”

    “Parece que todos chegaram ao limite.” Reparou Takasugi analisando a situação. “Isto vai ser um problema.”

    Então, para piorar ainda mais a situação, o javali voltou a aparecer e parecia extremamente furioso.

    “Droga. Agora não tem como fugirmos.” Pensou Takasugi preocupado.

    “Ei, Onii-chan.” Murmurou Mizuki com os olhos cobertos pela sombra da franja. “Carne de javali é boa, não é?”

    “Ouvi dizer que sim.” Respondeu Gintoki levantando-se e também com os olhos cobertos pela sombra.

    “Soba… É uma taça de soba gigante.” Falou Katsura já alucinando e a babar-se.

    “Vocês estão loucos? Não têm hipótese contra aquela coisa!” Alertou Takasugi.

    “Temos fome!” Falaram os três emanando uma aura tão intimidante que o javali começou a suar frio e a recuar a cada passo que eles davam. “É hora de comer!”

    Algumas pessoas dizem que até hoje se escutarmos com atenção, pudemos ouvir os gritos de agonia do javali que foi atacado pelas crianças esfomeadas.

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    Enquanto isso, no exterior do bosque, Shouyou e Tokegawa estavam preparando um churrasco.

    “Não foi um pouco de demais soltar um javali Amanto selvagem no bosque?” Perguntou Shouyou preocupado.

    “Não há problema.” Respondeu Tokegawa relaxadamente, comendo uma espetada de carne. “É nas situações de vida ou morte que as crianças aprendem mais facilmente.”

    “Pergunto-me se estarei a fazer bem deixando-te cuidar dos meus alunos.” Comentou o samurai com uma gota de suor atrás da cabeça.

    –----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

    “Naquela época, eu perdia-me com muita facilidade. Espera aí…” Falou ela começando aprocessar e analisar a sua situação, finalmente percebendo. “Eu estou perdida! Isto é ruim. Muito ruim! O que eu vou fazer? Será que alguma vez serei capaz de voltar à civilização? E se eu nunca mais puder ver o Onii-chan e o Toshi-kun? Não pode ser! Alguém que me ajude, por favor!”

    Então, Mizuki ouviu algo por entre a vegetação e levantou a guarda. Levando a mão até à sua espada.

    Olhou intensamente para de onde vinha o barulho, mas relaxou quando dos arbustos saiu um gato branco, com um fita rosa atada à cauda, percebendo imediatamente que se tratava da gata do cliente.

    “Shiromi-chan! Finalmente te encontrei.” Falou ela alegremente pegando na gata animadamente, foi então que reparou que mais alguém estava saindo dos arbustos.

    “Sinceramente, não sei como te consegues perder tão facilmente.” Comentou Gintoki surgindo por entre a vegetação. “Parece que vou ter de prestar ainda mais atenção em ti.”

    “Onii-chan!” Gritou Mizuki saltando e abraçando-o. “Sabia que tu me encontrarias!”

    “M-Mizuki… Não consigo respirar.” Murmurou o samurai começando a ganhar uma coloração azul.

    Algumas coisas não podem ser mudadas pelo tempo.


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