Gintama!

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 42

    Algumas máscaras servem para esconder, outras para enganar

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Oi minna-san! Como fui rápido escrevendo este capítulo decidi posta-lo hoje, deve compensar alguns dos meus atrasos.

    Neste capítulo também vos trago um anúncio especial. Vou começar a escrever a minha original fic, mas não se preocupem, não tenciono abandonar esta. O que farei será alternar entre as postagens das duas fic, portanto podem chegar a esperar 2 semanas pelo capítulo de cada.

    Era tudo o que tinha a dizer, espero que gostem do capítulo.

    Num certo lugar da galáxia, na nave do Kiheitai, Takasugi relaxava no seu quarto, tocando shamisen enquanto observava as estrelas. Até que um dos seus subordinados entrou bastante agitado.

    “Takasugi-sama! Fomos intersetados por uma gigantesca nave Harusame e eles dizem que querem falar consigo.”

    “A que esquadrão pertence?” Perguntou o líder do Kiheitai sem se alarmar nem um pouco.

    “Aquela nave não se encontra em nenhum dos nossos registos, mas bem no meio na marca dos Harusame tinham um 13 gravado.”

    “Entendo.” Falou Takasugi ficando sério e levantando-se. “Vou para a sala de videoconferências.”

    “Bem, Takasugi-sama, eles disseram que queriam falar consigo pessoalmente.”

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    Alguns minutos depois, Matako e Takechi esperam frente ao elevador principal, por onde devia sair o porta-voz da misteriosa nave.

    “Está demorando!” Murmurou a loira irritada. “Quem é que estes Harusames do 13º esquadrão pensão que são? Só porque são uma organização super secreta não é razão para se acharem.”

    “Pergunto-me se o porta-voz será uma garotinha fofinha.” Comentou Takechi pensativo.

    “Cala a boca, lolicon!” Gritou Matako.

    “Já disse que não sou um lolicon, sou um feminista.” Respondeu ele olhando para a porta do elevador que começava a abrir. “Parece que o nosso convidado chegou.”

    Então, assim que a porta se abriu por completo, os dois sentiram uma ligeira corrente de ar e quando olharam para dentro do elevador não havia ninguém.

    “Vocês sabem o quão assustador é ser recebido por pessoas armadas.” Comentou um homem de cabelo negro, que usava uma máscara completamente branca e que se vestia como um capitão pirata, tendo a marca dos Harusame com um 13 no meio nas costas, enquanto segurava numa mão as armas de Matako e na outra as balas das mesmas.

    Takechi e Matako olharam para trás, ficando surpresos ao ver o misterioso homem.

    “Quem é você?” Perguntou Matako cautelosamente, pois aquele homem a tinha desarmado por completo sem ela mesma perceber.

    “Eu? Sou apenas um covarde que se esconde por trás de uma máscara. O meu nome é Kurosuke do 13º esquadrão dos Harusame, mas podem chamar-me apenas de Kuro-san.” Respondeu ele de forma amigável virando-se para eles, revelando os seus olhos vermelhos, devolvendo as armas descarregadas a Matako. “Então, onde posso falar com o seu capitão?”

    “Um humano?” Estranhou Takechi desconfiado.

    “Por aqui.” Indicou Matako com uma expressão irritada.

    Então, os dois membros do Kiheitai levaram Kurosuke até à sala de reuniões, onde Takasugi os esperava, com Bansai no lado esquerdo e Kamui no lado direito, comendo um monte de coisas, estando todos sentados numa grande mesa.

    “Posso saber qual é o motivo de o 13º esquadrão dos Harusame querer uma reunião comigo?” Perguntou Takasugi. “Duvido que nos queiram punir por ter-mos abandonado os Harusame, já que apesar de carregarem o mesmo nome, não se envolvem nos assuntos deles.”

    “Você tem toda a razão, Shinsuke-san.” Concordou Kurosuke sentando-se de frente para ele. “Eu apenas queria conversar consigo e com esse pirralho comilão. Ainda não disseste nada, Kamui-kun. Já te esqueceste de mim?”

    “Como é que eu podia esquecer uma das pessoas que eu mais quero enviar para o inferno, Kuro-san?” Indagou Kamui com o seu típico sorriso.

    “Mas devo dizer que o teu apetite não mudou nada nestes anos. Nesse aspeto és mesmo parecido à Kaede.” Comentou o moreno mascarado.

    “Agradeci que não falasse da minha mãe com essa sua imunda boca.” Falou Kamui ainda sorrindo, mas com uma veia pulsando na testa e quebrando os seus hashis.

    “Entendo, ainda está furioso com isso.” Murmurou Kurosuke virando-se depois para Takasugi. “Estou curioso. Quais são os vossos objetivos?”

    “Lamento, mas eu não confio em pessoas que escondem o seu rosto.” Respondeu Takasugi bebendo um pouco de sakê.

    “Mas não estamos todos ocultando os nossos verdadeiros rostos?” Opinou o pirata espacial. “Dias a pós dia, sempre usamos uma máscara perante a sociedade e nunca revelamos as nossas verdadeiras intenções. Os nossos verdadeiros rostos só são revelados quando estamos perante a morte. Já agora, Shinsuke-san, tenho uma pergunta para si. O seu verdadeiro rosto não será apenas o de uma criança mimada que quer destruir tudo, apenas por que algo que não gostou aconteceu no passado?”

    “Ei! Como te atreves a falar assim ao Shinsuke-sama?” Inquiriu Matako furiosa, apontando uma das suas armas, já carregada, à cabeça do Harusame.

    “Podes baixar a arma.”Ordenou Takasugi calmamente. “Começar uma guerra agora com o 13º esquadrão pode vir a dar-nos problemas.”

    “Mas ele claramente o desrespeitou, Shinsuke-sama.” Retrucou Matako aproximando mais a arma.

    “Pensei ter dito que essas coisas eram assustadoras.” Murmurou Kurosuke mudando o seu tom amigável para um mais sério.

    Então, numa fração de segundo, cortou a pistola com uma katana que escondia por baixo do seu enorme casaco de capitão.

    “Pensei que ele tinha sido revistado no hangar.” Falou Matako confusa.

    “Aquela espada… Não pode ser.” Reparou Takechi percebendo que não levava a sua katana à cintura. “Terá sido naquela altura? Além das pistolas da Matako-dono ele também me retirou a espada sem que eu notasse. Isso é mesmo possível?”

    “Não se preocupe, Shinsuke-san.” Disso Kurosuke novamente com o seu tom amigável e jogando a espada já embainhada para Takechi. “Eu também não desejo nenhuma guerra. Afinal, guerras são apenas para ignorantes. Numa guerra, as únicas coisas que se pode conseguir são solidão e tragédia. Mas acho que você já deve saber bastante sobre isso.”

    “Mas o que eu gostava de saber é o que o trouxe aqui. Até agora você só esteve enrolando.” Afirmou Takasugi com um ar sério e um pouco ameaçador.

    “Então você é do tipo que gosta de ir direto ao ponto. Isso não é bom, Shinsuke-san.” Falou o Harusame retirando de um dos seus bolsos um detonador. “Vocês são mesmo descuidados, nem repararam que no caminho para aqui escondi uma bomba nesta nave.”

    Aquelas palavras congelaram e surpreenderam por momentos todos os presentes, tirando Kamui que continuava a comer e Takasugi que só mostrou um leve ar de preocupação.

    “Vou perguntar mais uma vez. O que você quer?” Perguntou Takasugi mais seriamente.

    “Tenho apenas uma pergunta para lhe fazer. Se detono ou não a bomba vai depender do que eu achar da resposta.” Explicou o pirata ainda com o seu tom amigável. “Você foi amigo do Shiroyasha, não foi? Não saberá ao certo onde ele se encontra atualmente?”

    Takasugi esboçou um leve sorriso e respondeu. “Lamento, mas não vejo esse cara desde o tempo da guerra. Não faço a mínima ideia de onde ele possa estar agora.”

    “Entendo.” Falou Kurosuke com voz fria apertando o detonador, alarmando todo o mundo, menos Takasugi e Kamui.

    Mas nada acontecera e todos os que ficaram assustados estavam agora confusos, especialmente quando o mascarado começou a rir de uma forma animada.

    “Brin-ca-dei-ra.” Disse ele de forma infantil. “Deviam ter visto as vossas caras, foram hilárias. Obrigado por me ter respondido, Shinsuke-san, agora tenho de voltar. Foi muito divertido falar convosco. E não te preocupes, Kamui-kun, o capitão ainda deve pensar que estás morto, portanto ainda estás a salvo.”

    E com isto, Kurosuke levantou-se e foi embora, dispensando a escolta.

    “Aquele homem…” Falou Bansai olhando para a porta. “É como tentar ouvir um CD vazio –de gozaru.”

    “O que quer dizer com isso, Bansai-dono?” Perguntou Takechi desconfiado.

    “Não sei bem –de gozaru.” Respondeu ele. “É a primeira vez que vejo uma pessoa assim, ele é como alguém que jogou fora toda a sua personalidade, como se estivesse vazio por dentro –de gozaru.”

    “Shinsuke-sama, tudo bem em deixarmos esse cara partir sem fazermos nada?” Indagou Matako preocupada.

    “Não se preocupem, ele não vai sair vivo desta nave.” Afirmou Takasugi confiante.

    “Ele não é um cara que possa ser subestimado.” Falou Kamui terminando de comer. “Mesmo sendo o único humano no 13º esquadrão, ele tem o 2º cargo mais alto de todo o esquadrão, sendo também conhecido como o braço direito do capitão. Ouvi dizer que ele já foi chamado de Matador de Demónios, uma luta até à morte com ele deve ser bastante aproveitadora e entretida.”

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    Assim que Kurosuke entrou no hangar, foi rodeado por um monte de membros do Kiheitai completamente armados.

    “Então eu vou receber uma festa de despedida.” Murmurou o mascarada olhando em volta. “Que atencioso da parte deles. Então, como vai ser? Vão todos atacar-me, enquanto estou indefeso e desarmado?”

    “O que foi? Você está com medo?” Perguntou um dos terroristas provocando o riso nos outros.

    “Claro que estou. Não verdade estou completamente aterrorizado.” Respondeu ele abrindo os braços e projetando a voz. “Afinal, medo é a única coisa que eu, o samurai mais covarde do universo, sou capaz de sentir! E agora estou cheio de medo do resultado fatídico que isto vai ter.”

    Ignorando o discurso lunático do samurai de olhos rubros, os terroristas partiram para o ataque.

    Algumas horas depois, Takechi e Matako foram ver como estavam as coisas no hangar, pois estranharam não receber nenhuma resposta dos seus camaradas.

    Mas assim que a porta automática se abriu, os dois vislumbraram uma autêntica visão de carnificina, tanto o chão como as paredes estavam tingidos com a cor do sangue e cadáveres completamente descortejados estavam espalhados por todo o hangar.

    “O que… aconteceu aqui? Indagou Matako perplexa.

    “Este também… E este aqui…” Murmurava Takechi enquanto observada os cadáveres que ainda tinham as armas cravadas neles. “Isto é impossível.”

    “O que foi, Senpai?”

    “Todos eles… Todos eles foram mortos pelas suas próprias armas.” Respondeu o estrategista do Kiheitai suando frio.

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    Enquanto isso, na gigantesca nave Harusame que devia ter mais do dobro do tamanho da nave do Kiheitai e que por alguma razão estava completamente vazia, tendo apenas um único tripulante. Kurosuke caminhava pelos escuros corredores, com as suas roupas e máscara manchadas de sangue, enquanto carregava a sua espada que no final do punho tinha presa uma pena de corvo um pouco chamuscada.

    O Harusame mascarado sentou-se frente a um enorme monitor, onde começou um videoconferência com alguém.

    “Você queria falar comigo, Capitão Kagemura?”

    “Sim, tenho uma missão para ti, Sakata-kun.” Respondeu o capitão do 13º esquadrão dos Harusame.

    “Já disse, Capitão. Pare de me chamar assim, eu já abandonei esse nome.” Reclamou Kurosuke com voz séria. “E que missão é essa?”

    “Já deves saber o que aconteceu ao pobre Tao-kun enquanto ele esteve na Terra. Eu quero que monitorizes as coisas por lá.”

    “Então a Terra… Você não está apenas tentando-me afastar o máximo possível de si, porque começou a desconfiar das minhas verdadeiras intenções?”

    “Claro que não. Não tenho razões para suspeitar do soldado que eu próprio recrutei pessoalmente. Apenas tenho um pressentimento que algo que perdi há muito tempo possa estar na Terra. Afinal o Hideo também está lá.”

    “Entendi, então vou mudar o meu rumo para a Terra.” Falou Kurosuke desligando na cara de seu capitão. “Já fazem vários anos desde que deixei a Terra, pergunto-me quanto o Gintoki terá crescido.”


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