Gente, peço desculpas pela demora na postagem. Fim de semestre é horrível, não estava tendo tempo pra nada! :(
Mas o importante é que agora vou organizar os horários e dar um jeito nisso aqui!
Espero que gostem do novo capítulo.
Bjs.
- Desculpe, Rebecca, desejaria não ter de fazer isso. Mas não posso ir contra as leis de Deus.
- Arcanjo Kaleb, por favor, espere... - Mateo disse, porém, antes de terminar, o arcanjo envolveu meus olhos com as mãos, e, apesar de pensar em lutar, minhas pálpebras fecharam como se pesassem uma tonelada, caindo em um sono profundo.
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Cap. 8
- Dr. Guilherme! Dr. Guilherme! Ela está acordando! - disse uma voz de mulher, uma voz conhecida.
- Rebecca? Você pode me ouvir?
Abri os olhos e vi Laura ao meu lado e Guilherme debruçado sobre mim, e quando ele percebeu o meu sinal positivo com a cabeça, sorriu.
- Graças a Deus! Como se sente? - ele perguntou, depois de dar um longo suspiro.
- Um pouco tonta. - sorri – O que aconteceu?
- Não lembra de nada? - Laura parecia incrédula.
- Só lembro que cheguei no hospital. Eu desmaiei na porta de entrada?
- Não mesmo. Rebecca, você teve uma parada cardíaca enquanto examinava um paciente no quarto. Você nos deu um susto absurdo!
- Ah, meu Deus... Mas como? Eu não lembro de ter examinado nenhum paciente no quarto!
Laura e Guilherme se entreolharam de um jeito esquisito. Mas o que teria acontecido?
- Como foi tudo muito rápido, não deu tempo de ligar pros seus pais. Você quer que...
- Não, Laura. Obrigada. Não quero dar um motivo para preocupação a eles. Uma parada cardíaca já está bom demais por hoje. - Laura sorriu e balançou a cabeça. - E de qualquer forma, eu estou bem, não estou?
- Aparentemente sim. Além do mais, nós fizemos exames e não encontramos nada que pudesse ter causado isso. E ainda tem a sua perda de memória...
- Dr., eu irei buscá-lo. Assim veremos se ela realmente não se lembra. - disse Laura, animada.
- Certo, vou esperá-la aqui. - Guilherme falou e a observou sair rápido porta a fora.
- Fiquei com medo de perder você. Eu estava tão nervoso que tive de chamar o Dr. Joaquim pra te atender... - disse, enquanto fazia aquela carinha de cachorro abandonado que eu amava.
- Seu bobo, pare com isso! - ri, mas ele só me acompanhou com um sorriso.
- Mas você não se esqueceu disso aqui, não é? - ele levantou a minha mão e beijou por cima do anel.
- Não mesmo. – disse, e vi seu sorriso abrir novamente. – E lembro perfeitamente que ainda faltam os detalhes finais a serem acertados...
- Nada disso. Você vai descansar e deixar tudo com sua mãe e a minha. As duas já são mais que o necessário.
Respirei fundo, concordando. Nossas mães estavam tão empenhadas nesse casamento que minha mera presença nas escolhas se fazia totalmente desnecessária.
- Dr. Guilherme, ele está aqui. – disse Laura da porta do quarto.
- Entre.
Olhei para a porta. Lá, um homem alto de cabelos castanhos entrou rapidamente, enquanto seus olhos azuis urgentes buscavam algo dentro do quarto. E quando ele me viu e a urgência se transformou em emoção, soube que o que ele procurava era eu.
- Rebecca? Oh Deus, você está bem? – ele veio rápido em minha direção e pôs as mãos em meu rosto. Senti Guilherme ranger os dentes ao meu lado.
- Quem é você? – disse, e vi a emoção dar lugar a confusão em seus olhos.
- Querida, você não se lembra do David? – Guilherme entrou no meio de nós dois, deixando o homem de olhos azuis mais confuso ainda.
- Era para eu lembrar?
- Isso é impossível! Rebecca, sou eu, David! Você tem que lembrar de mim! – ele agarrou meus braços - Tem que lembrar de n...
- Solte-a! – ordenou Guilherme, arrancando bruscamente as mãos de David de meus braços. – Laura, leve-o daqui!
- Não, por favor! Rebecca! – gritava o pobre homem, e se eu não estivesse vendo coisas, ele estava prestes a chorar.
- Está tudo bem, ok? – disse Guilherme, depois de Laura e outros enfermeiros levarem o tal de David dali. – Nós vamos dar um jeito nisso. Eu não posso ficar aqui agora, parece que a cidade inteira resolveu se acidentar! – ele riu – Mas volto logo que acabar o meu plantão. – e me deu um beijo na testa antes de passar informações à enfermeira que ficaria me observando.
- Se sentir qualquer coisa, Dra., me informe! – disse France, a nova enfermeira do hospital, com um belo sorriso pra mim, que fiz questão de retribuir.
Mas se fosse qualquer coisa, France, eu já estaria pedindo socorro. A lembrança dos tristes olhos azuis daquele homem gritando o meu nome estava latejando na minha mente e abrindo feridas no coração. Se eu pudesse lembrar quem ele era e o que aconteceu...