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Tempo estimado de leitura: 1 hora
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Terceiro e ultimo capitulo postado!
Ufa, ainda bem.
Alluka: Primeiramente, mais uma vez, pedimos desculpas pelos transtornos que causamos. Segundo, agradecemos pela paciência que tiveram em esperar para chegar ao final, novamente, dessa historia.
Nane: Espero que tenham gostado de relê-la mais uma vez.
Então... Lá vão os recadinhos do coração:
Capitulo não betado.
Agradecemos a quem deixou um comentário no capitulo anterior.
Boa leitura a todos!
O verdadeiro vencedor!
Camus estava em frente à porta do apartamento do namorado há alguns minutos, indeciso entre tocar a campainha ou dar meia volta. Não entendia porque estava com tanta duvida sobre o que fazer. Mas entendia aquilo que seu coração não queria demonstrar. Estava com medo de que suas suspeitas estivessem corretas e o outro realmente estivesse com alguém. O som que se fazia presente até ele, indicava isso.
Um som baixo, não o suficiente para ele não escutar. Também não era um tipo de musica que o escorpiano gostava de ouvir. Era uma musica leve, suave... Na verdade, romântica. Milo não gostava de musicas românticas. Dizia que elas eram doces e nada receptivas.
Colocou ambas as mãos nos bolso da calça que vestia, baixou a cabeça e deu meia volta para ir embora. Não tinha certeza, mas decidiu que era melhor não arriscar. Não suportaria ver algo do tipo, e se Milo quisesse mesmo falar com ele já o teria feito.
Quando deu o primeiro passo ouviu o girar da maçaneta, seu corpo parou imediatamente.
— Camus?
O som do seu nome saindo na voz rouca e alegre do escorpiano o fez arrepiar-se. Era como se seu coração sorrisse ao mesmo tempo em que dançava desenfreado dentro do peito.
Milo parecia bem. Muito bem, diga-se de passagem. A barba estava feita e os cabelos perfeitamente alinhados. Dava até para sequencia com o dedo cada anilho dos cachos dourados. O sorriso... Aquele mesmo que o fazia perder o folego.
Olhou para o namorado, levantou a mão e acenou um pouco constrangido. — Oi?!
— O que está fazendo aqui? – O escorpiano fez um pouco de força para parece surpreso com a visita.
Tão surpreso quanto ficara na noite anterior... Quando foi surpreendido com a presença de Isaac em seu apartamento.
— Vim ver se ainda tenho um namorado. – O ruivo falou.
A expressão sem graça do aquariano amainou um pouco o ambiente, apesar de Camus ainda não se sentir totalmente seguro em relação ao namorado. Afinal tinha razão em uma coisa, se o escorpiano quisesse falar com ele teria ido até o seu apartamento.
“Até parece que você não conhece o namorado orgulhoso que tem!” – O francês quase pulou com o pensamento alfineteiro.
— E o que você acha? – Camus arregalou os olhos com a pergunta, nem soube explicar o que se passou dentro na sua cabeça naquele momento.
— Acho que fui um idiota. – Afirmou.
— Completamente. – Camus baixou a cabeça e Milo não aceitou que o chão fosse mais atraente que ele. Segurou o queixo de Camus e o fez levantar a cabeça. Foi surpreendido pelo o olhar brilhoso de inicio de lagrimas. – Mas estou disposto a perdoar você.
Camus não soube o que dizer. Então deixou que as lagrimas, que insistiam em cair, rolassem soltas. Convertendo-as em lagrimas de felicidade. Sinceramente, não saberia o que fazer se Milo não estivesse disposto a continuar com namoro.
— Quer entrar? – O loiro mal terminou de falar e logo sentiu o aquariano se jogar em seus braços.
— Senti saudades de você! – Camus disse, abafando um soluço na curva do pescoço do namorado. Estava tão feliz que não conseguiu se conter.
— E eu de você. – Milo apertou o acerco no corpo do ruivo.
— Então porque não foi me procurar? – Quis saber Camus, enxugando os olhos.
Milo deu um sorrisinho amarelo. Estava puto com Camus. Disse que não o procuraria enquanto o ruivo não demonstrasse de alguma forma que sentia falta dele. Mas depois de quatro dias longe, a saudade começou a apertar. Queria sondar, ligar para o namorado, mas não sabia onde tinha colocado o celular. Ainda pensou em ir até a empresa onde Camus trabalhava, mas desistiu. Não gostaria que Camus o incomodasse no trabalho e conhecendo o ruivo, sabia que era capaz da tensão entre eles aumentar.
Sua melhor saída foi conversar com Shura na Golds. Sabia que o espanhol tinha uma queda por um dos dançarinos de lá. Um japonesinho até gostosinho (que Camus não escutasse seus pensamentos). Mas tudo foi um completo fracasso. Shura não era uma pessoa observadora em pessoas que não lhe interessavam, e pesar dele ser muito amigo de Camus, o espanhol disse que restringia alguns aspectos somente a trabalho.
Por fim, decidiu que ele mesmo teria que ir até o ruivo. Comprou até presentes.
— Eu ia fazer isso hoje. – Disse ajudando o namorado a enxugar as lagrima. – Mas Isaac foi mais rápido e veio ate aqui. – Falou.
Camus ergueu uma sobrancelha.
— Não entendi. – Disse. Ainda tentava se acalmar, nunca havia sido movido por um sentimento daqueles. A dor de não saber o que esperar e o acalento de saber que tudo estava bem, eram por demais... Gostoso!!! Assustador, mas gosto!
— Vem, vamos entrar. – Abraçou o francês pelos ombros e o guiou apartamento adentro. – vou te contar os detalhes.
—ooo0ooo—
Eram quase oito da noite quando chegaram à casa da tia deles!
Estavam cansados, afinal da Grécia para a Sibéria era um tanto longe!
— Oh, meus queridos, sejam bem vindos! – Disse a mulher beijando seus sobrinhos – Camus não veio? – Perguntou, se certificando de que o mais velho dos aquarianos não vinha logo atrás dos menores.
— Não tia. Digamos que o namorado dele está doente. – Falou Hyoga, abraçando a mulher.
— Entendo. – Natassia disse, retribuindo o abraço. Natassia não conseguiu esconder o rastro de decepção que a afligiu. Fazia tempo que não via o sobrinho mais velho e esperava poder fazê-lo.
— Mas ele mandou-lhe lembranças – Disse o loirinho, tentando animar a mulher que sorriu e lhe afagou os cabelos.
Natassia era uma mulher muito bonita. Hyoga sempre ficava encantado quando a via.
A russa também abraçou e beijou Isaac.
— Venham meus queridos. – Chamou-os – Estou fazendo o jantar e aposto que estão cansados, então que tomarem um bom banho quente? – Ela sugeriu sorrindo.
— É tudo o que queremos nesse momento. – Isaac falou.
— Um pouco de chocolate quente também não é má ideia. – Falou Hyoga, arrancando risos dos mais velhos.
Depois de algum tempo estavam jantando com a tia e um homem chamado Cristal. Marido da tia deles.
—ooo0ooo—
— Então Isaac veio falar com você? – Perguntou o francês. Estava sentando no sofá ao lado o namorado.
Por mais que aquilo parecesse estranho, Camus não se surpreendeu. Ao menos justificava a petulante convicção e insistência do mais jovem para que Camus fosse falar com Milo.
— Sim. Veio. – Afirmou o loiro todo sorridente. – E olhar, até que fiquei bem surpreso com a maturidade do pivete.
Camus revirou os olhos, iria repreender o namorado, mas achou melhor não. Isaac, Hyoga e Milo tinha um jeito bem estranho de se entenderem. E “pestes”, “pivetes” e “loiro aguado” poderiam não ser os apelidos mais convencionais, mas era o jeito que eles tinham de respeitar a presença uns dos outros.
— E então... Como ficamos? – Camus perguntou.
Milo lhe deu aquele sorriso arrebatador, o mesmo que o deixava com dificuldades de respirar. Aproximou-se do namorado, puxando-o para seu colo.
— Ficamos da seguinte maneira... – Milo acariciava o rosto do francês conforme o deitava no imenso sofá de sua sala. – Eu te perdoarei por ter me trocado pelos seus anjinhos em forma de demônios, disfarçados como adolescentes e você diz que me ama e que me amara para sempre. – Camus riu das colocações do grego.
— Ah, Milo, vocês precisam aprender a conviverem uns com os outros – Falou sorrindo, porém parou ao ver Milo totalmente debruçado em cima de si e lhe olhar intensamente – O que foi? – Perguntou um pouco constrangido pela intensidade da situação.
— Você fica lindo quando sorrir. – Afirmou passando o polegar nos lábios finos. Camus fechou os olhos apreciando o carinho que o loiro lhe fazia, deixando-se levar pelo ritmo calmo da sinfonia que ainda tocava.
O grego substituiu o polegar por seus lábios, subjugando a boca do outro. Inicialmente em um leve roçar de lábios que distribuiu descargas elétricas por ambos os corpos, mas logo, a insatisfação de Camus pelo breve contato, intensificou o beijo. Camus puxou Milo pela nunca, demonstrando urgência no ato.
Gemeu quando a língua de Milo invadiu sua boca, apossando-se dela de maneira saudosa, quente e luxuriosa. O ruivo se acomodou melhor no sofá ficando totalmente sob Milo. O escorpiano deleitou-se por sentir, novamente, a firmeza do corpo do outro que, mesmo ainda vestido, Milo não deixava escapar nenhum detalhe. Depois de algum tempo em um reconhecimento mutuo, Milo apressou-se em retirar a blusa de Camus. Apalpando tudo por onde suas mãos passavam. Matando a saudade da pele macia, fazendo os músculos que se contorcia arrepiar-se junto com o corpo, eriçando os pelos e entumecendo os mamilos.
Camus estava extasiado, fazia mais uma semana que não era tocado daquela maneira. Que não era apalpado, arranhado, mordido e... Chupado. Sentiu as faces queimarem após esse pensamento.
Se Milo estava conseguindo arranca-lhe todas aquelas reações somente com os toques ousados, imagina só quando o grego estivesse... Não pode concluir o pensamento, sentiu Milo abocanhar-lhe um mamilo e massagear o outro com polegar.
— Onw... Mi... – Camus gemeu arrastado. O escorpiano circulava a língua por toda aureola de seu mamilo, dando leves chupões no botão rosado.
Milo desceu com seus beijos molhados pelo abaixo do seu depois que deixou os dois pontinhos totalmente vermelhos e marcados. Milo afastou-se um pouco e retirou à própria blusa.
Apenas com um pouco de pressão, Camus estava languido e quente, devaneando. Sentia seu corpo entrando em erupção. O francês tentou desabotoar a calça que estava apertada e comprimia seu pênis, mas suas mãos foram impedido pelas mãos do escorpiano.
— Calma... – Milo falou, afastando a mão do outro para longe da roupa – Deixe que eu faça!
Ter Camus tão entregue daquela maneira... Com os olhos nublados de desejo, o corpo suado e os lábios pressionados constantemente pelos dentes, era simplesmente uma visão tentadora.
Milo retirou lentamente a calça e a peça intima que cobria o corpo do namorado. E sorriu, matreiro. Camus estava na mesma situação que ele: Saudoso, necessitado e muito, muito excitado!
Sem demorar muito na admiração, Milo massageou toda a extensão da carne pulsante do amante. Camus arqueou as costas ao sentir as mãos quentes subir e descer em seu falo, fazendo uma massagem erótica em seu órgão que passou a pular de maneira frenética, dando a Milo uma vontade enorme de abocanhá-lo.
E foi o que o escorpiano fez. Tomou por completo, em sua boca, o membro do francês.
O aquariano enrolou os dedos nos fios loiros do namorado, ajudando-o a movimentar os lábios por toda a extensão de seu pênis. Milo sentia a carne rígida adentrar a sua cavidade e estocar sua boca com vontade, chegando até sua garganta. Sem se importar muito com a pressão que o outro fazia em sua cabeça, afinal era mais que satisfatório ouvir o amante gritar seu nome, introduziu seus dedos dentro do corpo do namorado, a fim de prepará-lo.
Depois que Camus se acostumou com a invasão do primeiro digito, Milo inseriu o segundo e já se preparava para introduzir o terceiro. Sempre fazendo movimentos circulatórios, entrando e saindo, indo até a profundidade da cavidade estreita.
O aquariano, por outro lado, não sabia por quanto tempo mais aguentaria aquela pressão em seu corpo, tudo estava distorcido, nublado, sabia que iria explodir e se liquefazer a qualquer momento.
— Ah, Mi... Eu vou... Eu vou... Mais... Rápido!! – Camus balbuciava com a boca aberta em busca de ar.
O ruivo empurrava-se cada vez mais contra os dedos do escorpiano, estava praticamente rebolando para obter mais contato com os dígitos. Ao mesmo tempo em que empurrava a cabeça de Milo contra seu sexo, o loiro sentia sua garganta ser estocada tão fundo quanto Camus conseguia e quase se engasgou ao provar do liquido que saiu em abundância do namorado.
Milo não esperou que o amante se refizesse do ataque prazeroso que sentiu, assim que conseguiu soltar seus cabelos das mãos de Camus, retirou o que lhe restava de roupa e colocou-se no meio das pernas do ruivo. Camus estava mais do que pronto para lhe receber, encaixou seu membro na entrada entre as penas do namorado, o corpo do aquariano mostrou uma deliciosa resistência, querendo expulsá-lo, se fechando e prensando o pênis de Milo.
— Ah... Camy! – Murmurou Milo, ao sentir-se comprimido. Camus abriu mais as pernas, queria Milo bem fundo e por isso mesmo o ajudou.
O escorpiano adorando o jeito nada discreto do amante abaixou-se para beijá-lo, ajudando os corpos se encaixarem com perfeição. Camus não precisou de muito tempo para se acostumar ao tamanho de Milo, logo, ele próprio, estava empurrando o quadril contra o do grego. Incentivando Milo a se movimentar. Um vai e vem frenético, e o corpo de Camus era atacado com vontade. Entre beijos, chupões e mordidas Milo marcava Camus como seu, enquanto o francês respondia com beliscões e unhadas.
Milo alternava entre beijos fulgentes e estocadas arrebatadoras.
Camus sentia algo acumular-se entre suas pernas, bem abaixo de seu ventre, e o membro de Milo tornar-se incrivelmente maior dentro de seu corpo. O local havia se tornado imensamente quente... O suor em seus corpos, o cheiro de sexo inundando o quarto, parecia que algo explodiria a qualquer momento. Os sons guturais que abandonavam as gargantas de ambos fazia uma sincronização formando uma perfeita melodia.
Milo sentiu que estava próximo ao ápice, saiu de dentro de Camus e o virou fazendo-o ficar de quatro, penetrando-o com tudo. Camus sentiu o membro rígido de Milo adentrar lhe novamente, dessa vez com mais facilidade, e acertar sua próstata incontáveis vezes, levando-o a loucura.
Entre um gemido e outro Camus rebolava e exigia que Milo fosse mais fundo.
— Vamos Mi. Mais... Forte. – A voz de Camus saia tomada pelo desejo – Mais fundo! – Os corpos convulsionavam diante do prazer.
A voz fraca, os movimentos frenéticos, a pressão do ar, a oscilação das respirações e o chocar dos quadris, tudo ritmado em um único globo e então... Um grito! Seus nomes escaparam, embolando-se, misturando-se. Fazendo-se inteligível.
Camus sentiu seu corpo convulsionar e amolecer. Retesou, comprimindo Milo que ainda se encontrava dentro de si. Algo que também não demorou muito e logo uma grande quantidade de um líquido viscoso escorria de forma sinuosa entre suas pernas.
Desabaram um por cima do outro.
— Isso foi ótimo! – Comentou Milo, beijando a nuca do namorado.
— Eu não acredito que fizemos tudo isso em cima do sofá – Milo trocou de posição com Camus, trazendo o ruivo pra cima de seu peito.
— Não se preocupe, mando para lavanderia depois. – Disse alisando os fios avermelhado.
— É bom que mande mesmo. – Camus disse, sorrindo de divertido.
— Já que estamos de acordo, vamos continuar... – Milo puxou Camus para mais um beijo carregado de desejo.
— Continuar? – O ruivo olhou com espanto para o namorado.
O apetite sexual de Milo não tinha tamanho. E se levasse em consideração que estavam a mais de uma semana sem sexo, era perfeitamente normal o grego querer colocar em dias. Mas a semana tinha sido exaustiva e tudo o que o francês queria agora era descansar um pouco ao lado do namorado.
— Milo, eu estou exausto. Você me faz gozar duas vezes! – Argumentou.
— Uma considere como um pedido de desculpa por não ter ido antes atrás de você – Explicou o loiro.
— Ok. Então se considere perfeitamente desculpado. – Riu e foi acompanhado pelo grego. – E a outra vez? Foi um bônus? – Perguntou divertido.
— Fizemos as pazes! – Respondeu o escorpiano, sapeca. – E agora será em comemoração ao seu aniversario.
Milo tornou a beija o namorado de forma bastante Incisiva. Camus retribuiu, um pouco de carinho não fazia mal a ninguém. Não precisou de muito, logo estavam se amando novamente. Gemendo como nunca. Sujando um pouco mais o sofá.
Era bom ter Milo lhe dispensando toda aquela atenção, entrando e saindo de seu corpo, lhe proporcionando o mais alto dos prazeres. Mas se não freasse o grego, com certeza, no dia seguinte não conseguiria nem sentar. Então quando o namorado pensou em persuadi-lo, pela quarta vez, Camus teve que fazê-lo primeiro.
— Não comprou nada para mim? – Perguntou, tentando recuperar o folego roubado por mais um beijo arrebatador.
— Claro que comprei! – Sorriu ainda mais sapeca. – Não viu que passei um dia inteiro andando?
Camus quase teve um infarto com aquela pergunta. O aquariano ficou vermelho igual a um camarão.
— Você percebeu? – Assustou-se ao saber que o namorado havia notado que ele o seguia.
— Camus, Camus, Camus, meu amor... Seguir alguém usando seu próprio carro é burrice! – Volveu o loiro dando beijinhos na testa do ruivo.
— Milo... – Camus ficou extremamente desconcertado, sabia que não certo “pentelhar” a vida dos outro, mas Milo era seu namorado então tinha direito de saber, não tinha? – Que tal me mostrar o que comprou pra mim?
— Boa ideia! – O plano do aquariano havia dado certo, o loiro se levantou e foi pegar as coisas que tinha comprado.
O escorpiano voltou com um pequeno embrulho azul amarrado por um enorme laço vermelho, uma cesta embrulhada com papel transparente enfeitado com corações rosa e um envelope.
— Pra você! – Milo entregou o embrulho azul com a fita vermelha para o namorado.
— O que é? – Perguntou curioso, notando que o outro estava um pouco murcho por estar lhe entregando aquilo. – Posso abrir?
O “Pode” que Milo respondeu saiu carregado de duvida. O escorpiano queria sim que Camus abrisse o presente, mas somente no dia do aniversario.
— Quer mesmo que eu abra? – O ruivo perguntou. Pela expressão de Milo parecia que ele estava prestes a cometer um crime.
— O presente é seu... – Disse e o ruivo pôs a mão no laço – Mas eu gostaria que abrisse somente no dia do seu aniversario.
Foi sincero, era algo importante e queria que fosse descoberto somente na data.
— Então vamos ao próximo presente. – Camus colocou o embrulho ao lado – O que tem na cesta? – Perguntou e sentiu um frio corrente por sua espinha, pois o escorpiano sorriu malicioso.
— Veja você mesmo! – Estendeu a cesta para o namorado.
Camus a pegou e desfez o laço já reconhecendo algumas coisas que tinha ali dentro.
— Por favor, não diga que vai querer usar isso tudo somente hoje.
Sabia que o outro era praticamente insaciável e dentro da cesta havia vario produto para “divagações da mente maliciosa”. Era um kit de produtos erótico, com vários olhos e loções, um guia do cama sutra e um monte de outras coisa que Camus não tinha conseguido identificar.
— Com certeza não! – O ruivo suspirou aliviado – Podemos deixar uns dois ou três pra manhã.
Milo caiu na gargalhada com a maneira com a expressão aterrorizada de Camus.
— E no envelope, o que tem?
— Isso? – Milo balançou o pedaço de papel. – Também é pra você. Em minha opinião, é o que vai gostar mais. – Disse e entregou o envelope para aquariano.
Camus abriu o envelope e o que se sucedeu depois foi algo inédito, o aquariano abriu um belo sorriso e se jogou nos braços do amado, beijando-lhe com volúpia.
—ooo0ooo—
Domingo à tarde...
Isaac e Hyoga estavam presos dentro de casa, para onde olhavam só conseguia distinguir o branco da neve. Deixando as coisas ainda mais monótonas. Enquanto Natassia resolvera fazer um bolo para que, mesmo de longe, eles pudessem comemorar o aniversario do irmão. Hyoga olhava a neve pela janela e Isaac lia um livro – ou fingia que lia. – sentando no sofá perto da lareira.
— O que será que o Camus está fazendo a essa hora? – Hyoga perguntou, pensativo.
Observando os flocos caírem através da janela e que cair e se juntar a imensidão branca.
— Transando! – Isaac respondeu seco, ainda não acreditava no que fizera!
Tinha pedido ao grego idiota que fosse visitar e ficar com seu irmão porque ele e Hyoga estariam fora. Nunca fizera algo tão ridículo!
— Com o Milo? – Perguntou o loiro, inocente.
Hyoga viu ao longe a silhuetas de duas pessoas, andando muito próximas. Só poderiam ser loucos de andar naquela imensidão de neve.
— Com agente é que não é. – O outro respondeu irônico. – Vai por mim. Tenho certeza de aqueles dois estão juntinhos nesse exato momento.
— Como pode ter certeza que eles voltaram? – Quis saber o mais jovem. Desta vez, voltando-se completamente para o irmão.
— Porque eu pedir que ele fosse lá em casa! – Confessou isaac com um profundo e doloroso suspiro.
O russo não gostava muito do grego, mas o loiro aguado (como gostava de intitula-lo) fazia seu irmão sorrir e o admirava por isso.
— Não me diga que se afeiçoou ao loiro fresco. – Hyoga foi para perto do irmão, sorrindo jocoso. Abraçou-o por trás.
— Não é nada disso! – Disse cruzando os braços.
— Então o quê é? – Inqueriu, fazendo graça da birra do irmão.
— Não é nada. – Disse Isaac, defensivo. Detestava ser alvo de perguntas embaraçosas.
— Como você é chato. Isaac. – Birrou Hyoga.
— Chato é você, que não sabe quando ficar quieto. – Devolveu o de cabelos verdes.
E lá iriam eles, brigarem entre si.
— Quietos! – Ordenou Natassia que chegou naquele momento à sala.
Hyoga iria voltar para a janela, mas alguém bateu a porta e a tia pediu para que ele atendesse.
O loiro abriu a porta e ficou sem saber o que fazer, travou na entrada, somente olhando, admirando o ser que acabara de chegar.
— Quem é Hyoga? – Quis saber Isaac que continuou sentado, observando a cara de bobo que o irmão mais novo fazia.
— Camus!!! – Gritou menino, se jogando nos braços do ruivo.
Isaac não acreditou até ver o ruivo entrar.
— Você não vem me abraçar, Isaac? – Perguntou o ruivo com o aquariano loiro grudado em si.
— Camus!!! – Isaac correu para abraçar o irmão, fora somente um dia e meio, mais pareceu uma eternidade – O que está fazendo aqui? Você não conseguiu falar com Milo? – indagou preocupado. Tinha plena convicção que o grego não viria pra Sibéria. – Aquele imprestável, não consegue fazer as coisas direito.
— Isaac. – Repreendeu Camus. – Ainda não entendo porque não posso passa meu aniversario com os três. – Falou curioso, sem responder a pergunta do menino de cabelos verdes.
— Isso é porque eles acham que você consegue ficar longe de mim! – A voz do grego convencido saiu de uma espécie de boneco de pano humano que vinha logo atrás de Camus. Espantou os aquarianos mais jovens.
— Milo? É você mesmo??!! – Os mais jovens perguntaram juntos.
O escorpiano estava muito parecido com um boneco de neve, com toda aquela roupa.
— É obvio que sou eu. – Afirmou serio – vocês acham que vou deixar meu namorado viajar ate os confins da terra, sozinho? – Inqueriu, olhando para as brilhantes orbitas que o miravam. – É claro que não! – Reafirmou.
— Por um acaso está dizendo que não confia no nosso irmão? – Perguntou Hyoga, ríspido. Preparado para fazer guerra, dependendo da resposta do cunhado.
— Não! – Negou, olhando para o namorado que também o interrogava com os olhos — Apenas não confio nas pestes que ele tem como irmãos! – Disse. Defensivo.
O ruivo revirou os olhos. Aqueles três, mal se avistaram e já estavam brigando.
— E o que agente tem haver com isso? – Quis saber Hyoga.
— Vai que vocês resolvem arrumar outro cunhado? – Falou e os “anjinhos” sorriram.
— Boa ideia Milo – Rebateu o de cabelos verdes.
— Nem pensem – Advertiu serio
— Mas foi você quem pensou – Defenderam-se
— Pelo amor de Zeus, parem! – Pediu Camus começando a odiar a ideia de ficar com os três.
— Camus, meu bem! – Natassia correu para abraçar e beijar o sobrinho mais velho – Como você está? – Perguntou, prendendo o sobrinho num abraço apertado.
— Estou bem tia. – Falou aliviando a mulher.
— E quem é esse belo rapaz? – Perguntou percebendo o homem diferente na sala.
— Meu namorado Milo – Respondeu sem jeito.
— Olá senhora. – Com um pouco de dificuldade por causa das roupas, o grego abraçou a mulher como se a conhecesse a muito tempo.
— Nossa quanta animação – Disse Natassia assim que se viu livre do abraço do rapaz.
— É sempre bom conhecer os parentes do meu namorado – O sorriso alegre se fazia presente no rosto de Milo.
— Não se preocupa não tia Natassia, ele é sempre enxerido assim mesmo! – Disse Isaac.
— Isaac – Advertiu Camus
— Estou mentido? – Retrucou o aquariano do meio.
— Nossa quanta gente! – O marido de Natassia apareceu na sala
— Cristal. – Camus cumprimentou o marido da tia com um abraço. – Quanto tempo?
— Camus, como você cresceu. – Disse o homem.
— Pois é. – O ruivo falou.
— É o processo da vida. – Isaac retrucou baixinho para Hyoga que sorriu.
— Mas são umas pestes mesmo. – Regougou Milo.
— Deixa de ser metido. – Isaac alfinetou.
— Meninos, comportem-se. – Camus advertiu.
— Mas foi ele quem começou. – Falaram juntos, apontando uns para os outro.
Naquele momento Natassia lembrou do bolo.
— Ah. Venham todos. – Falou puxando o grupo para cozinha – Eu preparei algo.
Chegando ao cômodo, Camus sentiu como se sua tia estivesse prevendo que ele iria vir, havia uma mesa farta, cheia de guloseimas e bem ao cento da mesa tinha um bolo confeitado, letrado com parabéns.
— Sabia que eu vinha tia? – Camus não conseguiu guardar a curiosidade para ele próprio.
— Claro que sim! – Afirmou a mulher sorrindo – Você nunca passou o aniversario longe de seus irmãos e acho que não iria fazer isso agora.
— É isso ai!!! – Gritaram os menores vitoriosos.
— E vocês não cantem vitória antes do tempo, porque sei também que Camus não passaria longe da pessoa que ama. – Natassia olhou diretamente para Milo.
Milo, Isaac e Hyoga se olharam, cada qual queria ficar com Camus, mas nenhum perguntou o que Camus realmente queria. A tia pegou algumas velas e pôs em cima do bolo.
— Milo. – Isaac quebrou o silencio que se instalou no local, todos preferiram olhar o que mulher fazia e falava.
— Que é? – Perguntou um pouco contrariado. Os pensamentos funcionando a mil.
Milo tinha feito uma aposta com os pequenos cunhados, mas ao invés de sair um vencedor entre eles três, Camus foi quem ganhou a aposta. E o ruivo não tinha nada a ver com o assunto. Ale de ser o “troféu”, é claro.
Mas ao conseguir reunir todos ali, o ruivo deixou de ser troféu para ser o vencedor. Aquilo não estava certo. Estava? Será que os pequenos também tinham notado isso?
— Não fique muito perto do Camus quando ele for apagar as velas. – Isaac falou, também contraria.
Ele e Milo não eram bons perdedores.
— Por quê? – Milo perguntou esmo.
— Porque você pode pegar fogo com essa roupa toda. – Respondeu Hyoga.
E todos, menos Natassia, caíram na gargalhada.
— Meninos não sejam tão maus – Disse a mulher, apiedando-se do loiro.
— Não se preocupe senhora, já estou acostumado! – Falou o escorpiano olhando feio para os moleques.
— Faz um pedido, Camus! – Hyoga pediu, quando o irmão estava prestes a apagar as velas.
— Não preciso fazer isso! – Retrucou Camus.
— Mas faça assim mesmo! – Ordenou Natassia.
Muito a contra gosto, Camus obedeceu. Fez um pedido e apagou todas as velas. Ofereceu o primeiro pedaço para a única mulher da casa, na tentativa de evitar brigas, o que não surtiu muito efeito.
Depois de todos comerem e beberem, Camus foi para perto da janela, ainda não tinha aberto o primeiro presente que Milo lhe dera. Diferente do presente que viera no envelope que foi o primeiro a ser usado: Duas passagens aéreas!
Camus olhou ao redor... A tia e Cristal estavam na cozinha, Isaac e Hyoga tentando fazer Milo se livrar de metades das roupas que estava no corpo. E ele sozinho próximo à janela. Momento perfeito para descobrir qual o presente especial Milo resolveu lhe dar.
O ruivo puxou a fita vermelha e desembrulhou. Abriu um lindo e radiante sorriso ao ver o que era. Junto do objeto um bilhete escrito “pra você nós levar pra onde for”.
O francês colocou o objeto em cima da mesinha e foi para junto dos seus três amores. Na mesinha descansava um porta-retratos com uma foto retirada no natal, claro não sem antes de proclamarem uma guerra para saber quem sairia ao lado do aquariano. E assim se passou o seu primeiro aniversario ao lado de Milo e seus irmãos.
Seu pedido? Era sempre poder estar com eles, mesmo tendo que aturar as criancices de uns e as birras de outro. Apartar uma briga aqui e outra acola. Mas estaria feliz.
Fin