Aniversario conturbado!

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Perdedores... Vencedores...

    Homossexualidade, Sexo

    Olá pessoinhas fofas.

    Alluka: Primeiramente pedimos desculpas por alguns transtornos. Principalmente com algumas pessoas que tendem a voltar e ler novamente as fics. Essa principalmente e acabaram tendo a decepção de não encontrá-la inteira. Isso fica de lição para eventos futuros, ao invés de repostarmos uma historia vamos apenas atualizar os capítulos. Como vamos fazer com algumas fics antigas, vamos somente atualizar e não repostar as fics.

    Nane: Queríamos já ter terminado de atualizar e estar postando o ultimo capitulo da fic hoje, mas alguns fatos ruins aconteceram e não conseguimos fazer muitas coisas. Mas já estamos trabalhando nisso. Até porque temos que fazer atualizações.

    Capitulo em especial para nosso querido aniversariante; Camus de aquário!

    Então... Lá vão os recadinhos do coração:

    Capitulo não betado.

    Agradecemos a quem deixou um comentário no capitulo anterior.

    Boa leitura a todos!

    Perdedores... Vencedores...

    Camus, Isaac e Hyoga chegaram em casa em menos tempo do que imaginaram.

    O caminho todo foi regredido no mais absoluto silencio. Algum tempo depois, o silencio foi subjugado pelo ronco do estômago do Hyoga.

    — Estou com fome. – Disse o loirinho. Receoso. Seu irmão mais velho não estava com uma expressão amigável.

    — Eu também. – Ressaltou Isaac. Colocando a mão na barriga, fazendo movimento circulares.

    — A comida que pediram está na geladeira, esquentem e comam. Isso se a pizza não for o suficiente. – Camus sentou-se em um dos sofás massageando as têmporas.

    — Você vai querer? – Indagou o mais novo dos três.

    — Não. Estou sem fome! – Respondeu fechando um pouco os olhos, queria tentar entender um pouco o que tinha acontecido.

    Em seu quase um ano de namoro, seu namorado nunca tinha agido daquela maneira, explosivo, raivoso e um tanto agressivo.

    — Isaac... Você acha mesmo que Milo estava falando serio? – Sussurrou Hyoga para o irmão, se sentindo um pouco estranho com aquela possibilidade.

    — Sobre? – Não havia muitas coisas que o escorpiano falava serio, mas o aquariano não estava com a menor vontade de pensar.

    — Sobre o fato de que ganhamos a aposta. – Esclareceu o loiro

    — Não se preocupe. Tenho certeza de que aquele loiro aguado estará aqui logo logo. Infernizando a gente, como só ele sabe fazer. – Isaac afirmou, apesar de não estar muito convicto – Agora vamos jantar e dormir que amanhã temos aula.

    Observando os irmãos muito animados com a comida, Camus resolveu se retirar, queria dormir um pouco. Mas antes tentaria falar com Milo.

    — Boa noite meninos. – Desejou aos irmãos.

    — Boa noite Camus. – Devolveram os mais novos.

    Depois de algum tempo tentando falar com o namorado, Camus passou a praguejar baixinho, estava aponto de estilhaças o celular na parede. Havia ligado para o namorado, não queria ficar brigado com ele, mas o aparelho do escorpiano insistia em cair na caixa postal.

    — O que diabos é que você está fazendo que não me atende? Milo. – Perguntou o francês. Escutando pela milionésima vez a voz eletrônica informar “deixe sua mensagem após o sinal”

    O ruivo suspirou exaurido. Não tinha sido um dia fácil e, sinceramente, não precisava daquele nível de estresse antes de dormir. Então conversaria com Milo no dia seguinte. Por hora, iria descansar. Necessitava dormir um pouco. Queria muito que fosse nos braços do namorado, mas já que tinha se tornado impossível naquele momento, se contentaria apenas por dormir tranquilamente.

    —ooo0ooo—

    Dia seguinte...? Ledo engano!

    Havia se passado três dias e Camus não havia conseguido falar com Milo. E, agora – para a frustração completa e definitiva do ruivo. –, toda vez que ligava, em vez de cair na caixa postal, o celular do loiro estava com sinal de “fora de área ou desligado”.

    Tinha ido duas vezes ao apartamento do loiro, mas o porteiro havia informado que o grego não estava.

    — O que há com você? – Perguntou Shura.

    O espanhol não aguentava mais ver a expressão desanimada do amigo. Nem tão pouco vê-lo errando em cálculos tão simples.

    — Comigo? Não há nada comigo! – Disse o francês. Mas bagunçou os cabelos de forma impaciente e com ambas as mãos.

    Shura ergueu uma de suas sobrancelhas no alto da testa.

    — Você já se olhou no espelho? – Perguntou.

    — Shura, não estou com paciência! – Falou, apertando mais uma vez o numero de re-discagem do celular.

    — Desculpe-me, Camus, mas você está com uma aparência horrível. – Disse o espanhol. – Só estou preocupado com você.

    Camus colocou o aparelho em cima da mesa, encostou-se ao espaldar da cadeira e apertou a ponte no nariz com força.

    — Não, Shura... Sou eu quem deve pedir desculpas. – Sentenciou. – Só estou um pouco cansado. – Falou, dessa vez olhando para o amigo.

    — Achei que tivesse a ver com o fato de Milo estar na Golds ontem – Shura relanceou o olhar para o ruivo, tentando identificar a reação do amigo.

    — Milo estava aonde? – Levantou-se de supetão, não acreditava que seu namorado tinha ido á um lugar daqueles, e sem sua presença.

    — Na Golds! Não sabia? – Shura perguntou surpreso com a reação do amigo.

    Golds era a boate/motel mais badalada da cidade.

    — Não! – Exclamou baixo – Milo e eu... Nós... Nós brigamos no domingo – Confessou desgostoso.

    — Isso explica o fato dele estar sozinho. – Disse o espanhol. Relembrando que tinha encontrado com o grego por acaso no lugar e, depois de algumas doses, o outro foi embora.

    — Hum... – Camus resmungou olhando para baixo.

    Milo deveria ter pelo menos lhe ligado. Ainda eram namorados, merecia ser comunicado das decisões do outro. Porque era arrasador ficara sabendo, por outra pessoa, que o namorado foi a uma boate/motel. Mesmo que sozinho.

    Estavam brigados há três dias e outro já passara a frequentar lugares impróprios para uma pessoa comprometida.

    — Está tudo bem? Camus? – O espanhol se preocupou com o francês e a expressão deprimida que surgiu.

    — Estou Shura. Não se preocupe. – Pediu ao amigo, com um sorriso singelo, porém nada convincente para o espanhol.

    — Camus, no próximo domingo é seu aniversario. Certo?

    Não precisava de uma confirmação do francês, pois Milo tinha lhe contado o motivo da briga de ambos.

    — Sim. Como sabe? – Quis saber o ruivo.

    Os únicos que sabiam eram seus irmãos e o namorado.

    — Domingo você não trabalha. Então que tal emendar os dias que faltam até lá? – Sugeriu Shura, ignorando completamente a pergunta do amigo. – Assim você aproveita para falar com o Milo – Finalizou o capricorniano.

    — Shura...

    Iniciou Camus, mas o espanhol foi mais rápido.

    — Considere como um presente de aniversário. – Exclamou ele.

    — Shura... Mas... – Tentou novamente.

    — Não se preocupe, eu cuido de tudo por aqui. – O capricorniano volveu, novamente, mais rápido.

    — Tem certeza? – Camus perguntou, cansado. Não tinha forças para um embate.

    — Apenas vá de uma vez, meu amigo. – Disse solicito.

    Camus sorriu. Pôs a mão no ombro do colega

    — Obrigado Shura. Você é um bom amigo.

    — É. Eu sei! – Afirmou cheio de si. Camus balançou a cabeça.

    — Tchau, Shura

    Camus pegou seus pertencer. Shura ainda o acompanhou até o estacionamento.

    — Até segunda, Camus – Disse. E ficou observando o amigo partir.

    —ooo0ooo—

    Tarde de quinta feira...

    Camus dirigia pensativo, o próprio aniversario nunca foi uma data que quisesse comemora. No entanto, também não era uma data que queria passar sozinho, mas precisava fazer aquilo para os irmãos apreenderem.

    As pestes (como Milo os denominava) tinham confessado, naquela mesma manhã, que o acidente com a sopa não havia sido bem um acidente. E que o loiro, talvez, tivesse um pouco de razão sobre as acusações prestadas. Bom, pelo menos, uma grande quantidade delas. Se não todas. Ou talvez bem mais do que os irmãos estivessem dispostos a assumir.

    Camus sabia da índole ciumenta dos irmãos, mas não imaginava que os mesmo fossem tramar daquela maneira contra o grego. O que fez com que Camus fosse muito injusto com o namorado.

    — Cheguei!! – Camus gritou da entrada.

     Os irmãos vieram lhe receber como de costume.

    — Camus!!! – Gritaram. Os aquarianos abraçaram o mais velho.

    Camus entrou e sentou-se no sofá da sala e tanto Isaac quanto Hyoga veio lhe fazer companhia.

    — Não conseguiu falar com Milo? – Perguntou o mais jovem.

    — Não! – Disse o ruivo melancólico.

     Seu olhar recaindo sobre os irmãos. E o peito apertando a cada minuto.

    Isaac conhecia o irmão como ninguém. Sabia que algo o afligia.

    — Diga logo!! – Disse Isaac de forma petulante.

    Camus arqueou as sobrancelhas, surpreso com a pertinência do irmão do meio.

    — Você está com aquele olhar. – Hyoga também havia notado.

    — Que olhar? – Indagou sem dar realmente importância.

    — O mesmo que você usa quando quer nos repreender. – Explicou o de cabelos verdes.

    — Eu estive pensando... – Falou com o timbre ameno – Pensei muito sobre o que fizeram, e quando digo muito, é muito mesmo. – Estava angustiado.

    Estaria ele fazendo o certo?

    — Para de enrolar e fala logo qual o nosso castigo.

    A prepotência de Isaac foi o suficiente para fazer o ruivo confirmar sua decisão.

    — Vamos ficar quanto tempo sem poder fazer o quê? – Completou o mais novo.

    — Bom, como fizeram uma aposta... Vou declará-la sem vencedores! – Ditou frio

    — Como assim?

    — No próximo final de semana, vou mandá-los para a casa da tia Natassia. – Sentenciou.

    Os adolescentes arregalaram os olhos, surpresos e felizes.

    — Eba! Eu nem acredito, vamos os três para casa da tia Natassia. – Vibrou o mais novo dos três.

    — Não, Hyoga. Não vamos nós três. – Disse Camus.

    Isaac e Hyoga o olharam, novamente, surpresos.

    — Você e Isaac irão. – Camus frio. Como somente ele sabia ser.

    — Não entendi. – Disse o de cabelos verdes.

    Hyoga estava boquiaberto. Era a primeira vez que Camus ficava assim... Tão distante, tão... Frio com eles.

    — Não choraminguem, afinal era isso que queriam. Não?

    O ruivo não demonstrava – e nem demonstraria. – o quanto estava triste por castigar os irmãos daquela maneira. Camus sempre presou a união da família acima de tudo, mas queria que seus irmãos aprendessem que tudo tem um preço, inclusive má criação. E também os dois precisavam entender que entre eles teria que haver respeito.

    — Mas nós queríamos ir com você!!! – Disse Hyoga com os olhos marejados.

    — Eu também queria ficar com vocês.  E com Milo. – Falou triste – Mas me privaram disso. Então esse será o castigo de vocês!! – Ditou mais uma vez aos irmãos – Vou passar meu aniversario sozinho.

    — VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUELE PUTO SER MAIS IMPORTANTE DO QUE A GENTE. – Gritou Isaac, completamente revoltado.

    O irmão não podia estar fazendo aquilo com eles. Camus endureceu o coração ao ver seus anjinhos com os rostos molhados de lagrimas.

    — Isaac... – Camus chamou sem alterar a voz, e foi o suficiente para o aquariano do meio se acalmar. – Acredite, isso dói mais em mim do que em vocês – Falou.

    Isaac trincou a mandíbula. Odiava frases daquele tipo.

    — Então me responde, por que somente eu e Hyoga estamos chorando? – Perguntou dolorido.

    — Porque vocês não sabem suportar a dor – Disse e saiu da presença dos irmãos, não sabia por quanto tempo mais conseguiria segurar o que estava entalado na garganta.

    Isaac e Hyoga ficaram na sala sozinhos. Os meninos estavam tristes, mas, Isaac, além da tristeza também sentia raiva.

    — O que vamos fazer Isaac? – Inquiriu Hyoga.

    O loirinho estava triste, pois queria ficar com os irmãos. Mas em seu intimo aceitava aquela sentença como justa.

    — Vou falar com Camus. – Falou irritado – Ele não pode simplesmente abandonar a gente por conta daquele loiro fresco!!!

    — Isaac... – Hyoga o chamou. – Não quero que brigue com Camus. – Disse apreensivo – Talvez ele tenha um pouco de razão. – Disse, baixando o olhar.

    — O que quer dizer? Hyoga. – Perguntou o de cabelos verdes, olhando para o mais novo, incrédulo do que ouvia. – Você acha justo o que ele esta fazendo conosco?

    — Nós simplesmente acabamos com o namoro dele. – Argumentou o loirinho – E não gostei do que vi nos olhos do nosso irmão. – Volveu. – Está doendo. Ele realmente ama o Milo.

    — Hyoga... – Isaac iria consolar o irmão, mas o outro retomou a fala.

    — Aposto... – Disse apertando os dedos. – Aposto que agora ele deve estar chorando.

    Isaac riu. Aquilo era impossível!

    — Isso é impossível. Eu nunca vi o Camus chorar.

    — Eu já. – Afirmou o mais novo. – E não quero ver de novo. – Disse abraçando o irmão.

    “Será?” Indagou-se o de cabelos verde, apertando o mais novo contra si. “será que magoamos tanto assim o nosso irmão?”.

    Isaac levou Hyoga para o quarto. O mais novo estava um pouco agitado. O aquariano fez com que o irmão se deitasse e foi ver como estava o irmão mais velho. Não gostava de brigar com seus queridos irmãos, ainda mais por conta do Milo. O loiro não era alguém tão importante assim na vida dele.

    Certo que infernizaram a vida do escorpiano, mas... – Ora, o loiro aguado também pediu. – Falou antes de entrar no quarto do ruivo.

    — Camus... – Isaac chamou baixinho ao ver o irmão deitado. Mas o irmão não se mexeu. – Camus... – Chamou novamente. – Olha eu... Eu sinto muito! – falou esperando que o irmão o expulsasse do quarto, estava realmente arrependido. Ainda mais depois de ver Hyoga chorando.

    Dentre os três Isaac era o mais encrenqueiro e o mais ciumento, amava demais os irmãos e, particularmente, nunca fora com a cara de Milo. O loiro era irritante, possessivo, ciumento e sem vergonha.

    Aproximou-se da cama. O irmão estava dormindo. O celular dele estava ao lado do travesseiro. Isaac pegou o aparelho, olhou a lista de chamadas.

    — Tantas assim? – Sussurrou admirado com a quantidade de ligações feita pelo irmão, na tentativa de falar com loiro aguado. O aquariano cobriu o mais velho que sussurrou o nome do escorpiano.

    Isaac sentiu-se a pior pessoa do mundo.

    Depois de sair do quarto do ruivo, Isaac se certificou que o mais novo também estava dormindo. Pegou um casaco, a carteira, o celular e saiu.

    —ooo0ooo—

    Sexta feira...

    — Bom dia! – Hyoga desejou.

    O loirinho ainda vinha esfregando os olhos.

    — Bom dia! – Camus retribuiu enquanto o irmão sentava – Onde está Isaac? – Perguntou não vendo o outro.

    — Acho eu ainda deve estar dormindo – Hyoga respondeu sem muito animo - Quando vamos para casa da tia Natassia? – Quis saber o mais jovem, olhando para prato que o irmão havia colocado á sua frente.

    — Quando você voltar da escola e Isaac da prova de ingresso da faculdade. – Respondeu sentando-se á mesa, tomando somente uma xicara de café puro.

    — Não vai mesmo com a gente? – A esperança de Hyoga ainda não havia morrido.

    — Não! – Exclamou seco, não queria entrar naquele tema de manhã bem cedo.

    Estava magoado com os irmãos e agora estava magoado com Milo. O loiro não lhe dera uma única chance de resposta.

    — Bom dia! – Desejou o outro aquariano, entrando na cozinha todo sorridente.

    — Bom dia. – Responderam os outros dois, murchos.

    — Credo! Até parece que morreu alguém. – Falou o de cabelos verdes, sentando-se a mesa também.

    Até o término do café, não foi dito mais nenhuma palavra. Depois do café, Hyoga pegou a mochila e Isaac o material que precisaria para a prova.

    Já que estava de folga, Camus foi deixá-los. Depois desta difícil tarefa foi até o apartamento do namorado, queria vê-lo, se desculpar e quem sabe assim poder fazer as pazes com ele.

    Parou o carro em frente ao prédio onde o namorado morava, já estava preparado pra sair quando viu o carro de Milo despontar na saída do estacionamento.

    — Onde será que ele vai a essa hora? – Perguntou, religando o carro.

    Camus sabia que era errado seguir uma pessoa, mas iria seguir o namorado mesmo assim.

    Estava curioso do por que de Milo está saindo tão cedo, principalmente por que sabia que o escorpiano gostava de dormir até tarde.

    Milo parou em vários lugares. E sempre saia com alguma sacola. O escorpiano parou em uma loja de doce, em uma boutique de roupas de grife e uma agencia. Em uma loja de aparelhos eletrônicos e até em um sex shop (nesse, particularmente, Camus não gostou).

    O grego passou o dia todo perambulando, despreocupadamente, sem saber que era seguido. Camus assistia a Milo comprar todas aquelas coisas um belíssimo e radiante sorriso no rosto que, mesmo de longe, Camus conseguia notar. Aquilo, particularmente, doeu no peito do ruivo. Como o grego podia está sorrindo tanto se estava brigado consigo? Pensou. Será que em tão pouco tempo o loiro tinha arrumado alguém? Outro pensamento desnecessário. Porém fazia um pouco de sentido.

    Já era tarde quando Camus voltou para casa com o peito apertado. Durante todo o caminho de regresso o pensamento de Milo ter arrumado alguém não saia de sua

    — Camus!!! – Gritaram o mais novos como sempre, o ruivo porém nem se deu ao trabalho de responder, simplesmente passou pelos irmãos em direção ao quarto.

    — O que deu nele? – Quis saber o mais novo, observando o irmão mais velho praticamente se arrastar até o quarto.

    — Não sei. – Exclamou de cabelos verdes. Estranhando da mesma forma.

    Mas levando Hyoga para o quarto. Precisavam arrumar as malas.

    — Isaac, estou preocupado com Camus. – Disse Hyoga olhando em direção ao quarto do ruivo.

    — Não se preocupe, ele vai ficar bem! – Tranquilizou o de cabelos verdes.

    — Como sabe? – O mais novo ergueu o olhar para o outro.

    — Sabendo! – Disse. Dando por encerrada a conversa. – Agora venha, vamos nos despedir dele.

    — Já estamos prontos. Camus. – Hyoga falou ao aproximar-se do quarto.

    Seu irmão estava sentado na cama.

    — Tudo bem. Levarei vocês ao aeroporto. – Falou cansado.

    Seu intento era deixar que seus irmãos fossem de taxi, mas achou melhor se certificar que eles pegariam o voo.

    — Divirtam-se e mandem lembranças a tia Natassia. – Disse, forçando um sorriso para os irmãos.

    — Porque não vai logo procurar o Milo? – Perguntou Isaac. Não aguentava mais tanta melancolia vinda do mais velho.

    — Isso não é da sua conta – Retrucou o ruivo. Isaac deu de ombros. – Mas só para você saber... Eu já fui.

    — E? – Indagaram os adolescente juntos.

    — Eu acho que ele tem outra pessoa – Falou tentando controlar as lagrimas. Nunca havia chorado na frente de seus irmãos. Não iria fazê-lo agora.

    — Como ele se atreve? – Hyoga trincou o punho.

    — Você o viu com outra pessoa? – Quis saber o aquariano do meio.

    — Não. – Camus negou rápido. Já estava doendo só de imaginar. Se visse então... – Mas...

    — Como pode dizer que ele tem outra pessoa sem provas? – Camus e Hyoga olharam para Isaac.

    O esverdeado estava com um estranho sorriso nos lábios.

    — Isaac... – Começou o mais velho. – Eu o vi indo em lugares... Comprando coisas...

    O de cabelos verdes piscou incrédulo. O amor era tão estranho, ou melhor, fazia as pessoas ficarem estranhas... Idiotas, por assim dizer.

    — E só por isso começou a imaginar que ele tem outra pessoa? – Perguntou despretensioso.

    — Perguntando assim, me faz parecer um idiota. – Disse Camus.

    Isaac suspirou, desejando nunca se apaixonar por ninguém.

    — Não pode querer que ele fique preso dentro de casa somente porque vocês brigaram. – Camus revirou os olhos.

    Não era bem assim que as coisas funcionavam. É claro que não queria que ele ficasse preso dentro de casa, mas gostaria de ganhar uma satisfação. Uma mensagem, sinal de fumaça. Qualquer coisa que o deixasse despreocupado quanto às ações do outro.

    — Camus me responde uma coisa..., ele estava acompanhado? – Isaac novamente perguntou.

    — Não! – Respondeu o ruivo sem entender.

    Isaac não gostava de Milo, mas estava tentando achar razões para o comportamento do escorpiano?

    — Então para de tirar conclusões precipitadas e vai falar com o loiro aguado. –Camus olhou um pouco desconcertado para o irmão: ele tinha tirado conclusões precipitadas?

    — Mas... E quanto ao celular? – Achou uma brecha para dar força a sua insegurança – Ele deixou o aparelho desligado todos esses dias. Tentei ligar para ele logo no inicio dessa confusão. Antes caia na caixa postal e agora diz que está desligado.

    Hyoga, que até aquele momento apenas assistia os irmão conversarem, sentiu um frio correr por sua espinha.

    — Sabe Camus, quanto ao celular do seu namorado, talvez eu tenha um pouquinho assim de culpa. – Disse Hyoga fazendo um espaço com os dedos. Camus franziu o cenho em direção a ele. – Eu o peguei. – Confessou.

    — Hyoga... – Advertiu o francês, realmente irritado.

    — Espera... Eu posso explicar. – Defendeu-se rápido, o olhar do irmão agora não era nada agradável. – Lembra que formos ao restaurante em seu carro? – O ruivo confirmou – Então..., quando ele foi pegar o carro dele você não estava. E ele disse que tinha deixado às chaves do carro dentro do seu quarto. Então ele jogou o celular em cima do sofá e eu peguei e guardei. Acho... Que o aparelho deve de ter descarregado, mas tá lá dentro da minha gaveta.

    — Hyoga... – Uma veia saltava no alto da testa do ruivo. – Você sabe o quanto eu liguei pra esse celular? – O mais velho fez força para se controlar.

    — Não?! – Respondeu indeciso.

    — Foi uma afirmação ou uma pergunta – O aquariano mais velho estava realmente zangado.

    — Foi uma deixa para darmos logo o fora daqui! – Exclamou Isaac. Pegou Hyoga pelo pulso e saiu arrastando-o em direção a área de embarque.

    — Divirtam-se. – Disse mais uma vez.

    — Pode deixar. – Isaac confirmou com uma piscadela divertida. – Você deveria aproveitar para conversar com seu namorado? – Sugeriu.

    — Acha que devo ir? – Perguntou preocupado.

    As primeiras ligações que fizera, o loiro não atendera por birra. Mas as outras ligações Milo não atendeu porque estava sem o celular. Falando em celular, Milo não sentiu falta do aparelho? Ou não foi pegar por saber que o mesmo estava na casa de Camus? Será que o outro ainda estava zangado?

    — Com certeza? – Afirmou Hyoga acabando com devaneios do ruivo.

    — Coloque uma roupa bem chamativa – Sugeriu o irmão de cabelos verdes.

    — Porque uma roupa chamativa? – Camus perguntou assustado. Não escutou nada do que os irmãos disseram anteriormente.

    — Bom... Você sabe os gostos sexuais do loiro aguado – Falou já sabendo que o irmão ralharia.

    — Isaac!!! – Repreendeu o ruivo, tão vermelho quanto um tomate.

    — Só estou dizendo para você ficar gostoso para o afetado do Milo. – Defendeu-se sorrindo – Mas, se bem que, você não vai precisar fazer muito. Porque no final das contas, você vai ficar pelado mesmo.

    — Isaac! – O aquariano do meio deu uma gostosa gargalhada ao ver seu irmão mais velho ficar mais vermelho ainda.

    Camus cobriu o rosto com uma das mãos, pedindo por paciência.

    — Queria ir com você.  – Falou depois de uma sessão de suspiros. – Mas não posso.

    Beijou e abraçou cada um dos irmãos.

    — Se preocupa não, agente se vira – Tranquilizou o encrequeiro.

    — Boa sorte, Camus. – Desejou Hyoga.

    — Até logo, meninos – Disse. Quando os irmãos já estavam na porta de embarque ele deu meia volta para ir embora.

    — Camus... – Os adolescentes chamaram-no novamente – Feliz aniversario!!! – Desejou os mais novos. O ruivo sorriu avistando os irmãos embarcarem.

    Continua...


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