Life Imprisoned - A Love Story

  • Zero
  • Capitulos 2
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    27 de Janeiro - 27 de Abril

    Álcool, Linguagem Imprópria, Suicídio

    Eu sou Jeiku, tenho 14 anos.

    Acabei de mudar de escola, o problema de drogas tem se espalhado muito nas escolas da região. Começo as aulas amanhã, eu nunca fui de fazer amigos, as pessoas não gostavam de mim, não pensei que ia ser diferente esse ano, mas acabou sendo.

    27 de janeiro

    A escola é bem diferente do que eu imaginava, mas certamente é melhor do que a antiga. Eu nasci no Japão e vim para o Brasil em 2012, eu admito que isso aqui é bem pior do que eu imaginava, as pessoas daqui não tem cultura, ou pode ser a minha que é diferente daqui. As primeiras aulas foram chatas, os professores não são muito amigáveis, também, os alunos ficam fazendo bagunça e gritando "Vagunda!" a aula inteira, parece que o intervalo é mais importante por aqui, quando toca o sinal, eles parecem dinossauros correndo atrás de carne. Certamente eu vou mudar de classe, vou para a melhor, de acordo com a diretora. Parece que por aqui os melhores são chamados de "Nerds" ou de "Anti-Sociais", mas nunca fui de ligar para o que me chamam. Uma garota me chamou muita a atenção, ela tem uma mecha de cabelo pintado e o rosto branco como a neve, reparei bem e descobri que o nome dela é Masami, veio de Osaka, Japão. Logo me interessei por ela, uma das poucas mulheres que tem respeito por aqui, não fica rebolando pra qualquer um, mas tinha um cara grande do lado dela, parecia ser o namorado. Quando deu o sinal da saída, eu fiquei na frente da escola até aquela menina ir embora, eu meio que gostei dela, trocamos olhares algumas vezes, claro, é normal que duas pessoas de gostos iguais repararem umas as outras.

    4 de março

    Passou uns dias, e eu me acostumei com a nova escola, a pesar de não gostar, me acostumei. Era semana de prova, bem fáceis na minha opinião, mas a maioria se deu mal, no intervalo uma garota veio me perguntar se eu queria "ficar" com a amiga dela, estranhei o modo de falar e achei que era brincadeira, até perceber que as pessoas daqui falam assim mesmo e "ficam" com as pessoas atráves de outras, não perguntam diretamente. Eu recusei, claro.

    27 de abril

    Chamei bastante atenção nos três meses que estive aqui, as pessoas repararam bem nas roupas que eu uso, nas coisas que eu escuto, mas aqui, diferente do Japão, as pessoas me ofendem diretamente, querem briga e etc. No Japão eles falam pelas costas porque não querem se meter em brigas, mas pelo menos eu não fico sabendo do que as pessoas pensam sobre mim, é melhor assim. Tinha um garoto na minha classe parecido comigo, o nome dele era Lauro, nome típico de brasileiro, ele era amigável com todo mundo, respeitava ele mesmo e os outros, eu gosto de pessoas assim, e é bom saber que o Brasil não está totalmente perdido. Todo mundo aqui é cristão, diferente do Japão. Devido ao simples fato da minha família ser atéia, e eu também, as pessoas me discriminam muito, acham que eu sou do "diabo", eu não entendo muito, eu respeito todo mundo como me respeitam, parece que aqui religião define caráter, mas tudo bem, eu não saio por ai dizendo que sou ateu pra "deus" e o mundo, como diriam o povo daqui. Eu só queria um pouco mais de consideração.

    Jeiku Saikosai, desligo.


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