30 Days OTP Challenge

Tempo estimado de leitura: 21 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 3

    O3. Mi casa es tu casa

    Heterossexualidade

    Título: Mi casa es tu casa

    Day 03: Gaming/watching a movie

    Gêneros: romance

    Data: 05/08/14

    O3. Mi casa es tu casa

    – por Paola Tchébrikov

    Nunca se imaginaria entrando em uma mansão. Inoue Orihime, uma garota de gostos simples e satisfeita com a vida que tinha, nunca almejara coisas grandes, como ser rica ou uma modelo. Por isso, ao ser guiada por uma empregada até uma sala de espera luxuosa, e ser servida com biscoitos e chá, as sobrancelhas finas arquearam-se em incômodo.

    — É estranho para você ser servida? — A voz repentina assustou-a, fazendo Orihime dar um pulo onde estava.

    Seus olhos castanhos voaram até a porta, fitando a figura de um Schiffer Ulquiorra de camisa polo e calça de brim. Um sorriso doce formou-se em seus lábios enquanto o via caminhar até o sofá onde estava e se sentar ao seu lado, pegando um biscoito.

    — Sua casa é muito bonita — comentou gentilmente.

    — É uma casa fria e impessoal — rebateu Ulquiorra indiferente.

    Sem ter como debater, Orihime apenas voltou a tomar seu chá. Os minutos foram se passando e, quando ela já não aguentava mais, foi surpreendida por Ulquiorra que, tirando a xícara das suas mãos, inclinou-se sobre seu corpo, forçando-a a se deitar no sofá.

    Os olhos arregalados dela não foram capazes de deter o rapaz. Sobrepondo o corpo esguio, Ulquiorra segurou os pulsos delicados no alto e mergulhou sua boca no pescoço vulnerável. Sua cintura roçou na dela, e o rosto bonito tornou-se carmesim.

    — U-Ulquiorra... — tentou protestar ela, tendo suas mãos soltas quando seus lábios foram tomados com possessão.

    O beijo de Ulquiorra foi terno, mas avassalador. Perdida e entregue a ele, Orihime pousou suas mãos sobre os ombros largos, suspirando ruidosamente. Sentiu quando ele afastou suas pernas para pôr-se entre elas e murmurou, envergonhada:

    — O que estamos fazendo...? — seu tom era rouco e demonstrava sua vulnerabilidade. — E-eles podem chegar a qualquer momento.

    — Eles acabaram de me ligar para avisar que não poderão vir — respondeu Ulquiorra, erguendo o rosto para olhar para Orihime.

    — Não virão? Por quê?

    — Parece que Sado e Ishida comeram algo estragado e estão no hospital. Rukia e Renji, que já estavam lá, esperando Ichigo, acabaram ficando por lá mesmo — explicou Ulquiorra, encolhendo os ombros.

    — Mas... e agora? A intenção era que assistíssemos, juntos, ao filme — disse ela decepcionada.

    — Rukia disse, depois de tomar o telefone das mãos do Ichigo, que devíamos assistir apenas nós. "Não poderemos estar, mas não é necessário acabar com o encontro por causa disso", foi o que ela disse.

    Ambos ficaram se encarando, pensativos, esperando a reação do outro. Orihime havia esperado por aquele momento junto aos amigos com muita ansiedade. Ulquiorra, por outro lado, achava melhor estar apenas com ela. Gostava dos amigos, mas sentia que passavam tempo suficiente juntos no colégio.

    Já com Orihime, cada segundo era uma parte preciosa do paraíso.

    Vendo como ela estava confusa, suspirou, levantando-se e passando a mão nos cabelos negros, puxando-os para trás, em uma mania que se mostrava quando estava muito frustrado.

                — Tudo bem, Orihime, vou preparar o carro e levá-la para casa. Você não teve culpa alguma pelo ocorrido, só sinto por você ter vindo até aqui por nada.

    Ele virou-se e deu um passo, mas uma mão em seu braço o deteu de prosseguir. Ao encará-la, viu o rosto vermelho como um pimentão e o leve tremor que sacudiu seu corpo.

                — Eu... quero assistir ao filme com você, Ulquiorra-kun. — Os olhos castanhos fitaram o outro lado da sala.

                — Tem certeza? — indagou Ulquiorra, deslizando sua mão pelo braço dela e fazendo-a olhá-lo nos olhos.

                — Te-tenho — respondeu, engolindo em seco ao ver o sorriso divertido que nasceu nos lábios dele.

    Como uma ovelha que é levada ao matadouro, assim estava Orihime naquele momento. Ele, satisfeito, entrelaçou seus dedos aos dela e, sem esperar mais, saiu puxando-a pela casa. Andaram por um longo corredor, subiram uma enorme escada, encararam outro corredor, neste havia várias portas.

    Ulquiorra abriu uma preta no meio do corredor.

                — Aqui é o meu quarto. Não assistiremos aqui, mas agora você sabe onde me achar — comentou, não se demorando muito no local, logo arrastando a jovem para fora dali e fechando a porta, voltando a andar.

    Pararam naquele mesmo corredor, na última porta, e Ulquiorra abriu-a, revelando uma enorme sala de jogos que deixou Orihime abismada e eufórica. Pensou em sair correndo e mexer em tudo, mas ele agarrou-a pela cintura, beijando-a intensamente antes de comentar, perspicaz:

                — Hoje não. Na próxima você poderá mexer em tudo. Agora assistiremos ao filme juntos.

    Abalada, mas obediente, Orihime assentiu, sendo guiada por ele até uma porta lateral. Quando entraram, uma televisão pegava quase que a parede toda, diante de um enorme sofá em formato de "u", várias poltronas reclináveis e uma mesinha, onde havia pipoca, bebidas, doces, pães e até alguns pedaços de bolo e torta.

    Acomodaram-se no enorme sofá, um ao lado do outro, o braço de Ulquiorra na cintura dela, puxando-a contra si, e o corpo feminino apoiado no dele, ansioso pela nova experiência.

    Pegando o controle, Ulquiorra colocou o filme para rodar, acomodou-se melhor e curtiu aquilo. Em algum momento eles acabaram deitados no sofá, com Ulquiorra deitado com os braços atrás da cabeça e uma Orihime interessadíssima no enredo deitada sobre ele.

    Assistiram ao filme e ele até ligou a TV a cabo em um canal sobre pesquisas científicas. Ela ficou fascinada pelos animais mostrados e os em extinção. Sem sequer notarem, ambos dormiram um nos braços do outro, felizes e satisfeitos.


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