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As árvores se moviam, não era o vento, podiam escutar o barulho de galhos no chão sendo quebrados. Quem era? O que era?
Os digiescolhidos estavam preocupados, e se fosse algum vilão que eles teriam de enfrentar, ou pior, se o vilão fosse Omnimon?
O suor preocupado de acada um deles escorria pela pele, tinham de estarem preparados para tudo que pudesse acontecer daquele momento em diante.
– O que faremos? – perguntou Julie.
– Preparem os digivices! – exclamou Gabriel. – Prepare-se Leomon!
Num saltar horripilante, a criatura surge dentre as árvores caindo sobre o corpo de Bokomon. Este grita, com os olhos fechados, como estivesse sendo atacado por uma criatura muito feroz.
– Bokomon! – exclama a criatura sorridente.
Bokomon abre os olhos vagarosamente e empurra o ser que estava sobre o seu corpo, já reconhecia o ser, era Neemon.
– Já disse para não me assustar desse jeito! – disse Bokomon dando um tapa no companheiro.
– Mas e aí? O que descobriu? – perguntou Tagetsu.
– Quais as notícias? – perguntou Leomon encontado numa árvore.
Neemon calmamente explicou que não havia descoberto nada que pudesse comprovar se Omnimon era um amigo, ou um inimigo. Mas descubriu que muitos dos digiescolhidos estavam seguindo para o Palácio Lendário, e que seria uma ótima idéia deles irem a este luagr também, pois com certeza poderiam entender melhor sobre suas missões no Digimundo.
– Não podemos ir sem ter pelo menos a comprovação sobre quem é Omnimon. – disse Gabriel.
– Também concordo. – disse Tag. – Não podemos simlesmente partir e acabarmos ficando com essa dúvida nas nossas cabeças.
– Não quero que fiquem! – disse Bokomon cabisbaixo e pensativo. – Se realmente todos os digiescolhidos estão indo para lá, devem ter recebido o chamado, e se vocês três não receberam, é por que alguma coisa aqui na Cidade dos Digiescolhidos não está deixando que essa mensagem seja transmitida a quem se encontra por aqui.
– Está nos mandado seguir sem olhar para trás? – perguntou Candlemon.
– Não podemos seguir sabendo que vocês correm perigo. – disse Lunamon
– Não se preocupem conosco. O mais importante são vocês. – disse Bokomon. – Não posso permitir que fiquem por aqui para triunfarem contra Omnimon se caso ele realmente for um inimigo, que no caso tudo comprova que ele está contra nós. Tenho de impedir que fiquem por aqui, pois sei eu vocês têm a chance de libertar e curar o Digimundo para que possamos volta a ser felizes. Não fiquem por eu e Neemon. O Digimundo precisa de vocês seis e não de nós dois, se o Mundo digital precisasse realmente de nós dois, teriam enviados parceiros humanos para a gente.
– Entendo o que quer que façamos, Bokomon. – disse Leomon se preparando para partir. – Nós vamos sem problema algum, porém fiquei vivos.
– Eu não quero morrer. – lamentou Neemon.
– A gente não vai morrer, Neemon! – reclamou Bokomon.
Despediram-se os oito. Era um momento de separação, não importava para os dois pequenos digimons se tivessem de ficar e enfrentar o valente e poderoso Omnimon, pois os dois estariam lutando pelo Digimundo.
***
Takuya e Zoe haviam recebido a mensagem de irem ao Palácio Lendário. Tinham agora de resolver um modo de chegarem ao local o mais rápido possível.
– A gente já deve está caminhando há horas.
– Para de reclamar, Takuya. A gente começou a andar faz menos de cinco minutos.
– Se eu pudesse evoluir para BurninGreymon poderíamos chegar mais rápido lá.
– Claro! – exclamou a menina com um imenso sorriso no rosto.
– Por que esse sorriso todo?
– Você não percebeu?
– O quê? O que é que eu não percebi?
Zoe sorria da cara de Takuya, o menino meio que fazia umas caretas enquanto perguntava.
– Eu posso evoluir para Kazemon, e assim, podemos adiantar a caminhada.
– Seria uma boa ideia!
Zoe digievoluiu para Kazemon. Estava voando pelo ar carregando Takuya nos braços, e passariam um pouco do tempo desse jeito até que estivessem mais próximo do local onde queriam chegar.
***
Neemon e Bokomon andavam silenciosamente para que Omnimon não percebesse que eles estavam chegando à área dos laboratórios pelas entradas da floresta. Se o digimon os encontrasse, perguntaria onde estavam e buscaria saber o que estava acontecendo.
Num passo em falso, pelo corredor de metal abaixo da terra, Neemon caiu no chão. Desse modo provocou um barulho incomodo.
– Shiiii! – Bokomon estava com uma cara de bravo. – To-ma cui-da-do. – sussurrou.
Ao se aproximarem mais da porta do laboratório, os dois perceberam que alguém estava no laboratório para onde estavam a ir. A voz tinha um vibrar conhecido, parecia com o tom de voz de Omnimon, porém este era mais grave.
– Tá ouvindo? – perguntou Bokomon. – Vamos ouvir o que é isso.
Ao se aproximaram da porta, praticamente estavam grudados e ouvindo por uma brecha de abertura que fizeram para ouvir melhor o que estava acontecendo.
– Não há muito tempo. – disse a voz de um digimon que estava sempre andando de um lado para o outro.
– Como não há tempo? Eu quero o corpo de Omnimon! Sei que você praticamente o dopou, agora eu quero incorporar nele.
– Não sei se você aguentaria a energia, senhor.
– Eu lhe perguntei algo, Buraimon?
– Não, senhor.
– Então o traga aqui imediatamente. Quero obter os dados dele hoje mesmo.
Seria então isso? Omnimon estava sendo controlado como se fosse um boneco, um fantoche. Quem era aquele digimon que pretendia absorver os dados de Omnimon? Com certeza queria os dados para ficar mais poderoso, mas quem era?
Os olhos de Bokomon encheram de lágrimas, sabia que tinha sido injusto com aquele que sempre foi fiel a ele. Juntou as peças de sua cabeça, lembrando-se que Buraimon entrou na cidade porque Omnimon o salvou numa guerra que estava acontecendo há um mês, e foi nesse meio tempo que o digimon lendário começou a modificar-se.
– Não podemos deixar que Buraimon chegue a Omnimon. – disse Bokomon num tom de voz baixo.
Bokomon puxou Neemon pela calça, corriam os dois pelos túneis secretos abaixo do laboratório. Os dois rapidamente encontraram Omnimon em sua sala. Este estava sentado numa cadeira.
– Omnimon. – disse bokomon quase que num sussurro.
– Veio pra me culpar ou pra me defender?
– Desculpe. Estive errado por um tempo, mas não posso deixar que usem seus dados para o mal.
– Você não pode fazer nada.
– Como assim? Você pretende se entregar?
– Sim. Vou me entregar, esse é meu único jeito de proteger o Digimundo.
– Você não pode! – disseram Neemon e Bokomon quase que juntos.
– Quem disse que não? Talvez você não entenda o que estou fazendo, mas esse é meu jeito de proteger o Digimundo. Assim que forem pegos os meus dados eu poderei transportar um tipo de vírus que não ajudará este tirano. Sei que será meu fim, mas também sei que já trouxe os digiescolhidos para proteger o Digimundo. E você estava certo.
– No quê?
– Estava certo em trazer de volta os digiescolhidos lendários. Sei que muitas coisas que vocês viram pareceram que eu estava do lado do mal, mas foi desse jeito que fingi está tomando os tipos de bebidas fornecidas por Buraimon. A qualquer momento ele entrará por aquela porta e eu terei de seguir, mas vocês não rpecisarão ver isso. Saiam daqui. Usem essa liberdade para fazer com que os digimons possam acrediatar nos digiescolhidos, e que estes são os únicos que poderão lutar contra as maldades que estão por vir.
– Sendo assim, nós vamos embora.
– Peçam aos digiescolhidos que lutem com os corações, lembrem a eles que existem digievoluções e que eles precisam chegar aos estágios mais avançados possíveis para detonarem a guerra que estão por perto.
Um barulho de alguém caminhado pode ser ouvido dentro da sala. Neste momento, Omnimon enfiou os dois digimons em uma cápsula e apertou um botão, e assim os dois foram lançados para longe da Cidade dos Digiescolhidos.
– Cheguei, Omnimon! – disse Buraimon entrando na sala do digimon lendário. – Vejo que ainda se sente fraco, mas não se preocupe. Vou te dar um pouco de energia hoje.
– Não precisa me fornecer energia hoje. Eu me entrego.
– Do que está falando?
– Eu me entrego.
– Eu sei que você se entrega, mas se entrega do quê? – perguntou Buraimon. – Quer saber, esquece. Vamos logo te recarregar, e depois você terá uma surpresa. Acho que lhe dei tantas bebidas que você acabou delirando.
Buraimon levou Omnimon ao laboratório, lá Omnimon não reagiu a nada, estava se sacrificando para o bem do Digimundo. Estava fazendo sua parte pelo mundo, por todos.