Irmãos de Sangue

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 8

    Passado...

    Linguagem Imprópria, Violência

    Meu tio pegou o caderno nas mãos, seu olhar era como se fosse a primeira vez que ele via o conteúdo do caderno, ele folhou o caderno e leu algumas coisas. Ele olhou para mim e falou:

    - Erick, eu tenho uma longa história para te contar, a história de como eu e seu pai chegamos até aqui. - Eu realmente não estava muito interessado nisto, eu só queria saber o que era aquele caderno e porque meu pai o escreveu. Meu tio ficou de pé e me guiou até o sofá, ele se sentou frente a mim e começou a falar:

    - Há muito tempo atrás, quando reis ainda reinavam na terra, eu nasci... - Eu interrompi ele e falei:

    - Só pode ser brincadeira certo? Você não é tão velho assim. - Falei.

    - Sim eu sou velho, esta é uma maldição que todos que carregam magia dentro deles carregam. A imortalidade é o preço. - Ele falou como se aquilo já não o incomodasse. Mas ai eu pensei " mas espera ai meu pai também e velho assim? " será? Não, isto não é possível. - Quando eu nasci os reis ainda reinavam sobre a terra, as historia sobre feiticeiros era algo que todas as pessoas levavam de maneira seria e não como brincadeira. As pessoas sentiam medo, pare eles éramos como monstros, nada que fazíamos era levado como algo bom. Quando fiquei mais velho eu sabia que eu era diferente, que eu podia fazer coisas que as outras pessoas não podiam, quando seu pai nasceu eu pude sentir que ele era igual a mim, que dentro dele um poder sobrenatural dormia. 

    ***

    Quando ficamos mais velhos, juramos manter isto em segredo, para que nossos pais não sofressem, ficamos anos unidos, mas um dia no meio da noite, começou um ataque do reino vizinho, nossos pais não sobreviveram, eles eram tudo paa nos e já não tendo mais para onde voltar decidimos ir para a capital. Quando chegamos lá, sem dinheiro algum e com poucas coisas que nos restaram decidimos começar a trabalhar. Um dia um homem veio até nos e falou, que sabia sobre nossos poderes e que ele era igual a nós, ele nos convidou para ser seus aprendizes e decidimos aceitar. Ele descobriu nossos poderes e começou a nos ensinar tudo, ficamos anos e anos com ele. Eu já conseguia controlar o fogo, mas seu pai não conseguia controlar o seu poder, um dia ele decidiu que só tinha um modo de seu pai aprender sobre seu poder e nos levou para um mundo completamente diferente.

    ***

    Neste mundo encontramos seres, que só ouvimos em lendas, este homem nos levou até o povo mais antigo daquele mundo, os élfos, só que eles não gostavam de humanos e sempre falavam que eles trariam problemas para os dois mundos. Mesmo assim eles concordaram em nos ensinar o que sabiam sobre o arcana do tempo. Quando retornamos para nosso mundo, este homem decidiu que estava na hora de começarmos a trilhar nosso caminho e seguiu o seu próprio, mas eu sinto que ele ainda esta por perto esperando quando pedirmos ajuda. Muito tempo passou e seu pai e eu conhecemos vários lugares e aprendemos varias línguas. E mais ou menos nesta época, uma doença começou a se espalhar pelos humanos, seu pai e eu começamos a fazer pesquisas e descobrimos que não se tratava de uma doença e sim um ato demoníaco. As pessoas afetas não podiam sair a luz do dia e nem comer a comida humana...

    - Vampiros? - Perguntei.

    - Sim vampiros, não que eles começaram a existir naquele tempo, eles sempre estiveram entre nos, mas nos nunca tínhamos percebidos e quando isto ficou mais claro vimos que existia duas espécies destintas e a rivalidade entre as duas. Logo os lobisomens apareceram com mais força e começou a guerra entre eles. Queríamos saber mais sobre isto, então mais ou menos cem anos atrás encontramos um vampiro, ele era jovem mais muito forte, ele contou sua historia e então eu e seu pai decidimos acolher ele nesta casa e claro ele esta aqui até hoje. Alguns anos depois encontramos uma licantropa, ela veio para esta casa e com o comportamentos dos dois entendemos o que acontecia. Quando a porta entre este mundo e o outro era aberta, seres de lá vinham para este e foi quando começou os primeiros casos de vampirismo e licantropia, interessados nisto seu pai e eu voltamos para o outro mundo e começamos a pesquisar e descobrimos que a mil anos antes do nosso nascimento um humano chamado Jonathan Crawford, abriu a porta pela primeira vez, quando ele chegou neste mundo, as criaturas se sentiam atraídas por ele, que logo conquistou o coração de vários povos que viviam ali, mas nem todos gostavam dele, havia um em especifico, ele era chamado de Darkus. 

    Darkus odiava tanto Jonathan, ninguém sabia o motivo, ataque um dia uma guerra começou, a guerra tirou a vida de muitos e Jonathan ferido e odiado decidiu seu ato final. Antes de morrer ele selou Darkus em seus corpo e disse:

    " Ele morra comigo, porém meu poder não é o suficiente para derrotar-lho, um dia ele voltara. Quando o decimo arcana do tempo nascer, Darkus voltara. "

    As ninfas tocadas pelo ato dele, o enterraram e por vários dias e varias noites cantaram para que uma árvore nascesse ali, a árvore cresceu, no seu centro um espelho se encontra e a ninfa que vive nela jamais saiu. Eu e seu pai decidimos procurar pelos arcanas do tempo e descobrimos que só nove existiam. Mas a doze anos atras seu pai me contou da existência do decimo, ele me entregou este diário e falou que só você e somente você poderia abrir este diário. Eu não havia entendido, mas agora vejo o porque. - ele olhou para a primeira pagina e suspirou.

    Eu queria acreditar, sim eu vi um lobo falar, vi o tempo parar, mas eu ainda não conseguia acreditar. Quando abri a boca para falar, alguém bateu na porta e meu tio falou.

    - Entre. - A porta se abriu e lá estava a mesma garota de antes, só que ela não estava sozinha. Atrás dela, uma estranha criatura estava, ela era alta, magra, sua pele era extremamente branca, seus cabelos era branco neve, seus lábios azuis, olhos azul céus, sua pele era delicadamente coberta por um vestido azul gelo e em suas costas duas delicadas asas descansavam. Ela parecia um raio de luz na escuridão... Ela era como um pingente de cristal... Uma obra perfeita da natureza... Sua beleza era inigualável a qualquer humanos que eu houvera visto...


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