Eu corria e corria, mas ele sempre me encontrava, por mais que eu me esconde-se, ele me encontrava e levantava seu dedo e fazia sinal de não e falava:
- Erick querido eu vou sempre te achar, você não pode fugir de mim. - sua voz era grosa de mais para ser humana, era tudo o que eu sabia sobre ele.
Ele usava um tipo de capa, longa e negra que cobria seu rosto, ele aparentava ser alto mais ou menos da minha altura ele também era magro e em sua mão um símbolo aparecia varias vezes, parecia ser uma ampulheta. Eu me levantei e tentei fugir correndo para longe dele, mas ele se materializou na minha frente, na sua mão era possível ver uma misericórdia, a qual ele enfiou no meu peito bem onde ficava meu coração.
Naquele momento acordei com o som oco de minha cabeça batendo no chão e despertador dizendo que já era outro dia. Eu ainda estava deitado no chão respirando com dificuldade , quem me vise naquele momento pensaria que eu teria corrido, me levantei e joguei o cobertor na cama, eu sentia estar grudando e quando passei a mão por meu cabelo senti o suor, peguei minha toalha e fui para tomar banho.
Quando sai, fui até meu closet e peguei minha calsa jean's azul escura e uma camiseta branca. Quando estava indo para a cozinha, no corredor que levava até a escada, passei na frente do escritório do meu pai, onde por um momento uma pequena lembrança que sempre voltava minha cabeça no dia do meu aniversário, sacudi a cabeça na intenção de esquecer-lá . Fui para a cozinha, onde fui direto para os armários, peguei a caixa de cereal e a garrafa de leite da geladeira, misturei tudo em uma vasilha e fui para a sala. As paredes da sala eram cheias de fotos, de quando eu ainda era criança, do meu pai em seu escritório, do dia do casamento dos dois, varias coisas que eu já não queria lembrar, eram apenas lembranças doloridas para minha mãe e o fato de que eu um dia tive um pai. Sentei no sofá de couro marrom e peguei o controle que estava na messa de centro ligando a TV, uma das única coisa sofisticada ali. meia hora já havia-se passado quando olhei para o relógio já era hora de ir, peguei minha mochila e minha jaqueta de couro preto e a chave da camionete. Joguei minha mochila na traseira e dirigi em direção ao colégio.
Quando cheguei na casa de Josh, buzinei e deu para ouvir quando a mãe dele gritou:
- JOSH!! ERICK ESTÁ AQUI!! - Ela veio até a porta e falou para mim.
- FELIZ ANIVERSÁRIO QUERIDO!! - ela era a única pessoa que de fato lembrava disso, ergui minha mão e falei:
- OBRIGADO TIA!! - Eu sempre fazia isto pois sabia que ela não gostava quando eu chamava ela assim, mas naquele dia ela sorriu e acenou para mim, entrando de volta para dentro e gritando de novo.
- JOSH!! - Eu ri dentro da camionete, tentando imaginar minha mãe fazendo isto, mas logo decidi esquecer isto.
Cinco minutos depois ele apareceu correndo pelo gramado e jogando sua mochila na traseira da camionete e entrando do meu lado.
- Feliz aniversário cara, agora você é oficialmente um ano mais velho que eu. - Ele bateu no meu ombro e sorriu.
Josh era a pessoa mais próxima que eu tinha, ele foi a única criança que continuou falando comigo, depois da morte de meu pai, já que foram espalhados rumores estranhos e quase ninguém deixava seus filhos brincar comigo. Mas sua mãe e seu pai foram diferentes, eles me acolheram como um filho e sempre me ajudaram. Eu me virei para ele e falei ligando a camionete.
- Mais não por muito tempo. - Falei voltando a dirigir
- Sim mas é tempo, a é como está as coisas com o time de beisebol? - Ele perguntou, tirando um chiclete do seu bolso.
- Final do mês contra um colégio do Alabama. - Respondi sem tirar o olho da rua. - E o time de basquete? - Josh não era muito de pensar, mas fez isto antes de responder, já que para ele basquete era uma coisa seria.
- Nada, o jogo mais próximo sera final do mês que vem. - Ele respondeu, ligando o rádio.
O resto do caminho foi um pouco silencioso, mas logo chegamos no colégio.
- Qual é são suas aula de hoje? - Josh perguntou pegando sua mochila.
- A minha primeira é histórias. E a sua? - perguntei.
- Matemática. - ele fez uma cara feia e ajeitou a mochila em seu ombro. - Hoje você não vai estar lá, você sabe que eu sou um verdadeiro desastre com números. - ele falou.
- Bom pelo menos química e física estaremos juntos. - Falei quando o sinal tocou. - Bom até depois. - Me despedi.
- Até. - respondeu ele.
Fomos para lados opostos, eu fui para a Aula de historia, a qual foi tão longa que parecia estar me matando, na verdade todas as aulas estavam assim, em química e física Josh ficou falando sobre seu avatar super poderoso do jogo Word Of Warcraft e quando finalmente chegou a horas ir embora uma mensagem da minha mãe chegou:
"Feliz aniversário filho!! Não poderei voltar para casa hoje, tenho uma cirurgia de ultima hora para fazer, me desculpe, tem bolo na geladeira para você, beijos mãe. "
Como sempre, desde que meu pai morreu a doze anos atrás, ela faz de tudo para não voltar para casa, bom eu até entendo ela, entendo que trás lembranças dele, que tudo parece gritar que ele pode sair do escritório a qual quer hora e sorrir como se nada houvera acontecido. Mas no final era nosso lar, era onde eu estava, mas acho que até eu era uma parte desta lembrança para ela. No final acabei ficando até mais tarde, já que o treinador chamou todos os jogadores do time para um treino de última hora. Era 6:34 da noite quando o treinador finalmente nos liberou para ir embora, me toquei rapidamente e fui embora.
Quando estavá chegando na camionete algo estranho começou aconteceu, as luzea do estacionamento começaram a piscar e alguns som estranhos começaram.
Quando olhei para trás, havia vários o que parecia ser cachorros, eu não conseguia saber muito bem já que onde eles estavam era muito escuro, um deles começou a rosnar e pulo para me morder. Eu levei minha mãos até o rosto para me proteger, foi quando ouvi o som de um tiro e o cachorro caiu no chão. Quando olhei para baixo tudo o que restava dele era um monte de pó, rapidamente me virei em direção da onde o tiro havia sido havia disparado e vi um homem. Ele era alto, loiro, um pouco pálido, ele usava uma blusa que chegava até seu cotovelo, e uma calsa preta, que tampava o que seria uma bota, em sua cintura havia mais uma arma, quando olhei para seu lado, havia um grande lobo, ele era três vezes maior que um normal, ele era cinza e branco. Eu vi ele correr em minha direção, eu fechei os olhos e levei os braço a até meu rosto, então ouvi o homem gritar:
- Camille!! - Ele gritou e uma voz feminina que saia da fera respondeu.
- Só faça seu trabalho Jeremy e proteja o garoto. - Ele olhou para ele e depois para mim.