Gintama!

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 37

    Maids são um dos maiores tesouros da humanidade

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Me perdoem pela demora!

    Tive alguns problemas, mas estou de volta.

    Isto é só metade do capítulo, decidi dividi-lo para não vos fazer esperar mais.

    Espero que gostem.

    Numa certa manhã, na área comercial de Edo, o quarteto Yorozuya encontrava-se dentro de uma espécie de café ainda fechado, juntamente com Hasegawa que os havia chamado.

    “Então, qual era esse grande trabalho para o qual nos chamaste?” Perguntou Gintoki cutucando o nariz.

    “Bem, eu fui contratado como ajudante de cozinha neste café.” Explicou Hasegawa. “O problema é que estamos com falta de pessoal, então pensei que vocês poderiam ajudar. Não se preocupem, o gerente já concordou em pagar pela ajuda.”

    “Quantas pessoas ainda estão trabalhando?” Questionou Mizuki curiosa.

    “Neste momento… Apenas eu.” Respondeu o Madao.

    “Como assim?” Indagou Shinpachi.

    “Quando disse ao Gerente que eu conseguiria ajuda, ele decidiu tirar férias juntamente com as outras Maids que ainda trabalhavam. Encarregou-me de contratar pessoal temporário para cobrir o dia de hoje.”

    “Pergunto-me que tipo de gerente será esse.” Comentou Kagura comendo um pouco de sukonbu.

    “Hasegawa-san, você acabou de dizer Maids?” Indagou Gintoki com um ar sério.

    “Sim.”

    “Gin-san, isto significa…” Falou Shinpachi surpreendido.

    “Sim, Shinpachi.” Concordou Gintoki.

    “Nós estamos num Maid Café!” Gritaram os dois animados.

    “Qual é o problema destes dois?” Indagou Kagura mascando o seu sukonbu.

    “Os homens realmente ficam entusiasmados com este tipo de coisas.” Comentou Mizuki.

    “Também preciso que arranjem mais pessoas para ajudarem na cozinha e a atender os clientes.” Falou Hasegawa.

    “Pode deixar isso connosco, Hasegawa-san.” Respondeu Gintoki levantando o polegar.

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    Um pouco mais tarde, além do quarteto e de Hasegawa, no café agora também estavam Tae, Kyubei, Tama e Catherine, todas vestidas de Maids.

    “Ainda bem que puderam vir.” Falou Gintoki. “Mas por que raio este monstro de orelhas de gato está a fazer aqui?”

    “Toda a gente sabe que ninguém consegue resistir a uma Maid com orelhas de gato.” Respondeu Catherine tentando fazer uma pose sedutora.

    “Você é a exceção a todas as regras das orelhas de gato! Tama, livra-te dela.” Ordenou Gintoki estalando os dedos.

    “Certo, Gintoki-sama.” Respondeu a androide pegando numa corda. Depois enrolou a ex-ladra e amordaçou a mesma. “Onde devo guarda-la, Gintoki-sama?”

    “Joga-a no armário das limpezas ou algo assim.” Respondeu o albino limpando os ouvidos.

    E assim Tama fez, enquanto Catherine se contorcia e murmurava insultos impercetíveis.

    “Tudo bem em fazer isto, mana?” Perguntou Shinpachi.

    “Claro, Shin-chan.” Respondeu Tae com o seu típico sorriso. “Afinal não deve ser muito diferente de TRABALHAR num cabaré.”

    “Se a Tae-chan concorda, então também irei fazer.” Concordou Kyubei envergonhada com asroupas femininas que estava a usar.

    “Gintoki!” Gritou Tsukuyo irritada e corada, enquanto saía do vestuário, juntamente com Kagura e Mizuki, as três vestidas de Maids. “Foi para isto que me chamaste?”

    “Sim, pensei ter deixado tudo muito explícito.” Respondeu Gintoki.

    –-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

    Há cerca de alguns minutos, em Yoshiwara, Tsukuyo tinha acabado de acordar e estava a arranjar o seu cabelo, quando recebeu uma chamada. Assim que atendeu o telefone, ouvi a voz de Gintoki.

    “Yo Tsukuyo.”

    “O que foi, Gintoki?” Perguntou Tsukuyo ficando mais desperta, pós ouvir a voz do albino. “Pensei que ias estar ocupado hoje.”

    “Preciso que venhas ter comigo, o mais depressa possível. E se possível, traz um uniforme de Maid. Agora tenho desligar, tchau.”

    “… Eh?” Murmurou Tsukuyo com o telefone ainda encostado ao ouvido, completamente corada. “O-o que ele q-quer que eu faça?”

    –----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

    “Aquilo não foi nada explícito!” Reclamou Tsukuyo.

    “Pensaste outra coisa?” Indagou Gintoki pensativo e depois percebendo. “Nossa, não sabia que tinhas esse tipo de pensamentos pervertidos. Mas se quiseres podemos tentar isso algum dia.”

    “Tu é que és o pervertido.” Falou Tsukuyo corada.

    “Mas tenho de admitir que te fica muito bem esse uniforme negro.” Comentou Gintoki olhando para a cortesã da morte de cima a baixo, fazendo a tonalidade vermelha da mesma subir.

    “O-Onii-chan…” Chamou Mizuki envergonhada, cobrindo-se com os braços. “Este decote não é um pouco grande demais?”

    De facto, o uniforme de Mizuki era o mais ousado das 6.

    “Isso é porque serás a garota propaganda, Mizuki.” Respondeu o albino cruzando os braços, com um ar sério.

    “Garota… propaganda?” Indagou Mizuki confusa.

    “Isso mesmo.” Falou o samurai assentindo. “Usaremos o teu corpo para atrair todo o tipo de clientes masculinos. Tenho confiança de que serás capaz de atrair uma multidão.”

    “Gintoki, é claro que ela não vai aceitar isso.” Reclamou Tsukuyo. “Devias ter mais consideração por ela.”

    “Como esperado do Onii-chan. É sem dúvida um ótimo plano para fazer dinheiro.” Concordou Mizuki admirada.

    “Eh?” Indagou Tsukuyo estranhando. “Tens mesmo a certeza de que queres fazer isso?”

    “Claro, afinal o Onii-chan está confiante em mim.” Respondeu Mizuki animada. “Irei atrair todos os clientes que puder.”

    “Qual será o problema desta garota?” Pensou Tsukuyo com uma gota de suor atrás da cabeça.

    Então, de repente, alguém entrou no café partindo a janela com o seu próprio corpo e aterrando perto dos nossos protagonistas. Essa pessoa era nem mais, nem menos que Aki.

    “Aki-kun, você está bem?” Perguntou Shinpachi preocupado.

    “Isso agora não é importante, Shimura-san.” Respondeu Aki alarmado, com vários de pedaços de vidros espetados e sagrando. “Tive a sensação de que a Kagura-chan estava vestindo um uniforme de Maid e comecei a correr para ver.”

    “Como é que ele faz isto?” Questionou Gintoki. “Ele é algum tipo de stalker Abnormal*?”

    “Não, Gin-chan. Com aquela negatividade toda, só pode ser um Minus*.” Corrigiu Kagura.

    “Sim, é verdade.” Concordou Gintoki. “Ele é ainda mais negativo que o próprio Kumagawa-senpai**.”

    Enquanto estes dois continuavam a falar, Aki tirava fotos a Kagura, de todos os ângulos possíveis.

    “Ei. Porquê tantas fotos?” Perguntou Kagura com uma veia pulsando, enquanto pisava a cabeça do stalker fotógrafo.

    “Bem, preciso de pelo menos uma para emoldurar, outra para colocar no diário e uma para uso pessoal.” Respondeu Aki contando pelos dedos, enquanto apreciava a sensação de ser pisado pela jovem Yato.

    “Oh, entendo.” Falou Kagura com uma veia ainda maior e esmagando a câmara do ninja em vários pedaços.

    “As minhas fotos da Maid Kagura-chan!” Lamentou-se Aki tentando juntar os pedaços.

    “Agora é a vossa vez de se trocarem.” Falou Hasegawa dirigindo-se para Gintoki e Shinpachi.

    “Do que estás a falar?”Questionou Gintoki.

    “Se vão ajudar, também vão precisar de vestir os vossos uniformes.” Explicou Hasegawa.

    Alguns minutos depois, Gintoki e Aki saíram vestidos de mordomos, enquanto Shinpachi estava com roupas de cozinheiro.

    “Porque é que também estás assim?” Perguntou Kagura desconfiada ao seu stalker.

    “Estou sempre disposto a te ajudar em qualquer momento, Kagura-sama.” Respondeu Aki com olhos esperançosos, colocando-se de joelhos e pegando na mão da sua amada. “Ficaria feliz mesmo se me tornasse apenas no teu fiel servo ou num mísero bichinho de estimação:”

    “Não quero nenhum servo como tu e o Sadaharu é bem melhor.” Recusou Kagura cutucando o nariz com a mão livre.

    “Como sempre, as palavras da Kagura-chan são tão dolorosas como levar com uma lança no coração.” Murmurou Aki sentado num canto, tentando sorrir, enquanto era rodeado por uma aura depressiva.

    “Realmente ficas bem, vestido assim.” Comentou Tsukuyo a Gintoki. “Talvez devêssemos abrir um bar de mordomos em Yoshiwara, isso era capaz de aumentar o número de clientes femininos.”

    “Eu sou uma pessoa que prefere ser servido do que servir.” Falou Gintoki com um olhar de peixe morto, limpando o ouvido com o mindinho.

    “Acabaste de acabar com todo o encanto dessa roupa, Onii-chan.” Afirmou Mizuki desiludida.

    “Então, nós também vamos servir às mesas?” Inquiriu Aki recuperado.

    “Vocês vão tratar da segurança do local e também ajudar as Maid em caso de que algum cliente tente assediá-las.” Explicou o Madao.

    “Hasegawa-san, caso isso aconteça, não nos devíamos preocupar com a segurança delas, mas sim com a dos clientes.” Corrigiu o albino apontando para as 6 Maids potencialmente perigosas.

    “Sim, você deve ter razão.” Concordou Hasegawa com uma gota de suor atrás da cabeça.

    “Gin-san, Hasegawa-san. Estão a tentar insinuar alguma coisa?” Perguntou Tae com o seu típico sorriso, mas rodeada por uma aura ameaçadora.

    “Não, nada.” Respondeu Hasegawa assustado.

    “Exatamente, não estávamos insinuando nada, nada mesmo.” Respondeu Gintoki ainda mais assustado.

    “Acho que já deve estar na hora de prepararmos as coisas para podermos abrir.” Sugeriu Kyubei.

    Todos assentiram e começaram a preparar o café para a abertura.

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    Enquanto os outros arrumavam o café, Shinpachi, Hasegawa e Tama estavam na cozinha.

    “Tama-san, vou precisar de a sua ajuda para preparar os pratos do cardápio, como fez no restaurante de sushi.” Pediu Hasegawa.

    “Você voltou a aceitar um emprego que implica cozinhar coisas que não sabe como se fazem.” Indagou Shinpachi.

    “Eu só era um assistente de cozinha, a única coisa que fazia era limpar e lavar os pratos sujos.” Explicou o Madao. “O único prato que sei fazer é arroz com curry.”

    “Se tivermos os ingredientes, poderei preparar os pratos.” Respondeu Tama.

    “Muito obrigado, Tama-san. Shinpachi-kun, podes ir buscar os ingredientes à despensa?” Pediu Hasegawa.

    “Acho que temos um problema, Hasegawa-san.” Comentou Shinpachi abrindo a despensa.

    “O que foi?” Indagou o Madao confuso, ficando sem fala pós ver o interior da despensa, que esta quase vazia. “O que significa isto?”

    “Também encontrei esta nota.” Falou Shinpachi entregando-lhe o pedaço de papel que dizia o seguinte:

    “Caro Hasegawa-kun, ficamos sem ingredientes à última da hora, portanto preciso que você compre mais. Não se preocupe, deixei na cave ingredientes suficientes para continuares a praticar o teu arroz com curry. – Gerente”

    “O que vamos fazer?” Gritou o Madao em pânico. “Que tipo de Maid Café serve apenas arroz com curry? Estou perdido! Fui muito ingénuo ao pensar que finalmente poderia ser feliz.”

    “Não perca a esperança, Hasegawa-san.” Pediu o samurai megane, tentando acalma-lo. “Só temos de ir comprar mais ingredientes, antes que chegue algum cliente. Vá fazer as compras, que nós cuidaremos do café.”

    “Nem pensar.” Recusou Hasegawa. “Da última vez que fiz isso, vocês abandonaram o restaurante e eu fui despedido!”

    “É verdade, desculpe por isso.” Desculpou-se Shinpachi desajeitadamente. “Então, como é que vamos fazer?”

    “Não se preocupem, o grande Sarutobi Aki ouviu as vossas preces.” Anúncio Aki abrindo as portas da cozinha repentinamente. “Eu irei comprar todos os ingredientes necessários e voltarei o mais rápido possível.”

    “Aqui está a lista com todos os ingredientes.” Falou o Madao entregando-a ao assassino. “Muito obrigado, Aki-kun. Estamos contando com você.”

    “Faço qualquer coisa que me faça parecer bem perto da Kagura-chan.” Respondeu o jovem Sarutobi levantando o polegar positivamente e depois começando a correr.

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    Então Hasegawa e Shinpachi explicaram a situação aos outros, que já tinham preparado tudo e aberto o café, mas como ainda era cedo, não havia um único cliente.

    “Isso realmente pode ser um problema.” Comentou Tae. “Talvez devesse-mos fechar o café, até o Aki-kun voltar.”

    “Boa ideia, Tae-chan.” Concordou Kyubei.

    “Também não estamos tendo clientes nenhuns.” Falou Gintoki preparando-se para fechar a porta, quando de repente um sapato preto a parou.

    “Não sabia que estava trabalhando aqui, Danna.” Disse Sougo entrando, juntamente com Kondo e Hijikata.

    “O que o trio de ladrões de impostos, está a fazer aqui?” Questionou o Yorozuya cutucando o irritado.

    “O Kondo-san, descobriu que a chefa ia trabalhar aqui, então…” Sougo Não pode continuar, pois o seu comandante lhe tapou a boca.

    “Foi apenas mera coincidência, o Toshi sempre quis vir aqui, então decidi-mos vir todos juntos.” Mentiu Kondo tentando disfarçar.

    “Kondo-san, não me meta nisso.” Pediu o vice-comandante apagando o seu cigarro.

    “Lamento, mas por agora estamos fechados.” Falou Tsukuyo indo para junto da porta. “Podem voltar mais tarde?”

    “Tenho a certeza de que podem fazer uma exceção para os policiais que sempre vos ajudam, certo?” Disse Okita apontando a sua bazuca para o interior do estabelecimento.

    “Isto é ruim, Gin-san.” Percebeu Shinpachi mentalmente, começando mais uma das suas conversas telepáticas com o albino. “Estes caras não vão desistir tão facilmente.”

    “Calma, Patsuan.” Respondeu Gintoki mentalmente. “Volta para a cozinha com o Hasegawa e a Tama. Vamos ter de os manter ocupados por enquanto.”

    Assim que Shinpachi o fez, Gintoki virou-se para os altos escalões do Shinsengumi, com um enorme, amigável e falso sorriso.

    “Sejam muito bem-vindos. Podem vir por aqui, já temos uma mesa preparada.” Disse ele levando-os até à mesa.

    “Mizuki-nee… O que você está fazendo?” Questionou Kagura à samurai que se escondia atrás do balcão.

    “Não esperava encontrar o Toshi-kun aqui.” Respondeu Mizuki nervosa. “No que ele irá pensar quando me vir vestida assim?”

    O trio do Shinsengumi já estava numa das mesas do café, quando Tae se aproximou.

    “Aqui têm os cardápios, mestres.” Falou ela sorrindo e distribuindo-os pelos três. “Quando decidirem, é só chamarem.”

    “Otae-san! Aceite o meu pedido e seja minha!” Gritou Kondo saltando sobre a sua amada Maid.

    “Lamento, não fornecemos esse tipo de serviço.” Recusou Tae ainda sorrindo e chutando as partes baixas do Gorila.

    “E-entendo… Fica para a próxima.” Murmurou ele deitado no chão, choramingando e agarrando a zona lesionada.

    “Kondo-san pare de fazer idiotices, vamos pedir.” Falou Hijikata começando a ler o cardápio, Kondo voltou-se a sentar e o mesmo fez, enquanto Sougo simplesmente olhava o local como se estivesse à procura de alguém.

    No cardápio estavam os seguintes pratos:

    “Arroz com curry

    Arroz com curry suave

    Arroz com curry normal

    Arroz com curry picante

    Especial de arroz com curry

    Curry com arroz

    Arroz sem curry

    Curry sem arroz

    Outro tipo de arroz com curry

    Você já experimentou o arroz com curry? Está muito bom

    Vamos, você sabe que quer comer arroz com curry

    Desista de procurar mais, só temos arroz com curry

    Temos orgulho no nosso arroz com curry, devia pedir isso

    Arroz com curry é exelente

    Viver é um saco, eu queria ser um arroz com curry

    Coma o arroz com curry –aru!

    Especial Tae

    Se pedir o prato acima escrito, por favor pague antes de comer

    Arroz com curry.”

    “Toshi… É impressão minha ou só têm arroz com curry?” Inquiriu Kondo encarando o cardápio.

    “Que tipo de Maid café é este?” Indagou Hijikata confuso. “E porque razão o cardápio se torna um dialogo a meio?”

    “Será que eu devia pedir o Especial Tae?” Questionou-se o Gorila

    “Você quer morrer, não é?” Comentou o vice-comandante.

    “Um Especial Tae para o Hijikata-san, por favor.” Pediu Sougo levantando o braço.

    “Não podes parar de me tentar matar, nem que seja uma vez?” Reclamou Hijikata irritado.

    “Então, já escolheram, mestres ladrões de impostos?” Perguntou Kagura aproximando-se.

    “Há já muito tempo que te desejava ver nesse tipo de roupa, China.” Revelou Sougo observando Kagura. “Só imaginava que seria num quarto mais íntimo e com uma roupa um pouco mais “arejada”, mas assim também estás bem.”

    “Não quero saber das tuas fantasias pervertidas, Sádico maldito.” Respondeu Kagura batendo na cabeça do policial com o bloco de notas.

    “Não é assim que devias tratar o teu mestre.” Falou Sougo com inchaço no topo da cabeça. “Uma escrava tem de saber o seu lugar.”

    “Não sou com essas vadias masoquistas que te estão sempre a seguir. No máximo tu é que és um escravo da grande Kagura-sama.” Corrigiu a jovem Yato convencida.

    “Agora dizes isso, mas ambos sabemos que há certas situações em que sou eu que tenho controle da situação.” Falou o capitão da 1ª divisão com uma expressão confiante.

    “Digam logo o que querem!” Gritou Kagura vermelha, tentando mudar o assunto.

    “Acho que vão ser três pratos de arroz com curry.” Pediu Kondo.

    Kagura apontou o pedido e foi para a cozinha.

    “Parece que por agora está tudo sob controle.” Suspirou Gintoki encostado ao balcão onde a sua “irmãzinha” se escondia. “Por quanto tempo pretendes a ficar aí?”

    “Até o Toshi-kun se ir embora.” Respondeu Mizuki espreitando por cima do balcão.

    “Por mim, tudo bem. Não gosto que passes tempo com aquele viciado em maionese.” Falou o albino começando o folhear uma Jump que trouxera.

    “Onii-chan, por acaso queres… ficar com o Toshi-kun só para ti?!” Exclamou Mizuki chocada. “Não sabia que tinhas esse tipo de gostos. Pobre Tsukki, isto vai partir-lhe o coração. Não tens com que te preocupar, Onii-chan. Eu aprovo a vossa relação, mas só peço que me deixem ver os vossos momentos íntimos.”

    “A tua cabeça precisa seriamente de ajuda.” Comentou Gintoki sem tirar o olhar da sua Jump.

    Então os dois samurais ouviram a porta do estabelecimento abrir e quando espreitaram para ver quem era, viram Katsura e Elizabeth.

    “O que ele faz aqui?” Indagou mentalmente Mizuki alarmada.

    “Droga! Esqueci-me que o Zura tem um fetiche por Maids.” Pensou Gintoki também alarmado. “Mas ele tinha logo de escolher este café? Começo mesmo a pensar que este idiota quer ser preso.”

    “Zura janai!” Espirrou Katsura, depois assuando-se num lenço. “Katsura da.”

    “O que foi?” Perguntou Elizabeth através de uma placa.

    “Tive a sensação de que alguém errou o meu nome.” Respondeu o líder Jouishishi. “Ninguém nos vem receber?”

    “Sejam bem-vindos, m-mestres.” Falou Kyubei ainda envergonha.

    “Kyubei-dono? O que você faz trabalhando num lugar como este.” Estranhou Katsura.

    “Estou aqui para ajudar a Tae-chan que está ajudando o Yorozuya.” Respondeu ela. “Agora irei guia-los até à vossa mesa.”

    “Entendo, então devem estar todos aqui.” Concluiu Katsura começando a segui-la juntamente com Elizabeth.

    “Onii-chan, acho que a Kyubei-san não entendeu a situação.” Sussurrou Mizuki preocupada.

    “Só podemos esperar que ela escolha uma mesa bem longe da deles.” Respondeu Gintoki.

    “Aqui esta a sua mesa, mestre.” Falou Kyubei indicando a mesa dos dois novos clientes, que por acaso ficava ao lado da mesa do Shinsengumi.

    “Ela foi logo pô-los ali?!” Quase gritou Gintoki furioso.

    Como Katsura e Elizabeth estavam de costas para os policiais de Edo, não repararam neles, o mesmo aconteceu para Sougo e Hijikata. Kondo não reparou, pois estava demasiado ocupado a olhar para Tae.

    “Bem, pelo menos nenhum deles ainda reparou.” Comentou Mizuki aliviada.

    “Ainda é cedo demais para relaxarmos. Neste café estão agora reunidos todos os ingredientes para um perfeito desastre.” Avisou o Gintoki com um ar sério. “Sinto que isto ainda vai piorar bastante.”

    “Vou ao banheiro.” Falou Hijikata levantando-se. “Kondo-san, quando entregarem os pedidos, veja se o Sougo não envenena o meu prato.”

    “Isto é um problema, Onii-chan.” Comentou Mizuki. “No caminho para o banheiro, o Toshi-kun vai ver o Zura. O que podemos fazer?”

    “Não tenho escolha.” Murmurou o samurai. “Vais ter de distrai-lo.”

    Dito isto, Gintoki empurrou a sua “irmã” em direção ao vice-comandante demoníaco, fazendo-a chocar “acidentalmente” com o policial.

    “Olhe por… Oh é você, Mizuki.” Reparou Hijikata.

    “Olá, Toshi-kun. Não fazia ideia de que gostavas deste tipo de sítios.” Cumprimentou Mizuki atrapalhada.

    “O Kondo-san arrastou-me para aqui.” Suspiro Hijikata. “Também trabalhas aqui? Esse uniforme fica-te bem.”

    “Sério? Achas que fico bonita vestida assim?” Perguntou Mizuki animada, dando uma volta.

    “Sim… Suponho.” Respondeu o moreno desviando o olhar e corando muito levemente.

    “Isto foi mesmo uma má ideia.” Pensou Gintoki irritado, enquanto os observava a conversarem. “ Mas continuo com a estranha sensação de que o maior problema de todos ainda está por vir.”

    Mais uma vez, foi ouvido o som da porta a ser aberta, chegara mais um cliente. Quando Gintoki foi ver quem era, ficou paralisado.

    “Tem a certeza de que quer ficar aqui? O cabaré é um lugar bem melhor para beber.” Perguntou Matsudaira ao homem que o acompanhava, cuja parte do rosto estava oculta na sombra do chapéu que trazia.

    “N-não p-p-pode ser.” Pensou Gintoki começando a suar frio. “É… é…”

    “Sempre quis saber como é comer num lugar humilde como este, para me poder colocar no lugar do meu povo. Você pode ir para o clube sem mim, Matsudaira-san.” Respondeu o misterioso homem retirando o seu chapéu, revelando ser…

    “O SHOGUN!” Gritou mentalmente Gintoki em pânico.

    (N/a: *Referencias a dois tipos de pessoas no anime/mangá Medaka Box, ambos têm habilidades especiais, tendo os Abnormals habilidades que os beneficiam e os Minus habilidades negativas paras eles e pessoas ao seu redor, tendo normalmente personalidades distorcidas e por vezes do tipo Yandere.

    **Um dos antagonistas principais de Medaka Box, sendo um Minus, ele autodenomina-se o ser mais negativo que existe, apesar de estar sempre a sorrir. Alguns personagens dizem que a sua aura os repugna ou parte o coração.)


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