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Boa Leitura! >.
A noite se aproximava em Konoha e, junto dela um grupo de jounins que acabavam de voltar de uma missão, adentravam os portões da famosa vila. Entre eles havia uma jovem muito bela, de longas madeixas róseas e olhos esmeraldinos. A garota ria, enquanto despedia-se de seus companheiros.
- Ja nee... nos vemos amanhã no Ichiraku. - E acenava, distanciando-se dos outros em direção ao seu apartamento. Tudo que ela mais queria agora era tomar um demorado banho e deitar para relaxar. Porém, mal sabia ela que um certo rapaz a esperava no caminho de sua casa.
- Sakura-chan... - Ele a chamou quando a viu passar. A rosada nem tinha dado pela presença do jovem, que estava sentado em uns dos bancos da praça, sua mente girava em torno de outra pessoa agora. Ela se virou, olhando para ele com cara de poucos amigos.
- O que você quer, Sasuke? - Perguntou, não se dando ao trabalho de ser nem um pouco simpática.
O Uchiha a encarou com cara de cachorro sem dono. Porém, Sakura não sentiu nem um pouco de dó. Depois que Sasuke voltara para a vila, ele mudara muito. Se redimira com todos. Até o jeito com que ele tratava ela transformou-se da água para o vinho. Mas isso não fez com que Sakura voltasse a olha-lo da mesma forma que antes. Muito pelo contrário, a cada dia Sakura se tornava ainda mais fria com ele, não dando muita ideia para suas conversas, que sempre rodava em torno do mesmo assunto: uma segunda chance.
Mas essa chance estava fora de questão para ela. Apesar de tudo, Sakura, ainda não se sentia convencida da mudança de Sasuke. Apesar de todos lhe dizerem ao contrário. Até mesmo Kakashi-sensei que sempre esteve ao lado dela todos esses anos. Mas Haruno ainda tinha suas desconfianças. Talvez o medo de se machucar, uma outra vez, a fazia criar essa barreira entre ela e o Sasuke. Auto-defesa, medo ou barreira, seja lá o que fosse, ela só tinha uma única certeza, não queria mais nenhum tipo de vinculo com o Uchiha. Para ela os laços tinham sido rompidos definitivamente.
A única coisa que a Haruno queria agora, era distancia dele. Ela tinha sofrido demais, e só agora, depois de anos sofrendo, ela conseguia se sentir melhor em relação a ele. O Uchiha tinha destruído seu coração, fazendo-o se tornar duro como pedra e frio como o gelo. O que a transformou-a numa reclusa, fechando-se para todos, seus pais, seus amigos, sua mestra. Seu amor por ele, acabara por completo, isso era fato... se é que aquilo poderia ter sido chamado de amor.
- É que eu pensei que...
- Não Sasuke! - Bradou Sakura impedindo-o de continuar. Estava cansada de seus papinhos. A confiança tinha sido perdida e, demoraria para ser reconquistada uma outra vez. Ou talvez nunca mais seria. Ela respirou fundo, antes de abrir os olhos e encará-lo mais uma vez. - Será que você não entende? Acabou... - A rosada riu, ironicamente, enquanto Sasuke a olhava confuso. - Esta é a palavra errada. - Conclui. Ela tinha toda razão. Como algo poderia acabar, se nunca tinha tido um começo? Isso era impossível. Mas, Sasuke acreditava que as coisas poderiam mudar, por isso sempre insistia, sempre batendo na mesma tecla, dizendo as mesmas coisas. Que tudo que ele fez foi por causa do seu clã, que nunca tinha conquistado o merecido respeito e honra. Que antes ele não sabia do verdadeiro motivo de tudo que tinha acontecido. Só que mesmo depois de descobrir tudo, de saber a verdade sua decisão de destruir Konoha não mudara. E isso fez com que Sakura tomasse sua decisão de esquecê-lo para sempre. Talvez se ele tivesse voltado antes, Sakura ainda pensaria sobre dar uma chance a ele. Mas era tarde demais. - As coisas mudaram, Sasuke. Eu mudei... meus sentimentos mudaram. Eles cresceram. E sinto dizer que eles não pertencem mais a você. Por favor, não me procure mais. Não insista mais.
- Eu não posso fazer isso, Sakura! - Sussurrou enquanto se aproximava um pouco mais dela, a mão erguida para tocar em seu rosto.
Mas Sakura não permitiu, antes, deu alguns passos para trás, distanciando-se dele. Os olhos de Sasuke miraram o chão, inundando-se de decepção... sentia-se um inútil... imprestável. Tinha perdida a mulher que amava por causa de suas birras infantis. E ele se odiava por isso. Agora ele tinha caído em si, Sakura não o amava mais. E jamais voltaria amar. E ele morreria a cada dia por causa desse amor. Faria e daria qualquer coisa para ter uma segunda chance e mudar seu passado, que o levou a cometer tantos erros. Mas esse, era um desejo inalcançável. Não havia mais o que pudesse ser feito.
- E eu não posso fazer mais nada por você, Sasuke! - Foram suas ultimas palavras, apesar de cruéis, antes de dar as costas para o Uchiha e tomar o caminha de seu apartamento mais uma vez.
***KS***
Era incrível o que um banho quente, um pouco de champo e sabão poderiam fazer para uma pessoa. Sakura se sentia como uma nova mulher estando limpa em sua mais nova camisola vermelha. Mesmo que ninguém fosse vê-la vestida daquela maneira se sentia sexy e irresistível. Olhou-se no espelho, satisfeita com a imagem que via. Tinha que admitir que seu corpo mudara, incrivelmente, de uns anos para cá. De garotinha frágil para uma mulher forte e de atitude. Não deixaria mais ninguém pisar nela e fazê-la sofrer. Sasuke era águas passadas.
Seu coração se apaixonara por alguém muito melhor. Sua mente pensava nessa pessoa todos os segundos do dia. E seu corpo o desejava de uma forma que nem ela conseguia explicar.
Ele não era perfeito só por fora. Não, ele era superior em todos os sentidos. Um homem amável, que sempre esteve ao seu lado; que lhe compreendia; que lhe defendia com unhas e dentes, não importasse o tamanho do perigo; e que lhe mostrou, mesmo sem saber os sentimentos que nutri por ele, o que é o verdadeiro amor.
Não aquilo que ela pensava sentir pelo Sasuke. O que ela sentiu um dia, pelo o Uchiha, só poderia ter um nome: maluquice. E ela chegou ao ponto de se repugnar, por um dia ter perdido o seu tempo, desperdiçado o amor que dedicou a ele por tantos anos, por ter sofrido, chorado e até de ter se distanciado de seus amigos que sempre lhe deram apoio, por causa da dor que sentia.
Mas agora tudo mudara. Sua visão mudara. Seus pensamentos eram outros. Lutava com todas as suas forças para realizar todos os seus sonhos. E que tudo que fizesse fosse um sucesso. Como tinha sido a missão em que ela retornara hoje. Antes Haruno Sakura tinha que ser protegida por todos, hoje defendia a todos que estavam a sua volta sem temer o inimigo ou fraquejar diante dele.
E queria ser assim em relação ao amor. Queria tomar coragem e dizer a ele... dizer à Hatake Kakashi, tudo que estava sentindo. Que sempre fora ele quem ela amava e que sempre seria, e que só agora enxergara isso. E que mesmo ele sendo quinze anos mais velho que ela, mesmo que ele tenha sido seu sensei, ela não se importava com nenhum desses quesitos. Ela lutaria por esse amor, ainda com mais ímpeto, com mais garra, do que lutou por qualquer outra coisa.
Mesmo que aos olhos de alguns esse romance parecesse impossível, ela o via de uma outra forma, completamente diferente. Seu sentimento sempre seria puro, verdadeiro e sublime. Esse era um amor que ela nunca sentira em toda sua vida.
Ah!, ele sim era o homem de seus sonhos. Perfeito! “E que homem!”, pensou enquanto se dirigia para seu quarto afim de deitar em sua cama e dormir até o outro dia.
Mas seus planos foram frustrados antes mesmo dela conseguir chegar ao pé de sua cama.“Quem será, Kami-sami?”, pensou enquanto girava nos calcanhares seguindo para a sala. A campainha tocava freneticamente. Sem intervalos. E logo lhe venho à mente a imagem de quem poderia estar ali do outro lado.
Inferno!, será que ele nunca a deixaria em paz? Será que ele não conseguia entender que ela não queria e muito menos sentia alguma coisa por ele? Aquilo tinha sido passado, e ela o tinha enterrado a sete palmos. Não sobrara resquício de nenhum tipo de sentimento por ele. A não ser, pena. Ela o faria entender de uma vez por todas que tinha chegado ao fim. Que os sentimentos tinham sido arrancados pela raiz. E que nada mais cresceria em seu coração; não por ele.
Cogitando usar de violência, caso ele ainda insistisse nessa história (pois sua paciência estava se esgotando, embora mal sequer tinha alguma, quando se tratava do Sasuke), ela despejaria toda sua força em cima do indivíduo que estaria parado em frente a sua porta, no caso ele.
- Sasuke, eu já falei... - Mas as palavras travaram na garganta, e a rosada as engoliu em seco quando se deu conta de que quem estava ali fora não era nenhum Sasuke e, sim, o ninja mais talentoso, mais cobiçado e desejado de toda Konohagakure e além dela: Hatake Kakashi.
A rosada sentiu seu coração parar apenas por um segundo, para logo no outro voltar a bater descontroladamente, em ritmo descoordenado. Sakura não sabia o que fazer, nem o que pensar muito menos o que falar. Ficou paralisada diante dele; uma mão na maçaneta a outra no batente da porta; as duas suavam e tremiam sem parar. Foi só quando o Hatake a avaliou de cima em baixo que ela se deu conta da roupa que vestia. Imediatamente sentiu suas bochechas queimarem, passando do rosa para o vermelho e, do vermelho para o roxo, seguindo toda a escala de cores.
- Sakura... - A voz do mais velho, mais rouca do que o normal, ecoou pelos ouvidos da rosada, e ela sentiu como se uma chama a consumisse dos pés a cabeça. Mas o que era aquilo? Ela estava tão necessitada à ponto de se sentir excitada apenas em ouvir a voz do Kakashi? - Sakura... - Mais uma vez ele sussurrou seu nome quase incapaz de ouvir sua própria voz.
- Ka-Kakashi-sensei... - Disse por fim, deixando suas mãos caírem ao lado do corpo. A rosada parou para analisar seu antigo professor. Ele estava diferente de qualquer outro dia que ela o tinha visto. O único olho amostra parecia ainda mais fechado que o normal; a única parte do rosto que se via, a bochecha direita, estava vermelha como uma pimenta malagueta. Ele parecia incapaz até de se manter em pé. Mantinha as duas mãos, com muita dificuldade, no batente da porta. “Será que ele bebeu além da conta?”, perguntou-se Sakura, meio sem saber o que fazer naquela situação.
- Você deve estar pensando que estou louco. – Kakashi apenas sorriu ao dizer as palavras, não fez nenhum movimento com medo de assustá-la. Durante um segundo tenso, os dois se fitaram, e Sakura sentiu um nó na garganta. Droga, ela não conseguia desviar os olhos. Kakashi parecia tê-la paralisado com o olhar. - Desculpe, Sakura, eu não devia ter vindo. - Abaixou a pálpebra levemente, e a voz adquiriu um tom sedutor, convidativo. Ou talvez fosse obra da imaginação dela, Sakura pensou. Na intenção de sair o mais rápido dali, o Hatake se soltou do batente, com muita dificuldade e, ao tentar andar deu uma vacilada. Sentiu seu corpo como se fosse uma gelatina. A ficha da rosada parecia ainda não ter caído. Era ele mesmo que estava ali? Seus olhos eram fixos no sensei.
“Malditos... vocês disseram que isso me daria coragem, não que fosse me deixar como se eu tivesse chapado”, praguejou, enquanto voltava a se segurar no batente.
Toda essa sensação de moleza, que o Copy Ninja estava sentindo, fora uma reação inesperada à uma droga oferecida por Gai, que dissera a ele que lhe daria coragem para fazer o que ele desejasse. Ele só não o alertara sobre os efeitos colaterais... Mas nunca que Gai, por mais maluco que fosse, faria algo que prejudicasse seu melhor amigo, rival e companheiro de todas as horas. Tanto que ele alertou Kakashi a procurar uma certa ninja médica... assim ele mataria dois coelhos numa cajadada só. Se declararia enquanto Sakura o examinava.
- Você não me parece bem, Kakashi-sensei. - Enfim tomou coragem para dizer alguma coisa. - Acho melhor você entrar. – Disse abrindo um pouco mais a porta e dando passagem para o Copy Ninja passar. Só que ele não se mexeu.
- Não sei se sou capaz de ir até lá. Meu corpo dói... queima... você poderia me ajudar? - Mais uma vez Sakura engoliu em seco. Sentiu suas mãos formigarem só de pensar em toca-lo, mesmo que sem intenção alguma. Respirou fundo e, tentou, mesmo que inutilmente, esvaziar a mente. Primeiro passou um dos braços do sensei por sua nuca, segurando-o firmemente, e então a passos lentos caminhou para dentro, deitando-o em seu sofá.
Olhando mais atentamente, notou que ele estava assim, meio febril. Aproximou-se do sofá, e pedindo licença, tirou-lhe a bandana, as mãos estendidas, a fim de conferir a temperatura e pulso. Kakashi olhou para as mãos dela e achou-as bela. Pensou nessas mesmas mãos em seu corpo, em caricias atrevidas e, fechando os olhos gemeu. Sakura ficou apavorada.
- Kakashi-sensei, o que houve? Onde doi? O que você está sentindo? - Perguntou com preocupação, ajoelhando-se ao lado do sofá.
A pele dele estava quente. Inclusive ele começava a suar. Mesmo estando só de calça e camiseta. O pulso estava acelerado. E a respiração começava a se alterar. O que estava havendo? Será que ele teria um ataque logo ao lado dela? Enquanto ela se debruçava em cima dele, preocupada, apalpando agora aonde pudesse para descobrir de onde vinha essa dor, essa febre... Kakashi pensava em como amenizar aquele calor absurdo que estava sentindo. Só de ver Sakura vestida, mesmo que com pouca roupa, se sentia pior.
- Está quente, Sakura. Está queimando... – Num ato impensável, arqueou o corpo e arrancou a camiseta junto com a mascara, sem se preocupar em mostrar o rosto. E logo em seguida foi tirando as calças, ficando apenas com a cueca boxer.
Sakura ficou tão perturbada com o impulso dele, que não conseguia pensar. Não conseguia falar. Ainda não conseguia respirar além de duas lufadas de ar insuficientes e superficiais. O que estava havendo com ele? Isso era loucura! Loucura! Kakashi-sensei nunca agiria daquela forma; despindo-se na frente dela. Não era a primeira vez que o via sem camisa. Mas certamente era a primeira vez que o via daquela forma. Ele estava praticamente nu na frente dela. Fora que ela podia ter uma visão completa do volume de sua cueca. Sakura achou que ele estava tendo um ataque, pois começara a tremer.
- Vou chamar alguém para me ajudar a te levar para o hospital. Lá eu poderei te tratar melhor...
- Pode me tratar melhor por aqui mesmo, Sakura-chan... - a voz saiu rouca carregada de lascívia. Mas Sakura interpretou de uma outra forma.
- Deixe de se comportar feito uma criança teimosa, Kakashi-sensei... - Repreendeu-o. Mas pareceu que suas palavras não surtiram efeito. Hatake agora estava de pé, indo em sua direção. E no momento em que se aproximou, suas mãos estavam nas alças da camisola dela.
- Tire essa roupa, Sakura. Ver você vestida está me dando ainda mais calor.
Sakura ainda o encarava incrédula... não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Tentava a todo custo manter aquela única peça que mal lhe cobria o corpo no lugar. E na briga de dedos, entre os que queriam tirar e os que queriam manter a roupa, além dos“tiradores” se saírem melhor, ainda aproveitaram para tocar a pele morna atrevidamente. Sakura, primeiro empalideceu, ao sentir os dedos longos de Kakashi deslizar por sua clavícula; as mãos grandes cobertas pelas luvas descendo por seus braços; depois ruborizou violentamente.
- V-você não está normal, Kakashi-sensei. - A voz da rosada saiu baixa, se sentia sem folego diante daquela situação.
- Talvez eu não esteja. - Murmurou, os lábios agora percorria o pescoço de Sakura, que mesmo envergonhada levou as mãos até as costas do sensei, deslizando-as por aquele corpo que parecia ter sido esculpido por anjos.
Ele se afastou um pouco, o suficiente para ficar de joelhos e deslizar a calcinha de Sakura pelas pernas, expondo o corpo pálido e bem delineado da jovem, deixando-a completamente nua. O Copy Ninja perdeu a fala. “Kami-sama, ela é perfeita”. Kakashi ficou alguns minutos sem poder falar, nem um pensamento coerente passando em sua mente. O cérebro estava ocupado registrando cada centímetro daquele corpo perfeito, a pele clara, sem manchas ou marcas; convidativo.
Houve a necessidade urgente de conferir mais a fundo se aquilo que seus olhos viam era mesmo compatível com a realidade. Kakashi a tomou nos braços, levou-a para o quarto e a deitou delicadamente na cama. Foram poucas às vezes que fora à casa de Sakura para saber se a mesma passava bem, mas, ainda assim, conhecia o caminho daquele comodo que tantas vezes foi palco de suas imaginações, e mal sabia ele que das dela também.
Enquanto os lábios e a língua atacavam a pele, os dedos subiam pelos cabelos de Sakura. Ela nunca pensou que alguém podia fazer tanta coisa ao mesmo tempo, porque quando ela deu por si, estava nua, embaixo dele e gemendo com seus toques maestrais.
- Kakashi-sensei...
- Shhh... Me ajude, Sakura... Me ajude a tirar esse fogo que se alastra por minhas veias e queima minhas entranhas. - E isso não era só no modo de falar. O tal remédio, que na verdade era um afrodisíaco, estava fazendo o Hatake praticamente subir pelas paredes.
As mãos grandes de dedos longos tocaram com reverência a pele de alabastro, fazendo os contornos do corpo. Depois do primeiro reconhecimento, Kakashi diminuiu a distância, procurando envolver sua ex-aluna num abraço, uma das mãos descendo, outra procurando subir. Desceu uma das mãos pelos fios do cabelo, gostando da textura macia deles. Os dedos contornaram o rosto, o queixo e os lábios carnudos. Sakura abriu levemente a boca, chupando um dedo, deixando que ele brincasse com sua língua... Kakashi estremeceu com a cena tão erótica.
Finalmente, uniu sua boca a dela. Seus lábios eram suaves, mas firmes ao mesmo tempo. Ela sentiu o deslizar da língua quente entre seus lábios semiabertos. Sakura tinha sonhado com isto milhares de vezes, mas a realidade era mil vezes melhor. Ele a puxou para mais perto, sentindo os mamilos rijos roçar seu tórax, sua mão deslizando para baixo de sua cintura, estabelecendo-se em seu quadril.
Mesmo ruborizada, ainda, Sakura ergueu a mão e acariciou timidamente o corpo de seu ex-sensei, não enorme, nem musculoso demais, mas não menos belo em sua masculinidade esguia. Hatake parou um pouco o assalto à pele de marfim abaixo, para sentir a caricia que tanto queria, afastando as pernas, convidando-a para ser mais atrevida. E já que estavam na chuva, por que não se encharcarem? A rosada deslizou a mão para dentro da cueca, afagou os pelos pubianos, passou o dedo pela glande, espalmou toda a extensão do membro, envolveu os testículos, esfregando por ultimo o períneo. Aquilo foi o estopim que faltava. Kakashi jogou a cabeça para trás, respirou fundo e soltou tudo num quase urro. Os olhos dele já soltavam fagulhas de tesão.
Sakura ergueu-se, apesar de ainda se sentir um pouco sem jeito, não era mulher de ficar passiva, só olhando. E tomando a iniciativa de um beijo ardente, suas mãos procuraram arrancar a ultima peça que cobria o corpo do sensei. Quando sua virilha estava descoberta, suspirou alto e ao sentir a mãozinha dela envolvendo sua masculinidade ereta, novamente, gemeu o seu nome...
Procurou deitá-la novamente, queria provar todo aquele corpo suculento, agora coberto de suor como uma fruta recém-lavada, queria descobrir se tinha cócegas, queria enfiar o nariz onde pudesse e aspirar o seu perfume. Ao fazer sua própria trilha naquele terreno desconhecido, as mãos de Sakura em seu cabelo o guiava, ora puxando, ora empurrando, ela era bem sensível e receptiva às suas caricias...
Abrindo as pernas dela, beijou a parte interna das coxas, lambeu e mordiscou toda a virilha dela, deixou-a bem lubrificada para o assalto final. Deixou-se perder dentro dela. Sakura não se fez de rogada. Gemeu, choramingou o nome de Kakashi.
Chegando ao centro de tudo, a língua se tornou mais e mais atrevida. Kakashi queria vê-la entregue de tudo, tremendo de prazer, gritando seu nome, chorando naquele momento mágico, onde tudo se esvaia no vácuo do êxtase.
- Eu gostaria de vê-la por cima, me dominando, Sakura. Mas parece que você está cansadinha...
- Em seus sonhos, sensei!
E de um pulo, virou literalmente a situação, subindo em cima do corpo maior e se encaixando na ereção. Tensionou os músculos internos, ouvindo com prazer ele gemer e ofegar. Os olhares se conectaram, e havia desejo e ternura mesclados. Kakashi estendeu uma das mãos grandes para acariciar um seio, o polegar arreliando o mamilo, enquanto a outra deslizava pela coxa, preguiçosamente... E parecia que o fogo, ao invés de diminuir, só aumentava.
- Nem em meus sonhos mais eróticos eu seria capaz de sonhar algo assim... - Sussurrou, a mão na coxa apoiado o quadril de Sakura, ajudando na subida e descida do corpo menor, o som dos corpos se chocando se misturando com os gemidos e sussurros; a velocidade aumentando tanto quanto o volume das vozes, logo estavam praticamente gritando o prazer do ato aos quatro ventos. No momento do clímax, as mãos grandes de Kakashi rodearam as nádegas de Sakura, apertando e mantendo-a num lugar só, apenas ele se mexendo de encontro a ela, que se firmou nos pulsos dele, tendo seu primeiro orgasmo.
Kakashi ouviu seu nome ser gritado, e ele percebeu, na névoa erótica que se encontrava, que a hora de Sakura havia chegado. Mas ele nem pensava em ter a sua... Saiu de dentro dela e voltou a acariciá-la, mãos, língua e dentes em atividade febril. Logo que sua ex-aluna implorou por alivio, ele a penetrou de novo. E nada dele gozar.
Levou algumas horas para que o estado priápico de Kakashi se dissolvesse no maior e melhor orgasmo de toda sua vida. Desabaram na cama, ainda trêmulos. Hatake ajeitou sua ex-aluna sobre o peito, não querendo perder a sensação boa que a proximidade dela trazia. Pela janela, a lua cheia os iluminava.
- Kakashi-sensei?
- Sim?
- Está melhor? - Sakura perguntou, e não pode deixar de ruborizar.
- Sim, minha pequena. - Kakashi deu um breve olhar para o astro lá fora e beijou-lhe o alto da cabeça. - Como nunca estive em toda a minha vida. - Completou com um sorriso de satisfação brincando nos lábios.