O Sexto Mandamento

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Prologue

    Álcool, Adultério, Drogas, Estupro, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    É a primeira vez que posto uma fanfic nesse site *-*

    Estou acostumada a postar no spirit, então desculpem se não estou seguindo a história de uma forma que vocês não estão acostumados

    Espero que gostem *-*

    - Nada de plágio, okay?

    - A fanfic é BASEADA na aparência de um dos meninos do 1D, mas nenhum deles vai estar na história :3

    - Desculpem os erros ortográficos

    Em uma madrugada silenciosa de inverno Londrina, uma garota jovem, com seus aparentemente 17 ou 18 anos, vagava sozinha pelas ruas da Madison Lane. As ruas estavam vazias, não havia ninguém além daquela garota.

    O vento era tão frio que chegava a assobiar. O barulho da sua bota entrando em contato com a estrada de pedras ecoava no silêncio da noite. “Pelo grau da ciência evolutiva do local,” a garota pensou, “já deveria estar asfaltado aqui.”

    “Isto não é ciência, Anne. É Natureza.”

    A voz de Frankie ecoou em sua cabeça.

    Ciência: algo criado pelo homem para explicar todos os mistérios da vida.

    Natureza: a própria criação, o próprio mistério, e existe antes que déssemos o primeiro suspiro e existirá durante muito depois do último.

    Pegou, no bolso da sua jaqueta, um maço de Marlboro Gold Light, que já estava quase vazio. Pegou o último, e procurou o isqueiro. Remexeu aqui, remexeu ali... Nada. Em uma dessas tentativas falhas de achá-lo, o bolso virou, e tudo o que estava dentro caiu no chão.

    - Merda! – Sussurrou. Colocou o cigarro na boca, e se agachou para catar as coisas que haviam caído no chão. Seus olhares revezavam entre os objetos espalhados na estrada de pedra, e o que estava à sua volta. Ela não poderia bobear. Um instante distraída é capaz de se tornar seu último instante viva.

    Assim que acabou de recolher tudo, colocou de volta ao seu bolso. E nada do isqueiro.

    Amassou o maço, já vazio, e o jogou em um canto.

    - Ninguém te disse que é feio jogar lixo na rua? – Uma voz masculina vinda de trás de Anne a fez gelar. Silêncio.

    Respira, inspira.

    Os passos do misterioso homem ecoavam, enquanto se aproximava da garota. O som de seu andar se misturava com o da respiração da menina, ofegante. As três blusas de frio que ela usava, não adiantaram nada para diminuir o frio. O ar quente de seus corpos entrava em contato com o vento.

    Uma respiração se junta à dela, em seu pescoço.

    - Eu te fiz uma pergunta. – Anne continuou calada. Tinha medo do que poderia acontecer se respondesse algo como ‘Você é guarda daqui, por algum acaso?’ ou ‘Quem é você para mandar em mim?’. – Talvez você seja muda, porque você ainda não me respondeu. – O homem apertou com força os braços da garota, forçando-a á virar para ele.

    Só então a garota pode reparar na aparência do homem. Seus cabelos eram castanhos, e estavam bagunçados de um jeito sexy. Tinha uma barba por fazer, e estava vestido como um típico homem britânico se vestiria na época de frio, camisa manga comprida e jaqueta, calça jeans e tênis. Era mais ou menos de sua altura, e seus olhos azuis tomaram um tom divertido ao olhar para a garota. “Bonito”, Anne pensou, “Se ele não me matar podemos sair.”

    - Ora ora, você é até bonitinha. – O homem que carregava os segredos no universo no olhar, disse acariciando o rosto da jovem. – Se tivesse sido mais educada comigo, talvez pudéssemos nos divertir antes de eu cumprir o que deve ser feito.

    - O que deve ser feito? – Anne respondeu sem pensar. Um sorriso maquiavélico surgiu no rosto do rapaz.

    - Então a mudinha falou. – Riu sarcástico. – Tão curiosa... Tão jovem. Pena que você fez tudo errado hoje, garota. Não deveria andar por aí sozinha a essa hora. – Segurou o pescoço de Anne com uma mão, o que a fez se debater, mas logo com a outra mão, o garoto a prendeu. –Não deveria jogar lixo na rua – Seus olhos foram ficando vermelhos, e algo pontudo começou a espetar o pescoço da garota. – Não deveria conversar com estranhos. – Ele moveu a mão fortemente para o lado, e Anne viu... Sangue. Do seu pescoço saía sangue, e ela, com a visão embaraçada, e caída no chão, levou as mãos á garganta, cortada.

    Respira, inspira.

    Choque, surpresa.

    O antes e o depois.

    O homem ficou ali até as respirações da garota finalmente cessarem, e seu coração parar de bater. Ele sorria.

    Antes, ela era apenas uma garota universitária, com muitos amigos, sonhos, e certa do que desejava.

    Depois, ela não lutou pela vida, e deixou que suas últimas palavras fossem “o que deve ser feito?”.

    O tal rapaz se abaixou, pegou o cigarro que estava o chão, e o colocou na boca. Remexeu o bolso, de lá tirou um isqueiro e o acendeu.

    Levantou-se, e saiu andando, sem pressa, para longe dali.

    Sem destino.

    Sem motivo.

    Apenas sorrindo, enquanto juntava as últimas palavras da garota, com as das suas outras vítimas. A velhinha do supermercado, o homem do caminhão,  a moça do parque, o rapaz com o cachorro, a prostituta, o menininho perdido e a moça da Madison Lane.

    Não!

    Não faça isso

    Diga-me o que quer.

    Diga-me quem é você.

    É muito bonito, sabia disso?

    Que tipo de diversão você gosta?

    O que deve ser feito?

    Todas morreram com dúvidas. O garoto sempre dirigira as mesmas palavras à suas vítimas.

    Não deveria conversar com estranhos.

    Mas, afinal, quem é ele? Por que ele mata? Por pura diversão, talvez.

    E talvez, ele devesse começar a seguir seus próprios conselhos.

    Enquanto isso, em um lugar não muito longe dali, duas amigas aproveitam a madrugada para tomar um café bem quente no Starbucks.

    - Você viu o noticiário? – Uma das amigas, loira dos olhos castanhos, pergunta a outra.

    - Se você está se referindo ao Serial Killer e suas novas vítimas, sim, eu vi. – A garota dos cabelos ondulados castanhos e olhos esverdeados toma um pouco do seu café. – Você é estranha, está sempre atenta a isso.

    - E você também deveria estar. – A loira fita os olhos da amiga, com seriedade. – Qualquer um pode ser sua vítima. Talvez ele entre aqui daqui a alguns minutos e nos torne as próximas.

    - Ou talvez não. – A garota de cabelos castanhos termina de tomar sua bebida, e revira os olhos. – Você tem que parar de ser tão obcecada. Se for pra acontecer, vai acontecer.

    - Você é maluca. É capaz de ter síndrome do Estocolmo caso for sequestrada.

    - Síndrome do que? – A garota de cabelos castanhos arqueou uma sobrancelha.

    - Síndrome do Estocolmo. - A loira respirou fundo. – Do jeito que você é, é bem capaz de ter algo assim caso for sequestrada. – Terminou de tomar seu café.

     - E você é meio idiota de ficar gastando seu tempo se preocupando com isso. Eu nunca vou ser atacada por esse maníaco. Sei me defender sozinha. – A garota de cabelos castanhos terminou de tomar seu café também.

    As duas se levantam, e vão até o caixa. Após acertarem a conta, a loira resolve tocar no assunto novamente.

    - Um Serial Killer escolhe sua vítima muito antes dela desconfiar que possa ser a próxima.

    - Olha só, chega desse assunto. Não estou nem aí para ele, desde que não se aproxime de mim.

    As duas dão de ombros, e seguem em direção ao carro, para voltar ao apartamento. O barulho de suas botas contra a estrada de pedra ecoa.

    Afinal, elas são apenas duas adolescentes normais que saíram para passar um tempo juntas correto? E se uma se preocupa de mais, a outra não tem que se preocupar com nada, não é? A garota de cabelos castanhos não toma muito cuidado, talvez.

    E talvez, devesse escutar os conselhos da amiga.


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