Aqui está a conclusão do arco.
Espero que gostem.
“Por favor, explique a razão da minha Onee-san estar com aquelas pessoas.” Pediu Aki lançando um olhar severo ao seu sensei.
“Eles devem estar a engana-la de alguma forma ou então a chantageá-la.” Respondeu Kimura tentando manter as coisas sob o seu controle. “Isso agora não é importante.”
“Sensei, por acaso está dizendo que a minha Onee-san não é importante?” Questionou Aki com a sombra da franja a cobrir-lhe o olho direito, enquanto a pupila do esquerdo estava completamente contraída e penetrante, como se pudesse matar Kimura a qualquer momento e de facto o faria se este não escolhesse bem as suas próximas palavras.
“Como sempre, ele fica difícil de lidar quando a irmã dele está por perto.” Pensou Kimura começando a temer o seu jovem aluno. “Não quis dizer nada disso, Aki-kun. O que importa agora, é saber como é que eles descobriram o nosso plano.”
“Entendo.” Falou o jovem Sarutobi voltando ao normal. “Ei, vocês! Como é que descobriram o nosso plano?”
“Ele… perguntou diretamente ao inimigo.” Pensaram os 4 ninjas encapuzados, cada um com uma gota de suor atrás da cabeça.
“Eu posso explicar isso.” Respondeu Sougo mostrando um pequeno dispositivo eletrónico do tamanho de um botão, na sua mão. “Na última vez que nos enfrentamos, coloquei uma escuta destas na tua roupa e ouvi-mos todo o vosso plano. Depois só tivemos de contar à princesa e ao pessoal do castelo, que nos encarregaram da sua proteção ”
“Não acredito que não reparei.” Lamentou-se Aki encontrando a escuta atrás da sua gola e esmagando-a. “Lamento imenso, Sensei. Estraguei toda a confidencialidade desta missão.”
“Não se preocupe, Capitão Sarutobi.” Falou o encapuzado mais baixo chagando-se à frente e expondo um pouco das correntes que saiam das mangas do seu manto. “Estas pessoas já podemos matar?”
“Sim, expeto a mulher de óculos.” Respondeu Aki seriamente. “Ela é a minha adorada Onee-san, não permitam que nada mal lhe aconteça.”
“Sarutobi-senpai… Vá até onde está a princesa, nós ficaremos para mante-los ocupados.” Disse o encapuzado mais alto timidamente.
“Entendo, Yamada.” Assentiu Aki começando a correr em direção ao castelo. “Não irei demorar muito, mas tentem aguenta-los ao máximo.”
“Eu vou segui-lo.” Avisou Sougo saltando do telhado do armazém, mas assim que chegou ao chão, uma chicotada de uma corrente quase lhe atingiu os pés. “Parece que não vai ser tão fácil.”
“Espero que não te importes, mas irei matar-te.” Explicou o encapuzado mais baixo retirando o seu manto. Ele era um homem baixa estatura, careca e com uma grande cicatriz no topo da cabeça. “O meu nome é Sato Masaji.”
Sato voltou a atacar com as suas correntes, mas a sua visão foi rapidamente obstruída por um prato de arroz com curry picante.
“Os meus olhos!” Gritou Sato agonizando, limpando o seu rosto com a manga.
“Vai agora, Sádico.” Avisou Kagura também saltando para o solo.
“Fico-te devendo uma, China.” Agradeceu Sougo indo na mesma direção para onde tinha ido Aki.
“Sua vadia! Vais pagar-me.” Reclamou Sato lançando as suas correntes na direção de Kagura.
“Desculpa, não tenho dinheiro nenhum.” Respondeu Kagura sorrindo e parando as duas correntes com as suas mãos e depois quebrando-as. “Mas irei pagar com nódoas negras e ossos partidos.”
“A-as minhas queridas correntes.” Murmurou Sato assustado e começando a recuar a cada passo que a ruiva dava.
Infelizmente para ele, Kagura foi mais rápida e com um único soco, arremessou-o contra o muro, nocauteando-o.
“Parece que nós também vamos ter de lutar.” Comentou Gintoki olhando para trás, onde se encontravam dois encapuzados.
“Não te preocupes, Gin-san. Vou acabar com eles num piscar de olhos.” Falou Sa-chan pegando em algumas kunais.
“Tu e o Shinpachi desçam e ajudem a Kagura. Eu e a Mizuki tratamos destes caras.”
“Farei qualquer coisa que o meu Gin-san me ordenar.” Respondeu a kunoichi animada arrastando Shinpachi para baixo do telhado onde estavam.
“Olá, prazer em conhecer-vos.” Cumprimentou Mizuki com um ar aparentemente inocente. “O meu nome é Mizuki, qual é o vosso?”
“Ishikawa Kori.” Respondeu a encapuzada sem baixar a guarda, revelando o seu rosto, era uma jovem mulher de cabelo azul-escuro, preso num rabo-de-cavalo.
“E-eu sou Yamada Yukio.” Respondeu o mais alto, timidamente, também revelando o seu rosto, que era bastante pálido e magro.
“Então adeus, Yukio-kun.” Despediu-se Mizuki sorrindo, golpeando o estômago do ninja com a ponta da sua espada embainhada, atirando-o para fora do telhado.
“A Mizuki sempre foi assim.” Pensou Gintoki. “Sempre enganava os inimigos com a sua beleza e inocência, para depois os atacar sem misericórdia. Ela é realmente um lobo em pele de cordeiro.”
“Onii-chan, cuidado!” Avisou Mizuki, colocando-se entre Gintoki e Kori, que estava prestes a atacar Gintoki pela retaguarda com a sua katana, que foi bloqueada pela espada embainhada da samurai de olhos verdes.
“Salvaste-me por pouco.” Agradeceu Gintoki colocando-se em guarda.
“É basicamente o que estou sempre a fazer.” Respondeu Mizuki com um sorriso de canto.
“Lutas de uma forma interessante.” Comentou Kori afastando-se dos dois “irmãos”.
“O que queres dizer com isso?” Questionou Mizuki colocando-se em guarda, ainda com a sua espada embainhada.
“Diz-me, porque é que não desembainhas a tua espada?” Perguntou Kori com um sorriso malicioso. “Não me digas que tens medo da tua própria katana. Realmente és uma samurai patética.”
“Cala-te!” Gritou Mizuki com voz tremula, com os seus olhos cobertos pela sombra da franja e com os sues braços a tremer, enquanto começava a suar. “Eu… Tenho as minhas razões.”
De repente várias e sombrias memórias regressaram à cabeça de Mizuki, memória que ela querias esquecer a todo o custe, não aguentando, deixou-se cair joelhos, enquanto as lágrimas que começavam a escorrer pelo rosto brilhavam ao luar.
“És mesmo patética, começando a chorar assim de repente. O que foi? Pisei em algum trauma? Pobrezinha, se quiseres posso aliviar a tua dor agora mesmo.” Falou Kori sarcasticamente, enquanto pensava. “Funcionou perfeitamente. Ela não percebeu que no momento que bloqueou o meu ataque, eu a fiz inalar uma droga especial que faz a vítima lembrar-se das recordações mais traumatizantes e aterradoras por que passou, se ouvir algo relacionado a essas recordações. Tive sorte em acertar que ela tinha más memórias ligadas àquela espada.”
Mizuki estava agora de joelhos, a chorar e a abraçar-se a si mesma, enquanto não parava de tremer. Kori, deliciando-se com o espetáculo, decidiu avançar para ataca-la, mas então percebeu-se de que algo fora arremessado na sua direção e saltou para trás, enquanto o objeto que quase a atingira, aterrou bem perto dela, levantando uma nuvem de pó. Quando a dita nuvem se dissipou, revelou uma espada de madeira cravada onde ela antes estava.
Kori voltou a olhar a para Mizuki e reparou que Gintoki estava agachado à frente dela, acariciando-lhe a cabeça como se ela fosse uma criança.
“Pronto, já passou, eu estou aqui.” Falou Gintoki sorrindo para ela.
“O-Onii-chan.” Murmurou Mizuki parando de tremer e chorar.
“Quando acabarmos isto, vamos comer alguns Parfaits.” Falou o albino, retirando o cachecol do seu fato de ninja e enrolando-o em volta da sua “irmãzinha” para que esta se sentisse mais confortável, enquanto ela lhe devolvia um cálido sorriso.
“Não pode ser.” Pensou Kori surpreendida. “Como é que ele conseguiu cancelar os efeitos da droga?”
“Agir desta maneira realmente não combina comigo.” Comentou Gintoki levantando-se e pegando na sua bokuto. “Eu não sei muito sobre coisas destas. Mas acho que o trabalho de um irmão mais velho é bater em qualquer um que faça a sua irmãzinha chorar.”
“Vamos ver o que podes fazer, irmãozão.” Falou Kori empunhando a sua espada na direção do samurai.
Gintoki, sem lhe responder, foi rapidamente na sua direção e atacando-a com a sua bokuto. Kori tentou usar a sua espada para se proteger, mas quando o fez, a sua katana foi quebrada em vários pedaços, durante esse momento ela pode ver em Gintoki um olhar de fúria. Sem lhe dar tempo de reação, o antigo Shiroyasha pregou-lhe uma rasteira que a desequilibrou e aproveitando esse momento, atingiu-lhe no abdome com tal força que a fez cuspir sangue e cair do telhando do armazém. Ao que parecia, Kori não era páreo para Gintoki.
Voltando para chão do pátio do castelo, o último encapuzado já tinha sido derrotado sobrando do lado inimigo apenas Kimura, enquanto do outro lado ainda estavam Shinpachi, Kagura e Sa-chan.
“Agora estás em desvantagem.” Falou Sa-chan confiante.
“Para assassinos profissionais, todos estes cara eram fracos demais.” Comentou Kagura olhando em volta.
“Sinto que não fiz nada aqui.” Murmurou Shinpachi simplesmente observando.
“Estás sempre a causar-me problemas, Ayame.” Comentou Kimura. “Já naquela altura, te metias entre mim e o Aki-kun.”
“É o dever de uma irmã, garantir que o seu irmãozinho não anda com más companhias.” Respondeu a kunoichi pegando em algumas kunais. “Mas pensei que finalmente me tinha livrado de ti, quando foste executado pelo Aki-chan.”
“É fácil forjar a nossa própria morte, quando o assassino está sob o nosso controle.” Revelou Kimura sorrindo. Depois retirou das suas roupas, um relógio de bolso dourado, pressionou um botão do mesmo e ordenou com voz firme. “Para o chão! Já!”
Então, de repente, o quarteto Yorozuya e Sa-chan ficaram deitados, sem se conseguirem mexer.
______________________________x________________________________
Nesse momento, Aki corria pelos corredores do castelo, à procura da princesa que tinha de raptar, deixando um rasto de guardas inconscientes por onde passava. Depois de entrar em diversos quartos, finalmente encontrou o da princesa, onde lá estava ela, sentada perto da janela a observar a bela lua cheia e a beber chá.
“Afinal, sempre vieste, Aki-kun.” Cumprimentou Soyo-hime com um amável sorriso. “A Kagura-chan contou-me que perdeste a memória. Por que não tomas um pouco de chá comigo, como costumamos fazer? Talvez isso te faça lembrar.”
“Não tenho tempo para isso.” Respondeu Aki friamente. “Estou aqui para te levar.”
“Não sejas tão apressado, Aki-kun. Bebe um pouco de chá comigo, também tenho alguns donuts.” Ofereceu a princesa enchendo outro copo com chá.
“Acho que vou aceitar a sua oferta, Hime-sama.” Falou Aki sentando-se à frente dela e pegando no copo.
“Já te disse para me chamares Soyo-chan.” Reclamou ela. “Realmente esqueceste-te de tudo.”
“Não estás demasiado calma?” Indagou Aki pegando num donut. “Afinal, eu sou um assassino profissional que te veio raptar.”
“Eu tenho a absoluta confiança em ti.” Respondeu Soyo sorrindo. “Eu sei que nunca me vais fazer mal.”
“Essa tua confiança é ilógica. É impossível alguém ter tanta confiança noutra pessoa. Para ser mais preciso, não se pode confiar nas pessoas, pois elas só pensam nelas mesmas.” Falou Aki friamente. “E posso garantir que sou a última pessoa em que deves confiar.”
“Isso não muda o facto de eu confiar em ti.” Respondeu Soyo-hime bebendo um pouco do seu chá. “E se não te lembras de mim, então só temos de nos tornar amigos de novo.”
“Eu sou suficientemente esperto para perceber que realmente me faltam memórias e que de algum modo elas estão ligadas a vocês.” Disse Aki encarando o seu reflexo no chá. “Mas também não há provas de que de facto eu fosse vosso amigo.”
“Então o que vais fazer?” Perguntou Soyo curiosa.
“Eu tenho uma missão a cumprir.” Respondeu o jovem assassino levantando-se. “Vou ter de levar-te.”
“És realmente um cabeça dura.” Comentou Sougo encostado ao canto da porta atrás do ninja roxeado.
“Olha quem fala.” Suspirou Aki virando-se para o policial sádico. “Queres assim tanto que te mate?”
“O que foi? Perdeste a vontade que tinhas de me matar?” Indagou Sougo com um sorriso confiante, desembainhado a sua espada.
“Não, nem um pouco.” Respondeu o assassino friamente, pegando em várias kunais e arremessando-as contra Okita.
Este conseguiu impedir quase todas com a sua espada, mas uma fez-lhe um leve corte no ombro direito. Mesmo assim, Sougo partiu rapidamente para o contra-ataque, empunhando a sua katana, tentou perfurar seriamente o peito do ninja, mas este conseguiu a tempo bloquear o ataque com uma kunai.
“Okita-san, o que está fazendo?” Perguntou Soyo-hime alarmada.
“Lamento ter interrompido o seu chá noturno, princesa. Mas agora o meu objetivo é acabar com este assassino a sangue frio, de uma vez.” Respondeu Sougo exercendo mais força. “Portanto não se meta, ou pode também acabar cortada.”
“Então apenas um de nós dois vai sair vivo desta luta.” Concluiu Aki, pegando com a mão livre a sua kodachi e atacando de forma inesperada Sougo, que ao aperceber-se do perigo se afastou rapidamente, apenas sofrendo um leve corte no rosto. “Essa ideia agrada-me.”
______________________________x________________________________
“Droga! Não me consigo mexer.” Reclamou Gintoki sem se conseguir levantar.
“Mas o que raio é isto?” Indagou Kagura esforçando-se em vão para se levantar.
“Acho que devo começar a explicar.” Falou Kimura com um sorriso malicioso. “Diz-me, Ayame. Lembraste por que razão fui expulso do Oniwabanshuu e mandado executar?”
“Sim, você matou os seus colegas durante uma missão para ficar com a recompensa só para si.” Respondeu Sa-chan lançando-lhe um olhar de desprezo.
“Na verdade não foi bem assim. Durante essa missão, encontramos um dispositivo Amanto de alta tecnologia, quando descobrimos que tinha fortes poderes de hipnose, percebi logo que aquilo devia pertencer a alguém como eu. Foi por isso que os matei. Afinal, os meus dotes de hipnose já eram admiráveis, mas agora sou praticamente invencível!” Explicou Kimura mostrando o relógio de bolso dourado que devia ser o tal dispositivo.
“Ele é mesmo o típico vilão clichê.” Comentou Mizuki com uma expressão entediada.
“Então é isso o que estás a usar para controlar o Aki-chan?” Questionou a kunoichi que cabelos lavanda.
“Controlar? Acho que vocês estão enganados. Neste momento o Aki-kun não está sob nenhum tipo de hipnose, simplesmente se esqueceu de tudo o que fez enquanto esteve hipnotizado.” Respondeu Kimura.
“O que quer dizer com isso?” Perguntou Shinpachi confuso.
“No dia em que hipnotizei o Aki para que ele pensasse que me tinha matado, implantei no seu cérebro uma última ordem.” Começou a explicar Kimura. “A ordem era: Caso ele encontra-se um potencial inimigo com uma força maior que a sua, devia tornar-se no melhor amigo dessa pessoa ou dependendo dos casos, se apaixonar por ela. Assim, quando a altura chegasse, poderia trai-la sem que suspeitassem dele. Perceberam agora? O Aki-kun que vocês conheceram era falso, aquela personalidade amigável dele era apenas um ilusão para ele se puder aproximar de inimigos que poderiam ser um problema para ele. O Aki-kun nunca foi a pessoa que vocês pensavam conhecer.”
“Isso não pode ser verdade.” Comento Mizuki tentando se levantar, com uma enorme vontade de bater naquele cara.
“Se pensarmos bem. O Aki-kun começou a agir de uma forma um pouco diferente, depois de a Kagura-chan o ter nocauteado.” Recordou Shinpachi.
“O que ele está dizer é mentira.” Falou Sa-chan seriamente.
“Ayame, negar só te vai magoar ainda mais.” Respondeu Kimura confiante.
“ O verdadeiro Aki-chan não é apenas este assassino frio e insensível. A personalidade que costumamos ver não é nem um pouco falsa. O Aki-chan é uma pessoa gentil que quer ser sempre prestável e ajudar os outros. Alguém justo, que não tem medo de mostrar as suas emoções e que fica facilmente confundido. Mesmo hipnotizado, é impossível que tudo isso fosse falso. Pois é exatamente assim que me lembro do meu querido irmãozinho!” Sa-chan disse levantando-se pouco a pouco, com imensas dificuldades, mas conseguindo.
“Não pode ser, o efeito ainda não devia ter passado.” Murmurou Kimura confuso.
“Eu também não acredito que foi tudo uma ilusão.” Falou Gintoki com um sorriso de canto, conseguindo-se levantar lentamente. “Se ele, supostamente, devia criar uma personalidade amigável, então não me devia estar sempre a tentar matar.”
“O Macaco que eu conheço é um idiota inútil, mas o atual é um completo parvalhão!” Afirmou Kagura também conseguindo se levantar e sorrindo. “Não acredito no que vou dizer, mas acho que prefiro o habitual stalker que não sabe quando desistir e que sempre aparece nos piores momentos.”
Shinpachi e Mizuki se entreolharam, suspiraram e depois sorriram.
“Se o Onii-chan diz que é mentira, então deve ser mesmo.” Concluiu Mizuki levantando-se.
“É mesmo impossível conseguir fingir toda aquela loucura, mesmo estando hipnotizado.” Falou Shinpachi também se levantando e ajeitando os óculos.
“Não entendo. Porque é que a hipnose já não os está afetando?” Indagou Kimura começando a perder a calma.
______________________________x________________________________
Sougo e Aki estavam os dois cansados e com diversos tipos de ferimentos, mas ambos continuavam de pé, se encarando, à espera do próximo movimento de cada um. Aki partiu desta vez para o ataque, empunhando a sua kodachi, mas no momento de deferir o golpe, Sougo foi mais rápido e esmurrou o estômago do ninja, preparando-se para a seguir corta-lo com a sua espada. Aki conseguiu recuperar-se a tempo e afastou-se o máximo de pode, sofrendo apenas um corte na perna direita. Perdendo assim o equilíbrio e caindo.
“Acho que a luta acabou aqui.” Falou Sougo apontando a sua katana para o jovem assassino.
“Força. Podes tirar a minha vida. Talvez agora finalmente encontre paz.” Respondeu Aki com um leve e amargo sorriso e com um olhar vazio.
“Se é isso que desejas.” Pronunciou Sougo levantando a sua espada para cortar o ninja de olhos cinza.
“Pare, Okita-san!” Ordenou Soyo-hime colocando-se entre os dois. “Já é suficiente!”
“Princesa, eu disse para não se meter.” Respondeu Sougo com uma expressão fria e intimidadora. “Saia da frente ou seja cortada.”
“Não irei sair!” Afirmou firmemente a princesa.
“Porquê? Porque é que fazes isto por mim?” Perguntou Aki confuso.
“Eu disse, não disse? Nós somos amigos.” Respondeu Soyo virando-se para o assassino e mostrando um radiante sorriso.
“Amigos.” Murmurou Aki, nesse momento o olhar do jovem Sarutobi recuperou todo o brilho que já tivera, talvez até mais ainda.
“Se não vai sair, então vou ter mesmo de a obrigar.” Concluiu Sougo descendo a sua katana na direção da princesa.
Esta fechou os olhos, preparando-se para o seu fatal destino, quando de repente ouviu o som de lâminas a colidirem e decidiu abrir os olhos. Quando o fez, viu as costas do seu raptor, ele a protegera.
“Nossa, esta foi mesmo por pouco.” Suspirou Aki com a mão no peito. “Por momentos pensei que irias mesmo desta para melhor.”
“Aki-kun.” Murmurou Soyo-hime comovida.
Sougo sorriu e disse. “Parece que já estás melhor. Pronto para terminar a nossa luta, Aki?”
“Vamos a isso. Nestas condições não devo aguentar muito, portanto vamos acabar com isto de uma vez, Sougo.” Respondeu Aki devolvendo o sorriso, depois jogou o seu casaco, assim como todo o seu equipamento, para o chão. “Desta vez, sem armas ou truques sujos, apenas nós dois e os nossos punhos. O que achas?”
“Não me parece má ideia.” Concordou Sougo largando a sua espada.
“Realmente foste o alvo mais problemático que já alguma vez tive.” Comentou Aki colocando-se em posição.
“E tu a pessoa mais problemática com quem já tive de lidar.” Respondeu Sougo também se colocando em posição.
“Esta vitória será minha!” Gritaram os dois em simultâneo, correndo em direção um ao outro, ambos confiantemente sorrindo.
______________________________x________________________________
“Não entendo. Porque é que a hipnose já não os está afetando?” Indagou Kimura começando a perder a calma.
“Isso é por que eles deixaram de acreditar que isso é possível.” Respondeu Aki saindo do interior do castelo, juntamente com Sougo e Soyo, tendo o ninja e o policial um grande inchaço num dos lados da cara de cada um.
“Não estou entendendo nada.” Falou Kimura preocupado.
“A hipnose é o poder da sugestão, se o nosso subconsciente acreditar que está a ser controlado, então ficaremos sob esse controle.” Explicou Aki. “O que esse relógio faz é transmitir onda cerebrais para outros sujeitos para os levar a pensar que estão a ser controlados. Agora á pouco estavas a tentar hipnotizá-los para que eles pensassem que eu era de facto um traidor que os estava enganar. Só que como eles são um bando de idiotas, tirando a minha Onee-san e a Kagura-chan, que confiam demasiado em mim, deixaram de acreditar na tua hipnose e dessa forma livraram-se dela. Esse é o poder da idiotice humana!”
“Não pode ser.” Murmurou Kimura deixando cair o seu relógio. “Aki-kun, isto significa que te estás a rebelar? Queres mesmo esse tipo de vida onde és sempre desrespeitado e onde nunca vais ter paz?”
“Não me estou a rebelar ou algo parecido. E também não preciso de paz nenhuma.” Respondeu Aki olhando em volta. “Ser constantemente rejeitado pela Kagura-chan e logo depois ser consolado pela Soyo-chan. Estar sempre a brigar com o Okita e a tentar matar o Sakata-san. Comer o insuportável natto da minha Onee-san e vomitar logo a seguir. Esse é o estilo de vida que eu, Sarutobi Aki, quero e adoro!”
Pós dizer isto, Aki esmurrou com toda a sua força a cara do seu sensei, fazendo-o cair.
“Ei! Porque é que eu ainda estou na lista de alvos a assassinar?” Reclamou Gintoki.
“Acabei de me lembrar de algo interessante.” Falou Aki rodeado por uma aura negra e com um brilho vermelho rancoroso nos seus olhos, enquanto estalava os dedos. “Por sua culpa, feri a Kagura-chan e quase fiz o mesmo à Soyo-chan. Isso é imperdoável e deve ser punido.”
“Por favor, piedade.” Implorou pateticamente Kimura, de nariz partido e faltando-lhe uns dentes.
“Piedade? Lamento, mas como uma simples arma, não sei o que isso significa.” Respondeu o assassino aproximando-se lentamente e esmagando o relógio. “Mas não te preocupes, não te irei matar. Isso não seria um castigo suficiente. Vou fazer-te implorar pela morte.”
E assim, Aki começou a torturar o seu sensei de diversas formas, uma pior que a outra, demasiado cruéis para serem descritas numa fic destas.
“O Aki-chan fica tão fofo no modo sádico.” Afirmou Sa-chan orgulhosa e tirando algumas fotos com o celular.
“Realmente não sabia que ele tinha esse tipo de lado.” Comentou Kagura com uma gota de suor atrás da cabeça.
“Então o Aki-chan gosta deste tipo de coisas.” Murmurou Soyo-hime pensativa.
“Até eu acho que ele começa a exagerar no nível de sadismo.” Comentou Sougo também com uma gota de suor.
“Já estou cansado de tudo isto, vamos para casa.” Falou Gintoki bocejando.
“Hoje quero dormir com Onii-chan.” Disse Mizuki infantilmente, abraçando o albino.
“Nem penses nisso!” Reclamou Sa-chan tentando separa-los.
“Vocês não me ouviram, quando eu disse que estava cansado, não foi?” Falou Gintoki enquanto era puxado por cada um dos lados.