Série Love.Animals - Vol. I (Reescrito!)

Tempo estimado de leitura: 36 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Hábitos

    Álcool, Drogas, Linguagem Imprópria, Violência

    Desculpem por não ter postado antes, esqueci que tenho uma conta neste site >.>

    ~~~~Hibari ON~~~~

           Algumas horas depois de sair do veterinário, me dei conta de que não sabia se o Tsuna precisava ser vacinado. Mas já eram dez horas, o céu estava tomado pela escuridão e não achava que o estabelecimento estaria aberto a uma hora dessas.

          "Bem, já que irão fazer o exame de sangue, eles podem tirar uma conclusão a respeito da vacinação ser necessária ou não até segunda. Não acho que devo me preocupar." Pensei.

           Iria esperar novamente mais um tempo. Bem, que seja. Levantei-me do sofá em que estava sentado e fui em direção ao meu quarto. Olhei para a caixa de areia nova que comprei no caminho para casa esta tarde. A suposta areia parecia mais umas pedrinhas tranparentes do que areia de verdade, mas, de qualquer jeito, fazia seu papel de banheiro para o gato. Este, que estava brincando com uma bolinha de plástico que comprei para ele também, parecia estar feliz aqui. Observei com o canto do olho Hibird brincar com Roll, e me deitei na cama.

           Estava cansado, o dia fora longo. Já havia tomado banho e posto o pijama, como estava calor dormi sem coberta.

                                                                                                                              ***

           Terça amanheceu com uma garoa pesada, o sol se escondia por detrás das nuvens cinzas. Levantei-me da cama, fui ao banheiro e fiz minha higiene pessoal, troquei o pijama para meu uniforme e fui à cozinha. Preparei meu café e alimentei o trio esfomeado, que vieram como um furacão ao sentirem o cheiro da comida. Alimentado e vestido, peguei minha bolsa escolar e saí de casa. A chuva já havia parado.

           "Como ontem persegui o Gkudera, hoje irei perseguir o Yamamoto." Fiquei pensando nisso durante todo o trajeto até o colégio.

           Chegando lá, fui até a minha sala e esperei até o sinal da primeira aula tocar. Como ontem, não prestei atenção ao que o professor dizia, fiquei olhando pela janela. Nada de anormal acontecia. Quando o sinal do intervalo tocou, saí de minha sala e fui ao telhado. A chuva havia encharcado boa parte dele, escolhi o lugar mais seco e me sentei. Levantei meu rosto e apreciei o calor dos tímidos raios de sol que escapavam da cortina de nuvens. Eu não gostava muito de dias chuvosos, pois as nuvens de chuva cobriam totalmente o céu azul, deixando-o cinza e sem graça. Eu gostava de dias ensolarados, de olhar para as nuvens que passeavam pelos domínios do céu e iluminadas pelo brilho do sol.

           Parei de divagar sobre o céu e pensei sobre o bichano que provavelmente estaria arranhando o pé da cama lá em casa. Sorri com a imagem. Em tão pouco tempo, peguei amor pelo felino. Apesar de ter sido obrigado a cuidar dele primeiramente por causa do idiota do meu professor, Dino, não estava mais achando tão ruim cuidar daquele gato. Estava até gostando. Era engraçado como às vezes ele me deixava fazer carinho em sua barriga e em outras quando eu tentava fazê-lo ele agarrava minha mão e a mordia. Ou como ele ficava elétrico de noite, mas de dia quase nem se mexia, só dormia.

           O sinal do fim do intervalo soara, e eu voltei para minha classe. No final das aulas, fiquei no portão esperando o Yamamoto Takeshi se aproximar. O vi quando se dirigia para saída junto com o homem-bomba e o maníaco por boxe. Estavam todos rindo, mas quando me viram ficaram paralisados de medo. Olhei para o moreno, entendendo minha intenção ele desatou a correr para o caminho contrário, e seus amigos passaram pelo portão rapidamente, evitando me olhar. Contei até cinco e comecei a correr atrás do idiota do baseball. Ficamos correndo por um bom tempo, consegui acertar um graveto em sua cabeça, até que me cansei e decidi ir para casa.

                                                                                                                                ***

           Algumas horas depois de chegar em casa decidi que precisava fazer compras. A geladeira já estava ficando vazia, assim como os armários da cozinha. Também precisava comprar mais comida para Hibird. Peguei minha carteira e a coloquei dentro do bolso da calça, olhei para Tsuna que dormia no sofá e sorri, só um pouco. Saí de casa com o uniforme mesmo e rumei para o mercado. Comprei tudo que precisava, a fila do caixa estava enorme, depois de esperar longos vinte minutos, pagar a atendente e sair do mercado, fui em direção à pet shop para comprar a comida do Hibird.

           Chegando lá fiquei surpreso, pois a pet shop estava fechada. Na porta da frente havia um papel colado que dizia: "Estamos fechados até o fim de semana por razões familiares. Desculpem o inconveniente" . Quem não fosse habituado a visitar essa loja não entenderia direito o recado, mas eu entendi. Essa pet shop era administrada por uma família, todos os funcionários eram irmãos ou primos, e o proprietário era avô da maioria. Pensei no que poderia ter acontecido, mas, bem, não era da minha conta. Portanto continuei a andar, ouvi dizer que tinha uma outra pet shop a algumas quadras.

           Depois de andar um pouco a encontrei. Ela se situava em uma esquina, parecia ter sido inaugurada a pouco tempo pelo seu aspecto novo e moderno. Entrei, comprei a comida, paguei e fui embora. Faltando dois quarteirões para chegar em minha casa notei que estava sendo seguido. O sol já estava se pondo e fiquei apreensivo. Ignorei a pessoa por mais alguns passos, até que ela se aproximou abruptamente, tentanto agarrar meu braço e passar o seu pelo meu pescoço. Desvencilhei-me facilmente do ataque e olhei para meu oponente. Parecia ser um homem adulto, mas não conseguia distinguir como era seu rosto por conta do enorme chapéu cuja sombra cobria-lhe inteiramente o rosto. A figura também usava um longo casaco marrom que cobria o corpo inteiro.

           – Humf, que clichê - disse.

           O homem ficou em silêncio, depois partiu para outro ataque. Seus punhos socaram o ar enquanto eu me esquivava, depois revidei acertando-lhe o queixo. Ele gemeu de dor, tentou dar uma rasteira em mim, mas falhou. Dei-lhe um chute na barriga e, quando ia dar outro soco, ele agarrou meu punho. Tentei me soltar, mas ele tinha uma pegada forte. Enquanto tentava desvencilhar-me do atacante, não reparei uma outra figura surgir arás de mim e me golpear com um bastão. Minha cabeça girou e vi estrelas. O primeiro homem me largou e eu caí no chão. Antes que a escuridão tomasse conta de minha mente vi o segundo homem, muito parecido com o primeiro, pegar um celular, dicar um número e dizer com uma voz grave:

           – Pegamos ele.


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