Gintama!

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    Capítulos:

    Capítulo 35

    O Sádico, a Garota Chinesa e o Stalker

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Aqui está mais um capítulo do arco "O Assassino sem memórias".

    Espero que estejam a gostar.

    O quarteto Yorozuya, acompanhado por Sougo e Sa-chan, saiu de casa dos Sarutobis e agora todos discutiam sobre a melhor forma de procurar o jovem assassino.

                “Acho que devia-mos separar-nos em duplas, para cobrir uma maior área.” Propôs a assassina de aluguel.

                “Parece ser uma boa ideia.” Concordou Shinpachi e todos assentiram.

                “Nesse caso, eu fico com…” Gritou Sa-chan prestes a atirar-se sobre Gintoki, mas Mizuki chegara primeiro e já tinha o braço envolvido sobre os ombros do dito albino.

                “Então eu fico com o Onii-chan.” Afirmou Mizuki com um sorriso triunfante. “Que bom, Onii-chan. Vai ser como nos velhos tempos.”

                “É, suponho.” Respondeu Gintoki com fraca motivação e cutucando o nariz. Na verdade ele não queria saber com quem iria formar dupla, só queria acabar com aquilo o mais rápido possível para poder voltar para casa e mandriar como de costume.

    “Sua maldita, eu é que devia ficar com o Gin-san!” Reclamou a kunoichi furiosa.

                “Quem chega primeiro é que pega.” Respondeu Mizuki com um tom de voz infantil e mostrando a língua. “Além disso, o Onii-chan não é um homem lá muito confiável no que toca a mulheres. Por essa razão prometi á Tsukki que ficaria de olho nele. “

                “Eh? Eu realmente pareço esse tipo de pessoa?” Indagou Gintoki limpando os dedos no cabelo da sua “irmã”.

                “N-não me digas que… Vocês já namoraram e o Gin-san te traiu!” Supôs Sa-chan chocada.

                “Eu e o Onii-chan nunca tivemos esse tipo de relação!” Gritou Mizuki levemente corada.

                “Oh, entendo. Então foste recusada por ele.” Falou Sa-chan com um sorriso triunfante.

                “Hum… Bem… Onii-chan! Vamos, temos de encontrar o Aki-chan!” Gritou Mizuki em pânico arrastando o albino.

                “Isto é muito suspeito. Acho que tenho de ficar de olho nela.” Murmurou Sa-chan pensativa. “Ela pode tentar fazer alguma coisa ao meu querido Gin-san.”

                “Você é a última pessoa que pode dizer isso.” Comentou Shinpachi com uma gota de suor atrás da cabeça.

                “Onde estão o Okita-kun e a Kagura-chan?” Questionou a kunoichi notando a falta dos dois.

                “Foram embora assim que formaram a dupla.” Respondeu o Tsukkomi.

                “Pois é! Temos de encontrar o Aki-chan. Quase me esquecia. Vamos, Shinpachi-kun.” Falou Sa-chan começando a correr, enquanto Shinpachi tentava seguir o seu ritmo.

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                Enquanto isso, Aki encontrava-se no telhado de um dos edifícios de Edo, observando a cidade, até que dois sujeitos encapuçados apareceram do nada, ajoelhados atrás dele.

                “Quem são vocês?” Perguntou Aki sem tirar os olhos da cidade.

                “Seremos os seus ajudantes na missão de hoje.” Respondeu o da direita, que mesmo estando ocultando o seu corpo com um manto, dava para ver que tinha bastantes músculos.

                “É uma honra estar sob as suas ordens, Sarutobi-dono. Já ouvimos bastante sobre você.” Disse o da esquerda, que, ao contrário do da direita, aparentava ser mais elegante e ágil.

                “Talvez vocês possam aliviar um pouco o meu trabalho.” Falou o jovem assassino continuando a não olhar para os seus subordinados. “Os alvos dividiram-se em três grupos de duas pessoas cada. Sigam cada um, uma das duplas e assim que notarem uma abertura, eliminem-nos.”

                “Você já decidiu que dupla vai seguir, capitão?” Questionou o da direita.

                “Sim, vou eliminar aqueles que primeiro fizeram contacto comigo, se bem me lembro os nomes deles eram Okita-san e Kagura-san.” Respondeu Aki seriamente virando-se finalmente para os seus subordinado. “Agora comecem a operação e não cometam o mais mínimo erro.”

                “Sim, senhor.” Assentiram os dois mutuamente, desaparecendo da mesma forma que apareceram, sem deixar rasto.

                “Bem, acho que agora é a minha vez.” Murmurou Aki voltando a olhar para a cidade e depois desaparecendo.

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                Mais tarde, em algum lugar de Edo, Sougo e Kagura continuavam a sua procura sem sucesso.

                “Macaco! Está aqui?” Perguntou Kagura retirando a tampa de um balde do lixo.

                “Já procuramos muito por ele, vamos fazer uma pausa.” Falou Sougo deitando-se num banco de rua e colocando a sua máscara de dormir. “Acho que vou tirar um cochilo.”

                “Por vezes, és mais preguiçoso que o Gin-chan.” Comentou Kagura.

                “Vamos, não sejas assim.” Respondeu o policial sádico relaxadamente. “Porque não te deitas também? Se ficarmos pegados um ao outro, há espaço suficiente para os dois.”

                “Como se eu fosse fazer uma figura dessas, em público.” Falou a jovem Yato corada, mas mantendo um ar de superioridade. “Se a rainha do distrito Kabuki fosse vista assim, seria motivo de risadas.”

                “Não sejas tímida e apesar de haverem imensos motivos para se rirem de ti, eu irei espancar quem o fizer.” Sougo disse levantando parte da sua máscara.

                Enquanto estes dois conversavam, alguém que os observava de longe, arremessou uma kunai que atingiria Okita, se Kagura não tivesse percebido antes, usado o seu guarda-chuva como um escudo e bloqueado a dita kunai.

                “Quem está aí?” Inquiriu Kagura intimidadora, fechando o seu guarda-chuva e preparando-se para atirar.

                Então, o arremessador misterioso jogou uma bomba de fumo na direção deles, surgindo uma cortina de fumaça, que os cegou. O estranho adentro pela fumaça e com um chute, retirou o guarda-chuva das mãos de Kagura, mas quando estava prestes a ataca-la com uma kunai, foi bloqueado por uma espada.

                “Sádico.” Falou a ruiva identificando o seu salvador.

                “Acho que já encontramos o macaco que procurava-mos.” Afirmou Sougo ainda bloqueando a kunai do seu adversário.

                Nesse momento a fumaça se dissipou, revelando que a identidade do atacante era de facto, Aki.

                “Mas duvido que já nos reconheça.” Completou o sádico pressionando o ninja, obrigando-o a ter de recuar.

                “Parece que vocês não vão ser fáceis de matar, assim como pensei.” Comentou Aki inexpressivamente.

                “Ei, porque raio nos estás a atacar?” Perguntou Kagura irritada.

                “Não tenho que revelar esse tipo de informação a insetos que estão prestes a morrer.” Respondeu Aki fazendo uma rápida e inesperada rasteira ao capitão da 1ª divisão, fazendo com que o mesmo caísse. Depois partiu para atacar Kagura, mas esta já estava preparada e avançou com o seu guarda-chuva, tencionado bater na cabeça do ninja, mas por mero instinto, ele desviou e decidiu recuar alguns passos.

                “O que foi? Estás com medo de insetos?” Insinuou a jovem Yato triunfante.

                “Isto é estranho.” Pensou o assassino. “Por alguma razão, sinto que se levasse um golpe sério desta garota, a minha vida correria perigo.”

                “Não devia pensar tanto numa briga de rua.” Avisou Sougo, aproveitando que estava caído, para fazer um ataque surpresa, através da retaguarda do jovem Sarutobi, mas este, como se já soubesse do ataque, virou-se rapidamente e chutou o estômago do sádico, atirando-o contra uns caixotes do lixo.

                “Como é que eu sabia que ele ia fazer aquele ataque surpresa?” Interrogou-se Aki mentalmente. “É como se o meu corpo se lembrasse de já ter lutado contra estes dois.”

                Sougo levantou-se rapidamente, pegando de novo na sua katana, e correu em direção a Aki. Kagura fez o mesmo, preparando-se para espancar aquele stalker até que se recordasse deles. Assim, os dois começaram a correr de direções opostas, tendo Aki como objetivo. O assassino rapidamente pensou numa estratégia e, de costas para Okita, parou o guarda-chuva com bastante esforço e sacrificando uma ou duas costelas, cuspindo um pouco de sangue, mas conseguindo prender a dita arma com o seu braço esquerdo. Sougo continuou a seguir em frente para atacar o ninja, mas então este deu um salto mortal para trás, atirando Kagura contra uma parede e arremessando três kunais que atingiram as desprotegidas costas do capitão do Shinsengumi.

                “Agora tenho a certeza. De alguma forma, eu já lutei ou já fui golpeado por estes dois.” Percebeu Aki limpando o sangue no canto da sua boca e recuperando lentamente o folgo.

                “Não comeces a ficar todo convencido.” Advertiu Sougo retirando as kunais de suas costas. “Isto mal começou.”

                “És bem persistente.” Afirmou Aki retirando do seu casaco uma kodachi (N/a: Pequena lâmina semelhante a uma katana, mas de tamanho bem mais reduzido, tendo cerca de 59 cm, contando com o punho. É usada principalmente para a defesa pois seu tamanho reduzido duplica sua velocidade em relação a espadas maiores, embora não proporcione um bom ataque). “Mas isto vai terminar agora.”

                Os dois se ficaram encarando à espera do próximo movimento de cada um, enquanto Kagura permanecia inconsciente devido a ter impactado com a sua cabeça na parede. Nenhum fazia o primeiro movimento, Sougo estava com pressa, tinha de ver se Kagura estava bem, mas baixar a sua guarda no momento como aquele podia significar a sua morte, portanto devia ser cauteloso. Cansado de esperar, Sougo atacou primeiro, mas a sua katana foi rapidamente bloqueada pela kodachi do seu adversário. Enquanto Sougo tentava forçar aquele ataque, Aki manteve-se calmo e com a sua mão livre, pegou rapidamente do seu casaco, um pó com uma cor avermelhada e jogou na cara do seu oponente. Sougo sentiu nos seus olhos, um ardor intenso e teve de recuar.

                “Não te preocupes, é apenas pó picante. Vais ficar cego temporariamente, o efeito passa em 5 minutos.” Explicou Aki mostrando o saco com o pó e voltando a guarda-lo no seu casaco.

                “Isso foi jogar sujo!” Reclamou Sougo apoiando-se numa parede, com os olhos a lacrimejar.

                “A mim só me importam os resultados.” Respondeu Aki atirando várias kunais que cravaram na parede onde o policial estava apoiado, quase o atingido.

                “Que se passa? A tua pontaria piorou?” Provocou Sougo, mas quando se tentou mexer, apercebeu-se de algo. “Não pode ser.”

                “Então já percebeste.” Falou Aki triunfante. “Estas últimas kunais que lancei tinham fios presos a elas. Agora todo o teu corpo está preso a essa parede e se tentares força-los, pode-te acontecer algo indesejado.”

                “Droga, não me consigo mover.” Pensou Sougo com raiva. “Tal como eu pensei, todas as vezes que brigamos, incluindo até a primeira vez, ele sempre esteve pegando leve. Então este é que é o verdadeiro potencial dele.”

                “Agora que ambos estão incapacitados, devo proceder à eliminação.” Revelou Aki avançando até Sougo, com a sua kodachi em posição.

                “Não dês nem mais um passo!” Ordenou Kagura apontando o seu guarda-chuva na direção do ninja que estava de costas para ela.

                “Então já recuperaste a consciência. Como pensei, não deves ser humana.” Concluiu Aki virando levemente a cabeça para ela, com um olhar frio.

                “Já foste longe demais, se continuares vou começar a odiar-te de verdade!” Gritou Kagura decidida.

                “Tudo bem, podes odiar-me à vontade.” Falou Aki com a franja a cobrir-lhe os olhos e fechando o punho fortemente, com se estivesse frustrado com algo. “Afinal, eu já estou habituado a que as pessoas me odeiem.”

                Após ouvir isso, Kagura hesitou por alguns segundos, que foram suficientes para Aki se aproximar dela, cortar a sua arma e fazê-la cair no chão.

                “Segundo os meus cálculos, você é a mais forte dos dois. Portanto devo eliminar-te a ti primeiro.” Disse Aki ficando em cima de Kagura, preparando-se para corta a sua garganta com a kodachi.

                “A China Girl, a mais forte? Não me faças rir, eu sou pelo menos 10 vezes mais forte que ela.” Falou Sougo tentando forçar os fios metálico, causando leves cortes na sua pele. “Então devias tentar matar-me a mim primeiro!”

                “Sacrificar a própria vida para salvar a vida de outra pessoa? Não vejo sentido nisso.” Comentou Aki com um olhar vazio. “Não te preocupes, vocês os dois vão morrer juntos hoje.”

                Aki continuou a aproximar lentamente a lâmina ao pescoço da ruiva, ficando a milímetros de distância, mas quando viu a cara de sofrimento de Kagura, aconteceu algo completamente inesperado aconteceu. O jovem assassino parou o seu braço direito com a sua mão esquerda, impedindo que a matasse, nesse momento uma gota deslizou pela face do assassino e caiu ao lado do rosto da Yato, ao mesmo tempo que começara a chover, não dando para perceber se aquilo fora uma gota de chuva ou uma lágrima. Aki saiu de cima de Kagura e começou a caminhar para outro lugar.

                “Acho que vos vou deixar ir, por agora.” Falou Aki virado de costas para eles. “Em troca tenho um favor a pedir-vos. Só de olhar para vocês sinto imensas dores de cabeça, portanto só quero que não voltem a aparecer à minha frente, se o fizerem não terei outra escolha a não ser matar-vos.”

                Com isto, o ninja roxeado desapareceu no meio da chuva, como se tivesse sido levado pelo vento.

                “Ei, China! Estás bem?” Perguntou Sougo preocupado e tentando disfarçar a dor que sentia com todos aqueles ferimentos.

                “Bem melhor que tu.” Respondeu Kagura levantando-se e pegando nos restos do seu guarda-chuva. “Acho que vou ter de pedir ao velho Gengai para o reparar.”

                “Ok, agora solta-me.” Pediu Sougo e assim que Kagura o fez, o sádico caiu-lhe nos braços.

                “Ainda não acredito que ele nos tentou matar.” Comentou Kagura com um olhar entristecido.

                “Mas não o fez.” Respondeu Sougo com um leve sorriso. “Isso significa que ele ainda pode voltar a ser como antes.”

                “É, acho que tens razão.” Concordou a ruiva apoiando o braço do seu ferido namorado nos seus ombros para o ajudar a andar. “Mas agora vamos demorar imenso para o voltar a encontrar.”

                “Não teria tanta certeza disso.” Falou Sougo com uma expressão confiante.

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                Noutro ponto da cidade, Aki encontrou um lugar seco para descansar, no teto de um edifício que tinha um pequeno toldo, ficando a observar a cidade e refletindo sobre o que lhe tinha ocorrido.

                “Não entendo.” Murmurou ele. “Esta foi a primeira vez que hesitei em matar alguém. Nunca antes tinha tido este problema. Mas no momento em que vi aquele olhar dela, senti uma dor intensa no meu peito, nunca senti isto antes. Tenho de parar de pensar nisto, eu não passo de uma arma, não devia demonstrar emoções de qualquer tipo. Droga! Porque é que não os consigo tirar da minha cabeça? Quem são aqueles dois de verdade? É melhor ordenar a retirada aos outros.”

                Aki pegou no seu rádio portátil e contactou um dos seus subordinados. “Atenção, por agora esqueçam os objetivos, vamos retirar.”

                Ouve alguns momentos de silêncio, mas depois o jovem assassino recebeu uma resposta.

                “Oh, Aki-kun. Ainda bem que ligaste.” Respondeu uma voz familiar. “Sabes, andamos à tua procura, então se retornasse seria de grande ajuda.”

                “Esta voz… É a daquele samurai de cabelo prateado.” Percebeu Aki começando a suar frio. “O-o que aconteceu ao meu subordinado?”

                “Falas do grandão que nos atacou? Bem… Ele surpreendeu a Mizuki por trás e ela “acidentalmente” bateu com a bainha da espada nas kintamas dele com demasiada força, deixando-o inconsciente. Mas não te preocupes. Vendo o estado dele, deve acordar dentro de dois ou três dias, no mínimo. Realmente, Mizuki, porque é que lhe bateste com tanta força? Até me doeu só de ver.”

                “Não tive culpa, Onii-chan.” Falou uma voz feminina no fundo, provavelmente pertencente a Mizuki. “Foi tão de repente que pensei que fosso algum tipo de pervertido, realmente lamento muito por ter acabado com a futura linhagem do teu amigo, Aki-chan.”

                “Eh? Como é que isto foi acontecer?” Pensou Aki fechando a transmissão, suando um pouco mais e ficando por momentos paralisado. “Isto deve ter sido apenas um golpe de sorte deles. Sim, um golpe de sorte. Bem, agora devo contactar o outro.”

                “Sarutobi-dono, é você?” Respondeu o restante subordinado, assim que Aki ligou a transmissão.

                “Sim, preciso que te retires imediatamente.” Informou o ninja recuperando a calma.

                “Lamento dizer-lhe, mas de momento não posso fazer isso.”

                “Porque que razão.”

                “Neste momento, todo o meu corpo está atado de uma forma estranha e um deles prendeu óculos com demasiada graduação nos meus olhos, usando natto. Agora estou pendurado em algum lugar. E mais uma coisa…”

                “O quê?”

                “Eu… Meio que estou começando a gostar desta sensação estar atado desta forma.”

                Aki encerrou a transmissão o mais rápido possível sem dizer uma única palavra.

                “Isto é ruim, muito ruim.” Pensou Aki deixando cair o rádio. “Nunca antes estive numa situação destas. Realmente subestimei estas pessoas, eles fizeram dois assassinos de elite parecerem completos idiotas. Nunca pensei que chegaria a conhecer pessoas assim. Agora tenho que relatar tudo ao Sensei.”

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                Mais tarde, Aki encontrava-se mais uma vez na sala de reuniões de Kimura e o próprio não parecia estar muito satisfeito.

                “Estou bastante desiludido contigo, Aki-kun.” Afirmou Kimura com um olhar severo. “Esta foi a primeira vez que falhaste numa missão. Devias ser uma arma perfeita em todos os aspetos, mas mesmo assim falhaste miseravelmente.”

                “Lamento imenso, Sensei.” Desculpou-se Aki ajoelhado. “Prometo que não voltarei a cometer esse tipo de erro.”

                “Espero bem. Agora vamos falar da tua verdadeira missão.”

                “O que quer dizer com isso?” Indagou Aki surpreso.

                “Os alvos que te encarreguei de matar eram apenas peixes pequenos, para ver se ainda mantinhas as tuas habilidades e já reparei que isso não é verdade, portanto vou ter de te acompanhar nesta missão.”

                “Então qual é a minha missão?” Perguntou Aki baixando a cabeça, sentindo-se envergonhado por ter desiludido as expectativas do seu sensei.

                “Uma fação Jouishishi pagou-nos muito bem para raptarmos a irmã do Shogun. Esta noite invadiremos o castelo para o fazer. E espero que não voltes a cometer nenhuma espécie de erro.”

                “Sim, sensei. Não voltarei a desiludi-lo.”

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                Nessa mesma noite, Aki e Kimura, encontravam-se ocultos por entre as sombras da noite, perto da entrada principal do castelo, juntamente com mais quatro figuras encapuçadas.

                “Sensei, quem são eles?” Perguntou Aki curioso.

                “Também participarão nesta missão.” Respondeu Kimura. “Estarão sob o teu comando, espero que não voltes a falhar.”

                “Certo.” Assentiu Aki virando-se para os seus novos subordinados. “Esperem todos aqui, eu irei livrar-me dos dois guardas que estão no portão de forma a não dar nas vistas. Assim que eu der sinal, podem avançar pelo portão.”

                Assim que todos assentiram, Aki desapareceu nas sombras. Aproximou-se lentamente até aos guardas e sem lhes dar tempo de reparar, fez com que os dois perdessem os sentidos pressionando pontos de pressão, fazendo depois sinal para os restantes avançarem.

                “Capitão Sarutobi, porque é que não os matou.” Perguntou o encapuzado que era tão baixo como uma criança.

                “Isto é uma missão de rapto, não de execução.” Respondeu Aki lançando um olhar rígido ao subordinado que falara. “Mas ainda bem que perguntaste isso. Oiçam bem, caso os guardas do castelo vos atacarem, o máximo que podem fazer é incapacita-los ou então pô-los inconscientes. Não serão permitidas mortes.”

                “Podemos saber porquê, Sarutobi-senpai?” Perguntou timidamente o encapuzado mais alto.

                “Até onde sabemos, estes guardas não fizeram nada de mal, estão apenas a fazer o trabalho deles.” Explicou Aki pegando numa kunai e encarando os seus subordinados com o olhar intimidante de um predador a observar a sua próxima presa. “Portanto caso matem alguém inocente, verei isso com uma violação das regras desta missão e vos punirei com uma morte lenta e dolorosa. Perceberam?”

                “Sim, senhor!” Responderam os quatro assustados e fazendo continência, enquanto Kimura simplesmente observava em silêncio.

                Mas no momento que entraram no recinto do castelo, um monte de holofotes foram apontados para eles, surpreendendo-os.

                “O que isto significa?” Indagou um dos encapuzados que ainda não tinha falado.

                “Sejam bem-vindos! Estava-mos à vossa espera.” A voz de Gintoki ouviu-se em todo o recinto como se fosse projetada por colunas de som.

                “Quem está aí?” Inquiriu Aki olhando em volta.

                Então alguns holofotes apontaram para o teto de um dos armazéns do castelo, revelando o quarteto Yorozuya acompanhado por Sougo e Sa-chan, todos com os seus trajes de ninjas e fazendo uma pose, Sougo usava um completamente preto com um S vermelho no peito e outro nas costas, enquanto Mizuki usava um traje com tons leves de rosa.

                “Nós somos os Neo Go Ninja -1 +2 Deluxe!” Apresentou Gintoki com um microfone. “E estamos aqui para parar os vossos malévolos planos e ganhar uma enorme recompensa real por isso!”

                “Quem raio são estes esquisitões?” Questionou o último encapuzado com uma voz feminina. “Nem consigo entender o nome deles.”

                “Por favor, não fale sobre o nome.” Pediu Shinpachi estafado, provavelmente por se ter esforçado demais no seu trabalho de Tsukkomi. “Nós passamos a última meia hora decidindo isso.”

                “Droga! Porque é que eles estão aqui? Pensei que tinha dito para eles não voltarem a aparecer à minha frente… Espera aí.” Pensou Aki reparando em algo estranho. “Sensei, posso fazer-lhe um pedido?”

                “O que foi?” Perguntou Kimura curioso.

                “Por favor, explique a razão da minha Onee-san estar com aquelas pessoas.” Pediu Aki lançando um olhar severo ao seu sensei.


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