Corri e segurei o pulso do Cabo ainda no alto e então senti um par de braços envolverem minha cintura e tentei me soltar.
- Mas o que? Derek! Mike deu um mata leão no homem que me segurava, mas no ultimo segundo ele conseguiu por a mão entre o pescoço e o braço do soldado, impedindo que o golpe fosse efetivo, então ficamos assim por um tempo sem ninguém ceder, mas todos falavam alto ao mesmo tempo e só param quando ouvimos a porta bater atrás de nós.
- Isso sim é algo no minimo incomum e muito engraçado!
- Hanji Buntaichou.
- Bem… Mike. Larga o Derek agora. - o tom dela era ameaçador, deu calafrios sem nem mesmo olhar para ela. - Derek seja legal e solte a Mikasa dessa posição constrangedora. - ruborizei, mas logo percebi que o Cabo fazia força para puxar a faca em direção ao Erwin, fiz força contra, mas não era a toa que ele era considerado o mais forte, estava me ganhando num tipo de queda de braço da morte.
- Rivaille! Solta o Erwin…
- Como se eu fosse escutar você maluca de merda!
- Rivaille,a humanidade não pode perder seu melhor estrategista!
- Você acha que lutei todo esse tempo por causa de porcos?! Não Hanji, eu lutei porque achei que estava fazendo-a estar segura!
- Olha… Você não tinha como escolher por ela. Essa foi a escolha dela e só dela! Você está indefeso e sem DMT eu posso cortar sua garganta se quiser, então se você matar o Erwin eu vou ter que te matar e aí sim a humanidade estará perdida.
- Me matar? Assim que o fizer você sabe do que ela é capaz! E eu disse que já bastava de assassinatos!
- Então se levante! Incrivelmente ele aos poucos tirou o joelho de cima do Erwin então puxei a faca de sua mão rapidamente, Hanji-san esperou o capitão se levantar e deu alguns passos em sua direção e lhe esbofeteou com muito estilo ele virou o rosto e o massageou.
- Auch! Tenho que dizer que estou confuso e ainda sou o superior de vocês. E que devo explicações a você Rivaille e Hanji também.
- Você enganou nós três Erwin. Você não tem o direito de usar a todos. Eu, Rivaille e a garota. Eu não preciso perguntar o porque. Já sei a resposta “É para o bem da humanidade.”, você foi ambicioso, apostou o que não tinha!
- Na época eu não sabia que tipo de coisas isso ia me trazer, mas sabia que poderia perder a sua confiança e que Rivaille certamente iria me matar e não. Não os 3 somente 2…
- Concordo. - disse o homem com olhos de cores diferentes. Não entendi e Hanji também não.
- Não tem como aquela garota ter sido enganada. Ela apenas dançou como a musica fingindo ser conduzida. Por anos nós conversamos por cartas e no fim ela viu por trás do que eu previa pra ela, ou seja, ela nunca chegou a ser usada apenas uniu o útil ao agradável e não virou o que eu havia planejado. E agora adivinhem o que ela me dizia sempre. "Mantenha ele vivo. Enquanto me garantir isso vou dançar como a sua letra, o deixe morrer, e quem vai dançar a ultima valsa será você!" assustadora, mas incrivelmente inteligente e tem uma intuição incrível para catástrofes, mas algo que me deixou intrigado na ultima carta. Ela disse que sonhou com um homem chamado Grisha.
- Planejado? O que havia planejado Erwin maldito?
- Um soldado que fosse forte, controlável e inteligente, mas que soubesse sentir a necessidade de um sacrifício, mas ela continua indomável e fria. Queria que ela visse que a humanidade é mais importante que tudo isso! - todos olhavam e pensavam no ele havia dito, um pouco antes do Cabo dizer algo resolvi falar mesmo não fazendo muito isso.
- Não é assim Danchou… Eu acho que cada um protege com sua vida, o que lhe é precioso, depois de lutar tanto dando sangue e suor, você vê que foi tudo uma mentira… mesmo por um bem maior, quando você oferece a vida de um soldado a um titã é diferente de usar sua esperança, que é sua fonte de força, para fazer-lo seguir em frente. Mentindo. Mesmo para um bem maior, acho errado. - ele se calou e o silencio permaneceu na sala.
- Grisha? Esse não é o nome do pai do Eren? Como ela poderia?
- Tsc. Quando tínhamos cerca de 12/14 anos, a epidemia tomou a cidade subterrânea. Nos tentamos sair do subterrâneo, mas assim que chegamos na cidade do rei a polícia militar apareceu, ela entrou na minha frente e levou um tiro na perna. Consegui achar um medico que atendia moribundos, mas ele estava há uma semana de viagem. A peguei e carreguei pelo subterrâneo por dutos de água e esgoto. Assim que cheguei na casa dele desmaiei e acordei com uma mulher trocando minhas tolhas de febre, se não me engano seu nome era, Carla. Ouvi um berro e vi o medico tirando a bala da perna dela. Quando estava saindo ele disse que seu nome era Grisha e que eu não lhe devia nada. Eu não andei até Shiganshina, eu não sei direito que distrito era, não era Shiganshina levaríamos meses para chegar andando até lá. Eu tinha um DMT roubado, mas ainda não estava apto a usar. - aquela informação me pegou tão de surpresa que mal pude me mover fiquei tão tensa que esqueci de respirar.
- He-he-heichou… Você… - O que garota?. - Você conheceu os pais do Eren?
- Como assim?
- Carla Jaegar, Grisha Jaegar e Eren Jaegar… Que tipo de coincidência é essa? - Do tipo. Pior piada do destino!
- Vão para seus quartos, preciso pensar.
Mikasa pov's off
Saindo do quarto onde estava, percebi que havia dormido mais de um dia, resolvi passear pelo castelo. Quando cheguei no patio achei que devia ir nos estábulos e corri até que me choquei contra algo grande. Era um loiro gigante, no entanto assim que olhei para ele como um todo um berro passou pela minha mente, garganta e acabou saindo muito alto.
- Desculpe. Se machucou?
- O que é você?!
- Meu nome e Reiner. Sou um soldado. Você é…?
- Steel Heichou. Sou capitã do distrito norte... Esse... ar em volta de você é vermelho. Estranho. Estranho. Estranho
- O que? Você está delirando?
- Minha cor, do Levi e da garota de cachecol vermelho… Nossa cor é preto, mas a sua é vermelho como um rio sangrento, vermelho de muitas vidas devoradas! Como o vermelho de um titã… Você não é humano! - ele me encarou com os olhos arregalados e esticou o braço para me segurar, se bobeasse ele me apagaria ou levaria, pude ver em seus olhos.
- Reiner! Te achei… Connie e Eren estavam… Desculpe. Te interrompi menina. Não é muito nova para um soldado não? - dessa vez o grito ficou preso em minha garganta apenas trinquei os dentes e ataquei, mas então senti uma forte pressão seguida de dor na nuca, as espadas em punho caíram no mesmo segundo, mas antes de cair propriamente… fui pega por braços não grandes, mas ainda assim firmes, a confusão mental era grande, fiquei num tipo de semi-desmaio e fui pega no colo e posta no ombro de alguém.
- Ela perturbou vocês?
- Rivaille Heichou. Não foi nada de mais! Pode deixar que levamos ela pro dormitório! - Não. Se me levarem estarei perdida. Não deixa Levi. pensei, mas não consegui falar.
- Não. Eu levo ela. Ela não vai pro dormitório.
- Como assim? Não e pra lá que as garotas vão?
- Humpf… - ele sussurrou.
- Ela vai pro meu quarto.
- Você vai cuidar dela Heichou?!
- Haha… Pode se dizer que de um modo ou de outro. Sim. - eles gaguejaram depois e entenderem o duplo sentindo de tal resposta, e teria ficado vermelha se não fosse meu estado.
- Levi… Espera. Tenho que matar eles… São… Aso peri…
- Calada… No quarto ele bateu a porta com força e me tirou do ombro e me deitou devagar em sua cama. A dor havia passado, a tontura e confusão também, mas não queria perder a chance de perturbar ele. - Idiota o que estava fazendo?!
- Levi. Eles eram perigosos tinham uma cor esquisita! Nos que ja matamos antes e nos sentimos manchados por essas mortes temos uma cor escura, os mais fortes que já vi… Eu você e a irmã do Eren, temos a cor preta. Eles eram… Eu não sei, meus instintos me mandaram mata-los na hora.
- Você ainda tem isso? Erwin me mandou te dizer. Nos sabemos quem é o inimigo. - Entendo… Levi eu…
- E raro me chamarem de Levi, então não me chame assim.
- Te chamo como eu quiser! Eu quero pedir perdão. Eu te traí, menti e magoei! Eu não queria… não queria mesmo… Nem consigo suportar!
- Esta na hora de você ir… Até a expedição.
Aquelas palavras indiferentes, pareciam entrar em meu peito e me rasgar de dentro, uma dor súbita e nunca sentida antes se tornou raiva. Era a rejeição dura e crua. Senti meu peito que havia amolecido endurecer, antes tomado de dor, ficar frio, duro e inflexível como meu sobrenome, meu coração era aço. Quando cheguei na porta do estabulo finalmente percebi que estava caminhando, o caminho fora como um sonho, montei no cavalo e logo o pus a trote. Chegando na cidade me lembrei de um homem que era bem famoso por suas vendas ilegais de comida roubada, mulheres e crianças, sabíamos dele, mas Levi havia feito um trato na época me impedindo de machuca-lo. O maldito tinha uma padaria de faixada, tudo já estava fechado pela hora. Quando ele saiu para jogar o lixo.
- Oi Lyn… Quanto tempo. - ele estremeceu e virou devagar, quando me olhou ficou pálido.
- O que… Você estava sumida… Saiu da cidade. O que quer? - Quero a sua entrada. Quero que me leve a nova entrada, a antiga fechou.
- Não! Impossível. Entrar é muito caro, e duvido que vá me pagar!
- Você é uma pessoa sensata e vai me deixar passar! - Não vou não! Você deixou seus negócios na cidade o que quer lá?
- Informação e uns livros que deixei. Quem é a menina na janela? Sua filha ou uma traficada?
- Você pode ser louca mas nunca machucou crianças!
- Estou sendo subestimada… Parece que ela quer me atacar, acho que se você berrar ela vem correndo. Bem vamos melhorar essa negociação .