Há já muito tempo que não postava um capítulo completamente OkiKagu, então a pedido da leitora e autora Isa, que vocês já devem conhecer, fiz este capítulo.
Espero que agrade a todos.
Numa bela manhã de Verão, um certo policial sádico e uma garota vestida com roupas chinesas que se protegia do Sol com um guarda-chuva, caminhavam pela montanha.
“Sádico… Estou muito cansada. Não posso andar mais.” Queixou-se Kagura completamente estafada, sentando-se numa pedra. “Além disso está muito calor para mim.”
“Vamos, quanto mais te queixares, mais tempo vamos demorar a chegar à cabana que aluguei.” Respondeu Sougo. “Anda, levanta-te.”
“Não consigo andar mais, me carrega.” Pediu a jovem Yato não aguentando o calor e estendendo os braços.
“Porque é que eu tenho de fazer isso? Podes muito bem andar com essas duas pernas que tens.” Recusou o capitão da 1ª divisão do Shinsengumi. “Ou será que eu te devia por uma coleira e pôr-te a andar de 4 patas, talvez te cansasses menos.”
“Me carrega por favor, Sádico.” Voltou a pedir a ruiva, mas desta vez com uma voz infantil e fazendo a expressão mais fofa que conseguia.
“Droga!” Reclamou Sougo passando a levar Kagura às suas costas. “Não acredito que caí nisso.”
“É bem melhor assim. Vamos, Sádico! A toda velocidade!” Gritou Kagura animada.
“Parecesses ter bastante energia agora, talvez devesses voltar para o chão.” Comentou Sougo.
“Mudando de assunto. Porque é que estamos aqui, mesmo?” Questionou a ruiva curiosa.
“Já te esqueceste?” Perguntou o policial com um olhar desconfiado.
“Eh… Claro que não. Mas os leitores podem ainda não ter percebido o motivo e pensei que tu pudesses explicar.” Mentiu Kagura atrapalhada.
“Como te disse antes, estou farto que nos interrompam sempre. Portanto vamos passar uma noite numa cabana no meio do nada, sozinhos, sem chefes, sem trabalhos, sem distrações e sem stalkers. Lá poderemos fazer o que quisermos.” Explicou Sougo fazendo um sorriso sádico.
“Estás a ter pensamentos pervertidos outra vez, não é?” Percebeu Kagura fechando o seu guarda-chuva e batendo com força na cabeça do sádico.
“Isso doeu!” Reclamou o mesmo. “Por acaso queres brigar?”
“Vamos a isso!”
E com isto Kagura saltou das costas de Sougo, pronta para o enfrentar, mas devido a um erro de calculou, o lugar em que ela aterrou era demasiado desnivelado, fazendo com que ela se desequilibrasse ao cair.
“Idiota!” Gritou Sougo agarrando a mão dela, mas por azar, em vez de a parar, foi levado por ela, caindo, assim, os dois juntos.
O casal continuou a rebolar pela montanha abaixo durante mais algum tempo, até que finalmente chocaram contra uma enorme árvore e pararam. Os dois levantaram-se um pouco zonzos, ambos tinham leves rasgões nas suas roupas e alguns arranhões, mas nenhum parecia estar gravemente ferido.
“Devias ter mais cuidado, idiota!” Repreendeu Sougo. “O terreno de uma montanha pode ser bastante imprevisível. Já imaginaste se algo de mal te tivesse acontecido! Não te esqueças que sou o único que te pode machucar!”
“Eu sei disso tudo.” Respondeu Kagura corada e depois desviando o olhar. “O que importa é que estamos bem agora, não é?”
“Realmente caímos muito.” Reparou Sougo olhando para cima. “Agora ainda vamos demorar mais a chegar.”
“Então vamos logo para a cabana. Estou mesmo precisando de um banho.” Comentou Kagura olhando para o mau estado das suas roupas. “Estamos muito longe?”
“Bem… Talvez.”
“O que queres dizer com isso?”
“Acho que estamos perdidos.”
“O quê? Pensei que soubesses o caminho!”
“Se nós não tivéssemos caído e nos desviado do caminho, ainda saberíamos por onde ir.” Explicou Sougo irritado retirando um mapa do seu bolso. “Agora vamos ter de descobrir como voltar para o caminho.”
“Acho que temos outro problema.” Falou Kagura com um ar sombrio.
“O que foi?”
“Estou com fome.” Respondeu a ruiva, seguindo-se um enorme ruído proveniente do seu estômago.
“Pensei que trazias um monte de comida na tua mochila.”
“Eu trazia… Mas isto aconteceu.” Explicou a jovem Yato mostrando a sua mochila com um enorme buraco. “Deve-se ter rompido enquanto caia-mos e perdi tudo o que tinha dentro.”
“Isto é ruim, muito ruim.” Pensou Sougo preocupado. “Estamos perdidos e não temos nem comida nem água. Isto é mesmo um grande problema.”
“O que vamos fazer, Sádico?” Perguntou Kagura desesperada.
“Bem, a primeira coisa que devia-mos fazer é procurar mantimentos e encontrar ou fazer um abrigo caso tenha-mos de passar a noite ao ar livre.” Respondeu o capitão da 1ª divisão pensativo.
“Oh, não fazia ideia de que sabias tantas coisas sobre este assunto.” Comentou Kagura surpreendida. “Afinal não és tão inútil como pensei.”
“Ei, estás a elogiar-me ou a insultar-me? Além disso o que eu disse foi apenas o mais básico da sobrevivência, se não sabias disso, significa que és ainda mais retardada do que pensei.” Reclamou Sougo. “Mas até que sei bastante sobre sobreviver na montanha. Afinal, a vila onde cresci ficava perto das montanhas e o dojo no qual treinava fazia muitas vezes treinos de sobrevivência lá. Lembro-me que uma vez, por engano, trouxemos outro gorila connosco e esquecemos-nos do Kondo-san. Demoramos três dias para perceber que aquele gorila não era o Kondo-san e resgata-lo das montanhas. Bem, vamos então procurar por comida, China… China? Ei, para onde foste?”
Kagura já estava a correr numa direção aparentemente aleatória, quando Sougo finalmente percebeu que ela não lhe estava a prestar atenção alguma. Irritado, decidiu segui-la.
Alguns minutos depois, Kagura finalmente parara e Sougo a alcançou.
“Porque é que começaste a correr de repente?” Questionou Sougo enquanto tentava recuperar o folgo.
“Pareceu-me ouvir o som de água, então decidi segui-lo e parece que o meu palpite estava correto.” Explicou Kagura, saindo da frente do seu namorado, revelando um belo rio de águas cristalinas e por onde nadavam alguns peixes. “Acho que já resolvemos o problema da comida e da água.”
“É, acho que tens razão.” Concordou Sougo sorrindo.
Depois de Kagura ter pescado vários peixes usando o seu guarda-chuva como um arpão e de Sougo ter feito uma fogueira, acendendo-a com o isqueiro especial do Hijikata, que tinha roubado para irritar o mesmo, os dois cozinharam os peixes para almoçarem.
“Estar perdida na montanha não tão ruim assim.” Comentou Kagura devorando o seu 10º peixe.
“Sim, é quase como se estivéssemos a acampar.” Concordou Sougo que só ia no seu 2º peixe. “Mas talvez devesse-mos voltar a procurar pelo caminho para a cabana, quando acabarmos de comer.”
“Não precisamos ter tanta pressa.” Falou a ruiva descontraidamente. “Afinal a nossa situação não pode piorar.”
No exato momento em que ela proferiu essas palavras, o calmo e relaxante céu azul cobriu-se de nuvens cinzentas e começou a chover violentamente.
“Droga. Vamos, China.” Falou Sougo levantando-se e arrastando a sua namorada para debaixo das árvores.
“Não, espera! Eu ainda não acabei de comer!” Lamuriou-se Kagura, mas em vão.
Após algum tempo, finalmente encontraram uma árvore que era suficientemente grande para os proteger da chuva e lá ficaram a descansar.
“Para que foi isso?” Indagou Kagura irritada. “Uma chuvinha não nos iria fazer assim tanto mal.”
“Realmente não percebes nada.” Comentou Sougo, irritando mais a jovem Yato. “Ficar perto de um rio, enquanto chove de uma forma tão violenta como esta, pode ser perigoso.”
“Ok, eu entendo, mas para a próxima sé mais gentil.” Respondeu Kagura corando. “Mas este dia realmente não nos está a correr lá muito bem.”
“Nem me importo muito com isso.”
“Porquê?”
“Pois ainda estou a conseguir ficar sozinho contigo, coisa que já não acontecia há algum tempo. E isso agrada-me.” Respondeu Sougo com um sorriso matreiro.
“Não digas coisas dessas de repente.” Falou Kagura corando ainda mais.
“O que foi? Gostas que eu diga coisas românticas como estas? Ou será que estás a pensar em coisas que podemos fazer enquanto estamos sozinhos.” Okita disse virando Kagura para si, segurando-lhe no queixo e baixando a cabeça até ficar a poucos centímetros de distância da face da sua amada, que estava mais vermelha que as roupas que trazia.
“És mesmo um pervertido.” Comentou Kagura tentando fazer-se de forte.
“E qual é o problema?” Perguntou ele ironicamente, aproximando-se cada vez mais do rosto dela, até que os seus lábios de tocaram, mas antes que ele começasse a abrir passagem com a língua, um relâmpago caiu bem perto deles, surpreendendo-os. “Parece que estar aqui é perigoso, vamos procurar outro lugar.”
“Eh… Sim, vamos.” Respondeu a ruiva ainda meio atordoada e um pouco desiludida por aquele momento ter sido interrompido.
“A tempestade parece estar a piorar, temos de nos apreçar.” Falou Sougo, enquanto a chuva e o vento ficavam mais fortes e o céu trovejava de forma violenta. “Tiveste alguma sorte?”
“Ali! Está ali uma gruta!” Avistou Kagura apontando para o local.
Os dois acabaram por se abrigar lá.
“Duvido que este temporal melhore logo.” Supôs Sougo. “Acho que vamos ter de passar a noite aqui.
“O que vamos fazer durante esse tempo todo?” Indagou Kagura entediada, deitando-se.
“Eu tenho uma ideia.” Falou o policial de olhos rubros, ficando em cima dela.
“O-o-o-o-o que pensas que e-estas a f-fazer?” Perguntou Kagura ficando mais vermelha que um tomate e entrando em pânico.
“Apenas me divertindo um pouco.” Respondeu ele soprando levemente no ouvido dela, fazendo-a soltar um pequeno gemido, depois mordeu-lhe levemente os pescoço, o que fez com que ela soltasse um gemido ainda maior.
Não tardou muito para ele passar das caricias e provocações para um beijo bem profundo, as suas línguas envolviam-se uma com a outra, enquanto o beijo se tornava cada vez mais intenso e apaixonado. Os dois pareciam não se querer separar um do outro, prolongando cada vez mais o beijo, estavam praticamente entregados aos seus instintos e prazeres, não queriam parar, não devia demorar para eles irem mais longe.
“Estás bem selvagem, hoje.” Comentou Kagura tentando recuperar o folgo daquele longo beijo.
“E de quem é a culpa?” Indagou ele olhando-a com um olhar penetrante e perigoso. “A andares com essas roupas ligeiramente rasgadas e molhadas, não tem como eu me conter.”
Sougo partiu mais uma vez para o ataque com mais um beijo, não deixando Kagura descansar, só que desta vez, ele meteu a sua mão por entre as roupas dela, desapertando o sutiã e começando a acariciar e beliscar um pouco os seus pequenos peitos. Kagura limitava-se a gemer de prazer, deixando Sougo prosseguir. Mas antes que eles fossem mais longe, ouviram o som de passos a se aproximar. Surpresos, separam-se logo.
“Está alguém aí?” Questionou uma voz rouca.
Kagura ajeitou de novo as suas roupas, voltou a colocar o sutiã e saiu da gruta, juntamente com Sougo. Os dois estavam tão concentrados naquele momento, que nem tinham reparado que aquilo era só uma tempestade passageira e que já tinham passado.
“Vocês se perderam?” Perguntou de novo a voz que pertencia a um idoso vestido com roupas de montanhista.
“Acho que podemos dizer que sim.” Respondeu Sougo fazendo um sorriso amigável. “Pode dizer-nos como se sai desta montanha?”
“Na verdade, vocês já estão na saída da montanha.” Revelou o montanhista apontando para uma pequena aldeia a poucos metros da gruta.
“Estava uma aldeia ali, o tempo todo?!” Pensou o casal em simultâneo, com uma gota de suor na cabeça de cada um.
“Foi um prazer ajudar-vos, jovens.” Despediu-se o montanhista. “Oh, e arranjem lugares mais apropriados para fazerem esse tipo de coisas.”
Esse último aviso deixou Kagura completamente vermelha de vergonha.
“Ei, China.” Chamou Sougo.
“O que foi?”
“Queres voltar lá para dentro e continuar?”
“Claro que não!” Gritou Kagura completamente rubra, esmurrando o sádico.
-(Fim de capítulo)-
(N/a: como o capítulo de hoje ficou um pouco pequeno, vou começar já com o arco do próximo capítulo.)
Na manhã do dia seguinte, Kagura e Sougo acabavam de voltar da sua pequena viajem e agora caminhavam pelas ruas do distrito Kabuki, até que Kagura reparou em alguém na multidão.
“Aquele ali não é o macaco?”
“Sim, parece ser ele, vamos chama-lo para o chatear.” Falou Sougo com um sorriso sádico.” Yo, Macaco! Eu e a China acabamos de voltar da nossa “lua-de-mel” e nem imaginas o que fizemos.”
O sujeito limitou-se a passar por eles, sem lhes dirigir uma única palavra.
“Estranho, talvez não fosse ele.” Supôs Kagura.
“Tenho quase a certeza de que era ele. Ei, Macaco! Para de nos ignorar. Ei, Sarutobi Aki!” Gritou o policial pensando que assim ele se viraria.
Mas nesse preciso momento, perderam-no de vista por entre a multidão.
“Isto é mesmo estranho.” Comentou Sougo.
Então, de repente alguém surgiu por detrás dos dois e apontou uma kunai perigosamente perto do pescoço de cada um e perguntou. “Quem são vocês e como sabem o meu nome?”
“EH?” Indagou o casal completamente surpreendido ao perceber que essa pessoa era Aki.