O capítulo de hoje será um especial com o aniversário do nosso adorado OC, Sarutobi Aki.
Por isso abaixo estão dois desenhos dele que fiz algum tempo atrás, não estão lá muito bons, mas foi o melhor que consegui:
http://kasu251.deviantart.com/art/Sarutobi-Aki-437934735?q=gallery%3AKasu251&qo=2
http://kasu251.deviantart.com/art/Chibi-Aki-457684398?q=gallery%3AKasu251&qo=0
O quarteto Yorozuya tinha sido chamado pela própria Soyo-hime e agora encontrava-se num dos quartos do castelo de Edo, onde também se encontravam Sa-chan e Nobume.
“Então para o que nos queria aqui?” Perguntou Gintoki. “Por acaso quer contratar os nossos serviços? Nós temos uma especial taxa imperial, que garante o nosso máximo desempenho desde que a recompensa seja elevada, mas para alguém da família do Shogun não deve ser difícil.”
“Gin-san, não tente fazer negócio com alguém que nos convidou para a sua própria casa.” Falou Shinpachi.
“Então, o que querias dizer-nos, Soyo-chan?” Questionou Kagura curiosa.
“Bem, tudo aconteceu há cerca de uma semana…” Começou Soyo.
“Eh? Vamos ter já um flashback, no início do capítulo?” Indagou Shinpachi confuso.
“Shhh! Não arruínes o momento, Shinpachi-kun.” Reclamou Mizuki.
------------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------
Mais uma vez, Aki encontrava-se no castelo de Edo a pedido de Soyo-hime, tomando chá com a mesma.
“Soyo-chan, posso fazer uma pergunta?”
“Claro, Aki-kun.” Respondeu a princesa pousando o seu copo.
“Por que me está sempre convidando para vir ao castelo?” Perguntou Aki sorvendo um pouco do seu chá. “Afinal nas últimas vezes que eu cá vim, você não me pediu nenhum favor.”
“Bem… Bem… Por vezes, simplesmente gosto de estar na tua companhia e falar contigo.” Explicou Soyo timidamente e corada.
“Entendo.” Respondeu Aki normalmente enquanto bebia mais um pouco de chá. “Se dessa forma te estou ajudando, não me importo.”
“Por vezes o Aki-kun consegue ser mesmo lento.” Pensou Soyo com uma gota de suor atrás da cabeça. “Bem, vamos mudar de assunto. Aki-kun, a Sarutobi-san me contou que o teu aniversário está próximo, onde vais fazer a tua festa?”
“Que festa?” Indagou o assassino confuso.
“Então, a tua festa de aniversário.” Respondeu a princesa um pouco surpresa com a dúvida do ninja.
“O que é uma festa de aniversário?” Questionou Aki ainda mais confuso.
“Bem, é quando festejas com os teus amigos e família o dia em que fazes anos.” Explicou Soyo-hime estranhando bastante as perguntas do seu amigo. “Até parece que nunca tiveste uma.”
“Não me lembro de alguma vez ter comemorado o dia em que eu nasci.” Revelou Aki com um ar inexpressivo.
“Eh? Do que estás a falar? Como assim nunca tiveste uma festa de aniversário?”
“Eu comecei a trabalhar como assassino quando tinha apenas 7 anos e antes disso tive de passar por um duro treinamento. Não me era permitido pensar em mais nada a não ser nas regras e nas missões. Dessa forma pode-se dizer que eu nunca tive uma verdadeira infância.”
“Isso é tão triste!” Pensou Soyo-hime quase começando a chorar.
-----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------
“E é por isso que decidi organizar uma festa de aniversário surpresa para o Aki-kun, que será hoje.” Concluiu a princesa. “Já tenho quase tudo preparado e queria que vocês me ajudassem.”
“Não fazia ideia de que o pobrezinho do Aki-chan tinha tido uma infância tão triste!” Falou Mizuki chorando exageradamente.
“Então ele também se esqueceu disso…” Murmurou Sa-chan com um olhar de pena.
“O que quer dizer com isso, Sa-chan-san?” Perguntou Shinpachi curioso.
“Nada, estava apenas a pensar em voz alta. Mas como vamos fazer para o Aki-chan não vir ao castelo antes de estarmos prontos?” Perguntou Sa-chan tentando mudar rapidamente de assunto.
“Deixei esse assunto com a Kagura-chan.” Respondeu Soyo-hime.
“Sim, eu pedi ao Sádico que o distraísse, enquanto nos estivéssemos no castelo.” Explicou Kagura.
“Bem, acho que o Okita-kun é um especialista a distrair o Aki-chan, portanto não deve haver razão para no preocuparmos-nos.” Comentou Mizuki. “O pior que pode acontecer é eles destruírem metade da cidade.”
“Isso já não são motivos suficientes para preocuparmos-nos?” Indagou Shinpachi preocupado.
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Nesse momento, no Shinsengumi, Sougo convidou Aki a entrar no QG.
“Posso saber porque me convidaste para aqui?” Perguntou Aki olhando em todas as direções da sala onde estavam. “Isto por acaso é alguma armadilha?”
“Não é nenhuma armadilha.” Suspirou Sougo. “É normal convidar amigos para vir a nossa casa, não é?”
“… Amigos?” Murmurou Aki confuso. Depois, como se tivesse visto um fantasma, começou a suar frio e afastou-se o mais rapidamente possível do capitão da 1ª divisão do Shinsengumi, ficando encostado na parede oposta à do seu rival. “Amigos?!”
“Qual é o problema?” Questionou o policial estranhando a reação do ninja.
“Nada…É só que…Não estava preparado para ouvir tal palavra.” Respondeu o assassino timidamente, desviando o olhar. “Você… Realmente pensa em mim desse jeito?”
“Qual é problema dele?” Pensou Sougo com uma gota de suor detrás da cabeça.
“Nunca pensei que ele me visse como um amigo. Sempre achei que ele me odiasse, mas agora ele diz que somos amigos. Isto não está fazendo nenhum sentido! Bem, fazer amizades também é algo de que eu não percebo muitos e muitas vezes nos mangás, as rivalidades costumam levar a fortes amizades… No que eu estou a pensar? É impossível nós sermos amigos, seria ridículo, não é? Então só lhe tenho de dizer que não somos amigos e fica tudo esclarecido. Mas talvez isso lhe fira os sentimentos… Mas porque é que estou a pensar nos sentimentos dele? Será que na verdade também penso nele como um amigo? Isto é tudo muito complicado e confuso! O que faço? O que faço? O que faço? Mas espera! De acordo com o que eu já pesquisei, existem diversos tipos de amizade, que tipo ele quererá? Será que quer aquele, ou talvez o outro tipo, se calhar… Não! Esse último tipo é completamente impossível para nós os dois! Talvez eu o devesse chamar de outra forma, afinal estou sempre a trata-lo apenas por Okita e ele chama-me sempre por um apelido. (N/a: Durante todo este tempo ele tem pensando que “Macaco” ou seja “Saru” em japonês, como o Sougo o chama, era apenas uma abreviação do seu sobrenome, “Sarutobi” e não um insulto como o policial sádico pretendia.) Como é que o devo começar a tratar? Por Okita-kun ou talvez Okita-chan? Se calhar devo chama-lo de Sougo. Não, isso seria ser próximo demais. Talvez lhe devesse tratar por Sougo-kun. Não, não me soa bem. Hum… Já sei!” Pensou Aki levantando-se com os olhos sendo cobertos pela sombra da sua franja. “Bem…”
“O que foi?” Perguntou Sougo.
“V-v-v-vamos s-ser a-amigos, Sou-chan!” Falou Aki estendendo o braço com movimentos lentos e perros como se fosse um robô enferrujado, enquanto corava levemente devido ao constrangimento.
“Este cara tem sérios problemas.” Pensou Sougo, sendo ele agora a afastar-se do ninja. “China, vais pagar-me bem caro por isto!”
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“Eu sei que pode ser um pouco tarde para perguntar, mas gostava de saber o motivo para eu estar aqui.” Nobume pronunciou-se por primeira vez na conversa.
“A Kagura-chan contou-me que já conhecias o Aki-kun, então pensei que nos podias ajudar na preparação da festa.” Explicou Soyo-hime.
“Não vejo razão para fazer isso.” Respondeu Nobume friamente. “Nós não eramos amigos, no passado. Além disso, o Sarutobi Aki que eu conheci não é o mesmo que vocês conhecem. Ele ficou muito mais fraco.”
“Gostava mesmo de saber o que terá acontecido entre vocês dois.” Comentou Mizuki lançando um olhar desconfiado para Nobume.
“Sim, eu também estou interessada.” Falou Sa-chan. “Qual foi a tua relação com o meu irmãozinho?”
“Então eu irei contar.” Respondeu a vice-comandante do Mimawarigumi neutralmente. “Ocorreu por volta de há 2 anos atrás…”
“Já vão começar com outro flashback? Este capítulo já não está a ter demais?” Indagou Gintoki cutucando o nariz, entediado.
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Num edifício de uma parte mal frequentada da cidade, por onde corriam boatos de que vários traficantes se reuniam ali, uma garota de cabelos azuis-escuros presos com um rabo-de-cavalo e de olhos vermelhos caminha pelos seus escuros corredores, vestindo um uniforme branco e carregando consigo duas katanas. Essa garota era nem mais nem menos que Imai Nobume, quando ainda era apenas uma dos assassinos do Mimawarigumi e não a sua vice-comandante. Ela recebera a missão de exterminar um grupo de traficantes de drogas, mas não encontrou ninguém naquele lugar deserto, desde que chegara. E justamente quando ela se questionava pelos paradeiros dos traficantes, entrou numa amplia sala, onde encontrou dezenas de corpos espalhados, cobertos de sangue, no centro dessa sala encontrava-se um garoto de cabelos roxeados, vestindo roupas típicas de um ninja e com um olhar distante, enquanto as suas mãos e face estavam cobertas de sangue.
“Quem é você e o que faz aqui?” Questionou Nobume levando as suas mãos à pega de uma das suas espadas.
“Suponho que neste tipo de situação eu me deva apresentar.” Falou o garoto ainda com o mesmo olhar distante e vazio. “O meu nome é Sarutobi Aki e sou um assassino de aluguel. A minha missão era eliminar todas estas pessoas más, portanto se vieste para fazer o mesmo, chegaste atrasada.”
“Não me importo, se conseguiste matar todos eles, então deves ser forte.” Comentou Nobume desembainhando uma das suas katanas. “Gosto de matar pessoas fortes, luta comigo.”
“Lamento, não estou interessado em lutar contra insetos.” Respondeu Aki passando por ela.
“Quem é que estás a chamar de inseto?” Perguntou Nobume apontando a sua espada para as costas do jovem assassino.
“Para mim, todos, tirando a minha Onee-san, não passam de simples insetos.” Explicou o ninja sem se virar para a assassina de elite. “E neste momento estou falando um mero inseto que está a apontar o seu insignificante ferrão para mim.”
“Então vamos ver se este ferrão dói.” Falou Nobume investindo em direção ao jovem Sarutobi, mas este virou-se rapidamente e parou a ponta da sua katana com a ponta de uma kunai.
“Eu disse que não estava interessado em lutar, eu só me preocupo com o objetivo da minha missão e nada mais.” Aki falou com um olhar severo. “Vamos parar por aqui, eu só mato quando essa é a minha missão, então não me faças ter de te matar.”
“Não te preocupes, sou eu quem te vai matar.” Respondeu Nobume neutralmente desembainhando com uma velocidade incrível a sua outra katana e usando a mesma para atacar o lado desprotegido do ninja.
Mas ele notou o ataque e fez um salto mortal para trás, arremessando duas kunais ao aterrar. A assassina do Mimawarigumi conseguiu bloquear a primeira com a sua espada mas a segunda fez-lhe um corte na perna. Não deixando que isso a afetasse, continuou a ataca-lo, mas quanto mais durava aquele duelo, mais fácil era para o ninja bloquear e esquivar os ataques dela, era quase como se ele conseguisse ler os seus movimentos. Nobume percebeu que o tinha de matar o mais rápido possível, antes que ele ganhasse mais vantagem.
“És bem persistente.” Afirmou Aki inexpressivamente. “Mas eu já decorei todos os teus movimentos e combinações, consigo analisar com precisão todos os teus ataques e ficar com esses dados permanentemente. Suponho que deve ser por isso que já me chamaram de prodígio, mas agora não passo de uma arma, pelo menos é isso o que o meu sensei me disse antes de eu o ter matado.”
“Você fala muito para um assassino.” Comentou Nobume aproveitando o momento de distração do seu adversário para desferir um corte no seu ombro direito.
Aki sentiu uma dor aguda por todo o seu braço, perdendo a força no mesmo e soltando a kunai na sua mão.
“Há já muito tempo que eu não era ferido.” Murmurou Aki friamente retirando do seu bolso um controle com um único botão vermelho. “Acho que está na hora de acabar com isto.”
“O que vais fazer?” Indagou Nobume.
“Armei bombas por toda esta sala, assim que pressionar este botão, ela, assim como todo o edifício desabarão.” Explicou o assassino. “Lamento, vou ter mesmo de te matar.”
“Isso também não te vai matar?” Perguntou ela calmamente, mesmo estando naquela situação.
“Acho que você está subestimando as minhas habilidades.” Respondeu Aki também bastante calmo. “Quando isto explodir, eu já terei saído a alta velocidade.”
“Então só tenho de te matar antes que o faças.”
“Tarde de mais.” Falou o ninja pressionando o botão.
Nobume instintivamente colocou os braços perto da sua face para se proteger da eventual explosão, mas nada aconteceu. Enquanto ela se encontrava confusa, Aki correu na sua direção e assim que por ela passou, cobriu todo o seu corpo com fios metálicos, prendendo-a por completo.
“O que é isto?” Indagou Nobume tentando-se libertar, mas em vão.
“Não te devias mover muito.” Avisou Aki aproximando-se dela. “Podes acabar por cortar todos os teus membros.”
“Isto foi jogo sujo.”
“Não me importo com os meios, só me interessa o objetivo.” Explicou o jovem assassino, depois esboçando um leve sorriso. “E até gosto de uma pouco de jogo sujo.”
“Então vais matar-me agora?”
“Não, perdi o interesse.” Respondeu Aki virando-se e seguindo caminho para a saída, parando junto da porta. “Já agora, qual é o teu nome?”
“Imai Nobume.” Respondeu ela friamente.
“Não me irei esquecer.” Falou ele laçando um kunai na direção dela.
Nobume fechou os olhos pensando que ia encarar a morte, mas depois ela simplesmente caiu no chão. Quando abriu os olhos reparou que a kunai arremessada tinha apenas cortado os fios e o elástico do seu cabelo, desfazendo o seu rabo-de-cavalo.
“O que significa isto?” Questionou Nobume inexpressivamente acariciando os seus pulsos.
“Como eu disse, perdi o meu interesse, portanto não vejo razões para te manter presa.”
“Não preciso da tua piedade.” Falou Nobume imponente, mas depois deixando sair um ruído da sua barriga.
“Deves ter fome. Toma, podes comer.” Observou Aki jogando-lhe uma caixa de pastelaria cheia de donuts.
“O que é isto?” Perguntou ela pegando num dos donuts.
“Donuts. É a minha sobremesa favorita, devias experimentar.” Explicou Aki sorrindo e depois indo-se embora. “Terminaremos o nosso duelo noutra altura, Imai Nobume.”
“E irei-te matar nesse momento, Sarutobi Aki.” Murmurou Nobume comendo o donut. “Sabe bem.”
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“Oh, então foi isso.” Falou Mizuki com um olhar travesso.
“O que foi?” Perguntou Nobume desconfiada.
“Não sabia que o meu irmãozinho era tão popular com as garotas.” Comentou Sa-chan.
“O que isso significa?” Indagou Nobume não entendendo o que elas queriam insinuar.
“Não esperava encontrar já uma rival.” Afirmou Soyo-hime surpreendida.
“Realmente é difícil encontrar outra pessoa que tenha interesse por aquele macaco stalker.” Concordou Kagura.
“Já perguntei o que estão querendo dizer com isso.” Nobume disse inexpressivamente, mas rodeada por uma aura negra e ameaçadora.
“Na minha opinião como Sensei do Amor, creio que como ela não está nem um pouco acostumada a sentimentos como o amor, subconscientemente transferiu todos esses sentimentos para algo que ele gostava e lhe deu, ou seja, donuts!” Explicou Mizuki com um ar inteligente.
“Podem parar de falar essas bobagens?” Pediu Nobume neutralmente desembainhando a sua espada e cravando no solo, enquanto o tamanho da sua aura aumentava e os seus olhos rubros ganhavam um brilho assassino. “A única coisa que eu sinto pelo Sarutobi Aki é vontade de lutar contra ele e de o matar.”
“Mas o Aki-kun dessa história parecia mesmo diferente.” Comentou Shinpachi tentando mudar de assunto antes que algo de mal acontecesse.
“Sim, ele parecia bem menos idiota e perdedor que o costume.” Concordou Kagura.
“Bem… Acho que o Aki-chan mudou um pouco quando voltou para Edo e vos conheceu.” Explicou Sa-chan.
“Um pouco? Ele parecia um personagem completamente diferente.” Reparou Gintoki.
“Me perdoe, Gin-san! Por nunca ter reparado no quão grande foi essa mudança. Me puna com toda a sua força! Me bata! Me ate! Me ****** e ***** sem descanso até que eu perda por completo a minha mente!” Gritou a assassina masoquista atirando-se sobre o albino.
Gintoki limitou-se a pegar nela e atira-la pela janela.
“Gin-san, nos estamos num 4º andar.” Avisou Soyo-hime.
“Não há problema.” Respondeu Gintoki cutucando o nariz. “Ela deve estar bem… Provavelmente.”
“Provavelmente?” Indagou Shinpachi preocupado.
“Estar perto da morte é mesmo excitante.” Comentou Sa-chan ofegante pendurada do lado de fora do castelo apenas se segurando na janela.
“Vêm, eu disse que ela estava bem.” Falou o albino limpando o dedo no cabelo da jovem Yato. “Vamos então preparar a tal festa.”
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Enquanto isso, no QG do Shinsengumi, Aki estava a limpar o banheiro do mesmo.
“Eu sabia que isto era uma armadilha.” Resmungou o assassino enquanto lavava o chão. “Ele aproveitou-se do meu fraco e ingénuo coração para me forçar a fazer as tarefas dele. És mesmo desprezável.”
“Que eu saiba, foste tu quem se ofereceu para limpar.” Falou Sougo que se encontrava do lado de fora do banheiro.
“Isso é porque limpar me faz relaxar e sentir uma enorme paz em toda a minha alma!”
“Então porque é que estás a resmungar?”
“Porque estou a fazer isto por ti e isso irrita-me imenso!”
“Ok, ok. Já agora, porque é que não posso entrar?”
“Tu só me irias irritar e estorvar!”
“Ele é mesmo um macaco complicado.” Pensou Sougo.
Alguns minutos depois, Aki já havia terminado e Sougo entrou, acompanhado por Seizou. Os dois ficaram surpreendidos, num curto espaço de tempo, Aki limpou mais do que era humanamente possível aquele banheiro, brilhava de tal forma que parecia ser feito de ouro.
“Limpar é tão bom.” Afirmou o jovem Sarutobi com um grande sorriso de satisfação e irradiando uma aura rosa de pura felicidade.
“Então, o que acha, Kumanaku-san?” Perguntou Sougo ao seu subordinado.
“Ele é incrível, capitão!” Exclamou Seizou admirado. “Nem mesmo eu tenho estas habilidades de limpeza. Ele conseguiu tornar este podre e imundo banheiro num banheiro digno dos deuses da higiene pessoal. Poderá ser ele? Aquele de que falam as lendas, o maníaco por limpezas lendário!”
“Acho que devo reconhecer que fizeste um bom trabalho, Macaco.” Admitiu Sougo. “Mas ainda não limpaste tudo.”
Nesse momento a aura de felicidade de Aki se quebrou em vários pedaços e o mesmo perguntou irritado. “O que queres dizer com isso, Okita?”
“Faltou esta sujeira.” Respondeu o capitão da 1ª divisão apontando para a pinta na testa de Seizou.
“Capitão, já disse que isto não é sujeira, é a minha pinta.”
“É verdade, esqueci-me de limpar isso.” Falou Aki envolvido por uma aura de determinação, apontando a sua esfregona à cara do outro maníaco das limpezas.
“Espere Sarutobi-san, já disse que isto é uma pinta.” Explicou Seizou começando a temer pela saúde da sua pinta.
“É hora da limpeza!” Gritou Aki com chamas nos olhos e esfregando a cara do soldado da 1ª divisão do Shinsengumi, enquanto este tentava inutilmente respirar e salvar a sua pinta.
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Mais tarde, no entardecer desse dia, Aki e Sougo caminhavam em direção ao castelo de Edo.
“Por que razão a Soyo-chan me terá chamado?” Questionou-se o assassino.
“Ela só disse que era urgente, portanto para de fazer tantas perguntas e mexe-te.” Respondeu o policial sádico.
“Já estamos perto, o portão principal é já ali.” Avistou Aki.
Mas no momento que os guardas abriram o gigantesco portão, revelaram praticamente toda a gente que Aki conhecera em Edo reunida no pátio do castelo que tinha sido decorado de forma festiva e haviam várias mesas de bofete livre, assim como uma enorme faixa que dizia “Feliz 15º aniversário, Aki-chan! Muitos Parabéns!”.
“Isto… É tudo para mim?” Indagou quase ficando sem palavras.
“Claro, Aki-kun.” Respondeu Soyo-hime aproximando-se do aniversariante. “Já que nunca tiveste uma festa de aniversário, decidi fazer uma para ti.”
“É a primeira vez que alguém tem um detalhe tão grande e bondoso comigo!” Falou Aki soltando uma quantidade exagerada de lágrimas. “Nunca me irei esquecer disto, Soyo-chan. Você é sempre tão amável comigo, nem sei como um dia irei retribuir isto.”
“Essa reação não é um pouco exagerada?” Comentou Sougo.
“Cala-te, Okita!” Reclamou Aki enxugando as lágrimas.
“Pronto, não comecem já a discutir.” Falou Soyo metendo-se entre os dois. “Vamos aproveitar a festa, Aki-kun.”
Então a princesa pegou na mão do ninja e levou-o para o pátio para poder festejar junto a ele.
“Oi, Sádico.” Cumprimentou Kagura segurando um prato cheio de imensa e diversa comida e mastigando.
“Vejo que já estás a comer.” Reparou Sougo. “Se continuares assim vais acabar por engordar outra vez.”
“Não há razão para me preocupar, não importa o que coma, não irei ganhar gordura ou peso.” Explicou a ruiva de forma orgulhosa.
“Isso explica teres os peitos iguais a uma tábua.” Comentou Okita.
“Que queres dizer com isso?” Perguntou Kagura irritada.
“Nada. Já agora, China, vais pagar-me bem caro por me teres feito passar o dia todo com aquele macaco.”
“Oh, ainda não comi aquilo.” Falou Kagura dirigindo-se para uma das mesas.
“Ei, presta atenção quando eu falo contigo.” Reclamou Sougo.
Depois de algumas horas festejando e convivendo com todos, chegou a hora de Aki apagar as velas e receber os seus presentes.
“Acho que posso ser a primeira a dar o meu presente ao Aki-kun.” Falou Soyo-hime timidamente.
“Claro, Soyo-chan.” Respondeu Aki animado. “O que é?”
“Bem como sei que gosta muito de donuts, mandei fazer este especialmente para ti.” Explicou Soyo apontando para os empregados que traziam numa travessa gigante com rodas, um enorme donut que devia ter uns 2 metros de espessura e uns 4 metros de diâmetro. “Então, o que achas?”
“Acho que me voltei a apaixonar.” Respondeu o jovem Sarutobi com os olhos a brilhar.
“Aki-kun, isso é muito repentino.” Falou Soyo corando bastante. “A verdade é que eu também…”
“Nunca vi um donut tão belo na minha vida!” Afirmou Aki animado abraçando o gigantesco donut, enquanto a princesa ficava petrificada ao perceber ao quê aquelas palavras tinham sido dirigida.
“Ei, está bem, Soyo-chan?” Perguntou Kagura enquanto comia.
“Perdi para uma sobremesa… Hehe… Cómico, não é?” Murmurou Soyo-hime com a cabeça encostada a uma parede e tentando forçar um sorriso.
“Ela está a passar demasiado tempo com ele.” Pensou Kagura com uma gota de suor atrás da cabeça. “Não fiques assim. Pensa apenas que ele amou o teu presente.”
“Sim vou fazer isso.” Afirmou a princesa motivada.
“Oh, a Soyo-chan adiantou-se a mim.” Comentou Sa-chan. “Eu também queria oferecer um donut especial.”
“Sério, Onee-san? De que tipo é?” Perguntou Aki ainda com os olhos a brilhar.
“Juntei as nossas comidas favoritas para criar a sobremesa suprema!” Explicou a assassina de aluguel cruzando os braços de forma orgulhosa e depois dando ao seu irmão uma caixa de pastelaria onde se encontrava um donut coberto e receado de natto.” Apresento-te o especial combo donut de natto!”
“O que ela fez na verdade foi juntar a minha comida favorita com a que eu mais detesto.” Pensou Aki enojado. “M-muito o-obrigado, Onee-san.”
“Então, vais comer agora?” Indagou Sa-chan com um olhar esperançoso.
“Claro… Onee-san.” Respondeu o assassino desanimado e comendo o donut de um vez, mas assim que o fez, sentiu-se tão enojado que teve de vomitar nuns arbustos do pátio. “Desculpe, Onee-san. Devo ter comido algo na festa que me fez mal ao estômago.”
“Não há problema. Já agora, os irmãos Fujiwara enviaram-te isto de Kamêbushi.” Recordou-se Sa-chan entregando o envelope ao seu irmão.
“Foi bastante atencioso da parte deles.” Falou Aki ainda se sentindo um pouco fraco e limpando o vómito que tinha ficado na sua cara. Depois abriu a o envelope e viu que no seu interior se encontrava… “Uma conta? Por todos os estragos que causamos em Kamêbushi?! Mas porque raio é que enviaram isto para mim? Eu fui a pessoa que menos estragos causou! Quem é que causou mais estragos?”
“Acho que fui eu.” Respondeu Kagura cutucando o nariz.
“Então não há problema. Eu irei pagar tudinho.” Falou Aki rodeado por uma aura rosa.
“Já agora aqui tens o meu presente.” Kagura disse dando-lhe um coelho de pelúcia branco com olhos vermelhos e com um grande laço azul ao pescoço. “Ouvi dizer que adoras bichinhos de pelúcia, especialmente de coelhos, portanto a Mizuki-nee ajudou-me a escolher este. É um presente de todo o Yorozuya. Mas não penses errado, eu só te comprei este presente por boa educação.”
“Kagura-chan! Ficas tão fofa quando não és sincera!” Gritou Aki tentando abraçar a jovem Yato, mas esta limitou-se a dar-lhe um poderoso chute na virilha, deixando-o imóvel no chão. “Como sempre os golpes amorosos da Kagura-chan são dolorosos, mas carregado de amor.”
“Acho que é a minha vez de te dar o meu presente.” Falou Sougo aproximando-se do assassino abatido.
“Não pensei que me fosses oferecer alguma coisa.” Confessou Aki levantando-se com bastante dificuldade.
“Bem, aqui tens.” Sougo disse entregando-lhe um embrulho negro atado com um laço vermelho.
“Vamos ver o que é.” Murmurou Aki desfazendo o laço, mas assim que o fez, o embrulho fez uma pequena explosão que deixou o ninja levemente queimado e com o cabelo e a boca a fumegarem. “Okita! Seu maldito!”
E assim, Aki começou a perseguir Sougo, deixando cair o embrulho de onde agora saía um papel que dizia “Parabéns, Macaco. Fico-te devendo um favor, portanto tens de sobreviver até ao próximo ano.”.
Nesse momento, um misterioso homem sentado numa das mesas da festa, observava Aki a brigar com Sougo e sorriu, dizendo para si mesmo. “Então a minha arma favorita estava se escondendo em Edo. Diverte-te enquanto poderes com os teus amigos, Aki-kun, dentro de muito em breve eles deixaram de significar alguma coisa para ti.”