Uma Surpresa de 1ª Classe

  • Poya
  • Capitulos 24
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 4 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 21

    Capítulo 21: ?Ela é minha e eu sou dela?.

    Álcool, Drogas, Nudez, Sexo

    Mais um. Esse fico tipo blé :p

    Boa leitura! o/

    Natsu POV on:

    – Já tenho... Já tenho... Já tenho... Esse é uma bosta, esse é de criança...

    – Da pra calar a boca? Não vê que as pessoas estão te olhando idiota? -Jellal me xingou e logo eu saí do transe. Entramos em uma das maiores lojas de videogames do shopping e no momento estávamos em uma prateleira cheia das caixinhas com os CD’s, que roubam muitas horas da vida, das pessoas que acabam por se tornar viciados.

    Fiquei decepcionado quando percebi que não sairia de lá com uma sacolinha em mãos, as opções que restavam não me agradavam nenhum pouco. Quando me dei conta, estava vegetando no meio da loja e Jellal estava na sessão de jogos para PC.

    – Cara, eu não acredito que saiu a nova expansão do World of Warcraft. -O azulado resmungou um pouco baixo quando cheguei ao seu lado, ele parecia àquelas crianças que ficavam com os olhos brilhando após ganhar um doce ou um brinquedo.

    – Você ainda tem tempo pra jogar? -Perguntei um pouco surpreso, só imaginava a cena, de uma ruiva gritando para ele sair da frente do computador enquanto o ameaçava arremessar uma panela em sua direção... Se eu fosse ele não pensava duas vezes, desistia de continuar a jogar.

    – Por que não teria? -Finalmente ele resolveu me olhar, então eu demonstrei uma expressão como se fosse óbvio. - Ah tá. A Erza também joga sabia? -Filho da puta. É certo que a Lucy também gosta de jogos, mas acho que ela não se interessaria por RPG’s. Ainda mais por ser nervosinha, duvido que ela tenha paciência para jogar online.

    Andamos por mais algum tempo pela loja, Jellal brigava comigo para irmos logo para o caixa, afirmando que eu não iria comprar nada, mas eu apenas não dava ouvidos. É isso que da ter amigos viciados. Por fim parei em frente a uma instante que tinha um console que ainda faltava em minha casa. Uma plaquinha mediana de papelão informava o nome “Nintendo Wii U”. Muitas pessoas costumam falar mal dessa empresa, mas eu acho que elas não deveriam desconsiderar algo que muitas vezes ainda nem testaram.

    – Oe, você não vai comprar isso né? -Jellal fazia parte dessas pessoas, ele me olhava incrédulo enquanto tinha seu jogo contra o peito. Como se alguém fosse roubá-lo. Andei um pouco mais para o lado e encontrei o jogo que me fez ter interesse ao videogame.

    – Você já assistiu o game-play do Zumbi-U?

    – Eu nem sei o que é isso. -O azulado me afirmou com sinceridade após pensar por alguns segundos enquanto me encarava com cara de bunda. Suspirei e coloquei de volta o jogo na estante. Para a alegria de Jellal, rumamos diretamente ao caixa. Quando vi o tamanho da fila resolvi esperar do lado de fora da loja, até que ele voltasse.

    Até que não era algo inesperado, já que durante sábados e domingos o shopping costumava ficar mais lotado. Fiquei olhando a vitrine sem muito interesse pelas miniaturas famosas de alguns jogos, me virei e notei um grupo de meninas que olhava pra mim, ainda me lembro do que fazia quando não tinha nenhum compromisso com alguém. Não é como se eu achasse ruim o fato de estar com a Lucy no momento, muito pelo contrário. Eu mesmo fazia questão de repreender a possibilidade de ir até as garotas desconhecidas, não quero correr o risco de perder a loira, que agora, faz parte de minha vida.

    Ignorei os pensamentos que vinham em minha mente, olhei para meu relógio de pulso e me certifiquei que Jellal demoraria por alguns minutos. Resolvi então puxar meu celular do bolso da calça e ficar mexendo para me distrair, chequei as redes sociais, nada que me chamasse atenção. Apaguei as mensagens da operadora que sempre me informava coisas desnecessárias mais de uma vez, abri o aplicativo do Pou e vi que o mesmo estava morrendo, comprei a poção que deixava sua vida 100% e fiquei me perguntando por que ainda tinha isso no meu celular.

    Pensei em colocar o aparelho de volta no bolso, mas no visor apareceu uma ligação. Era número desconhecido e, portanto, não tinha nem mesmo a foto de quem ligava, pensei por alguns segundos antes de atender até que resolvi tocar o botão verde.

    – Alô? -Fiz a pergunta tosca, porém tão conhecida pelo mundo inteiro.

    – Natsu? Que bom que você não trocou de número cara!–Reconheci a voz do outro lado da linha e fiquei incrédulo.

    – Gray? Por que você está me ligando essa hora? -Me escorei na parede branca ao lado do vidro totalmente transparente, sem nenhuma marca de dedo. Estranhei a ligação inesperada do moreno, já que no dia em que fui até onde ele trabalhava, o mesmo havia me informado que seu expediente terminava as 20:00.

    – Nossa muito obrigada por me fazer essa pergunta tão importante. Sim, eu estou muito bem e já almocei.–Gray ironizou enquanto eu soltava um riso fraco.

    – Deixa de viadagem. -Escutei alguns resmungos e de repente a ligação ficou falha. - Onde você está? O sinal está péssimo.

    – Eu não tenho culpa esquentadinho de merda! O aeroporto bloqueia os sinais de celulares, sabia?–Logo que ele falou a palavra aeroporto, eu associei algo que eu não esperava. Gray voltaria para Los Angeles depois de ter morado por tanto tempo em New York? Acho que seria mais provável qualquer outra coisa, já que ele tinha de ficar lá pela doença de seu pai.

    – Eu sei sim idiota. O que você está fazendo aí? -Soltei um riso baixo ao imaginar ele me respondendo que estava procurando uma aeromoça para se tornar sua namorada, assim como aconteceu comigo. Mas ele não sabia desse detalhe.

    – Não é óbvio? Estou voltando para casa. Ah, esqueci que sua inteligência não chega ao ponto de raciocinar isso em pouco tempo.–Bufei ao escutar sua risada debochada, eu não admitiria diretamente que não havia entendido muito bem. Mesmo que não querendo, ele tinha algo que o prendia em ficar lá. A não ser que seu pai tivesse se curado do câncer.

    – Legal... Mas como fica seu pai? -Minha curiosidade era maior que a empolgação de ter um amigo de volta. Mesmo que isso soe gay, eu sinto falta das zoeiras que eu e ele fazíamos na escola e na rua.

    – Não fica.–Senti que o tom de sua voz havia mudado, mas o que ele queria dizer com isso? Senti minha paciência ir se esgotando pouco a pouco quando acabava por ter mais perguntas ao invés das respostas. – Ele não está mais com nós...–Quando Gray terminou a frase, foi como se um vazio me preenchesse e um nó em minha garganta se formasse. O Sr. Fullbuster foi uma figura muito importante pra mim desde a infância até a adolescência, considero Gray como um irmão, e com certeza seu pai também é meu pai. O assunto morreu e o silêncio entre nós era extremamente desagradável, então eu resolvi mudar de assunto rapidamente.

    – Nossa... Eu sinto muito. Ah, onde você vai ficar? -Acho que agora, ele vai estar sozinho, mesmo que antes disso ele já trabalhava e era responsável por si mesmo. Ele morava com seu pai, talvez ele alugue um apartamento até conseguir uma casa própria, mas eu não me importaria em acomodá-lo em casa por algum tempo.

    – Pois é eu ainda não sei. Mas acho bom o Lyon ter mantido o meu quarto do mesmo jeito que deixei.–Escutei uma risada e me lembrei de seu irmão adotivo, que havia optado por ficar aqui. – Vou ter que desligar, já fizeram a chamada para meu voo. A gente se fala.

    – Com certeza, boa viajem. -Finalizei a ligação e finalmente guardei o celular. Não demorou muito para Jellal aparecer ao meu lado, informando que poderíamos voltar para a praça de alimentação.

    Expliquei para ele durante o trajeto, a novidade. O azulado pareceu gostar de saber que Gray voltaria ainda hoje pra cá, mas mesmo assim, notei que ele sentiu-se mal pelo falecido. Rapidamente chegamos até a mesa das meninas, podia-se escutar de longe as risadas contagiosas que elas soltavam de assuntos variados. Quando coloquei os olhos na loira, um sorriso surgiu em meu rosto, eu gostava da forma em que sua alegria sempre me atingia, e nesse momento era o que eu mais precisava.

    – Voltamos. -Jellal se pronunciou normalmente enquanto se sentava ao lado da ruiva, obviamente eu puxei uma cadeira e fiquei ao lado da minha loira. De repente todos nós ficamos em silêncio, olhando um para a cara do outro sem nenhuma expressão.

    – Que pena, estava tão bom sem vocês por aqui. -Erza falou brincando e Jellal devolveu um olhar furioso, mas o mesmo resolveu não falar nada. Eu também não falaria, imagine se ele acabasse por levar uma cadeirada no meio de todo mundo? Ri baixinho com esse pensamento e logo notei que uma das meninas faltava, se eu não me engano era Levy.

    – Uma, duas, três... -Fui apontando para cada uma das garotas sem me importar parecer um idiota, até que Lucy me enterroupeu.

    – Sim, falta uma animal! Levy-chan trabalha na mesma livraria que Juvia, ela teve que voltar pra pagar hora.

    – Por que ontem ela acabou faltando já que passou à tarde com seu namorado... - A ruiva se meteu na conversa enquanto soltava a frase de uma forma tão maliciosa quanto seu rosto. Todos nós rimos, e então, um homem chegou ao lado da nossa mesa, com um grande prato de batatas fritas em suas mãos.

    – Aqui está o pedido. -Tão rápido quanto chegou ele se retirou, após deixar o conteúdo no meio da mesa.

    – Até que enfim. -Erza comemorou enquanto enchia a mão de forma indelicada, olhei de canto para Lucy e a mesma parecia se envergonhar pela atitude da amiga.

    – Ah Erza... A batata não vai fugir sabe... -Lucy falou com certo receio.

    – She elha fugisse eu matava o garchon. -Ela respondeu calmamente com a boca cheia, enquanto gesticulava com as mãos. Não aguentei e explodi em risos, assim como os outros.

    Estiquei o braço e peguei a caixinha preta de plástico, que continha ketchup, mostarda e maionese em saquinhos. Abri com os dentes o vermelhino e comecei a derramar em todas as batatas que eu pegava. A única que não comia era Lucy, estranhei isso já que eu sabia que ela amava fast food, ao olhar seu rosto notei a expressão uma expressão desagradável.

    – O que foi? -Perguntei após parar de mastigar e engolir, e então ela franziu ainda mais a testa.

    – Que nojo Natsu! Não se coloca ketchup na batata.

    – Não tem nenhuma placa dizendo que é proibido colocar ketchup na batata, ok? -Finalizei a curta discussão enquanto repetia meu processo, ela mantinha a mesma feição e não havia tocado no lanche nenhum pouco saudável. Peguei então, uma única e pequena batata e logo coloquei ketchup na ponta da mesma, levando em direção a boca de minha namorada. - Vamos você vai ver que é bom.

    – Não Natsu! Ketchup tira o gosto da batata. -Continuou a fazer birra até que virasse o rosto para o lado fazendo seu típico bico, continuei a levar minha mão até mais próximo ao seu rosto delicado, e finalmente ela resolveu abrir a boca, mastigando logo em seguida. - Uigh! -Soltou um gemido fofo e se arrepiou completamente, ri de sua reação para depois depositar um beijo em sua bochecha.

    – Awwn! Juvia acha vocês tão fofos! -Só então percebi que todos estavam concentrados em nós dois. Definitivamente eu acho que essa menina de cabelos azuis é estranha, mas ela não chega aos pés da minha Luce.

    –-- X ♥ X ---

    Sábado, 10:45.

    – Natsu... Eu não quero mais entrar! -Lucy resmungava enquanto segurava minha mão, tentando me arrastar para fora do portão da minha casa. Comecei a rir do seu nervosismo alheio, geralmente é o homem que fica desse jeito.

    – Deixa de ser boba! Não é como você fosse morrer ou algo assim. -Puxei de leve meu braço que estava esticado, fazendo com que ela chegasse bem próximo de mim se desequilibrando um pouco. Segurei sua cintura e a abracei.

    – Acho que é sim, deixa seu pai saber que eu sou uma Heartfilia. -Brincou comigo e soltou um riso abafado contra meu peito. Afaguei seus cabelos e depositei um beijo no topo de sua cabeça.

    – Pra mim, um sobrenome não faz diferença. Você é minha namorada e nada vai mudar. -Assegurei a loirinha que envolveu seus braços em meu pescoço e levantou o rosto em minha direção logo em seguida.

    – Promete?

    – Prometo. -Assegurei-a sorrindo e sem demorar selei nossos lábios, um beijo calmo e com carinho, com alguém especial. Afinal, ela é minha e eu sou dela.


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